Fanfics de PURPLE KISS sem o gênero Romântico / Shoujo

Estávamos apenas nós duas perdidas no meio daquela floresta, onde apenas se avistava árvores altas que cobriam toda o local, o deixando mais escuro conforme o sol ia se pondo. A escuridão havia tomado conta, mas graças a barraca que estava na grande mochila que minha irmã me obrigou a levar, tínhamos um lugar para passar à noite, só não contávamos com um dia quente e um desejo incontrolável reprimido depois de tantos anos afastadas.

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Em meio a uma nevasca, Yuki foi deixada em uma aldeia de bruxas. E em meio a uma nevasca, ela deve se provar capaz para conseguir sobreviver e ser considerada uma bruxa adulta, junto com Chaein e Wheein.
Mas em meio a nevasca, ela descobre um poder capaz de mudar o mais gélido dos corações.

Dosie e Ireh iam todo domingo assistir um show ao vivo no barzinho da esquina da casa delas, elas dançavam Zeca Pagodinho agarradinhas e bebiam Coca geladinha numa mesinha de plástico da Skol.

Esquilo e tubarão. Seoyoung e Eunseong. Soulmates. Há muitas maneiras de denominar a dupla de loiras e sua amizade tão singular que envolvia — de alguma maneira extremamente curiosa — Era do Gelo, pulseiras da amizade e palavras carinhosas e cheias de afeto.

Talvez fosse mais fácil denomina-las simplesmente como Ireh & Dosie.

Goeun lamentou ao perceber tardiamente que Jieun não era indefesa. Pela primeira vez, desde que era criança, arrependeu-se de ter feito a escolha errada e sentiu medo das consequências. Tinha noção de que o trabalho não seria fácil, que não conseguiria salvar aquelas pessoas, mas mesmo assim deixou-se ser dominada pela ganância. Infelizmente, o espírito da floresta amaldiçoada e seus demônios não perdoam aqueles que não respeitam seus animais.

É um sábado de manhã melancólico para Eunseong. As nuvens se seguram para não chorar e o frio parece atravessar os seus ossos, seus dedos do pé já enrijecidos ao andar pela areia descalça. É sentindo o vento cortante contra o seu rosto que espera pacientemente a menina-sereia-gato ter a sua conversa diária com o monumental Mar, observando a intimidade entre garota e água enquanto sente seu corpo tremer por inteiro.

Tudo isso sem saber que bastaria um café da manhã e algumas (várias) palavras com Goeun para ter seu coração, corpo e alma aquecidos por completo.

Trinta e um de outubro. As cortinas se mexem mesmo com as portas e janelas fechadas e a chuva do lado de fora é ensurdecedora. Pontos vazios são preenchidos em um piscar de olhos. Mori Koyuki espera pacientemente, mesmo sem saber o que a aguarda. 15 minutos. Um diálogo. Marcas doloridas de um passado e presente póstumo.

"Espero que possa manter nossa conversa em mente e se recordar: Nossa Senhora das Dores preza por você."

Uma vez olhando para baixo, na direção de uma Lunática começando a ficar aborrecida com tamanha indecisão, Seoyoung reprimiu a si mesma de sorrir minimamente.
Porque, no fim das contas, tinha alguém que se importava com ela. Alguém que queria passar a virada do ano em sua companhia e se deu ao trabalho de vir até sua casa para lhe chamar, mesmo correndo o risco de ser ignorada.
Podia não ser um familiar, ou um parente querido. Contudo, o conceito de família não se baseava apenas em relações sanguíneas. Era sobre aquilo: relevância e companhia. Sua amiga era simplesmente muito mais família do que aqueles que viviam embaixo do mesmo teto que o seu, e diziam se importar.
Alguém que, bom… acreditava que ela podia ser lembrada e importante.

Aquele em que todos querem o doce suco de Na Goeun e ela não se importa em compartilhá-lo.

SuJin gostava muito de correr nos campos floridos com SeoYoung, mesmo que depois ficasse toda alérgica por causa das borboletas.