LouizyHoran

Um mês. Dois meses. Três meses. Quatro meses. Cinco, seis, sete, oito...Nove.... Um ano se passou. Nem uma só ligação, uma mensagem ou quem sabe uma carta. Nada. Ela simplesmente parecia ter me apagado da memória. Seu número ficava no topo da lista do celular, suas fotos pairavam sobre a minha cama já que eu dormia e acordava ao lado delas. Ela era minha irmã, minha namorada, minha garota e isso não significava mais nada.

Depois de traumas existem coisas que se impregnam em nossas mentes de diferentes formas. Coisas mudam conforme o dono do coração que é quebrado. E muitas vezes sonhos são despedaçados, corações e mentes enfraquecidos. E quando algo inspira confiança, espera-se que ela nunca seja quebrada. Depois de ver coisas que não deveria, apenas a inocência de criança fez de Zayn uma pessoa forte o suficiente para crescer, mas embora ele consiga seguir em frente, o passado sempre insiste em retornar a sua mente. Há apenas uma pessoa e um brilho no olhar que pode fazer seu mundo girar novamente, mas o mundo dela é como um cristal quebrado e gira como um carrossel, parando sempre no mesmo lugar.

Ela queria estabilidade, família, colo, amor, paixão, loucura e juventude. Ela queria fechar os olhos e não conseguir se imaginar em outra vida que não fosse a sua. Queria voltar o tempo e mudar coisas, ter se esforçado mais e quebrado a barreira que existiu por tanto tempo entre eles dois. Tudo que ela queria era sentir um único cheiro todas as manhãs e se esse cheiro não fosse o dele nada faria sentido, tudo seria mórbido. Se a família não fosse com ele não seria feliz, não seria duradoura. Se o colo não fosse o dele não seria útil, não valeria nada. Se o amor, a paixão, a loucura, a juventude ou qualquer outra coisa que ela ou ele desejasse ter não fosse ao lado um do outro, mesmo com o contraste entre seu amor e seu ódio aparentemente indestrutíveis, não valeria a pena realizar qualquer que fosse o sonho. Ela poderia ter escolhidos mil motivos para odiá-lo, mil motivos para ir embora e citado cada um deles cada vez que fosse preciso por ordem cronológica. Ele poderia ter descartado todos os motivos para apaixonar-se como já fizera diversas vezes.