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“Havia certa obsessão a cerca deles, Will não entendia, mas era de se notar. Hannibal cheira, acaricia, puxa e as vezes até lava os seus cachos. É interessante, e definitivamente, passou a se tornar prazeroso para si tanto quanto era para ele.”

O agente estava parado em frente ao espelho presente em uma das paredes do quarto pelo que parecia ser um tempo considerável, a roupa íntima era a única peça em seu corpo. Ele parecia se auto analisar tão profundamente que se quer se incomodava com a sua presença.

— O que há de errado, Will?

O menor o olhou pelo espelho, sorrindo forçado. Havia algum tipo de dor em seu olhar. Colocou sua mão sobre a cicatriz em seu abdômen, concentrado, ele tinha um semblante quase choroso.

— Eu nunca havia parado para pensar que elas nunca irão sumir.

— Até onde está disposto à ir por mim?

— Sabe que eu faço tudo o que você quiser, Will. Tudo, o mais absurdo que seja, e não seria difícil.

O olhar provocativo; rude de Will não escondia o quão satisfeito ele estava de escutar isso.

— Oh, John! Está tudo bem?

Não era difícil de perceber que andava avoado, pelo jeito. Dessa vez, havia sido Sra. Hudson quem o trouxe de volta a realidade.

— Claro, claro, só estava pensando. A comida está ótima, Sra. Hudson.

— Ah, querido, não...

— Obrigado, John.

Sherlock passou por trás de si rapidamente, segurando Rosie em seu colo e indo em direção ao fogão ligado, parecia anormalmente doméstico.

Talvez ele realmente estivesse enlouquecendo.

John não era normalmente atraído por homens em geral, ao menos era o que ele pensava. Ironicamente, semanas após se mudar para seu novo apartamento, bastante aconchegante aliás, ele notou que o vizinho à frente do seu apartamento tinha hábitos estranhamente preocupantes e talvez, talvez John tenha se sentido um pouquinho atraído por aquele homem.

“O único detetive consultor do mundo, Sherlock Holmes, foi avistado visitando seu colega Dr. John Watson no pronto-socorro em que trabalha segurando a filha inquieta do doutor e de sua falecida esposa no colo. Aparentemente, o detetive estava preocupado com o choro excessivo da criança. (...)”

Will, apesar de sempre carregar milhares de emoções pesadas em suas costas, raramente chorava. Por algum motivo, ele chorava como um bebê naquela noite.

— Meu irmão era o que eu posso chamar de comum quando criança, o que claramente o fazia infinitamente mais emotivo. Com isso em mente devo dizer que ele chorou até não possuir mais lágrimas ao notar que mesmo tendo entregue convites escritos com difíceis letras cursivas ninguém havia aparecido. A festa de dar pena acabou em um desastre, caso ainda não tenha conseguido imaginar a situação. – Mycroft olhava para o chão da sala como quem não está na mesma realidade que os demais, mal piscando seus olhos. — Enfim, – Finalmente olhou para John, sorrindo. — não recomendo que faça uma festa surpresa, já que além de o trazer memórias desagradáveis de infância ele possivelmente irá descobrir seu plano. Apenas compre um bolo, afinal, ele ainda gosta de doces.

— Acho que podemos faze-lo gostar de festas, não? – John disse com um sorriso tão animado quanto o da criança em seu colo, tanto otimismo deixava o irmão mais velho do detetive desconfortável até fisicamente.

— Por favor, titio, precisamos da sua ajuda!

Mycroft, mesmo sendo quem ele era, não conseguiria negar algo para uma criança tão determinada quanto Rosamund.

Os passos cada vez mais próximos o deixavam ainda mais nervoso, até que sentiu ele deitar sua cabeça abaixo de sua clavícula, o segurando como se precisasse de apoio.

— O que há de errado, Hannibal?

Ele endireitou sua postura, olhando em seus olhos e passando a segurar seu rosto, não tão gentilmente quanto costumava. Parecia pensar em algo que o aborrecia.




– Estória também postada no Wattpad.

— O que DIABOS você tem na cabeça? Eu não posso te deixar sozinho por dez minutos, DEZ MINUTOS!

Como Sherlock acabou nessa situação? Bem...começando do começo, havia tido a grandíssima sorte de ser apunhalado durante um caso, não era a primeira vez que havia sido ferido e muito menos a última, porém John tem tendências a fazer drama demais em quaisquer situação.