Fanfics de Loona - Classificação Quatorze - Tag Hyunsoul sem o gênero Sátira sem a tag Haseul

A chuva realçava as cores das plantas e o loiro de Jinsoul.
A menina que adorava brincar na chuva não se mostrava como era antigamente. As marcas de um amor não correspondido se revelaram na noite em que a pessoa no qual gostava foi vista por ela nos braços de outro. Era um dia chuvoso, frio e com clima melancólico. Agora a única coisa que a chuva trazia era o vidro embaçado que a permitia escrever juras de amor para aquela que nunca a olharia.

Kim Hyunjin é uma jovem com problemas de memória. Trabalhando (e morando) num antiquário quase falido, e já sabendo do “segredo” que seu pai insiste em “escondê-la”, a jovem despende seu tempo criando receitas de bolo mirabolantes para ter um resquício de lucidez — resquício este que, sem dó, esvai-se quando Hyunjin descobre que a sua história não estava sendo contada, de forma precisa e verdadeira, nesta dimensão qual ela se encontra, e tudo desanda, ou se alinha, com um abajur envelhecido e uma garota loira muito misteriosa.

Na primeira esquina da Rua da Liberdade, numa casinha tão azul quanto o céu matutino, morava Jung Jinsoul com seus quatro peixinhos apaixonados pelas músicas da cantora Mariah Carey. Seus dias se resumiam a trabalhar em uma livraria nas terças e quintas, tocar em bares com sua banda, distribuir girassóis de papel para almas perdidas no mundo caótico e criar coragem para aproximar-se de Kim Hyunjin, residente da casinha amarela do outro lado da rua, carinhosamente apelidada de “Dama Girassol”.

Jinsoul é diferente das outras garotas. Mas mesmo sendo um tiquinho diferente das pessoas com quem convivia todo dia, havia aquele um por cento de chance de trombar por aí com alguém totalmente igual a você (não em sentido literal, ainda bem...!). E bem no meio desse um por cento, havia Kim Hyunjin, a menina das figurinhas de Hello Kitty grudadas em sua bochecha, que gostava de usar coturnos cor-de-rosa e usava peças de roupa alternando entre o fofo demais ou o morbido demais. Na visão de Jinsoul, era essa a garota perfeita que os filmes de romance colegial americano tanto falavam sobre.

HYUNSOUL — Elas se apaixonam assim, e pouco tempo depois, partem para bem longe, onde ninguém, ninguém mesmo, as encontrará. Nesse lugar tão distante, não há muita coisa legal, como elas gostariam que tivesse, mas já é mágico o suficiente, não pelas nuvens de cristal ou estruturas de algodão doce, mas por estarem juntas, sabe, como Hyunjin e Jinsoul, ou Jinsoul e Hyunjin.

Kim Hyunjin, a típica garota desastrada, que adormecia no meio da aula e que sempre tentava ao máximo chamar menos de atenção possível. Para ela estava tudo muito bem ficar isolada de todos e ouvir a discografia do seu grupo favorito, Girls Generation. Mas isso tudo mudou drasticamente com a chegada da segunda-feira e isso significava uma única coisa, Educação física. Hyunjin era péssima em educação física e quando foi obrigada a participar de uma partida de queimado, nunca pensaria que começaria a amar a pessoa causadora de uma bela dor em seu nariz, que fora torcido. Jung Jinsol, a metade que faltava para completar a vida de Hyunjin. Aquilo foi um amor a primeira bolada.

Foi numa manhã como qualquer outra em que HyunJin percebeu que amava JinSoul.

Jung Jinsoul, uma radialista de meia-tigela, um tiquinho insana, de uma cidadela pacata, gosta de comentar sobre tópicos-utópicos — um quê errôneos —, o clima monótono e fatídico de todos os dias, o gato de estimação chamado Vinil e claro, dedicar as músicas mais bregas e piegas para a moça de cabelos ônix e humor duvidoso com quem passará o resto de sua vida: uma tal de Hyunjin que os ouvintes já não aguentavam mais ouvir falar. Desliguem seus rádios!

Entre estradas de paralelepípedos traiçoeiros e ruas com nomes de frutas, naquele distante — que nem Plutão — bairro com um nome enganoso — dizem “Kosmos”, mas aqui é diferenciado, sendo com “c” — Hyunjin tentava sobreviver a mais um dia tedioso, vivendo em meio a ruas mais vazia que a imensidão do universo. Só até observar com seus olhinhos curiosos de gato e alma pura de uma velhinha fofoqueira, uma moçoila de olhos coruja e cabelos roxosos —Jung Jinsoul, mocinha punkeira e de áurea jupiteriana — se mudar pra uma casa em frente a sua.

Os seus passos sobre a areia da praia eram calmos e lentos enquanto que os seus pés descalços deixavam pegadas por onde a jovem passara sem rumo, sem saber por onde seguir. Os seus tão belos porém portadores de tanta tristeza olhos azuis passeavam-se pelo os seus arredores enquanto o seu coração se apertava em preocupação e a sua feição expressava tamanha tristeza e esperança. Ela não poderia ter ido tão longe. Ela poderia estar por ali... Ela tem que está por ali. A jovem Jinsoul não pode deixar a sua amada ir embora... Não pode deixa-la partir...


" Where's My Love "- SYML.