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História A devassa e o professor (em revisão) - Quem ceder primeiro perde...



Notas do Autor


Cap. pré-revisado

Capítulo 47 - Quem ceder primeiro perde...


Por MU:

Já estava deitado na minha cama quando alguns pensamentos sobre Meg me ocorreram, o olhar obstinado dela e a maneira como saiu de minha casa da última vez que nos encontramos  deixou claro que eu havia quebrado algo que provavelmente ia além da minha cama, lembrei das palavras de Saori a respeito da ruiva e mais uma vez me amaldiçoei, no fundo minha afilhada terrível estava com a razão, o que sinto pela ruiva está começando a afetar meus dia a dia e isso é imperdoável. Meu celular tocou e pelo visor observei o número desconhecido antes de atender:

— MU, me desculpe por ligar a essa hora, mas estou preocupada com a situação da Saori, será que podemos nos ver amanhã? Te convido para almoçar se não for  atrapalhar. — A voz inconfundível de Hera não me incomodou, e sim o fato de achar que eu cairia nesse joguinho sem fundamento. Jamais menosprezaria a ligação e o afeto que ela possui por Saori, mas conheço bem o suficiente para saber quando um assunto diz respeito apenas a mim.

— Podemos nos ver aqui mesmo no meu escritório, se bem me lembro você prefere o gyros tradicional. — Fui direto.

— Exatamente, mas não prefere ir a um restaurante...

— Não Hera, não temos nada para conversar que não seja a respeito da Saori e prefiro tratar diretamente com ela, te aguardarei amanhã por volta das 12hs. — Ela respirou profundamente do outro lado da linha antes de me responder com um sim, desliguei o celular e voltei a encarar uma das fotos onde eu e Megara estávamos juntos, apesar de ser uma prova e um perigo manter algo desse nível no santuário decidi guardar tal lembrança, no fundo detesto assumir, mas terei que corrigir essa situação.

Por Meg:

Eu não acreditei quando ele estacionou a moto, o som do rock deixava o ambiente ainda mais carregado, Manigold parou ao lado de uma das colunas que sustentavam a construção antiga e me esperou.

— Onde estamos? — mordi meu lábio inferior ao me aproximar do canceriano. 

— Num pub para machos — Arqueei minha sobrancelha ao ouvi-lo e ele Gargalhou. — Estamos num pub, creio que aqui você vai encontrar a diversão que tanto quer. — A frase veio como um sussurrou em meus ouvidos.

— Como pode ter tanta certeza do que quero? Se nem ao menos descobriu o porque de ter aceito o seu convite. — Me aproximei mais e para a minha surpresa o canceriano apenas afastou meus cabelos antes de respirar profundamente.

— Você estava entediada querida e está na cara que adora o bom e velho perigo, além disso estamos apenas começando. — Senti meu corpo arrepiar involuntariamente quando os lábios tocaram meu pescoço, e me deixaria levar se não estivéssemos do lado de fora de um pub e sendo observados por todos que passavam, me afastei dele e retribui o sorriso.

— Pelo visto você já quer pular as etapas. Se viemos até aqui vamos nos divertir. — Passei o indicador direito pelo torso masculino.

 — E se houver uma mesa de sinuca quem sabe você possa me ensinar a jogar, aprendo rápido... — Encostei minha destra em seu peito. — E se cansar eu continuo sozinha. — Pisquei antes de seguir para a porta, percebi que ele demorou a me seguir, mas continuei andando e não acreditei quando entrei no lugar, haviam tantos rostos minimamente conhecidos e a aura do local apesar de  intensa como o fogo, não foi capaz de me deixar desconfortável.

— Vem ruivinha eu vou te apresentar para uns conhecidos meus. — Manigold passou na minha frente e seguiu até uma mesa mais ao fundo onde haviam dois homens sentados, ambos acompanhados de duas belas garotas, eu me aproximei apenas para escutá-lo. — Esses são Hércule e Hector os donos do pub e essa meus caros é Megara minha linda acompanhante. — Não pude deixar de notar que nem assim ele perdia o charme irreverente.

— Prazer. — O cumprimento de ambos saiu praticamente em uníssono.

— Vieram num bom momento, hoje a casa está lotada. — Um dos donos comentou, eu por outro lado já havia esquecido seus nomes.

— Então não vamos mais perder tempo com vocês meus caros, vamos pegar uma mesa e alguns tacos. — Manigold caçoou levando ambos a um gargalhar incompreensível por minha parte. O canceriano deu uma boa olhada para mim antes de seguir pelos espaços encobertos de gente, o pub estava lotado, mas nada tão ruim ao ponto de nos deixar de lado, depois de atravessarmos a pista e subir alguns degraus entrei no que parecia ser um lugar para jogos e realmente a maioria do público eram homens.

— Que lugar é esse?

— Essa é a melhor do mundo adulto, aqui estão os jogos e a emoção. — Caminhou até o expositor e pegou um taco eu continuei encarando as mesas de sinuca, haviam duas vazias e ele se dirigiu para mesa número oito, quando o segui me entregou o taco. — Sabe o melhor de tudo isso? — Perguntou e eu balancei a cabeça negativamente — Não há regras por aqui e como você é de menor jogaremos sem aposta. — A voz pretensiosa me tirava do sério, se tem algo que detesto é ser subestimada, tá que eu não sei nada de sinuca, mas não poderia perder a oportunidade! Sendo assim sentei sobre a mesa e cruzei as pernas enquanto o encarava.

— Você subestima minha capacidade de aprendizado professor, posso perder na sinuca, mas em outros jogos não e se estivéssemos no meu território provavelmente você acabaria seminu ou amarrado. — Ironizei e ele pareceu gostar do que ouviu já que não custou muito e seus braços me prenderam a mesa.

— Então você quer apostar? — Confirmei com um menear.  — E o que você tem a me oferecer? — Pelo olhar intenso sei que dinheiro não será aceito.

— Depende do que você quer. — Fui direta, ele se afastou um pouco e depois de dar algumas voltas, retornou a posição anterior, seus lábios dessa vez se aproximaram tanto dos meus que apenas por um leve roçar e nos beijaríamos de novo. Manigold sorriu de forma cruel antes de sussurrar em meu ouvido esquerdo:

— A sua calcinha. — Senti minhas bochechas esquentarem conforme se afastou.

— É sério? Isso está parecendo 50 tons de cinza. — Ironizei.

— Eu não tenho um quarto vermelho, mas se que quiser posso providenciar umas algemas e um chicote... — Como ele pode ser tão cretino? Não desviou os olhos dos meus enquanto continuava com esse joguinho sujo. Resolvi que mostraria para ele, que não é o único a ter munições por aqui.

— Não será tão fácil assim querido, não se esqueça. Eu consegui te deixar plantadinho no casamento de Asmirta, se quer ter direito as algemas faça por onde. — O sorriso faceiro desapareceu e deu lugar a uma lasciva que eu preferia não ter desperto, pelo menos por enquanto.

— Gosto da forma como pensa e pelo visto você desistiu, se quiser podemos...

— Eu ainda não dei minha resposta. — Toquei os lábios com o meu indicador. — A disputa será em um campo neutro e depois que eu vencer vou exigir o que quiser de você! — Conclui, ele concordou e antes que eu pudesse dizer algo senti a ponta do meu dedo ser mordida de leve.

— Garota mesmo que não vença eu te dou o que quiser. — Ironizou. — Por hora vou te ensinar a jogar e depois iremos aos finalmente.
Por meia hora ele me ensinou e após isso passamos longas duas horas intercalando jogadas, comida e comentários duvidosos a respeito de nós mesmo, no fim ele me venceu por dezenove pontos.

— Você é péssima nisso. — Gargalhou ao tomar uma garrafa de refrigerante.

— A culpa é sua que não me instruiu direito, foi um péssimo professor.  — Me ofereceu a garrafa e eu aceitei, depois de tomar, apenas observei as mesas ao redor, haviam alguns jogos tensos e outros por pura diversão e a mesa mais próxima a nossa era a pior delas, contei cerca de cinco homens que jogavam e discutiam fervorosamente a cada jogada e isso me incomodava.

— E agora, espero que tenha outra ideia. — Comentei.

— Depende do que você quer... —Sussurrou e eu me aproximei, me inclinei sobre ele e coloquei a garrafa sobre a mesa de sinuca. 

— Acho que acabei de te dar uma ideia não? — Não sei o que deu em mim, minha mente traiçoeira insistia em dizer que meu adorável professor a essa hora deveria estar dividindo os lençóis com a senhora Persófone e isso doía de uma forma que nunca imaginei, no fundo a culpa é minha por ter me apegado.

Senti as mãos fortes segurarem em minha cintura e depois disso os lábios que finalmente me trouxeram de volta a atual realidade, num contato minimamente rude, enquanto retribuía o seu beijo me assustei por gostar da forma despreocupada com que eu poderia ser Eu mesma e no momento em que senti as mãos apertarem ainda mais minha cintura tomei uma decisão pouco inusitada, decidi que usaria o canceriano gostoso para esquecer momentaneamente o meu amado professor.
 



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