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História 30 Dias - Dia 22


Escrita por: trishakarin

Notas do Autor


Dia coooorrido, posso nem falar muito!

bjo bjo bjo

Capítulo 76 - Dia 22


Fanfic / Fanfiction 30 Dias - Dia 22

O quartel era muito mais do que eu esperava. Alguns soldados passavam correndo, outros pareciam estar somente fazendo a guarda. Encontrei a sala que me direcionava ao Major Henrique. Os soldados pelo caminho me encaminharam. Eu estava fardada, mas não de militar e sim de policial, como tenho sido até então. Bati na porta delicadamente.

- Entre.

Quando entrei, o comandante estava sentado na cadeira olhando atentamente para o computador. Ao me ver, levantou-se rapidamente e me ofereceu a cadeira frente a sua mesa. Eu sentei em silêncio, aguardando qualquer coisa vindo dele.

- Obrigado por ter vindo – ele disse sério e eu nada respondi – Você vai precisar passar por algumas etapas antes de concretizar-se cabo militar.

- Mais?

- Infelizmente. Mas há uma missão que poderá acelerar todo esse processo.

- Que missão?

- É completamente sigiloso. Espero que entenda.

- Entendo perfeitamente. Mas acredito que não será como da primeira vez onde me omitiram tudo, me fazendo praticamente de isca.

- Não faremos isso. Seu fardamento você irá recolher no setor 10, eu irei acompanha-la. Sobre a missão, é a mesma.

- A mesma?

- Voltaremos à floresta.

- Do que você está falando?

- Ellen, teremos que terminar o que começamos e precisaremos ser muito melhores do que fomos. Você já sabe como lidar com a floresta, teve uma excelente desenvoltura ao resolver um acidente e tenho certeza que será de grande ajuda na missão.

- Vocês vão voltar para lá? Eu não acredito nisso.

- Eu quero que seja líder do grupo e me ajude a conseguirmos.

- E Sarah?

- Sarah não irá se recuperar até lá.

- Eu duvido que ela me permita ir sem ela.

- Infelizmente é uma decisão que não cabe a Sarah.

- Claro que cabe, agora como Capitão, então. Major... – não o chamaria mais de comandante, já que remetia a algo amigável, coisa que ele não era – Eu não irei deixar Sarah aqui, sozinha. Eu não posso enquanto ela não estiver recuperada e o senhor, com certeza, não poderá me incluir em uma missão perigosa e sigilosa como essa em um início de carreira.

- Ellen.

- Você voltar lá agora e voltar lá depois, não vai mudar em nada. Ou o senhor espera a recuperação de Sarah para que eu possa deixa-la sozinha ou não, ou eu não posso fazer nada pelo senhor.

- Você é difícil – ele disse bufando e recostando na poltrona – Olha, eu vou lhe ser sincero, entendo perfeitamente o que está acontecendo entre vocês, mas devo ser honesto quando peço que não coloquem isso frente a profissão das duas.

- Senhor, caso contrário eu renuncio ao meu cargo. Eu quero que fique claro, que eu não vou deixar a minha vida de lado para seguir um plano de carreira. Eu jamais colocarei isso acima da minha história. É algo que me completa, algo que constrói minha personalidade, que me engrandece, mas ser simplesmente a minha vida? Não.

Ele olhou para mim com o cenho cerrado. Os olhos faiscavam e pela sua expressão, visivelmente incomodado, inquieto. Ele respirou fundo e olhou para minha mão. De repente arregalou os olhos e focou-se novamente em meus olhos. Alternando dos olhos para as mãos, até que apoiou os cotovelos em cima da mesa.

- O que significa esse anel em seu dedo? – perguntou curioso.

- Exatamente o que te assusta nesse exato momento – disse sem alterar humor nem nada, seca e direta.

- Se casará com Sarah?

- Graças a Deus o meu país me dá permissão para isso, Major.

- Isso só irá atrasar vocês.

- O senhor é casado?

Ele me olhou surpreso.

- Sim.

- Isso mudou alguma coisa na sua vida?

- É diferente, me casei quando era cabo somente.

- Eu estou me casando sendo somente cabo.

- Sarah será Capitão, Ellen.

- Sarah será Capitão e da mesma forma será minha esposa. Major, sinceramente, acho que já passamos uma borracha nisso tudo. Acha que casar ou não com Sarah afetará o desempenho no cargo, então o senhor que precisa de um treinamento mais eficiente para comandar tudo isso aqui.

- Eu não quis dizer...

- Quis, me desculpe, mas você quis dizer exatamente isso. Olhe, infelizmente se você não consegue lidar com a vida pessoal de todos, separar as coisas, infelizmente não temos muito o que fazer.

- Eu vou avaliar essas questões.

- Não existe questão a ser avaliada, senhor. A minha vida pessoal não diz respeito ao que trabalhamos aqui. Eu jamais trouxe frustrações pessoais para dentro da corporação e não será agora que o farei.

- Bom, vamos buscar seu fardamento.

Ele se levantou da cadeira e seguiu em direção a porta, ao abrir, me deu passagem, eu o segui e ele caminhou pelos corredores, sendo saudado até a chegada em uma ala de roupas. Um soldado se aproximou dele batendo continência.

- Descansar, soldado – ele disse seriamente – Preciso de um tamanho para essa garota aqui – apontou para mim com o dedão.

- Sim, senhor.

O rapaz deu as costas e seguiu para uma sala em outra ponta. Não demorou muito para voltar com um pacote. Me olhou atentamente antes de me entregar a farda. Era uma daquelas bolsas verdes, parecia que tudo era verde e marrom. Eu peguei nas mãos e agradeci com um movimento da cabeça. Olhei para o comandante e ele fez o mesmo, saindo ao meu lado do local.

- Logo receberá o restando do que é necessário para permanecer aqui. Amanhã teremos uma reunião a respeito da missão com os soldados que irão para a floresta, acredito que seria importante que participasse. Aquela sala ali – ele apontou para uma espécie de casa do outro lado do campo – Será às dez horas, precisamos estar preparados dessa vez e evitar todos os erros que cometemos.

- Serão os mesmos soldados?

- Parte dos soldados que participaram estão presos.

- Presos?

- Pela traição no momento em que você e a tenente estava em perigo.

- Kevin?

- Ele como mandante dessa traição, está arriscado a perder sua posição no exercito e proibido de exercer qualquer outra aqui.

- Precisa disso?

- Ellen, o exército é extremamente rígido. Temos regras claras e que devem por obrigação serem seguidas. Infelizmente ele fez algo que nenhum soldado deve fazer, traiu sua equipe deixando-os em perigo. Vocês duas poderiam ter morrido.

- Eu sei. Mas não acho que foi uma falha só dele, talvez também do treinamento. Senhor, me desculpe, mas não acho que as suas ordens são eficientes para manter a equipe unida. Essa conversa de que quer ser tratado como “comandante” porque aproxima mais os soldados de você, em um gesto mais pessoal, não serve.

- Está criticando a minha maneira de comandar minha equipe, cabo?

- Vamos começar com isso? Sim, estou criticando. E por hora, ainda não estou fardada e não faço parte da sua equipe, vos trato como ser humano, que acredito que exista um aí dentro.

Eu não esperei ele responder, simplesmente dei as costas e fui embora. Segui para o meu carro, segurei o volante com força, pensando em tudo. Como diabos a minha vida mudou daquele jeito? Acelerei em direção a minha nova casa. Olhava a cada 10 minutos o anel em meu dedo, e a cada momento que o fazia, um sorriso bobo se apossava em meus lábios. Estacionei de qualquer jeito, atravessei o salão principal cumprimentando rapidamente o porteiro e corri até o elevador. Sempre que estamos com um pouco de pressa, as coisas costumam aparentar um demora fora do comum. Alcancei a porta, coloquei a chave e ao abrir encontrei Sarah em pé, olhando para a porta como se curiosa para saber quem chegara. Ela tinha um copo de suco nas mãos e estava com seu short e uma camisetinha que deixava seus seios praticamente a mostra por baixo do fino pano.

Eu fiquei alguns segundos com a porta aberta, olhando-a dos pés a cabeça e ela me encarando surpresa e curiosa. Foi quando fechei a porta com tudo e atravessei a sala toda segurando seu rosto e puxando para mim com certa agressividade e desespero. Colei meus lábios aos dela, invadindo sua boca com minha língua sedenta. Eu precisava dela, eu sempre precisava me certificar que ela sempre estaria ali e o que eu estava vivendo não era um sonho. 



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