Lista de leitura Acompanhando

VAGAS ABERTAS (0/7)

Não há ruelas ou breu que disfarcem as cartas que chegam através da noite, em meio a madrugada. Entregues com cuidado por mãos astutas ao comando de uma mente arteira e maliciosa, aquelas pobres almas não tinham qualquer escapatória. Os murmúrios durante o turno matutino, quando as vielas são preenchidas pela movimentação e as barracas que abrem no centro comercial empilham suas mercadorias, se tornando cada vez mais frequentes. O assunto passando através de uma oratória vulgar, recheada de mais do que espanto, talvez até mesmo temor: É dado o início a mais um baile do tributo! Oh, pobres crianças perdidas... Quem agora seria levado para as covas frias e profundas da solidão? Quem seria condenado ao vazio e à combustão do érebro?
Não existiam boatos que livrasse a pele da realeza. Cada pequena fofoca escorria como veneno pelos aldeões cansados de seu império, notícias tão sórdidas balançavam pelas palavras e faziam morada nos ouvidos dos habitantes de Astrea. Os ocorridos, todavia, ainda eram um mistério para todos. Em meio a uma maldição lançada sobre o Imperador e seus filhos e os rumores acerca dos herdeiros, a população não poderia ficar mais abismada e desolada. Quantos irmãos ainda perderiam? Quantos filhos seriam despedaçados pelas mãos das crianças mimadas do Rei? Até quando se ouviria os choros de seus vizinhos? Nada poderia reparar o sofrimento causado quando um tributo saia de casa e nunca mais retornava para o aconchego e afago da mãe.
Obrigando-os a entrar em uma época festiva, a única diversão que tinham era a de comprar os tecidos e adornos, e encomendar os vestidos e trajes mais deslumbrantes que quase nunca poderiam usufruir em suas vidas através das mãos habilidosas da maior costureira de renome do reino, enquanto rezavam pela sorte de não serem um dos sorteados. Ainda assim, mesmo com as histórias macabras e horrorosas, a última coisa que esperavam era terem que lidar com um desaparecimento avassalador.

(SISTEMA DE INTERAÇÃO DEFINIDO)

Capa por @PUSSYMEOW
[vagas abertas 0/4. inicio: 04/11/2021]

Caos: desordem, confusão, desequilíbrio. Na mitologia grega, caos é considerado o deus primordial do universo, de acordo com a narrativa do poeta grego Hesíodo. Inicialmente, caos seria interpretado como o vazio entre a Terra e o Éter;

Foi em 3000 e pouco, ou 35 do ano novo. Nunca acompanhei essa mudança de calendário, de qualquer modo. Vivíamos em guerra. Guerra após guerra, morte após morte. Solidão. Tristeza. Menos para os vampiros. E eu, vivendo entre os dois mundos, não podia fazer nada. Tampouco os humanos, frágeis como são. Precisávamos de algo superior. Nem vampiro, nem humano. Algo no meio disso. Não saberia te explicar em palavras... Anjos, creio que se chamam assim.
Você vai precisar me ajudar se quiser que continuemos vivos para contar história.

Aos 17 anos, Calista Dozier enfrenta uma tragédia devastadora.
Sua mãe comete suicídio por enforcamento na floresta atrás da igreja que tanto amava. Seu pai desaparece logo em seguida. Sem lar, Calista é acolhida por um padre que oferece abrigo e sustento. Porém, a casa onde ela passa a morar abriga seis rapazes misteriosos, cada um com segredos obscuros. À medida que Calista desvenda os enigmas da mãe, ela se vê envolvida em uma trama sombria e sobrenatural, onde o próprio sangue revela segredos inimagináveis.