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História Youtubers no Reality da Morte - Aberração da Natureza


Escrita por: findHenrique

Notas do Autor


Oi, perdoa a demora pra postar e não desiste da fic.

Boa leitura!!

Capítulo 27 - Aberração da Natureza


Fanfic / Fanfiction Youtubers no Reality da Morte - Aberração da Natureza

Anteriormente...

Kéfera é a primeira a ver o corpo de Christian.

Alguns são acusados mas ninguém acha nada concreto.

Lira dá um belo de um murro na cara de Aruan, que desmaia.

Mauro e Cellbit jogam o corpo de Christian no Buraco.

Mauro volta logo depois e se joga dentro do buraco para comer Christian.

Lira e Taciele fazem sexo.

Lukas aparece na porta do dormitório.

----- x ----- 

[ POV Mauro ]

Menos de um minuto depois de pular no buraco escuro, Mauro aterrissa de quatro no que parece ser uma poça. Se fosse apenas humano certamente quebraria vários ossos ou poderia até morrer, mas como é um ghoul sente apenas as mãos e pés arderem por alguns segundos.

O lugar é tão escuro como visto de cima. Mauro consegue enxergar graças a sua visão avantajada. Ele olha para os pés e percebe que está no que parece ser um rio, ou será um esgoto? Não sabe dizer, mas água corre ao seus pés e seguindo seu curso vê que continua até onde sua visão alcança e parece continuar depois.

Sente vários cheiros fortes chegarem ao nariz, dentro os quais consegue distinguir os cheiros de sangue, carne podre e o cheiro de Christian, que parece ficar mais fraco a cada segundo.

Depois de uma inspeção minuciosa ao redor, nota que o corpo de Christian não está ali, onde deveria estar já que foi jogado pelo buraco. Provavelmente alguém o pegou. Mauro logo começa a seguir o cheiro de Christian. Sente que vai morrer se não comer a carne dele.

Após alguns minutos seguindo pelo rio/esgoto escuro, ele vê um bando criaturas estranhas que mais parecem macacos. Elas parecem não o notar e Mauro segue seu caminho. Passa também pelo o que parece ser um tronco de árvore, mas não dá muita atenção.

Após matar uma horda de quinze zumbis lesados com apenas uma mãozada em cada um, ele finalmente avista o corpo de Christian. Está sendo arrastado pelo chão por uma criatura estranha.

Mauro corre mais rápido e logo está a poucos metros do corpo de Christian e da criatura, que é branca e magra, parece um zumbi, mas é muito inteligente pra ser um.

A criatura percebe que está sendo perseguida e também começa a correr. Segundos depois ela parece se cansar, então solta o corpo de Christian e volta a correr, entrando em um corredor ainda mais escuro.

Mauro se aproxima do corpo de Christian e senta em suas pernas. Rasga sua camisa com as mãos e começa a cheirar e tocar sua barriga. Começa na cintura e vai subindo lentamente até chegar ao pescoço.

Sua boca começa a salivar e ele começar a tremer, tentando se controlar pra não morder logo Christain. Quer saborear seu cheiro primeiro. O corpo dele está frio e ele está bastante branco, além de um cheiro de morte que faz Mauro salivar ainda mais.

Mauro começa a lamber seu pescoço e sente o gosto do sangue seco. Passa a língua pelo buraco do ferimento e volta a lamber Christian, descendo até chegar à cintura. O cheiro é tão bom que o deixa excitado.

Ele faz força com as mãos até garras surgirem em seus dedos. Então as posiciona cuidadosamente na barriga de Christian e a perfura devagar. Finas linhas de sangue começam a escorrer pela barriga do morto e Mauro começa a lamber o sangue. Após repetir isso várias e varias vezes ele inclina a cabeça pra cima e geme de prazer.

Então se volta para o corpo de Christian e morde sua barriga. Enche a boca de carne e começa a mastigar. Sente a carne passar por toda a boca e depois a engole.

Oh... como isso é bom

Continua a comer a carne de Christian até abrir um buraco em sua barriga, Então enfia a cabeça dentro dele em busca do coração e quando a retira, sua cabeça está toda suja de sangue e com algumas tripas presas em seus cachos.

Ele segura o mole coração nas mãos, e assim que dá a primeira mordida, o coração se desfaz como se fosse um pudim. Dá outra mordida e todo o coração de Christian está dentro de sua barriga.

Após isso ele se joga no chão e é tomado pelo êxtase. O peito arfa pesadamente ele começa a rir.

[Êxtase= estado de quem se encontra como que transportado para fora de si e do mundo sensível, por efeito de exaltação mística ou de sentimentos muito intensos de alegria, prazer, admiração, temor, etc.]

Depois que o êxtase deixa seu corpo, Mauro se levanta e decide voltar para o dormitório.

*****

[ POV Lukas ]

Lukas encara Kéfera sem saber muito o que fazer, então sorri.

- Oi.

- Oi. – Responde ela fazendo uma cara como se visse um fantasma.

Avista varias pessoas surgirem atrás de Kéfera e também o olharem com espanto e choque. Vinham correndo perguntando o que estava acontecendo e quando notavam-no na porta, simplesmente paravam de falar. Lukas não se incomodou com isso, na verdade estava achando engraçado.

- O que tá fazendo aqui? – Cellbit pergunta.

Lukas não responde, até porque não sabe a resposta. Apenas continua tentando olhar por trás da multidão que já lota a porta. Procura alguém em especial.

Segundos depois vê Daniel se levantar da cama no fundo do dormitório e olhar em direção à janela. Só de ver suas costas Lukas sorriu, quando Daniel virou em sua direção e seus olhos se encontraram, o sorriso de Lukas foi de uma orelha a outra.

Seu coração começou a bater forte e ele começou a fechar e abrir as mãos e morder os lábios de nervosismo. Queria ir até ele, mas a multidão continuava o encarando e tampando passagem, Lukas achou que se fizesse isso iria assustá-los. Achou melhor esperar, afinal Daniel já vinha em sua direção.

O sorriso de Daniel parecia aumentar à medida que ele se aproximava e mesmo Lukas tentando parar de sorrir, não conseguia fechar a boca. Daniel abriu caminho entre os outros e veio para cima dele.

- Ei, e se ele for um espírito do mal? – Lukas ouve alguém perguntar, mas não vê quem é, pois é abraçado por Daniel.

É um abraço forte e caloroso, que faz os olhos de Lukas se encherem de lagrimas e ele se sentir seguro e em paz pela primeira vez desde que havia acordado. É o tipo de abraço que traz milhares de memórias a tona, e reaproxima amigos que não se veem a vários anos.

Afastaram-se e Daniel o encarou com um sorriso nos lábios e lágrimas nos olhos. Os dois se encararam sem dizer nada por vários segundos sem dizer nada, como se estivesse se reconhecendo, lembrando como é o rosto um do o outro. Então voltaram a se abraçar.

 - Eu senti sua falta. – Diz Daniel se soltando do abraço após longos segundos.

- Eu também. – Responde Lukas, ainda sorrindo feito bobo.

Daniel fica ao seu lado e passa o braço por seu ombro. Cocielo surge da multidão e também o abraça.

- Gente, ele não é um fantasma não. – Diz Daniel encarando os outros parados a porta ainda com cara de surpresa e espanto.

Aos poucos, todos pareceram acreditar nisso e cumprimentaram Lukas, com abraços, apertos de mãos, palavras e sorrisos. Lukas sente falta de alguns colegas, será que morreram? Quando tempo será que se passou desde que tinha morrido? Ainda não tinha parado pra pensar nisso.

O único que não o cumprimentou foi Aruan. Ele estava com a testa inchada e vermelha, Lukas se perguntou o que tinha acontecido. Ele apenas o encarou com cara de bunda por alguns segundos e voltou para o dormitório.

Após a confirmação de que Lukas não era um fantasma ou espírito do mal que tinha voltado para mata-los e esquartejar seus corpos, todos pareceram relaxar um pouco, apesar de ainda continuarem chocados.

Após todo o tumulto, Lukas entrou no dormitório e todos se amontoaram em volta da cama em que ele, Daniel e Cocielo sentaram.

Esperavam com ansiedade e com um brilho nos olhos ele contar como havia voltado à vida. O brilho nos olhos poderia ser esperança de também voltarem à vida quando morressem, ou até mesmo que uma pessoa que gostassem voltasse à vida também.

Depois de vários minutos respondendo perguntas de forma vaga e decepcionante, algumas pessoas começaram a perder o interesse e voltaram para suas camas, mas o assunto entre elas ainda era Lukas.

- Acho melhor deixar ele descansar um pouco. – Diz Cocielo.

Gabbie, Gusta, Lira, Luba e Taciele apenas assentiram e voltaram para suas camas, ainda cochichando e falando sobre Lukas. Finalmente Cocielo, Daniel e Lukas estavam sozinhos.

- Descansar é o caralho, vamos conversar. – Diz Daniel.

*****

[ POV Lira ]

- Eu já disse que não sei cadê!

- Eu fico com a pedra por 7 desafios e nada acontece, você fica com ela em 1 desafio e ela some! Legal né?

Lira senta na cama olhando irritado para a parede e suspira.

- Tenta se lembrar de novo a última vez que você viu ela.

- Esse é o problema! – Taciele senta na cama dela. – A última vez que me lembro foi quando você me deu ela antes do desafio.

- E você a usou no desafio?

- Não, como eu disse, eu desmaiei depois de alguns minutos e já acordei depois que o desafio tinha acabado.

- E depois você não se lembrou da pedra em nenhum momento?

- Não. O Castanhari morreu e teve toda aquela coisa. E você é o dono da pedra e não lembrou!

- Eu tava muito ocupado tentando esquecer o que eu vi no labirinto. Eu vi alguém morrer, não é como se eu tivesse desmaiado e tivesse sido salvo por alguém.

- Ah Lucas, deixa de ser chato! Eu falei que não queria ficar com a pedra, você que insistiu. Eu to cansada, com enjoo e você aí todo irritadinho. Vou dormir que eu ganho mais.

Taciele se deita em sua cama e se cobre com as cobertas. Vira de lado de modo que fique de costas para Lira.

 Lira encara o chão por alguns segundos, pensando.

- O que você lembra antes de desmaiar? – Taciele suspira e se vira para ele.

- Eu já falei. A Gabbie pediu um abraço, ai eu dei o abraço e depois não lembro de mais nada!

- E ela disse o que aconteceu depois?

- Ela falou que uma criatura apareceu e atacou a gente.

- Mas você sentiu alguma coisa?

- Não. – Ela faz uma careta.

- Só você mesmo pra acreditar numa coisa dessas.

Lira levanta da cama e vai em direção à cama de Gabbie.

- Lucas aonde você vai? – Taciele grita, mas ele não responde.

Ao passar pela cama de Aruan, percebe que ele está o olhando com a cara de bunda de sempre, Lira se vira pra ele e sorri debochado, volta a olhar pra frente o segue seu caminho.

Gabbie não está na cama dela. Assim que Lucas chega nela joga violentamente o travesseiro e as cobertas no chão. Levanta o colchão a procura da pedra e o solta quando não acha.

Abaixa-se e enfia a cabeça em baixo da cama. Está escuro e bastante empoeirado, mas não há nada ali.

- Ei, o que tá fazendo?

Lira se assusta e levanta a cabeça rapidamente, batendo-a na cama. Ele xinga mentalmente e aos poucos vai retirando a cabeça até voltar a se levantar.

- Tô procurando minha pedra. – Ele responde para Cellbit que está parado a sua frente.

- Que pedra? – Abacate está ao seu lado no chão.

- Minha pedra de crack! – Responde Lira irritado. – Não interessa que pedra é, só que ela é minha e a Gabbie pegou.

- Como sabe que ela pegou?

Lira pensa nas possibilidades. Pode dar uma mal resposta, pode dar um murro no meio da cara dele ou respirar fundo e fingir que não ouviu a pergunta. Como ainda não perdeu totalmente o juízo, acha melhor escolher a terceira opção.

- Porque eu sei que ela pegou. – Responde ele tentando não soar muito raivoso.

- Olha, eu sei que você tá puto da vida por tudo o que aconteceu, mas tem que tentar relaxar.

- É serio isso? Relaxar? Dois amigos meus morreram e os dois fizeram o desafio junto comigo. Mas você tá bem, tem até um cachorro! Quando algum dos seus amigos morrer você vai ver que o que menos vai precisar fazer é relaxar. – Ele suspira. – Agora, por gentileza, poderia me dizer onde está a. – Se segura pra não falar um xingamento. – sua amiga?

- No refeitório.

*****

[ POV Gabbie ]

Gabbie está sentada a mesa no refeitório comendo um pão enquanto conversa com Luba, T3ddy e Gusta. À cerca de dez minutos atrás ela começou a sentir um incomodo na coxa.

Percebeu logo que era a pedra. Estava bastante quente e quando tentou tocá-la, levou um pequeno choque que escureceu sua visão por alguns segundos. Tentava pensar algum jeito de devolver a pedra, não queria ficar com ela, mas tinha que ter cuidado quando fosse a devolver, se Lira ou Taciele vissem ela com a pedra poderiam tirar conclusões precipitadas.

- E se ele tiver ficado vivo esse tempo todo e só resolveu aparecer agora? Pensa bem, a gente não viu ele morto. – Diz Gusta.

- Ah não sei, isso tudo é muito louco. – Luba responde.

A porta se abre rapidamente e Lira passa por ela ainda mais rápido. Ele olha todo o refeitório e assim que encontra Gabbie, vai até onde ela está.

- Cadê a pedra? – Ele para atrás da cadeira onde ela está sentada.

- Que pedra? – Ela se vira para encará-lo.

- Você sabe que pedra é. – Diz ele com voz calma.

- Eu não sei! – Gabbie percebe que ele está abrindo e fechando as mãos. – Não sei de que pedra tá falando.

Gabbie percebe que ele desvia o olhar para a mesa, ela segue o olhar e nota que Lira olha para uma faca que está sobre a mesa. Ela franze a testa para Gusta por vários segundos até ele perceber, pegar a faca e esconde-la nas mãos por de baixo da mesa.

- Se não quer entregar tudo bem, mas não reclame se eu te der uma facada no peito durante a noite. – Ele se vira e sai do refeitório, batendo a porta com tanta força que as paredes tremem.

- Ele não vai fazer nada. – Diz Luba. – Só disse isso porque tá nervoso.

- Mas mesmo assim foi uma ameaça, se eu fosse você ficava atenta. – Fala Gusta.

- O que tem pra comer? – T3ddy pergunta e eles riem.

- Se tiver com medo pode dormir comigo Gabbie. – Diz Luba dando uma mordida em uma maça.

- O que? – T3ddy pergunta. – E eu?

- Você nem comparece e muito menos dorme comigo.

O rosto de T3ddy queima e fica vermelho de vergonha e ele ri sem graça.

- Você que disse que não tava pronto.

- As coisas mudam. – Diz Luba.

T3ddy arqueia a sobrancelha e se levanta. Diz que precisa ir ao banheiro e sai do refeitório. Gabbie e Luba trocam olhares e Luba volta a conversar trivialidades com Gusta.

Gabbie agora tem uma ameaça de morte para se preocupar. Há de arrumar um jeito de devolver a pedra para Lucas sem que ele desconfie de alguma coisa. As coisas estão ficando mais difíceis e sente como se o cerco estivesse se fechando e ela estivesse ficando sem saída.

*****

[ POV Daniel ]

- Então a Bruna morreu depois de mim naquela sala que tem um buraco?

- É, você conhece?

- Sim, eu passei por lá quando tava vindo pra cá. E quem morreu depois?

- Depois foi o Whindersson na biblioteca e depois o Rezende. – Daniel fala.

Daniel e Cocielo tentavam contar a Lukas tudo o que tinha acontecido depois que ele morreu. Pelo que entendeu, Anastácia só tinha contado a Lukas sobre o pacto. Não disse nada sobre o que acontecia no jogo.

- Como o Rezende morreu? – Lukas pergunta.

- Eu matei ele.

- Ah. – Ele parecia surpreso e decepcionado. – Porque?

- Ele ganhou o desafio e me escolheu pra morrer, e se eu morresse você não ia poder voltar. Ai a Anastácia apareceu e disse que eu tinha que matar alguém pra poder voltar, e ele foi a primeira pessoa que eu achei.

- Sei. – Estava visivelmente desconfortável. – E quem morreu depois?

- Depois do Rezende, a Pathy morreu afogada em sangue num banheiro, depois o Castanhari morreu no desafio do labirinto, e o último que morreu foi o Christain.

- E o Christian morreu aqui no quarto? – Lukas pergunta.

Daniel olha para a cama de Christian no outro lado do dormitório. Taciele havia colocado um cobertor limpo em cima dela para tampar as manchas de sangue que ainda havia na cama, mas ainda era possível ver manchas na lateral da cama.

- Sim, mas ninguém sabe quem foi.

- Meu deus, aconteceu tanta coisa. – Lukas fecha os olhos e suspira, tentando processar tudo que tinha ouvido. – Acho que tenho sorte de não ter passado por tudo isso.

- Verdade.

- O que exatamente a Anastácia te falou? – Cocielo pergunta.

- Ela me contou tudo sobre o pacto que ela e o Daniel fizeram na hora em que eu morri, que ela podia me trazer de volta a vida se ele enfiasse uma faca no Aruan pra ela poder matar ele. Disse que depois de algum tempo a ordem das coisas mudou e que ela iria me reviver primeiro pra depois você fazer sua parte. – Ele olha para Daniel. - E disse pra eu não falar nada disso pra ninguém só pra vocês. Eu não consigo nem imaginar que eu estive morto, eu me sinto tão vivo como sempre me senti. – Ele boceja. – Acabei de acordar de não sei quanto tempo apagado e já to com sono. – Ele olha para Daniel e vê que ele encara seu rosto, mas parece estar viajando. – Ei, o que foi?

- Nada. – Daniel sai do torpor. – Só é bom ouvir sua voz de novo, e acho que deve descansar mesmo.

- É eu vou, qualquer coisa me acordem. – Ele deita a cabeça no travesseiro e puxa o cobertor.

Daniel observa seu rosto por vários minutos, até ele parar de se mexer e provavelmente pegar no sono. Finalmente tem o amigo de volta, e dessa vez não vai deixá-lo ir.

- Você tá achando ele diferente?

- Diferente como? – Cocielo pergunta. – Tipo personalidade?

- Não sei explicar direito.

- Pra mim ele tá normal.

- Tem razão, ele não mudou, quem mudou foi eu.

- É deve ser, e quando você vai cumprir sua parte do trato?

- O Lukas voltou agora, eu quero ficar com ele um pouco, depois eu cuido disso. Além do mais, o imbecil do Aruan já tá com a cara toda inchada mesmo.

*****

[ POV Mauro ]

Horas depois.

Ao sair do esgoto – concluiu sem um após alguns minutos andando pelo local. -  Mauro ficou perambulando pelo hospital até anoitecer.  Sempre que parava de andar por mais de poucos segundos ele começava a ficar tonto, por isso quase não parou.

Andou pela recepção, pelos corredores, pelo porão, pelo refeitório, por algumas salas que nunca tinha ido antes e até por uma sala que tinha uma árvore de bananeira. Conforme o tempo passou seu estômago foi se dessenchendo e a fome voltou.

Quando voltou ao dormitório, pela janela notou que já era noite. As luzes estavam apagadas e todos dormiam em suas camas. Vai até o banheiro e coloca as mãos em baixo da torneira. A liga e esfrega as mãos até limpá-las de todo o sangue seco que havia nelas.

Desde que comeu Christian, ele não consegue voltar ao seu estado normal, continua com olhos vermelhos, unhas negras, boca salivando e dentes afiados, além é claro, da força absurda.

Fita seu rosto cansado no espelho e se concentra em seus olhos. Estão completamente vermelhos, e Mauro mal se reconhece neles. Fecha os olhos e contrai o rosto e as mãos tentando voltar a sua forma humana, passado alguns segundos reabre-os, mas pra sua infelicidade, continua ghoul.

Seu estômago ronca e a fome começa a aumentar. Tinha comido grande parte da barriga de Christian, achava que isso devia dar por algum tempo, mas parece que não.

Começa a ficar tonto e segura na beira da pia para não cair. Sua visão que já era vermelha começa a avermelhar ainda mais a cada segundo, e um minuto depois ele está completamente cego, sem enxergar nada a não ser o vermelho.

O que tá acontecendo?

Ele arregala os olhos e pisca varias vezes, mas não enxerga nada. Será que está ficando cego? Sente a fome aumentar e começa a respirar ofegante. A tonteira aumenta e ele cai de joelhos no chão, então desmaia.

*****

Sem saber ao certo quanto tempo se passou, Mauro acorda. Percebe que sua visão já voltou, mas ele ainda está em modo ghoul. Ainda está meio tonto, mas sente suas pernas se mexerem e ele andar. É uma sensação estranha, ao mesmo tempo em que ele acha estar controlando o corpo, parece que não está.

Abre a porta do banheiro e a fecha assim que passa por ela. Fita todo o dormitório escuro e silencioso e todos seus colegas e amigos dormindo ali.

Estou com fome, vou comer alguém.

Esse pensamento surge involuntariamente em sua cabeça, mas a fome é tanta que ele nem percebe.

Você está com fome? – Ouve uma voz na sua cabeça dizer.

Morrendo de fome. – Ele pensa.

Caminha sorrateiramente pelo dormitório, cheirando sempre que passa perto da cama de alguém. Passa pela de Taciele, Lira, Gusta, Kéfera, Aruan e Cellbit. As outras camas desse lado estão vazias, então ele vai para o outro lado.

Você pode comer o Aruan ou o Gusta, eles têm um cheiro ótimo.

Não, o cheiro deles me deixa irritado, eu quero alguém com cheiro mais doce.

Mauro bate o pé na perna da cama de Daniel e para se mexer por alguns segundos. Após notar que não acordou ninguém, continua a percorrer o local.

Passa pela cama de Daniel, Cocielo, e espera, a de Lukas também, sim é ele, o que será que ele está fazendo ali? Mauro se aproxima mais e o cheira. Não, não é um fantasma e nem está morto. Seu cheiro está muito bom para isso.

O Lukas tem um cheiro ótimo. – Ele ouve a voz na cabeça dizer. – Aposto que você adoraria comer a carne dele.

- É mesmo boa, mas eu já comi, quero experimentar algo novo.

A cama seguinte está vazia, é a dele, e conforme ele se aproxima da próxima, a de T3ddy, sente seu coração bater mais forte e a boca salivar ainda mais.

As mãos coçam e ele sente uma forte vontade de atacar T3ddy, seu cheiro é ótimo. Ele morde os lábios e segura na cama do amigo tentando se controlar.

Eu não comer ele, Eu não comer ele, Eu não comer ele, Eu não comer ele, Eu não comer ele.

Tudo bem, ainda tem mais pessoas que você pode escolher.

Quando sente que está controlado o bastante, tira a mão da cama e caminha lentamente até a próxima cama, que é a de Gabbie.

Mauro puxa o ar e um cheiro ruim chega a seu nariz. Ele começa a ficar irritado e a coçar o nariz. É o cheiro podre do demônio dentro dela.

Ah, seria uma boa experimentar essa carne, porque não tenta?

Esse cheiro é horrível, e o corpo dela está apodrecendo, vai morrer em pouco tempo, eu quero carne de gente viva, é mais saborosa.

Mauro se afasta rapidamente da cama e vai para a última que é a de Luba.

Após sentir seu cheiro por alguns segundos, suas narinas dilatam e ele respira fundo, trazendo para os pulmões o cheiro doce e gostoso de Luba. Na mesma hora soube que é Luba quem ele quer.

Seu corpo treme de êxtase e um sorriso homicida surge em seus lábios. Sua boca já está aberta e saliva escorre por seus lábios. Se o cheiro de Luba é tão bom, imagina como deve ser seu gosto.

Ele caminha até o lado da cama e levanta as mãos tremulas em direção as costas de Luba, que dorme feito uma pedra. Leva a mão em direção a ela e para quando está prestes a tocar suas costas.

Não, eu não vou comer ele.

Ele fecha as mãos e as recolhe próxima ao corpo. Fecha os olhos tentando afastar esses pensamentos.

Porque não? Tem o cheiro tão bom.

- Não, eu... ele é meu amigo.

Mauro engole seco, sentindo a vontade crescer dentro de si.

Amigo? – Uma risada ecoa em sua cabeça. – Você é um ghoul, um animal, você não tem amigos.

- EU NÃO VOU COMER! – Ele grita em voz alta.

Porra.

Segura a respiração e aguça os ouvidos tentando perceber algum barulho ou movimento no dormitório, mas por sorte ninguém acordou.

- Vai dizer que não quer? Não está com vontade de sentir o sangue dele passar por seus lábios? Sentir o gosto da carne dele na língua e sentir ela passando por sua garganta?

Eu quero... mas ele é meu amigo e não vou fazer isso.

Por que não? Você não tem culpa de ser assim, simplesmente aconteceu. E o T3ddy é seu amigo, vai te perdoar por comer o Luba. Ninguém vai te culpar.

Tem razão.

Não! Você não tem razão, eu posso me controlar se quiser.

Ah... qual é, experimenta só um pedacinho da carne dele, se não gostar é só parar.

Apesar dos pensamentos, Mauro sabe que não consegue se controlar. Nunca conseguiu e não é agora que vai conseguir, mesmo sendo um amigo. Ele sabe que vai atacar, sente isso, então desiste de lutar.

É tomado pela culpa por uma coisa que ainda vai fazer e sente seus olhos ficarem úmidos. Eu não quero ser assim. Mas sabe que não pode evitar.

Caminha até o outro lado da cama, ficando de frente para o rosto de Luba. Posiciona suas mãos perto do rosto dele e faz os movimentos. Tampa sua boca com uma das mãos e com a outra puxa seu braço.

O puxa por alguns segundos e vê os olhos de Luba se abrirem assim que seu corpo cai no chão, fazendo um pequeno barulho. Seus olhos viajam todos os lugares possíveis até parar no rosto de Mauro, acima dele. Então ele franze a testa e o olha confuso. Tenta dizer alguma coisa, mas não sai mais do que poucos gemidos.

- Desculpa.-  Mauro sussurra com voz vacilante. – Eu não posso evitar.

Mauro continua a empurrá-lo pelo quarto em direção à saída. Não vai comê-lo no dormitório. Luba aperta suas mãos com força e começa a se debater, mas Mauro sente apenas um pequeno desconforto. Sua força é muito maior.

Alguns segundos e alguns barulhos depois, eles chegam a porta. Luba consegue abrir a boca e morder sua mão, Mauro apenas arqueja e aperta a boca de Luba com ainda mais força.

Após alguns segundos tentando, consegue abrir a porta. Levanta o corpo de Luba e após lutar por alguns segundos, passa o braço em volta de sua barriga, prendendo seus braços para trás do corpo.

- Mauro, o que tá fazendo? – Ele se vira e vê T3ddy com o corpo meio levantado na cama. Luba solta um gemido alto e Mauro vê o olhar de T3ddy descer por seu corpo até ver Luba no chão. Então ele franze a testa e faz uma careta. Mauro não consegue responder, então apenas puxa Luba e sai do dormitório.

Apesar de sua força ser maior do que o normal, Mauro tem dificuldades para carregar Luba. Ele continuava tentando gritar e era bem pesado. Debatia os braços e as pernas, batendo-as no chão. Parecia estar tendo uma crise epilética.

É muita coisa para se preocupar. Tem que segurar Luba; segurar a vontade que está de mordê-lo e fincar suas garras nele até achar um local para fazer isso e tem que se preocupar com T3ddy, que a pouco havia passado pela porta do dormitório e agora vinha atrás dele.

- O que você tá fazendo? – T3ddy gritou atrás dele.

Ao mesmo tempo em que queria comer Lucas, ele não queria. Uma parte dele já tinha aceitado sua natureza ghoul, mas a outra ainda lutava para permanecer humano. Sentia-se tão dividido em tudo, e não tinha mais certeza de nada.

Após alguns minutos ainda fugindo de T3ddy, Mauro pensou que tinha o deixado para trás, mas segundos depois ele virou o corredor e continuou em direção a ele. Então Mauro parou e soltou Luba.

O que estou fazendo? São meus amigos.

Luba corre desengonçado até encontrar com T3ddy no meio do caminho e eles se abraçarem. A boca de Luba estava vermelha e dolorida, e sua perna esquerda doi de tanto ele se debater tentando se soltar.

Mauro fica de costas para eles. Sua visão ainda esta vermelha, mas agora está embaçada por causa das lágrimas que inundam seus olhos e escorrem por seu rosto.

 Que tipo de mostro coloca os próprios amigos em perigo? Meu deus! Eu estava prestes a matar o Luba. O que tá acontecendo comigo?

- Ei, Mauro, você tá bem? – T3ddy pergunta.

- Só me deixa em paz.

Mauro começa a correr pelo escuro em direção a uma porta no final do corredor.

- Volta pro dormitório que eu vou atrás dele. – Diz T3ddy.

Luba até tenta dizer alguma coisa, mas T3ddy já estava correndo na direção que Mauro tinha ido.

*****

[ POV T3ddy ]

T3ddy tentava não ficar muito atrás de Mauro, que corria meio sem jeito a poucos metros a frente dele. Parecia estar com algum problema, chorando talvez.

Toma cuidado para não se chocar contra alguma parede ou algum objeto pelos corredores. Na perseguição anterior seguia os gemidos de Luba, agora tentava seguir os poucos barulhos que o amigo fazia enquanto corria.

- Mauro, espera! Eu não to com raiva de você, a gente vai te ajudar!

No escuro Mauro apenas balançou a cabeça negativamente e continuou a correr.

Agora estavam em algum lugar do hospital que T3ddy nunca tinha estado, parecia haver corredores e mais corredores vazios, e havia uma luz fraca e um cheiro bolorento nas paredes e no teto. Pode ser o segundo andar, ou sei lá, isso não é importante agora.

Ao virar em um corredor, T3ddy se desequilibra e cai no piso que no atual corredor é de madeira. Ouve grunhidos atrás de si e ao virar a cabeça vê um zumbi surgir e vir em sua direção.

T3ddy vira o corpo, ficando de costas para o chão e começa a se arrastar para trás. O zumbi se joga sobre ele e T3ddy segura os ombros dele pouco antes de a boca da criatura tocar seu rosto.

Ela geme e mexe a boca tentando abocanhar alguma parte de seu corpo. T3ddy tenta empurrá-la para trás, mas a criatura é bastante forte e gorda. Parece ser uma luta em vão.

Ouve a cabeça do zumbi fazer um estralo e logo depois ser arrancada do resto do corpo e jogada em algum lugar atrás dele. Tripas começam a sair do pescoço do zumbi e cair em cima de T3ddy, que se levanta o mais rápido possível.

Mauro está atrás do corpo do zumbi e ao ver que T3ddy se levantou, volta a correr.

- Espera!

T3ddy passa pelo corpo do zumbi e começa a correr novamente atrás de Mauro. Após alguns minutos correndo e arquejando, já cansado, ele para em uma sala escura.

Viu Mauro entrar na sala, mas agora que está nela, não consegue enxerga-lo em lugar nenhum. Aguça os ouvidos e ouve pequenos gemidos vindo de um canto escuro da sala, se aproxima e vê Mauro de costas para ele, pressionando o rosto e a parte frontal do corpo contra a parede.

- Ei, o que tá fazendo? – T3ddy pergunta com voz calma.

- Não olhe pra mim. – Mauro responde com voz embargada.

- A gente vai ajudar você, não precisa fugir.

T3ddy se aproxima aos poucos e silenciosamente e toca o ombro do amigo. Mauro faz um movimento rápido e se vira para ele, revelando suas pupilas completamente vermelhas, finas veias saindo de seus olhos e indo até as orelhas, baba escorrendo por seus lábios e seu rosto molhado por lagrimas.

T3ddy forçou-se a olhar nos fundos dos olhos vermelhos do amigo e não desviar o olhar. Devia ter tentando ajuda-lo, mas desde que Mauro havia lhe contado que era um ghoul, tudo o que T3ddy fez foi tentar conversar com ele quando o mesmo parecia triste. Agora percebia o quanto isso era idiota, como conversar pode ajudar alguém a controlar a fome por carne humana?

- Eu sou um monstro.

- Não é! Você é meu amigo, e não tem culpa de ter se transformado nisso. – T3ddy abre os braços e faz menção de abraçar Mauro.

- Não me toque. – Diz ele com voz desequilibrada. – Não chegue perto de mim, eu posso machucar você.

- Duvido que vá me machucar. – T3ddy começa a levar o braço lentamente em direção a Mauro, que acompanha atentamente. – Sabe por quê? Porque eu sou seu amigo e você é uma pessoa boa. – T3ddy segura o braço tremulo do amigo.

O rosto de Mauro se contrai em uma careta e ele continua a chorar compulsivamente, tremendo os ombros e os braços, e também respirando fundo e ressentido. T3ddy se aproxima aos poucos e o abraça.

- Vai ficar tudo bem. – Ele sussurra passando a mão nas costas do amigo.

A boca de Mauro volta a salivar e ele sente vontade de morder o pescoço de T3ddy.

Você não quer sentir o gosto dele? Vamos, é só uma mordidinha, ele não vai sentir nada! Ele deve ter uma sabor bastante suculento!

 Mauro xinga mentalmente e empurra T3ddy com força para trás.

- Tá vendo? Eu não posso me controlar, eu tive vontade de te morder agora mesmo. – Ele passa as mãos pelo rosto limpando as lagrimas.

- Mais aí é que tá, você teve vontade, mas mesmo assim não fez!

- Mas eu não consigo me controlar por muito tempo, se continuar perto de mim eu vou estraçalhar seu pescoço e comer você. – Ele coloca a mão no bolso. – Só tem um jeito de resolver isso. – Ele levanta o braço, revelando uma arma.

- Ei o que tá fazendo? – T3ddy se afasta e abre as mãos em frente ao corpo em sinal de rendição.

- Eu vou me matar. – Mauro a coloca em baixo do queixo.

- O que? Passa essa arma pra cá. – T3ddy estende as mãos. - Onde você conseguiu ela?

- Achei ela por aí, e se você é meu amigo e gosta de mim, não vai tentar me impedir. – T3ddy começa a dar pequenos passos em direção a ele e Mauro faz o mesmo tentando se afastar.

- QUAL O SEU PROBLEMA? – Mauro vocifera com raiva e ainda chorando. – OLHA PRA MIM! OLHA PRO MEU ESTADO! EU VIREI UM MOSNTRO, UM LIXO. EU COMO CARNE HUMANA. EU COMI O LUKAS E O CHRISTIAN, E VOU COMER TODOS VOCÊS, E NÃO ADIANTA DIZER QUE NÃO É VERDADE. – Mauro balança a cabeça negativamente. – PORQUE EU SEI QUE NÃO CONSIGO ME CONTROLAR! POR MAIS QUE EU TENTE, EU NÃO CONSIGO! A FOME SEMPRE É MAIOR, E MEU LADO GHOUL SEMPRE VAI SER MAIOR E MAIS FORTE DO QUE MEU LADO HUMANO!

- Olha isso não é verdade, você não...

- Para T3ddy, você sabe que é. Quando eu aceitei que tinha me transformado em um ghoul, meu consolo foi pensar que eu poderia usar minhas habilidades pra te proteger, proteger o Luba, e todos os outros. Mas agora eu sei que não posso fazer isso. Olha o que eu estava prestes a fazer, eu ia matar o Luba!

- Mas esse não era você, você não é assim.

- PARA DE DIZER ISSO! – Mauro grita e volta a chorar. – ESSE SOU EU SIM, EU SOU UMA ABERRAÇÃO DA NATUREZA! E POR MAIS QUE EU DIGA QUE NÃO, UMA PARTE DE MIM QUERIA MATAR O LUBA PRA COMER ELE, E QUER MATAR VOCÊ TAMBÉM.

- Olha. – T3ddy agora começa a chorar. – Você é meu amigo e é muito importante pra mim, aqui dentro então, você se tornou ainda mais importante. Você pode dizer o que for, ou sua aparência pode estar a mais estranha possível, mas eu ainda vou acreditar que você é o Mauro, meu amigo, e não vou te abandonar. – T3ddy começa a chorar ainda mais e vai enxugando as lagrimas à medida que caem pelo rosto.

- Eu queria ser assim. – Diz Mauro soluçando. – Queria ser alguém que você e os outros pudessem contar, mas como eu vou proteger vocês se a ameaça sou eu?

T3ddy não conseguia mais falar, apenas balançou a cabeça e continuou a chorar. Sabe que o amigo está certo. Mauro é uma ameaça para ele e para todos os outros, mas T3ddy não se importa, Mauro é seu amigo e ele o ama. É idiota pensar assim, mas não quer e não vai abandoná-lo mesmo que isso o coloque em perigo e acabe o matando. É isso que significa ser amigo.

Mauro posiciona o dedo no gatilho.

- Por favor. – Diz T3ddy já soluçando de tanto chorar. – Não faz isso.

- Eu espero que você e o Luba sejam felizes. – Mauro sorri em meio às lagrimas – E eu te peço uma coisa – Ele respira fundo. – Não me esqueça, não se esqueça de mim.

- Por favor... – T3ddy vai se aproximando lentamente dele. – Me dá essa arma, a gente precisa de você, eu preciso... – Sente seu coração prestes a sair pela boca, não quer perder o amigo, muito menos assim.

- Eu te amo cara. – Mauro dá um último sorriso e aperta o gatilho.

T3ddy fecha os olhos no momento em que ouve o disparo, e instantes depois ouve o baque do corpo de Mauro caindo no chão. Abre os olhos e vê o corpo do amigo caído no chão, ele está com um buraco na cabeça e sangue começa a jorrar dele, formando uma poça no chão. A parede atrás dele está suja de sangue que espirrou logo após o tiro.

T3ddy sente o desespero crescer em seu peito. O amigo morreu. Ele não foi capaz de salvá-lo. Se tivesse se esforçado mais...

 Ele olha para o corpo até sua visão ficar embaçada de lágrimas e não conseguir enxergar mais nada. Os braços e pernas estão trêmulos e ele cai de joelhos no chão.


Notas Finais


...
5 linhas de silêncio em homenagem ao Mauro 😐





Gostaram?
Bom, Voltamos aos 12 sobreviventes humanos e 1 cachorro com nome de fruta...
Como as aulas voltaram, não sei quando vai ser postado o próximo capítulo 😐
Mas vou tentar escrever logo e postar nos próximos dias.
Até lá 🙋🙋


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