brocoroles

Você e Leon são colegas de trabalho. A tensão depois de um momento crítico faz vocês cometerem erros irreversíveis.

Na manhã seguinte a carta da síndica, pedindo educadamente para não perturbar a paz do condomínio, eu joguei-a no monte de semelhantes lembretes. Correndo pra cama, aninhar-me nos braços relaxados dos dois homens da minha vida.

Ontem à noite, eu conheci uma guria
Já era tarde, era quase dia

Seguindo o episódio de hoje, onde vc e Reiner estão cansados de serem solitários

"Por que brigávamos, mesmo?", Ela questionava-se internamente. Não lembrava. Era sempre assim, após a briga aquela fod então pronto, um branco na sua linha do tempo.

Ele era mais velho. Eu, no início da minha vida adulta, não tinha como cativar sua atenção. Aos trinta anos, Nanami tinha tudo que sempre quis, mas era infeliz no emprego, isso era conhecimento de todos. Com apenas vinte anos, eu não tinha nada, a não ser problemas com minha mãe, um emprego temporário numa área que nem era a que eu cursava e uma pré-disposição ao alcoolismo e tabagismo. Eu estava completamente inerte ao fracasso, mas ele, ele me alimentava os olhos e a alma, com seu cansaço aparente, sua silhueta magra, o cigarro entre os dedos e as olheiras não disfarçadas. Eu era ele.

Sua mão, um tanto áspera, deslizava por meu braço nu e relaxado. Estava entregue na cama limpa, havia acabado de trocar os lençóis, suados e grudentos pelo calor incessante que agonizava metade da população. Ele prendera em um coque malfeito seu cabelo espesso e escuro como a imensidão do cosmo. Eu amava seu cabelo, deixava sua imagem selvagem, livre, liberta de convenções. Poderia passar minha vida toda enrolando seus cachos em meus dedos, apenas sentindo a maciez dos fios, o cheiro forte de camomila anestesiar minha mente.

Aquele maldito vestido branco, quase transparente, foi o meu declínio. Ela recusava-se a usar o uniforme. "Muito apertado", "Não gosto de usar calça, machuca minhas coxas". Como pudera dizer não àqueles olhos inocentes e enormes?

O bar era movimentado aos fins de semana, como qualquer outro. Ela chegava às 18h pontualmente, e era a última a sair. Uma ótima garçonete, na flor da idade, bonita como se fosse esculpida por Vênus. Quando a contratei, um ano antes, não sabia que seria o maior dos desafios da minha vida trabalhar junto a um anjo.