NariKimB

[...]
Corro e acabo me esbarrando em alguém, percebo que é uma menina e antes que chegue ao chão me viro de um modo para que caia em cima de mim e não se machuque.
_Você está bem? - a ouço perguntar, ela tenta sair de cima de mim mais a seguro. Abro os olhos e é ela. Encaro seus olhos, meu deus como posso ter me esquecido desses olhos. - Jimin me solta. - ela se levanta e eu também.
Estamos encharcados.
_Me desculpe. - ela faz uma reverencia e tenta ir embora.
_Espera s/n. - ela volta a me olhar, no fundo de seus olhos vejo uma leve chama de esperança. Estranho, parece que isso já me aconteceu antes.
Ela espera que eu fale algo. Está tremendo muito, está muito atrasada mais ainda sim está aqui me esperando.
[...]

Não tenho uma sinopse, usei todas as palavras nesse pequeno fragmento de um momento que eu não sei explicar.

Bolo na garganta, um coração acelerado e a falta de sono. Isso poderia ser uma linda história de amor? Mas quem seria esse par romântico?

Viciante é a palavra certa para Park Jimin, pois mesmo que você tente é impossível fugir e se torna ainda mais difícil quando se apaixona por ele. Como alguém consegue ser fofo e sexy ao mesmo tempo?
(...)
_Não estou entendendo Jimin-ssi. - diz com inocência.

Fecho os olhos enquanto passo minhas mãos no cabelo. Preciso me segurar para não agarra-la e beijar essa boca provocativa. Poderia nos trancar nessa sala agora e dar nos o prazer que queremos.

Me aproximo dela e a puxo pela cintura, quando meus dedos toca sua pele ela arfa.

_Você sabe bem como me deixar assim, excitado.

S/n ri soprado virando a cabeça pro lado e voltando a me encarar em seguida.

_Onde foi parar aquele Jimin inocente que conheci. (...)

(...)
Ainda não consigo acreditar que ele está aqui na minha frente.
_ Quando você chegou aqui? - pergunto quebrando o silêncio depois que nossos pedidos chegam.
_ Faz dois dias, eu estava tentando encontrar você e uma maneira de dizer que eu estava aqui.
_ Por que não entregou o suéter pessoalmente se já estava vindo?
Ele bebe um pouco do seu cappuccino.
_ Eu estava confuso. Desculpe-me estou atrasado.
_ Atrasado pra que exatamente?
Ele deixa sua bebida de lado e foca em mim.
(...)

(...)“Papai também é muito feliz por ter você e também te ama muito. Eu te amo mil molhões.”
“Não é molhões é milhões.” Li faz uma careta para o pai que ri.
“Mas eu não disse molhões.”
“Disse sim” Li diz convicta.
“Está bem, está bem, agora você precisa dormir pequena.” Jackson dá um beijo na testa da filha que fecha os olhos.
“Boa noite papai.”
“Boa noite pequena” (...)

O amor simplesmente acontece e você nem o vê e por isso pode estar fadado a fazer coisas que irá se arrepender e um dia vai pensar se não é tarde de mais e vai ficar remoendo ao passado pensando no “E se eu tivesse feito tudo diferente?”, mas nunca saberá a resposta, porque o passado já aconteceu e não existe uma máquina do tempo para te fazer voltar e concertar tudo ou apenas avisar o seu antigo eu. Não podemos voltar, isso nunca vai acontecer, porque o passado é a sua lembrança velha esquecida no sótão de uma casa grande ou no baú de um porão escuro que ninguém visita e é assim que tem que ser, porque as pessoas precisam seguir em frente, mesmo que estejam apenas sendo empurradas, o fluxo precisa continuar, nada nem o tempo irá parar por você e sua história. Mais pode passar o tempo que for e mesmo empoeirado o amor vai continuar lá e você vai estar sempre voltando pra ele.

“Por que quando amamos alguém parece que o sentimento não cabe no peito como se simplesmente fossemos pequenos de mais para a intensidade do que chamamos de amor?”

Desligo o aparelho e olho para o sinal dos pedestres que acaba de ficar verde e então a vejo. Não Barbara, mas sim Ana a mulher que achei ser o amor da minha vida. Ela está parada do outro lado e me encara. O mundo é mesmo pequeno e dá voltas muito loucas quando imaginaria que a encontraria justo aqui?