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O cotidiano na direção da máfia é algo bastante exaustivo, e isso fica ainda mais evidente quando nota-se que Sasuke Uchiha, o braço direito do grande líder da família Uchiha, é alguém que sofre com problemas de insônia e que após seguir os conselhos de seu consigliere procura ajuda com uma psicóloga, que inconscientemente se torna alvo de diversas "investigações" à mando de um dos pioneiros na Máfia Italiana.
Sakura Haruno, a doutora cabeça dura e amante de armas, nem imaginava que as consultas, antes silenciosas, a envolveriam nos problemas que rodavam a mente de seu mais novo paciente.

Em uma parte de mim eu jamais me pegaria apaixonada, tão perdidamente depende de um sentimento tão frouxo e falho como o amor.

Nessa minha mente pesada e peito vazio, eu carrego as dores daqueles que um dia me odiaram e amaram como ninguém jamais fez.

E você, sim, você sabe que eu posso te usar, sim, alguém fácil para mim, alguém como você. Mas não alguém como ele.

Com um simples respirar, o mover de sua boca ao chamar meu nome.

Apenas sua presença.

Um amor doentio e libidinoso que causa um buraco em meu pobre órgão que bombeia sangue.

Aquele maldito olhar, cabelo e imprudência me tiraram o chão da mesma forma que me tirou o ar quando ele me chamou para sair.

Eu.

Sua chefe.

Hoje eu penso que o jamais chegou.

Uchiha Sasuke.

Você será a minha ruína ?

No mundo da yakuza ter sentimentos é mostrar fraqueza, é dar armas para seu inimigo.

O imponente e intimidador Uchiha Sasuke é quem comanda toda a máfia japonesa com mãos de ferro. Conhecido como o Oyabun mais impiedoso e sem sentimentos que já esteve à frente daqueles homens, ele não tem espaço para amar ou se importar.

Mas, até mesmo o pior dos homens pode ser hipnotizado por um belo sorriso.
E ele faria tudo por sua flor, seu refúgio em meio a insanidade.
A única capaz de preencher sua existência vazia e aquecer seu coração de pedra.

Resiliência é a capacidade de lidar com seus próprios problemas, vencer obstáculos e não ceder à pressão de situações adversas.

Era o terceiro professor que Sasuke Uchiha colocava na rua em cinco meses; direta ou indiretamente. Um rebelde sem causa, disfuncional e muitas vezes insano. Irremediável.
Ele só não poderia prever que a professora substituta fosse a última coisa que, não apenas ele, imaginava: jovem, bonita, e depois de ouvir suas desventuras, houvesse sentido uma necessidade incontrolável de jogar com as mesmas fichas que ele.
No fim, ela se torna a única pessoa que não se deixa amedrontar por sua personalidade imperativa e disposta a escalar a muralha de egocentrismo que o cercava. A única que não o tratava como um monstro.
Algum tipo de monstro...