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História A devassa e o professor (em revisão) - Conselhos e azarações erradas



Notas do Autor


Ainda essa semana devo trazer o próximo 😉

Capítulo 46 - Conselhos e azarações erradas


Por Saori:

Assim que deixei Megara sozinha procurei por minha tia, apressada, confesso que não tinha a mínima vontade de estar com ela, na verdade em minha cabeça algumas memórias da minha noite com o Seiya retornavam e acabei não percebendo quando Aioros tocou no meu braço.

— Saori você está bem? — Tentei me afastar mas ele não permitiu.

— Estou sim e você precisa se afastar, do contrário vão achar estranho toda essa preocupação com uma aluna. — Olhei em volta e vi alguns alunos nós observando.

— Zelar pela sua saúde como faria por qualquer aluna. Será que posso te levar até o seu quarto ou a enfermaria? — Cruzou os braços finalmente me libertando, seu perfume ficou em minhas roupas.

— Acho melhor não, na verdade vamos evitar o contato nos dias. — Pedi me arrependendo logo em seguida pois o olhar dele mudou da água para o vinho.

— Entendo... você finalmente encontrou a resposta para aquela nossa última conversa? — Respirei fundo.

— Não é isso. Aconteceram algumas coisas, será que podemos conversar depois? — Tentei ser o mais breve possível.

— Só não me deixe esperando por semanas novamente. — Sussurrou.

— Como quiser. — Me limitei ao máximo possível, eu precisava resolver outras questões antes e por costume acabei me despedindo com um beijo na bochecha dele ago que nunca aconteceu antes, ou seja, eu provavelmente acabei de encrencar ainda mais a nossa situação e tudo porque estou confusa, saí do pátio correndo eu conheço minha tia bem o suficiente para saber que ela estará na sala de Áries e como esperado eu acertei, entrei com tudo no local encontrando três cabeças que conversavam amistosamente e mesmo com meus passos delicados chamei atenção.

— Saori querida perguntei por você agora pouco. — Minha tia se levantou e esperou que eu me aproximasse para me abraçar.

— Eu não queria incomodar, apenas vim te convidar pra um tarde no restaurante, seria legal já que você está aqui se meu padrinho se juntasse a nós. — Fui direta, seria um encontro perfeito pra pegar no pé dele.

— Por essa eu não esperava — Minha respondeu com um sorriso cínico. — Se o MU estiver de acordo por mim tudo bem. — Comentou, meu padrinho olhou para mim com a sobrancelha arqueada o que deixava claro que estava desconfiado, antes que pudesse responder a professora ao seu lado se levantou.

— Espera professora, perdoe a minha indelicadeza, a senhora também está convidada. Adoraria conhecer a nova namorada do meu padrinho. — Tentei soar o menos irônico possível, ela ponderou o meu convite, até que MU levou a destra dela ao lábios e sorriu, fazendo com que a mesma aceitasse e minha tia revirasse os olhos, a cada semblante alterado por parte dela me dava mais certeza de que não estava aqui apenas pela amazonas. Depois que todos concordaram resolvemos ir até o *Funky Gourmet um dos favoritos da minha tia, ou seja, gastronomia refinada, diversificada e discreta, quando chegamos estava claro que ela não precisaria esperar por uma mesa nos sentamos e pedimos as bebidas e as costumeiras entradas e prato principal deixamos a sobremesa para depois e engatamos em uma conversa diversificada e aleatória, antes de minha tia começar com suas perguntas a respeito dos meus estudos e minha educação ao qual respondi sem problema algum.

— Espera Saori eu quero detalhes desses anos que passei fora, quero saber até sobre seus namorados. — Exigiu, minha vontade era de levantar e ir embora, Hera sempre foi uma boa tia, mas nada tão direta ou invasiva.

— Tia não acho que esse assunto seja o correto para o momento e o quanto tempo pretende ficar? — Eu precisava saber e bolar meus planos é claro.

— Vou ficar até o natal, mas falamos disso em casa sim. — Concordei e notei o desconforto surgir no olhar de MU, continuamos com conversas triviais e a professora Persófone que antes estava mais retraída agora conversava espontaneamente, conforme nossas refeições foram chegando nos abstraímos um pouco para apreciar a comida, levamos cerca de uma hora para comer e na hora de pedir a sobremesa meu padrinho surpreendeu a todos:

— Pudim? — Hera perguntou confusa.

— Sim, creio que será do agrado de todos um doce de outra cultura. — Não pude conter meu sorriso, a única pessoa que eu conheço que oferece pudim pra todo mundo dizendo que é uma delícia é minha querida ruiva.

— Eu adoraria um pudim, faz tempo que Meg não cozinha para nós, e meus dons na cozinha não são grande coisa — Comentei despertando a curiosidade dos que estavam na mesa.

— Meg. O papai contratou uma cozinheira nova? — Neguei a pergunta da minha tia.

— Você vai conhecê-la tia, se bem que tenho praticamente a -certeza de que já se conhecem. — Comentei.

— Interessante, mas vamos falar disso depois, o que me interessa no momento é você minha deusa. — Hera sussurrou, eu definitivamente odeio esse apelido. — Eu não estou conseguindo me aguentar eu preciso contar. — A voz seria me deixou confusa. — Não vim aqui apenas como diretora do colégio, na verdade o papai me deixou mentorear você! Imagina querida, vou poder te ensinar tudo o que sei, mas discutiremos isso depois. — Fiquei petrificada com aquela notícia, se Hera estava aqui para me mentorear significa que tentará me mandar para a escola das amazonas e se isso for realmente verdade, significa que meu avô recebeu as queixas do diretor a meu respeito.

— Hera creio que essa notícia não seja a melhor para um reencontro pacífico. — Meu padrinho olhou para mim e senti a mão macia de Perséfone sobre a minha, o que me despertou, no fim pensei que me livraria de um problema e acabei arranjando outro.Continuamos comendo e trocando de assunto sempre que necessário quando a pequena reunião acabou minha tia quis pagar a conta, mas foi em vão, pois dividimos.

— Bom queridos a conversa está ótima, pena que devo retornar para casa, Saori você me acompanha? — Senti que aquele pedido soou como uma intimação.

— Me desculpe titia, mas eu tenho aula amanhã e irei voltar para o santuário. — Respondi rapidamente.

— Eu te levo, vou deixar Perséfone em casa e depois irei para o santuário. — Meu padrinho comentou e eu concordei, nos despedimos de minha tia e seguimos o nosso caminho...

Quando eu já estava a sós com ele respirei aliviada.

— Obrigada pela força lá no restaurante.

— Se refere as ideias de Hera? — Assenti. — Só fiz o meu trabalho como seu padrinho. — Ele não ousou desviar o olhar da estrada e eu resolvi por parte das minhas ideias em prática.

— Sendo assim eu me sinto no dever de retribuir, afinal também devo cuidar de você. — Ele ligou a seta e parou o carro no acostamento, apertou o volante entre os dedos e finalmente olhou em meus olhos.

— Escuta aqui Saori, eu espero que isso não tenha nada haver com a sua amiga! — Estava enfurecido.

— É claro que tem, pelos deuses você é burro ou o quê? — Me olhou incrédulo pelas palavras sem cordialidade. — Olha eu sei que vai me mandar ter respeito por você mas... não dá né! Até mesmo um cego é capaz de enxergar essa sua paixão reprimida.

— Saori não comece...

— Mas é claro que eu vou, querido padrinho para de ser tão frio ou vai perder a mulher da sua vida.

— Primeiro Megara é uma adolescente e...

— Tá- tá eu já sei de tudo isso, mas ainda assim você está louquinho por ela e pelo o que eu sei não é o único. — Os olhos dele irradiaram um brilho semelhante ao de Aioros quando está com raiva. — Viu sabe do que eu estou falando. Então lá vai o meu conselho, que tal ignorar tudo e ir atrás dela antes que outro o faça? — Ele pareceu se dar por vencido pois finalmente largou o volante.

— Sabe que relacionamentos são complicados e no caso de Megara não há nada, não me dê esse conselho como se eu fosse um irresponsável, aquela garota é um furacão e no momento em que percebi isso analisei todos os passos que poderia dar com ela, nunca passou em pela cabeça me envolver tão indiretamente. — Gargalhei ao ouví-lo.

— Você consegue se ouvir? Esse é o discurso mais idiota que já proclamou. Indiretamente hein? Você levou flores para ela quando brigaram e detalhe eu e Aioros estavamos no quarto, foi buscá-la no aeroporto sem eu ter te pedido nada e sei que há muito mais, a Meg não precisa me contar, basta te olhar todo feliz quando está com ela e eu sei, pois o mesmo se reflete na ruiva. — Comentei e ele se calou, meu padrinho ligou o carro e voltou para a estrada.

— Vou deixá-la no santuário e chega desse assunto. — Reclamou.

— Sabe o pior de tudo isso, você foi o primeiro cara por quem ela se interessou e provavelmente o único que irá partir o coração. — Resolvi me calar.

— Então é isso que sente não é? — Fiquei confusa pela quebra de silêncio repentino. — Vou clarear as coisas pra você, falamos sobre mim, meus sentimentos, quando tudo o que queria era despistar seus próprios pensamentos. Talvez devesse examinar o seu coração antes de tentar tocar o meu. — Meu padrinho nunca foi tão direto, suspirei me dando por vencida, sei que o que for dito nesse carro ficará aqui.

— É complicado...

— Ou simplesmente vocês que resolveram complicar as coisas. — gargalhou. — Sabe se fosse minha filha não seria tão idêntica, no fim estamos com problemas parecidos.

— Agora só resta saber quem é que irá descomplicar primeiro... — Sussurrei e ele sorriu. Nosso assunto foi substituído pelo silêncio.


Enquanto isso do lado de fora de um bar qualquer de Atenas:


Por Meg:

Eu nunca me imaginei numa garupa de moto na minha vida, mas devo dizer que adorei ter mudado os meus planos, assim que saímos do ZHEU eu revelei para o canceirano que a noite na Grécia poderia ser bem mais interessante do que simplesmente ir a uma cafeteria e ler um livro, haviam lugares que eu estava louca pra ir, como por exemplo, ir em um bar jogar sinuca. Digamos que eu tenho visto séries demais e lido também.

— E então aluna? — Sorriu de forma desconcertante ao parar a motos.

— Me chama de Megara, fora da escola posso ser o que eu quiser. — Ironizei e ele riu, algo que não me agradou muito, parecia que estava curtindo com a minha cara, então resolvi entrar em seu jogo, seja lá qual for.

— Você ainda está remoendo o que aconteceu? Olha eu já me desculpei por ter te enganado. — Completei.

— Enganado? Muito pelo contrário eu diria... Intrigado. — Desceu da moto e esperou por mim que apresentei um pouco de dificuldade devido a saia, subi na moto foi bem mais fácil já que por baixo há um short e eu amarrei o blazer da escola na cintura, notei que ele não desviou o olhar em momento algum, pelo contrário se aproximou.

— Realmente não te incomoda o fato de ser visto tão próximo de uma aluna num lugar público? — Olhei para os lados e percebi que alguns homens nos olhavam fixamente.

— Depende, você não se sente incomodada por estar na companhia de um homem bem mais velho que você? — Rebateu a minha pergunta sem desfazer o sorriso cafajeste. Eu neguei sem hesitar. — Sua companhia é agradável e sinceramente uma garota decidida como você não me causa problemas e sim curiosidade. — Contive meu sorriso, o que custava o meu professor pensar desse jeito? Eu não peço que ele desfile de mãos dadas comigo pelo campus ou colégio e sim que não sinta vergonha por darmos um simples passeio. — E então garota, vamos continuar aqui ou vamos entrar? — Sussurrou, percebi que seus dedos delicadamente encontraram os meus, me distanciei um pouco apenas para tirar o blazer da cintura e desarrumar um pouco a camisa, dobrei as mangas e me arrependi, provavelmente eu ficaria com frio, porém o aspecto colegial havia sumido, enfiei o blazer dobrado em minha mochila e Manigold colocou. — Assim você parece uma stripper iniciante, se colocar a mochila ficará com cara de aluna.

— Você é terrível. — Reclamei, quando na verdade estava adorando. — Vamos entrar e você me mostra como é que se faz. — Pisquei descaradamente, ele me deixou ir na frente e quando entramos demos de cara com um bar cheio, eu esperava por algo no estilo motoqueiros já que do lado de fora tinham motos, mas não. Haviam pessoas comuns como nós naquele local.

— Pelo visto o tiro saiu pela culatra. — Gargalhou, eu fui até a recepcionista ignorando-o por completo.

— Escuta aqui, isso não era pra ser um bar sério e sombrio? — Questionei.

— Isso foi a muito tempo, agora esse é um bar universitário, então relaxa e aproveitem hoje teremos um show especial. — Fiquei revoltada com tais palavras enquanto Manigold ria da minha cara.

— Você é hilária garota, quer uma diversão adulta eu posso te levar até ela. — Sussurrou.

— Eu pensei que não conhecesse a Grécia — Comentei.

— Não... você não perguntou é diferente e a propósito se queria me levar para um lugar escuro é só pedir. — Piscou e eu acompanhei seus passos, como pode um homem ser tão cretino? Ele consegue ser pior do que o Milo.

— Espero que goste de corpos suados e muitas posições icônicas, pois eu vou te levar no paraíso dos homens. — Fiquei assustada, mas me mantive descrente, ele só podia estar brincado e minhas surpresas foram confirmadas por mais um sorriso cafajeste, pelo visto minha noite estava apenas começando.


Notas Finais


Saori enrolada até o pescoço e Meg sendo Meg, confesso que ri escreve esse capítulo.


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