flowervil

O trabalho em uma cafeteria humilde em tempo integral em Seul me dera muitas oportunidades, inclusive a de conhecer Choi Seung Hyun, o homem que por muito tempo levei como o homem da minha vida.

Com um casamento frustado a beira do divórcio e recém estagiária em uma área que não era a sua de formação, como apenas uma secretaria. Você poderia se deixar levar por qualquer coisa, vindo a considerar todos os recentes problemas que a atormentava, menos a trair seu marido, nunca se imaginou nessa situação e nem a ceder a esse nível, mas até onde seus sentimentos poderiam aguentar? Ainda existia amor para lutar pelo seu casamento ou seu amor agora pertencia a Park Jaebum?

Há mais ou menos dois anos me mudei para a Coreia do Sul, com o objetivo de terminar minha graduação em medicina. Tal oportunidade me foi dada por conta da bolsa que ganhei, decorrente do destaque nas minhas notas semestrais, enquanto eu ainda fazia faculdade no Brasil.

A mais ou menos três meses, ganhei uma vaga como enfermeira e aprendiz no Hospital da Universidade Nacional de Seul (SNHU), sou uma das dezenas de alunas do Dr Kim – um renomado cardiologista do hospital e também um cara super boa pinta. Ele é alto, moreno, de lábios cheios e avermelhados, sempre com aquele seu olhar marcante, que fazia um belo contraste com seu carisma ao ensinar. 

Todos em nossa turma sentem uma leve atração pelo mais velho – incluído eu, não vou negar – mas, tento não me iludir com isso. O Dr. Kim é um médico muito conhecido, por seus vários anos de experiência. Além de ser respeitado por todos na alta sociedade, vem de família rica e contemporaneamente coreana. E eu? Sou muito diferente das demais garotas nativas daqui. Vim de um país totalmente diferente, sou negra e de família humilde.

Não tenho condições tão boas assim, e estou longe de estar nos padrões que essa sociedade impõe. Por isso, não alimento o sonho de que meu Sunbaenim me vê com outros olhos, a não ser como uma simples aluna.