Por mais popular que Hyunjin fosse, ele definitivamente não conseguia enxergar sua própria beleza quando o elogiavam, mesmo que tentasse com todas as suas forças. Começou a ver seu brilho quando começou a receber bilhetinhos anônimos em diversos jeitos, sentindo-se melhor a cada elogio recebido de um mero desconhecido.
Seo Changbin achou que aquele seria mais um crush não correspondido — mal sabia que não só Jisung, como o namorado dele, estavam dispostos a passar a noite com ele (e futuramente os dias também).
Minho sempre gostou de ser certinho, o que acabava deixando-o num ciclo repetitivo todos os dias. É o professor de filosofia perfeito, o cara que nunca sai de casa aos finais de semana e que nunca pôs um gole de álcool na boca, coisa que deixava Jisung frustrado, até o dia em que seu melhor amigo lhe levou para o mal caminho, ou, em outras palavras, para os braços tatuados de um australiano desconhecido.
Ao se mudar com a família para uma nova vizinhança, Yang Jeongin, uma doce criança desfrutando dos momentos finais da infância, rapidamente percebe que seus novos vizinhos são um tanto quanto peculiares — lê-se: visivelmente todos eles têm alguns parafusos em falta. O que foge da compreensão do pequeno e suas primeiras impressões é que justamente ali, em meio a tanta maluquice, ele viverá as maiores aventuras que antecedem o início da adolescência (e suas temíveis mudanças), criará as mais doces e questionáveis lembranças e estabelecerá laços fortes o bastante para resistir a ação do tempo.
[longfic • kids!au • desafio stay ]
Naquela tarde chuvosa de dezembro, Jisung tinha ao seu dispôr tudo que uma apaixonado por filmes e séries mais amava: um sofá-cama aconchegante, a coberta mais quentinha do mundo, uma TV grande bem localizada na sua sala escura, conta da Netflix em dia, pipoquinha quentinha para fazer uma boquinha e a companhia de seus melhores amigos, que gostavam tanto ou mais de diferentes universos fantásticos que o próprio Han. Contudo — e por incrível que pudesse parecer —, Chan e Changbin estavam sendo um incômodo para moreno de bochechas fartas desde que colocaram o primeiro episódio de The Untamed para assistirem.
— Se eu soubesse que ia servir de vela pro casal melação, nem tinha os convidado — resmungou baixinho, olhando de rabo de olho para os dois ao seu lado: ambos confortavelmente deitados e cobertos até a altura do pescoço, conversando aos sussurros e trocando selinhos melosos, sem prestar um pingo de atenção no episódio que passava.
Seo Changbin sempre achou que de ruínas vivia o jovem da atualidade, no entanto aquele bibliotecário lindo de morrer o mostrou que, às vezes, essa ideia era totalmente antiquada.
Em seu primeiro dia na creche, Changbin, o porcoelho, de repente se viu rodeado de garrinhas e bicos (supostamente!) afiados e dentes (bambos) que surgiam ameaçadoramente em meio a gargalhadas estridentes dos seus, agora, coleguinhas. Apavorado, ele se encolheu no colinho aconchegante de sua amada mãezinha.
Contudo, talvez um lobo gentil munido de sorrisos calorosos, uma fuinha empolgada e um pintinho fofo e persuasivo fossem o suficiente para que o pequeno porcoelho percebesse que aquilo que via não era nenhum pouquinho ameaçador.
Changbin estava muito feliz por poder ir para a casa do amiguinho, Minho, comemorar o aniversário dele. O que ele não imaginava é que sairia de lá com um certo loirinho grudado em sua mente.
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