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História Young FriendShips - Novidades


Escrita por: BiaSylvestre

Notas do Autor


Gente, acabei de ver Dunkirk, só queria dizer ASSISTAM É MUITO BOM.

Baita aleatória, eu sei.

Mas é verdade.

Rs enfim, espero que gostem de mais um capitulozinho <3

Capítulo 16 - Novidades


Harry acordou no dia seguinte com Lewis aconchegado em seus braços. A cama do garoto era extremamente confortável, e estava uma delícia ficar lá, juntos, com o frio do inverno entrando pelas frestas.

Mas era segunda feira e ele tinha que trabalhar. Harold não conseguia lembrar como que eles foram da sala para a cama, e nem se lembrava direito que horas que eles desistiram de tentar ficar acordados vendo filmes.

Então foi um choque e um não tão grande choque, ambos ao mesmo tempo, quando ele pegou o celular da escrivaninha e eram três da tarde.

- Merda. - Ele diz, um pouco alto demais. William ia mata-lo.

- Mhm... - Lew murmura, levantando sua cabeça levemente, tentando acordar.

- Boa tarde. - Harry sorri, beijando a ponta do nariz dele.

- Bom... tarde? - Ele franze a testa, ainda tentando abrir os olhos.

- É. Já é quase fim de tarde também.

O cérebro de Lew demora uns segundos para raciocinar, então se levanta rapidamente. - Que horas são?

- 3... e 40. - Harry sorri.

- Mentira! - O queixo de Lew cai. - Lottie vai estar aqui a qualquer instante. E... você matou o trabalho? - Ele poe a mão na testa. - Meu Deus. - E então, cai na gargalhada. - Nós abusamos do Netflix ontem. - Ele se levanta e poe um moletom e uma calça larga por cima do pijama.

- Você lembra que horas fomos dormir?

- Nós começamos a ver Jackie 4 e meia da manhã. - Lew arqueia as sombrancelhas. - Meu, o que que a gente esperava? - Ele ri. - Vamos, Harry, você tem um trabalho para ir hoje. Se levanta.

- Aah... - Ele resmunga, se jogando na cama. - Não posso ficar aqui?

- Bom, se você quiser ficar vendo eu ensinando Lottie sobre regras da língua inglesa e literatura...

- A parte de ver você eu gostei, já a parte de inglês... - Ele faz um beiço. - Ok, ok.

Harry se levanta e percebe que dormiu com as roupas de ontem, então teria que ir todo amassado para casa. Não que houvesse outra opção também. Ele não esperava dormir fora, então não havia trazido um pijama.

Ele calça seus sapatos e poe seu casaco, então vai até Lew, que estava no espelho, tentando arrumar sua franja, e o abraça por trás, apoiando sua cabeça em seu ombro e tendo que inclinar levemente as pernas para fica da mesma altura.

- Quando vamos se ver de novo? - Ele pergunta, inocentemente, tirando um leve sorriso de Lew, que se vira e poe os braços em volta do pescoço de Harold.

- Qualquer dia, qualquer hora... Bom, menos quando estivermos trabalhando. - Ele sorri, levemente.

- Você pode aparecer na loja de dia, e eu no restaurante de noite.

- Então qualquer dia, qualquer hora mesmo. - Eles riem. - Eu vou estar ocupado hoje, mas amanhã eu tento ir lá. Prometo. - Lew se inclina, dando um beijo rápido, e então arrumando o casaco do outro. - Agora, vai, antes que o William ache que eu te sequestrei.

Harry ri da idéia, mas então engole seco no momento que pisa fora do prédio de Lew. Primeiro, por ter que ir embora, e segundo, por ter que enfrentar Will. Merda, como que ele se deixou dormir até três da tarde?


Lottie estava atravessando a rua quando viu Harry saindo do prédio de Lew e seguindo na direção oposta.

É claro que ela achou estranho, mas não via o que realmente tinha de estranho nisso. Amigos vão na casa uns dos outros, certo?

Então a lembrança da noite de sábado veio a sua mente, com a paranoia já consumindo seu cérebro, de Will explicando da onde que eles conheciam Lewis, e quando foi falar de Harry, ia ser algo diferente do que Amigo, mas o garoto interrompeu e deu essa mesma resposta.

"Não", ela bate em sua testa, tentando afastar o pensamento. "Eu é que estou botando coisas onde não tem".

Charlotte toca o interfone.

- Pois não?

- Oi, Lew, é a Lottie.

- Ah, sim. - O portão faz um barulinho. - Pode entrar.

E assim ela o faz, subindo as escadas do prédio e parando na frente da porta do apartamento. Ela respira fundo, poe um sorriso no rosto e toca a campanhia.

E então surge um Lewis sorridente para abrir a porta e deixar ela entrar.

Eles se cumprimentam, e a primeira coisa que ela nota é o cobertor estirado no sofá.

- Não ligue para a bagunça. - Ele diz, indo para a cozinha e pegando uma maçã. - Harry dormiu aqui ontem e nós só acordamos agora.

- Oh. - Ela engasga. - Agora? Mas são... 4 da tarde.

- É que nós só fomos dormir hoje, na verdade. Por volta das seis da manhã.

- Meu Deus. - Ela solta uma risada leve e nervosa, enquanto tira seu material da bolsa e poe na bancada. Ela sabia. No fundo, ela já sabia. Mas queria perguntar de qualquer jeito, pois seu cérebro podia falar algo, mas ela sempre escolhia ouvir ser coração (que as vezes era bondoso demais).

- Pois é... - Ele sorri, pensativo, sentando na frente dela.

- Então... - A paranoia já estava em todas as partes de seu cérebro, e ela queria fazer essa pergunta, só não conseguia por em palavras. Até que ela conseguiu. - Você e Harry...?

- Está tão na cara assim? - Ele sorri, levemente envergonhado.

E esse era o som do coração dela se quebrando, a frase "está tão na cara assim" com a voz de Lewis.

Ele estava contando sobre como havia sido o encontro deles na noite anterior, mas ela não conseguia prestar atenção, tudo o que passava em sua mente era como sua paixão que foi alimentada durante 3 anos foi destruída em meio segundo, como ela nunca teve uma chance em primeiro lugar e em como ela queria esganar Hendra por não ter contado que seu irmão nem gostava de garotas para começar.

Ela devia ter prestado mais atenção. Houve sinais. Os boatos quando ela estava no primeiro ano era um deles. E ela só ignorou.

Como foi mencionado antes, ela sempre ouvia primeiro o coração.

E aqui estava ela, cara a cara com Lewis, tendo que passar a próxima hora ouvindo ele falar e tendo que sorrir, como se nada tivesse acontecido.

Quando Lew parou de falar, ela só levantou sua cabeça, e com um sorriso cativante, disse:

- Que legal! Fico feliz por vocês, sério.

Ele suspira. - Bom, então... Por onde quer começar? Literatura ou... língua inglesa?


Quando Charlotte se deu conta, ela já estava tocando a campanhia da casa de sua amiga. Agora já era tarde para voltar atrás.

Quem abriu a porta foi a mãe da garota.

- Oi, senhora Henderson. - Ela sorri. - A Hendra está ai?

- Oi querida! Sim, ela está no quarto dela... - A mulher abre espaço para ela entrar. - Não é meio tarde para você vir aqui? Sua mãe não se importa?

- Não, não. E eu também não vou ficar muito.

- Eu ia aproveitar para perguntar se você estava bem, mas não quero tomar seu tempo curto. - Ela se aproxima e tira o casaco de Lottie, colocando no armário de entrada. - Pode ir.

- Obrigada.

Então a menina segue em direção ao quarto de sua amiga, passando pelos corredores que ela tão bem conhecia e dando de cara com uma porta fechada. Ela bate nela.

- Pode entrar. - Assim Lo o faz, e no minuto que Hendra a vê, se levanta e poe as mãos no bolso. - Lottie! Você... viu minha mensagem? Eu pensei que não, por isso não estava te esperando.

- Eu... Mensagem? - Lo vai atrás de seu celular em seu bolso, e quando desbloqueia a tela, vê a mensagem de sua amiga, pedindo para ela passar em sua casa mais tarde. - Oh.

- Então... Por que você veio? Já que não é pela mensagem... - Hen tentava não parecer confusa.

- Eu-eu... - Ela engasga, e então limpa a garganta. - Queria... Por quê? - A garota parecia ter esquecido como se falava, tentando segurar as lágrimas.

- Por... quê? Lo, o que aconteceu? - Hendra dá um passo para frente.

- Por que você não me contou sobre o Lew?

- Contar? - Ela franze a testa. - Contar o quê?

- Que ele é gay! - Ela quase grita. - Todos esses anos e você nunca se deu o trabalho de me impedir de fazer o papel de trouxa!

- Espera... - Ela deixa uma risada nervosa escapar. - Eu-eu juro que eu não sabia.

- Pelo amor de Deus, Hendra. - Ela cruza os braços, agora chorando. - Ele é seu irmão!

- Lottie, eu juro-eu não... É só que... Ele não fala dessas coisas. Ele não acredita em rótulos, sempre me falou isso. Acho que meio que se encaixa nisso, então. Ele-ele nunca me disse, por que acredita que não tem por que dizer se uma pessoa é algo ou não é, ela só... É. - Ela poe a mão na testa, tentando organizar seus pensamentos. - Eu não-tipo, eu não sabia com certeza, eu nunca vi ele com ninguém, ele sempre foi discreto. Por favor, Lo, não me culpe!

Lottie se senta na cama rapidamente, colocando uma mão no rosto. - Eu não te culpo. - Ela respira fundo. - É só que... Sei lá.

- Eu entendo. Sei como é frustante querer alguém e não poder tê-la. - Ela se senta do lado de Lo, com as mãos entre as pernas.

- Você... está falando de mim? - Lo pergunta, com os olhos brilhantes.

- N-não. - Hen gagueja.

- Tá sim! - Ela sorri levemente entre o choro, olhando para a expressão pálida da amiga.

- Talvez...? - Ela ri. - Eu entendo, Lo. Só isso que eu quis dizer.

- Mas você me teve, no entanto. - Ela abaixa a cabeça. - Só sinto muito... Por não conseguir sentir o que você sente.

- Nós não escolhemos quem amamos. Ás vezes... Isso acontece. - Ela poe a mão no joelho de Lo. - Nós duas vamos superar.

Lottie segura a mão da outra e fica pensativa por uns momentos, suspirando. - Ele está certo.

- Hm?

- Sobre rótulos. - Ela limpa as últimas lágrimas. - Não devíamos rotular as pessoas. Nós não somos só... Gays ou héteros, brancos ou negros, pobres ou ricos... Sei lá, parece errado. É tipo dizer que somos só isso, que esse fosse todo o nosso conteúdo e só isso que importasse. Lew está certo.

- É... Acho que sim.

- Por que você queria que eu viesse? - Ela se lembra da mensagem.

- Eu-ham... Tinha que te contar uma coisa. Que vai soar muito louca, mas ao mesmo tempo que é quase que bizarro de tanta coincidência, está me corroendo por dentro.

- Tem... Haver comigo?

- Não... - Ela franze a testa. - Bom, mais ou menos. Nem tanto.

- Diga, então.

- Bom... É sobre o William. Começa com ele, na verdade. Ele namorava...

- A Dan. - Ela acena com a cabeça. - Minha irmã postiça.

- É, então. Eu fui nessa festa com o Lew, e... Meio que... Tipo, eu já conhecia ela, nós já tínhamos ficado antes...

- Espera, o quê? - Os olhos de Lo arregalaram. - Você... E Dan?

- É. Ela tá-tava na minha classe de espanhol. Enfim, ela namorava ele por que... Eu nunca entendi direito. Acho que ela se sentia segura. Nós fomos nessa festa e... Ele foi com ela. E nos viu. Mas acho que ele não viu quem eu era.

- Sim... Mas... - Lo franze a testa. - Por que você tá me contando isso?

- Eu não sei. - Ela dá de ombros. - Eu não consigo dormir desde sábado. Ele... Não sabia de nada. Eles terminaram por minha culpa.

Lottie ri. - Hendra, eu não acho que ele se importe de verdade. Quando ele me contou, parecia indiferente.

- Mas mesmo assim... Consciência, e talz.

- Por que você não fala com ele? - Os olhos de Lottie abrem com a idéia. - Amanhã nós vamos na loja dele e...

- O quê? Não! Tá louca?

- Por quê? O melhor jeito é você tirar esse peso do seu peito... E pra fazer isso, tem que se esclarecer com ele.

- Mas... Eu nem conheço ele. Como que eu vou chegar e falar: Oi, então, eu sou a garota com quem sua namorada te traiu. Foi mal.

- Para sua surpresa, eu acho que isso é mais normal do que você pensa.

- Afinal de contas... - Hendra se vira, ficando de frente para Lo. - O que você e ele são? Porque você foi num encontro com ele, se gosta do Lew?

Ela dá de ombros. - Ele é legal. Não mude de assunto. Amanhã, depois da escola, nós vamos para a loja dele. Vai ser tenso pra mim, por que o Harry vai estar lá, mas eu faço esse sacríficio por você. - Ela se levanta e para na porta. - Me espera na saída, ok?

- Mas eu...

- Ok? - Ela repete, arqueando as sombrancelhas.

Hen suspira. - Ok.

Lottie sai do quarto de Hendra, se sentindo um pouco melhor do que quando entrou. Foi até a sala, pegou seu casaco e saiu rua a fora. Não era nem seis da tarde, mas já estava escuro e o ar que ela inspirava e respirava dava de ser visto saindo de suas narinas.

Apesar da casa de sua tia, e agora sua casa, não ser muito longe, o caminho nesse dia parecia estar particurlamente mais longo.

Uma sensação estranha corria por sua espinha, como se algo estivesse acontecendo, ela só não sabia o que era.

A garota olhou em volta algumas vezes, mas não havia mais ninguém na rua além dela e alguns carros que passavam vira e mexe.

A sensação só parou quando ela entrou na via rápida, cheia de pessoas e carros.

Então ela seguiu seu rumo, sem olhar para trás novamente.


Notas Finais


E ai amores, estão gostando?


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