História A Filha Das Sombras - Death of the devil

Ta, tudo bem. Eu com certeza não sou a melhor aluna dessa escola, mas nunca matei aula antes. Se meu pai descobrir, eu estou ferrada. 

Parei em frente à escola e coloquei meu fone, agora era só esperar o Louis chegar. Ouvi meu celular apitar e já ia ver a mensagem, mas alguém me interrompeu. 

Virei para ver quem era o inútil.

– O que é? 

– Hey, calma. Eu sou um amigo do Louis. 

Levantei a sobrancelha. O garoto tinha olhos azuis, e um cabelo castanho bem bizarro. 

– Cadê ele? Disse que era pra mim esperá-lo aqui e não chegou até agora. - Disse. 

– Ele pediu para mim vir te buscar. Está te esperando na sorveteria. 

– Me buscar? E porque ele mesmo não veio?

– Bom, é que ele se atrasou um pouco e não queria te deixar esperando, me ligou, já que eu tenho carro. 

Olhei mais atentamente pra ele. Não pareceria ser um assassino, serial killer.. 

Dei de ombros. 

– Tanto faz - Disse. – Então, vamos? 

Ele sorriu. 

– Vamos. Meu carro está do outro lado da rua. 

Verifiquei se ninguém estava olhando e o segui; ele abriu o carro e eu entrei, sem cerimônias. Educada, não? 

– Ele está em que sorveteria? 

– É perto do Central Park. 

– Hum. 

Coloquei o fone para não precisar conversar; ele nem pareceu notar. 

Ele começou a virar em ruas estranhas mas eu nem liguei..talvez seja um atalho, quase nunca saio pra saber mesmo.. 

– É um atalho? - Perguntei 

Ele riu. 

– Claro. 

Achei meio estranha a reação dele mas não disse nada. Apenas fechei os olhos e me concentrei na música. 

Quando abri os olhos, não me pareceu nada agradável. Estávamos na estrada. 

– Olha, eu nunca andei direito por NY mas tenho certeza que o Central Park não é por aqui.. 

Ele deu uma risada esganiçada. 

Droga. 

– Pode ter certeza que não, lindinha. Sabe, eu realmente achei que seria mais difícil fazê-la vir comigo. Mas foi tão fácil! A chefa ficará orgulhosa dê mim! Seu servo mais fiel não será mais aquele inútil do Marius após eu ter capturado você! 

Olhei assustada para ele. EU FUI SEQUESTRADA! 

– Porfavor, olha, meu pai tem dinheiro! Ele dará tudo o que vocês quiserem! Não precisa fazer isso! 

Ele deu outra risada estranha e olhou para mim. Seus olhos estavam..dourados... 

Ah não, não. 

– Para esse carro AGORA! 

– Ah não queridinha, eu não vou parar. 

Peguei meu celular. Não sei como, mas ele voou da minha mão. Olhei para o garoto, ele estava com uma mão no ar, como se controlasse o objeto. Estou vivendo o filme Star Wars? Só pode né! 

Engolhi em seco. 

Fiz cara de assustada e ele sorriu. Esperei ele achar que tinha eu tinha desistido, e dei um soco em sua cara. Ele pareceu atordoado em um momento e dei um soco em suas partes íntimas. 

– Você não sabe com quem está se metendo garota!Sorte sua que a chefa disse viva, porém, NÃO DISSE INTEIRA! 

De repente comecei a sentir um calor na garganta. Começou a se intensificar e pareceu que eu estava no inferno. Já chega! 

Reuni as forças que me restavam e coloquei meu pé no freio. O carro parou com tudo e nós dois voamos para frente. Aproveitei para sair, mas o carro voltou a acelerar. Que cara rápido!  

Antes que ele pudesse fazer algo novamente virei o volante. Fechei os olhos. Senti o carro bater em algo e meu corpo ir pra frente. Droga! 

– JÁ CHEGA! 

Abri a porta do carro e comecei a correr como nunca corri antes. Mas antes que pudesse chegar a rodovia, ele estava lá, sorrindo para mim com.. 

Aquelas malditas asas. 

Fechei os olhos. 

Mas novamente, quando abri, era totalmente real, e não só um sonho.

– Achou mesmo que poderia fugir de MIM? Não sei por que a chefa quer uma garota tão inútil quanto VOCÊ! 

Minhas costas começaram a coçar novamente.   Lágrimas começaram a escorrer sobre o meu rosto. 

O que é isso? Eu estou ficando louca!  

– DEIXE ELA EM PAZ! 

Olhei para trás e simplesmente não acreditei no que vi. Não podia ser real. Louis estava voando, e atrás dele vinham duas pessoas..se é que eu posso chamar isso de..pessoa. 

– Ah, olha só quem veio salvar a princesa inocente!  O príncipe encantado! CONTA OUTRA!VOCÊS TODOS IRÃO MORRER!

– Isso é o que veremos. - Disse uma garota. Não sei, não conseguia enxergar direito, eles estavam bem acima de mim. 

– Kayla!Vemha para trás de nós! - Gritou Louis. 

Não pensei duas vezes. Corri para 'trás' 

E então, tudo começou de repente. Eram dois contra um. 

Me assustei ao ser tocada e cai para trás. 

– Hey, calma. Estamos aqui para ajudá-la. Sei que deve ter um monte de perguntas, elas serão respondidas brevemente. Meu nome é Minna. Você pode confiar em mim! Eu preciso ajudá-los, não saia daqui.

Ela saiu voando(é sério isso Deus?)

Os três tinham espadas cada um de uma cor. O garoto de olhos azuis parecia cada vez mais irritado, ainda mais quando Louis conseguiu derrubá-lo. 

Ele caiu no chão e gemeu de dor, suas asas pareciam ter sido esmagadas. 

– Você vai se arrepender de estar do lado dela! KAYLA, venha cá! - Gritou Louis. 

Ir lá? 

Oh céus. 

Caminhei tremendo até eles. Louis me deu uma faca. 

– Mate-o 

– Como é? 

– Eu disse para matá-lo! Você é surda? 

Fui até o garoto que tremia no chão. Como eu poderia matá-lo nesse estado? 

 – Anda, não temos muito tempo. 

O que ele fez?Ele não merece isso.. 

Mas ele me sequestrou. Me machucou. 

Passei a mão na minha testa; sangrava. 

Ele me fez sangrar!

Reuni toda a minha raiva. Lembrei deTony. Da minha briga com meu pai. Da morte da minha mãe. 

Levantei a faca e olhei fixamente em seus olhos cheios de dor. 

– Sabe? EU ODEIO ser chamada de princesa. E eu não tenho um príncipe encantado! 

E enfiei a faca em seu peito. 

Ele abriu a boca e começou a sair um tipo de fumaça preta. Soltei a faca e me joguei para trás. 

Que diabos é isso? 

– O que está havendo? 

– Ele está morrendo. – Respondeu Minna.

Engolhi em seco. 

A pele dele começou a ficar branca e vinham mais fumaças pretas. De repente, uma explosão de escuridão nos atingiu. Cobri os olhos com o braço. 

Quando tirei, ele já não estava mais ali. 

Olhei para minha mão. Ela estava preta. 

O que eu fiz? 

O choro subiu pela garganta e eu não aguentei, simplesmente desabei no chão.