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Quando um artista se apaixonar por ti. Terás constelações pintadas nas tuas costas.

A verdade era que ele estava certo, então porque é que doía tanto?

Domingo a domingo, num sofá, numa praia em qualquer pedaço do planeta. A tua mão quente contra a minha fria e um toque leve e genuíno que a tenta aquecer.

Lee Ji Eun invejava a liberdade dos pássaros que podiam voar para onde quisessem; invejava as estações do ano que fugiam depois de se cansarem de existir. Invejava tudo o que fugia, com a maior graça e delicadeza, sem deixar preocupações para trás.

Quem lhe perguntasse qual era a melhor parte de namorar Ji Eun, ele responderia sempre igual: Tudo e Todo. Toda ela e tudo nela.

Era meia noite, eram duas da tarde e era de manhã. Eram todas as horas do dia na sua cabeça latejante, que contava todos os números que se conseguia lembrar para se acalmar.

Toda a insanidade erótica da mente de uma adolescente ordinariamente estranha, vivendo em seu próprio mundo mirabolante. A sapiossexual sonhando com toda a imperfeição da utopia. Porque pensamentos movem o mundo. E como poderia eu entender alguma coisa, se não entendo nem a mim mesma?

Eu apaixonei-me por ti quando tinha dezasseis anos. Vivi ao pé de ti as melhores das aventuras. Desde subir montanhas e partir o braço, a quase morrer numa onda no Hawaii.

Cai miudinha a chuva. Molha os meus cabelos, os lábios e o teu rosto. Acomoda-se na gravilha cinzenta e vai criando pequenas poças ali e acolá. E ficamos encostados um ao outro. Numa dança guiada pelos batimentos dos nossos corações acelerados.

Tu cheirava a rosas e eu a cigarro.
Tu cantava alegremente e eu cantava com o coração partido.


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