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História 10 Coisas Que Odeio em Humanos - Imagine Jung Hoseok - 01 - Eu odeio... Humanos pegajosos.


Escrita por: GoodLiv e xyaseoky

Notas do Autor


Olá pessoas! Estão bem? Espero que sim! 💞

Então, nós ( @GoodLiv e @xyaseoky) tivemos essa ideia de uma fanfic de comedia romântica envolvendo gatos, bem do nada mesmo! Conversamos sobre diversos assuntos aleatórios e em um desses estávamos comentando sobre como os gatos são animais fofos, sinceros e únicos! Aí, resolvemos escrever essa história com o nosso solzinho, vulgo Hoseok.

É um imagine com o Hoseok, porém não terá "(S/N)" e nem "____", ele vai dirigir a ela como "gatinha" e fiquem a vontade para escolher nomes. 😗

Nós realmente esperamos que vocês gostem dessa história!

Boa leitura!✨

Capítulo 1 - 01 - Eu odeio... Humanos pegajosos.


   

   A vida... é uma dádiva. 

   Da ponta dos meus bigodes até a última das unhas afiadas, sou agraciada por uma virtude quase divina. Então, o mundo tem de ser grato por eu estar nele, espalhando meu charme e beleza por pura caridade. Acho que é isso o que realmente sou, caridosa. Quero dizer, eu poderia estar em qualquer lugar dessa cidade, propagando beleza mas escolhi esse humano aqui. 

   E talvez ele nem mereça tanto assim, vai ficar mais fácil de entender daqui pra frente. 

   O negócio é que sou uma criatura simples, de gostos mais simples ainda e, no entanto, uma alma efervescente e complexa. Não que alguém saiba disso, já que os únicos que me entendem são outros gatos idiotas não-tão-legais-quanto-eu. Aí você pensa "ooh, que ser convencido", eu lhe contesto: por acaso já me viu? 

   Já viu como eu fico majestosa tomando sol na sacada do apartamento — o dia todo se possível —  ou como minhas patinhas são graciosas e felpudas? Se a resposta for negativa, não te culpo. Antigamente éramos reverenciados como deuses, divindades. E agora, o escrav... humano! O humano nem escova os meus pelos quatro vezes por dia, o que é o mínimo, senão fico embaraçada. 

   O que quero dizer é que as coisas são diferentes agora. Sei que vocês, bípedes, adoram mudanças, renovações e blá blá blá, porém nem todas são positivas. Não sou do tipo saudosista, até porque os dias passam diferentes para mim — são bem mais rápidos — então nem tenho tempo para isso, se é que me entendem.

 — GATINHA! — meu vigésimo banho de língua do dia é interrompido por um lamento pra lá de choroso. 

   É só o que me faltava... o sujeito chato com quem divido meu apartamento passou pela porta com várias sacolas de supermercado nas mãos e uma cara péssima. Eu estou no tapete, na minha. Vivendo de boa e quando possível tentando arrancar a coleira estúpida que esse idiota colocou em mim. Foi um sacrifício para ele colocá-la no meu pescocinho e isso por si só devia passar o recado de que ODEIO COLEIRAS, mas não. 

   Até paro de lamber a pata e passa-lá no topo das orelhas para encará-lo. Ele está um lixo hoje, sem condições. Humanos são bem exagerados, contudo esse em questão está apto para ganhar medalha de pior aspecto. Nós, gatos, meio que sentimos a energia ruim das pessoas e esse coitado ai está detonado. 

   Ele joga as sacolas de qualquer jeito em cima da mesa e tira apenas uma coisa delas. "Sorvete" me mostra como se eu fosse capaz de responder. E se eu fosse, diria "Por acaso te perguntei?", mas me resumo a voltar ao banho o largando com o que seja que tenha deixado sua aura num tom cinzento-amarelado sem graça e deprimente. 

 — Gatinha... hoje foi péssimo. — volta a se lamuriar, sentando ao meu lado no tapete. 

   Honestamente, o que eu tenho a ver com isso? Ou, melhor, o que ele quer que eu faça? Não tenho cara de terapeuta para ouvir os problemas alheios assim, mas vamos lá. O que te aflige humano? Eu estar interessada ou não faz um total de zero diferença. Ele vai desabafar do mesmo jeito e serei obrigada a escutar, porque o insuportável vai me seguir por todos os cômodos se eu fugir.  

   Demonstro certa displicência, para que o sujeito tenha a real noção que estou sendo muito benevolente em não sair correndo do seu chororô. E que minha verdadeira atenção está em afiar as unhas no seu sofá branco novinho, coisa que ele detesta que eu faça, mas é incapaz de me impedir. Se não gosta, devia comprar uns brinquedos de arranhar... mão de vaca! 

— Ei, não faz isso! — reclamou me puxando pelo torso. — Não pode! — me repreende, apontando o dedo na minha cara, como se eu tivesse lhe dado liberdade pra tal coisa.  

   Não curto muito isso, não. Se eu sou a dona de tudo e esse é o MEU apartamento, por que não posso destroçar o MEU sofá? O palhaço decide que é uma boa ideia me colocar no colo dele, mesmo que eu não esteja com humor para distribuir carinho. Mais uma vez, generosa, fico quieta enquanto ele manda pra dentro uma colher enorme de sorvete. 

— Gatinha, ela terminou tudo. — murmurou do jeito manhoso-tristonho. — Como se tudo que tivemos não fosse nada, acredita?

   Acredito sim, humano. 

   Ele não tem nenhum amigo, não? Um amigo da mesma espécie que ele no caso, como todas as outras pessoas normais. Uma vez que é super deprimente desabafar com a gata. É esse tipo de coisa que me faz questionar se fiz mesmo a escolha certa, com esse humano. Eu lhe entrego toda a minha presença e às vezes — bem às vezes mesmo! — a visão da minha barriguinha e umas ronronadas e o que recebo de volta? A marca errada de ração e ser feita de muro das lamentações. 

 — Foi um relacionamento com um começo extraordinário, sabe? — não, não sei, idiota. Sou uma gata. Felinos não têm relacionamentos. Meus dias de miação no telhado acabaram, até porque moramos em um prédio — Com um fim comum desses. Eu sempre imagino que coisas assim são aprendizados, tento ver o lado bom da vida. Mas estou tão triste! 

   Ah, minha nossa senhora do whiskas, não comece a chorar! Que fracassado! Os olhos puxados dele encheram de lágrimas e o sorvete ia diminuindo no pote em uma velocidade assustadora. Meu escravo é considerado bonito no mundo bípede? De vez em quando eu me questiono isso, já que parece ser coisa importante pra vocês, vivem mudando de cabelo e passando umas melecas embelezadoras na cara.

 — Ela disse... — funga. — Hoseok, isso não está dando certo. — funga funga. — Eu achei que a gente estava na mesma, ai por que comigo? — funga funga funga. Assoe o nariz, garoto! 

   Poxa, por onde começo? 

   Vocês não se valorizam o suficiente! Então a maluca que deu uma chance pro humano aqui não quer mais se esfregar nele, o que tem demais nisso? Tem tanta gente por aí, talvez menos lamentosas e grudentas. Se eu fosse uma pessoa — o que me parece pavoroso demais — não faria o tipo sentimental. Um carinho aqui e ali, porém nada além disso. 

 — Ainda bem que tenho você, gatinha! — me puxou outra vez, me abraçando apertado. — Você me ama, né? Me ama muito!

   Isso é discutível. Não gosto de ser agarrada. Não gosto de muitas coisas, essa é uma delas. Sou o que vocês chamam de diva temperamental. Ainda tento manter o clima pacífico, lutando por minha liberdade apenas com as patinhas, sem unhas. Contudo, ele me espreme mais ainda em seus braços, o que deixa tudo pior. Argh, pegajoso! 

   A maldita coleira que ele ama tanto me sufoca. Ele comprou essa porcaria em uma loja de antiguidades vagabunda, só por ter uma imagem de uma droga de mulher com cabeça de gato — sei disso pois ele chegou todo feliz me contando, não com as palavras que usei no caso... — não consigo respirar com essa apertação toda, o que me leva a rosnar baixinho. Isso significa em gatês: "Olha, parceiro, não estou curtindo muito sua atitude, por favor pare antes que as coisas fiquem feias!

   Hoseok, o humano, obviamente me ignora. Claro que sim. Afinal, me respeitar pra quê, posso não ser capaz de emitir minhas emoções com palavras, mas rosnei! Isso devia bastar. E depois fiz aquele barulho de desagrado, mostrando os dentes. Sibilando. Nós fazemos isso quando o nível de aborrecimento está perigosamente alto, vocês não deviam desdenhar.

 — Não seja má! — volta a resmungar.   

   Então ele toma a mais imperdoável das atitudes: Mexe na minha barriguinha. Isso não pode, nunca, nunquinha da silva. A barriguinha serve apenas para ser admirada quando eu decido exibi-la, qualquer coisa além disso é um crime federal passivo de arranhão na cara, que é algo que realmente evito fazer, por ser cansativo. E inútil, humanos nunca aprendem.  

   Vejam só, dei todos os avisos possíveis. Eu lutei com as patinhas, rosnei e sibilei. Ele ainda assim achou que seria uma boa ideia dar uma coçadinha na minha barriga, vulgo a zona proibida. Já moro aqui há um tempinho, já passamos por felicidades e por crises e toda TODA vez que alguém mexe nessa área eu não vejo outra opção além de ficar furiosa. 

   E, bem, foi o que fiz.

   Não sei como esse paspalho foi pego de surpresa quando literalmente pulei na cara dele com as unhas em posição de ataque. Com o susto o sorvete voou pra um lado, a colher pro outro e ele caiu de costas no chão, grunhindo de susto e... dor né. Garras são garras, ainda que aparadinhas, fazem um estrago.  

   Eu sou uma diva temperamental, bela e dona de uma presença divina, como meio que deixei óbvio não só uma vez. Se eu rosno para você, só caia fora de fininho. É o certo a se fazer. Esse aqui, Hoseok, é insistente e bem meloso. Ele acha que tenho que me enrolar nos pés dele toda vez que chega em casa ou ronronar só porque acertou o lugar certo de coçar minhas orelhas. Se queria um bicho afoito e idiota devia ter procurado um cachorro.  

   Se ele estava chateado antes, agora mostrou-se desolado. Quando conseguiu me desgrudar das laterais desse cabeção dele, recolheu as coisas que derrubou e saiu do cômodo cabisbaixo. Azar o dele. Deveria é me agradecer por não ter usado garras E dentes. Nem foi tão feio assim, só consegui acertar uma unhada bem no meio do nariz dele. Mira de ouro. 

   O humano passou por mim outra vez, arrasado. Ajeitou minha mantinha no sofá e as almofadas do jeito que gosto. Que escravinho prendado. Não ousou encostar em mim outra vez, provando que pode ser esperto quando quer. Depois de trocar minha ração — da marca errada... — e água se espreguiçou e me encarou com a cabeça tombada para o lado. 

 — Boa noite, gatinha. 

   Boa noite, trouxa. Subo no sofá assim que as luzes da sala são apagadas e ele some pro fundo do corredor. Provavelmente foi tomar banho, com água! Por que vocês gostam tanto de água se a língua faz um trabalho tão bom quanto? Realmente nunca entendi. E não entendo vocês no geral. Dramas, intrigas, sorvete, choro e água! Contudo, isso logo iria mudar, mesmo que eu não soubesse naquele momento.  

   A vida... até essa fatídica noite era uma dádiva. Se eu soubesse, tinha aproveitado melhor, de verdade. Ou, não sei, teria segurado mais os instintos felinos e me limitado a uma mordidinha no braço, que faria meu humano Hoseok rir e dizer "ai ai, gatinha". Mas não. Tive que deixar o lado selvagem falar mais alto.

   Somos primos dos leões, sabiam?

   No dia seguinte as coisas não serão mais iguais, nem eu serei a mesma, apenas quero que fique registrado que a culpa disso tudo é do garoto que não levou a sérios os meus três avisos. Afinal, divas temperamentais, belas e donas de uma presença divina nunca estão erradas.

   A culpa é de Jung Hoseok.    

 

 


Notas Finais


😗💞


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