dudsjolie

Cosima era a caçula de quatro irmãs, e mesmo que pelo jeito desastrado e irresponsável ela duvidasse que pertencesse a talentosa família Niehaus, responsável por um dos Cafés mais bem-sucedidos de Toronto, a irmã gêmea a fazia descartar a hipótese da adoção. O lema, pegar e não se apegar destaca-se como o primeiro item na extensa lista mental que ela carregava, e em que as conquistas difíceis fazia parte apenas para afagar seu enorme ego.
Para ela, lidar com relacionamentos e ex-namoradas, sempre havia sido algo mais complexo que desenvolver um Malware. Até o dia em que ela conhece a prima de seu sócio, Delphine Cormier.
Delphine passava por um momento difícil, a morte recente do pai, fez com que ela erguesse uma enorme barreira ao seu redor. Fácil, nunca havia sido a palavra que melhor definiria a convivência conturbada que ela tinha com a madrasta e as duas “meio irmãs”. Com o único propósito de cumprir com as obrigações exigidas por um testamento deixado por John Cormier, ela volta para sua antiga vida em Toronto.
Para ela, envolvimento era uma palavra derivada de outras três em uma lista de ordem crescente: tempo, confiança, e atração física.
Ao conhecer Cosima, a ordem dos fatores mudou totalmente suas certezas. Mudou totalmente sua vida.

Era pra ser apenas mais um trabalho só que a vida nos mostrou que ela tinha mais para nos oferecer. Os destinos foram traçados e o desafio era não se apaixonar. Duvido que sairá algum vencedor dessa competição!

Nos conhecemos nas gravações da série onde eu sou a protagonista. O que posso dizer ? Eu bati o olho nela e pensei. "Que mulher! Se eu fosse hetéro, deixaria de ser neste exato momento." E então ela sorriu. E terminou ferrando com a coisa toda. Os seus olhos verdes varreram a minha alma e sei que se ela realmente quisesse, veria que eu me envolvi naquele instante.
- Sou Laura Prepon - Ela me estendeu a mão e eu apertei sem desviar meus olhos dos seus.
"Você é linda."
- Obrigada! - Falei ao sentir o toque suave de suas mãos.
- O quê ? - Me perguntou sorrindo.
- Perdão. Sou Taylor Schilling. Prazer! - Respondi sinceramente.

Na juventude, Piper Kerman se envolveu com uma traficante internacional de drogas. Anos depois, foi presa e retratou sua experiência em um livro. “Orange is the new black” saiu do papel e se transformou em uma série, na qual eu interpretaria a protagonista, Piper Chapman. Eu sabia que esse seria um marco na minha carreira, só não pude prever que minha vida pessoal também não seria a mesma após conhecer minha principal companheira de cena, Laura Prepon.