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Hinata era estúpida.

Estúpida ao ponto de se deixar fazer de boba quando todo o universo parecia indicar que aquele relacionamento não daria certo, e mais estúpida ainda por deixar um desconhecido entrar em sua casa quando, na verdade, ela só desejava cair em sua cama e se permitir chorar.

[Estória sendo reescrita.]
[18+ por conta de palavras inapropriadas.]

Amava Neji com tanta devoção e cumplicidade de uma segurança irremediável. Queria-o como não iria querer mais ninguém, amava-o como nunca amaria outra pessoa e aquele amor a sustentava, a fazia sentir-se viva.

E, sendo assim, esperaria-o o tempo que fosse necessário.

Sasuke Uchiha odiava romances clichês. Tanto em livros ou filmes, nunca gostou de histórias de amor em que tudo se encaixava perfeitamente e terminava com um “felizes para sempre”. Isso, é claro, até encontrar Hinata Hyuuga, por quem se apaixonou desde a primeira vez que a viu e passou a viver uma vida de conto de fadas ao lado dela e de Boruto, o pequeno menino de seis anos, fruto do relacionamento anterior da mulher.

Contudo, o que era tão leve e belo tornou-se trágico quando a Hyuuga sofreu um acidente de carro e ficou meses em coma, sem previsão de melhora. Ao ela finalmente acordar, o Uchiha teve a desagradável informação de que o período inconsciente a fez esquecer boa parte dos acontecimentos dos últimos anos; principalmente, dele.

Ser visto como um estranho pela mulher que mais amava era difícil, ainda mais com eles vivendo sob o mesmo teto. Todavia, nem toda a tristeza daquela situação foi capaz de fazer o amor de Sasuke diminuir. Ele provaria a ela que os dois eram o final feliz um do outro, com um amor que ultrapassaria todos os “eu te amo” que poderiam ser escritos em livros de romance depois de travessões.

Toda a euforia do menino deixou que Hinata sorrisse sinceramente e com o coração porque ela também era uma pessoa gentil.

[Chouji x Hinata | Universo Alternativo]

Hyuuga Hinata era uma daquelas pessoas que ninguém nota, daquelas que passam despercebidas ao olho nu. Uma alma bondosa, que se enganou demais, e agora tudo o que restava era a sombra de seu arrependimento.
Ela era, principalmente, uma daquelas pessoas que vivem sorrindo para encobrir todo o seu sofrimento, por que ela jamais se perdoaria por magoar alguém que ama, mesmo que isso custasse sua vida.

E, agora, ela era apenas mais um dos incontáveis corpos naquele cemitério. Receberia visitas de vez em quando, com flores que não gostava sendo deixadas em seu tumulo. Ela choraria em sua cova, entristecida por perder tudo aquilo que mais amava.

O que de bom na vida ela tinha feito, afinal?

"Ao seu redor tudo estava no breu, sem luz alguma, sem direção, só ouvia sua própria respiração, mas ainda assim sabia que “ele” estava ali, atrás dela, com esse pensamento lágrimas se misturaram ao suor, transparecendo sua dor e medo, tudo o que queria era ver o rosto de seu amado, ouvir sua voz, nem que fosse uma última vez"

Aquilo podia só ser um sonho agora.
Mas em outro tempo tudo fora realidade.
Uma realidade que só havia conseguido escapar por que ele a resgatara.