Lysdesandra

Damen presenteia Laurent com um gato de rua, um felino cor de marfim, olhos cerúleos e temperamento devastador e indiscutivelmente afetado.

Damen não diz – mas ele diz – que a criaturinha é Laurent, ou que, ao menos em parte, é como ele.

Laurent concorda.

Após a superação dos eventos perturbadores conduzidos pelo Regente e por Kastor, Damen e Laurent, finalmente, são coroados em seus reinos.

No entanto, um novo inimigo parece espreitar os dois amantes.

Acontecimentos estranhos se sucedem no aniversário de 22 anos de Laurent.

Estará o Regente mesmo morto?

Os primeiros minutos – e horas – após o último capítulo de "O Rei", nos quais Laurent se prontifica a sedimentar a vitória sobre seu tio, sobre Kastor, Ios, Akielos e Vere, enquanto tenta não enlouquecer nem pelo estado em que se encontra Damianos e nem pela teimosia inata de Nikandros. Isto é, seu ponto de vista desde o momento em que Damen fecha os olhos, o ponto de vista de que tanto precisávamos.

Apenas deixá-lo lá, nos calabouços pútridos sob a Cidadela que há pouco prendiam o afamado e excomungado ex-general de Elfhame, provou-se impossível. Suren – Wren – tinha de mostrar a Oak, tinha de dar a ele uma lição após tudo o que ele tinha feito, uma lição que, ainda que mínima, surtia muito efeito sobre o príncipe herdeiro de Cardan e Jude Duarte Greenbriar.

Estes são os capítulos 25 e 26 do Príncipe Cruel, a diferença é que aqui temos Judas, Carmen, Terrence e Nicaise. Todos os outros personagens permanecem inalterados. Isso, gente, são AQUELES capítulos. Mais especificamente, os dois capítulos que contém o primeiro beijo do casal.

Artista da capa (Instagram): @court_of_sketches

Beije-me, beije-me e leve o oxigênio dos meus pulmões. Elogie e elogie. Ignore o âmago e namore a superfície. Ignora o âmago e namora a superfície. Asfixie-me em um beijo. Eu o beijarei de volta, e dançaremos em volta da agonia.

Asfixie-me.

Estrangule-me.

Enforque-me.

Sufoque-me até que não reste mais nenhum meio de permanecer na dança de círculos. No ciclo.

Louis beijou-o – beijou aquele varão branco e francês com qualidade de nobre.

O Grande Rei de Elfhame desperta do riquíssimo mundo dos sonhos para a realidade tão ou mais felizarda que qualquer sonho. Uma linda e tangível realidade em que sua esposa — a primeira visão que tem ao abrir os olhos, contempla-se em frente ao espelho. Isto é, contempla e acaricia o ventre grávido em frente à superfície reflexiva, com Cardan desfrutando de sua imagem com o mesmo amor que ela destinava ao bebê em seus carinhos.