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História A Lei de Murphy - SPIN-OFF 1: A música errada certa


Escrita por: rainfiorest

Notas do Autor


Um spin-off NamJin porque eu quis <3 E sim, vai haver mais spin-offs ao longo da fic ;)

Capítulo 5 - SPIN-OFF 1: A música errada certa


Fanfic / Fanfiction A Lei de Murphy - SPIN-OFF 1: A música errada certa

Spin-off

Jin aproximou-se sorrateiramente de Namjoon e sentou-se ao seu lado. Este não lhe dispensou mais que um breve olhar antes de voltar a concentrar-se no teclado. Estava a preparar a playlist para o dia seguinte.

— Eles pensam que isto é um clube nocturno? — resmungou entre dentes, amassando um dos papeis da caixa de pedidos de música e atirando-o para o lixo — Que falta de gosto…

— Bem, o dono do rádio és tu. — respondeu Jin, observando enquanto Namjoon procurava a música seguinte — Mas sugiro que coloques uma espécie de cartaz a dizer que não aceitas mau gosto.

— Pela quantidade de vezes que já me pediram certas músicas e eu não as passei, já deviam ter percebido. Mas infelizmente, não sou, de facto, o dono da rádio. Um idiota qualquer foi queixar-se ao director da escola que eu só passo rap.

— Outra vez?

— Eu não passo rap. — Namjoon ignorou a perguntar — Também passo outras formas de hip hop.

Jin riu-se, e Namjoon recostou-se na cadeira. Atirou a cabeça para trás com um suspiro cansado.

— Ele disse que a rádio é para os alunos, e devo seguir os desejos dos alunos. — disse, fechando os olhos — Mas eu sou o quê?

— Aluno?

— Exato! — endireitou-se subitamente, atirando as mãos ao ar e olhando para Jin — Jin, és a única pessoa que me entende!

Jin soltou uma gargalhada sonora.

— Então, que vais fazer?

— Ele obrigou-me a fazer um acordo. Três pedidos por cada escolha minha. — cruzou os braços sobre o peito — Mas não especificou de quem eram os pedidos…

— Namjoon, não arranjes problemas outra vez. — Jin sacudiu a cabeça — Apenas faz isso. Não custa assim tanto. Usa auscultadores ou algo do género para não teres de ouvir o que não gostas, sei lá…

Namjoon respondeu com um grunhido. Depois, atirou com outro papel amassado para o lixo. Jin suspirou.

— Namjoon, estou preocupado com o Jimin. — confessou, pouco depois. Fora essa a razão que o levara ali. A preocupação andava a consumir Seokjin como uma chama abafada.

— Eu sei. Estamos todos. — Namjoon não desviou o olhar do ecrã do computador, mas Jin sabia que tinha a sua atenção. — Ele anda tão desanimado.

— Se calhar o que ele precisa é daquela competição para recuperar o ânimo. A única altura em que ele parece realmente feliz é quando dança.

— Bem, ele prometeu ir. Se não cumprir, arrastamo-lo para lá. Não há muito que possamos fazer nesta situação. — suspirou profundamente — Como vai o teu livro?

Jin soltou um gemido frustrado. Namjoon riu. Jin estava com um bloqueio criativo há quase uma semana.

— Falta-me inspiração. — lamentou-se o mais velho.

— Posso ajudar de alguma forma?

Jin riu, baixando a cabeça e evitando o olhar de Namjoon, sabendo que ele estaria a sorrir de forma travessa. Era mais uma proposta do que uma pergunta, e não havia nada de inocente ali. Jin deu-lhe um murro amigável no ombro, pousando depois a mão na cabeça dele, entrelaçando os dedos no cabelo dele.

Namjoon pintara-o recentemente de roxo, mas a tinta começava a desbotar para um tom de rosa claro. O gel que ele aplicara de manhã, para manter o cabelo seguro no seu penteado habitual, dissolvera-se ao longo do dia e a gravidade reclamara várias madeixas de cabelo, que emolduravam já a sua testa.

— Seu pervertido — resmungou Jin, ainda que o tom não soasse minimamente duro. Namjoon deu-lhe uma piscadela de olho em resposta.

— Eu não sugeri nada, tu é que imaginaste. — retrucou num tom manhoso. — Vais ter comigo hoje à noite?

— Não posso. Teste de Geografia amanhã. — continuava a mexer distraidamente no cabelo de Namjoon, antes de se encostar e deitar a cabeça no seu ombro — Mas amanhã sim.

Namjoon encostou o rosto à cabeça de Jin, inspirando fundo o cheiro do shampoo do amigo. Ficaram assim por longos minutos, a playlist e as recomendações de música esquecidas e todas as preocupações de lado, enquanto apenas sentiam a proximidade um do outro. A porta estava fechada, as persianas do estúdio fechadas — Namjoon gostava de trabalhar na obscuridade — e o único som que se ouvia era o do computador a funcionar.

Namjoon suspirou profundamente e levantou-se, tendo o cuidado de o fazer devagar para não atirar Jin ao chão; este ficou a olhar para ele enquanto se dirigia à porta do estúdio e girava a chave, trancando-os lá dentro.

— Que estás a fazer? — perguntou o mais velho, demorando segundos demais a compreender. Namjoon apenas piscou-lhe o olho em resposta e aproximou-se, pegando-o pelos cotovelos para o levantar. Jin talvez fosse dizer mais algo, pela forma como abriu a boca e as suas sobrancelhas se franziram, mas Namjoon não queria ouvir.

Beijou-o, recebendo imediatamente um gemido em resposta. As mãos delicadas de Jin rapidamente chegaram à sua nuca e Namjoon apertou-lhe a cintura, puxando-o para mais perto, achegando os corpos tanto quanto lhes fosse fisicamente possível.

— És louco — arfou Jin, quando Namjoon lhe deu a mais ligeira oportunidade de escapar ao beijo. Não que quisesse escapar. Mas precisava de dizer alguma coisa. E se alguém fosse bater à porta? Que explicação teriam para ter a porta trancada quando estavam lá sozinhos? Aquela situação era tão errada e parecia tão certa, e a sua consciência era um caos de contrariedades.

Namjoon riu, tornando a inclinar a cabeça para repetir o beijo. Ainda estavam junto da secretária e, momentos depois, Jin deu por si sentado nela, as pernas entrelaçadas nas ancas de Namjoon e os lábios deste e percorrer cada milímetro do seu pescoço e clavículas. A respiração do mais velho era pesada e entrecortada com gemidos que tentava abafar ao morder o próprio lábio — quando não era Namjoon a mordê-lo por si —, e as suas mãos deslizavam para cima e para baixo no tronco do amigo.

Sem se aperceber quando nem como, os seus dedos já deslizavam directamente sobre a pele do peito de Namjoon, por baixo da camisa branca do uniforme do colégio, tacteando e tocando e sentindo o seu calor. Em resposta, Namjoon já estava desabotoar a camisa de Jin, em momento nenhum afastando os lábios deles.

Tão errado, mas tão certo.

Só se apercebeu do que estavam realmente a fazer quando a língua de Namjoon tocou o seu mamilo, lançando uma corrente eléctrica por todo o seu corpo que tanto o entorpeceu quanto o despertou. Agarrou no rosto dele com ambas as mãos, levantando-o para o beijar ao mesmo tempo que saltava de cima da mesa.

— Joonie, Joonie — sussurrou contra os lábios dele. Libertou-lhe o rosto e pegou-lhe nas mãos, dando um último beijo antes de voltar a abotoar a camisa — Aqui não.

Namjoon afastou-se com um suspiro profundo e desanimado, mas acabando por voltar para abraçar Jin e pousar a testa no ombro dele. Apertou-o até Jin retribuir o abraço e depositar um beijo doce no seu pescoço.

— Manda-me uma mensagem quando saíres daqui — disse o mais velho, quase sussurrando — E eu vou ter contigo.

Namjoon afastou-se subitamente, sem no entanto largar Jin. Um sorriso satisfeito, daqueles em que mostrava os dentes todos e fazia aparecer as suas covinhas, cresceu no seu rosto.

— Não podes esperar só dez minutos? — perguntou, esperançoso. Jin acenou com a cabeça e Namjoon deu-lhe um beijo rápido no rosto antes de correr de volta para a sua cadeira à secretária.

Doze minutos depois, Namjoon desligava o computador e arrastava Jin para fora do estúdio, em direcção ao dormitório e ao seu quarto. O colega de quarto de Namjoon raramente lá estava; saía antes de Namjoon acordar e voltava depois de ele adormecer. Era o tipo de pessoa que está inscrita em dezenas de clubes e passa o tempo livre a estudar na biblioteca. Por isso, não era raro Jin e Namjoon irem para o quarto dele, onde sabiam que teriam privacidade.

Assim que a porta se fechou atrás deles, Jin saltou para o pescoço de Namjoon, abraçando-se a ele e entrelaçando as pertas nas suas ancas. Namjoon segurou-o pelas cochas, empurrando-o contra a parede para conseguir algum apoio extra, as bocas chocando e os dentes batendo antes de as línguas se encontrarem a meio do caminho.

Os dedos de Jin entrelaçaram-se no cabelo de Namjoonm, puxando-o ou arranhando-lhe a nuca, enquanto as unhas de Namjoon se cravavam nas cochas dele por cima das calças. Com um grunhido de esforço, Namjoon acomodou melhor Jin no seu colo e afastou-o da parede, encaminhando-se para cama.

Caíram um cima do outro em meio de gargalhadas, beijos e mãos que exploravam os corpos um do outro sem pudor, e uma hora depois estavam os dois a vestir-se, depois de ter passado parte desse tempo a provar-se um ao outro e a outra parte apenas aconchegados com carinho. Namjoon apressou-se a ir abrir a janela para deixar circular o ar, enquanto Jin acabava de apertar a camisa e ajeitava o cabelo no espelho da cómoda.

— Estás óptimo. — disse Namjoon, abraçando-o por trás e dando-lhe um beijo atrás da orelha — Uma linda confusão.

Jin revirou os olhos, sacudindo o cabelo uma última vez antes de se voltar.

— Joonie, não achas que lhes devíamos dizer? — perguntou, num tom preocupado, pousando as mãos no peito de Namjoon.

— Hm — Namjoon mordeu o lábio, pensativo — Não sei.

— Porque não há nada para contar?

— ‘Tás doido? — Namjoon pareceu ficar genuinamente irritado, o rosto meigo transformando-se numa expressão de desagrado — Temos tudo para contar. Nós somos tudo. — pegou na mão de Jin e levou-a aos lábios, beijando-lhe as costas da mão e depois encostando o seu rosto nela — Só não sei como é que podemos fazê-lo sem… Bem, sem estragar o que todos temos.

Jin suspirou, satisfeito com a resposta. Trocaram mais beijos intensos e abraços apertados antes de Jin sair, dizendo que precisava mesmo de ir estudar para o teste de Geografia. Mas no dia seguinte voltava, prometeu.

―ᴥ―



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