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História Alone - Supercorp - Capítulo 24


Escrita por: SuperDaLuthor

Notas do Autor


Opa... Como estamos? Espero que bem.
Vou passar um tempo sem postar, mas assim que der eu volto, talvez daqui duas semanas.
Esse capítulo foi um dos que eu mais me emocionei ao escrever, então espero que gostem.
Ahhhh no pov da Alex eu escrevi escutando Gravity - Coldplay.
Tenham uma boa leitura, nos vemos nas notas finais.
A história terá uma passagem de tempo.
Ps: Desculpem qualquer erro.

Capítulo 24 - Capítulo 24


Capítulo 24 (Alone)

Kara Pov.

Eu ainda estava tentando organizar meus pensamentos, difícil acreditar que estamos livres daquele monstro, Charlie e eu, depois de tudo que eu passei na presença do Max, acreditar que agora eu posso talvez andar na rua, falar com as pessoas, fazer ligações sem o medo de que quando chegar em casa eu vou ser agredida e trancada em um quarto, passando dias sem comer, me sentindo um lixo por não conseguir sair daquela situação. Fechei os olhos para não chorar, as lembranças eram sempre muito nítidas na minha mente, sempre martelando para me lembrar a cada segundo tudo que aconteceu.

"- Tira a roupa.- Ele mandou e eu engoli em seco, permaneci parada.- Tira a roupa Kara.- Neguei e senti um forte tapa em meu rosto.- Eu mandei tirar a roupa.- Outro tapa e fui jogada na cama, ele tirou a gravata no pescoço e amarrou meus pulsos, meus olhos transbordaram em lágrimas, sua boca foi para o meu pescoço e eu senti um forte cheiro de álcool, eu queria morrer, isso era fato.

- Por que Max?- Perguntei em meio ao fio de voz e ele riu, riu não, gargalhou como se aquilo tudo tivesse alguma graça.

- Porque eu vou me vingar da Luthor, daquela empresa de merda que ela tem, dos pais dela e de tudo que um dia ela me fez.

- Mas o que ela te faz?

- Sempre quis tudo só para ela, inclusive você. - Vi um sorriso assustador se formar em seu rosto e engoli em seco.- Você ama aquela putinha não é? - Não respondi sua pergunta e outro tapa foi dado em meu rosto.- Eu te fiz a porra de uma pergunta.

- ME DEIXA EM PAZ CARALHO! - Gritei e cuspi na sua cara, ele fechou os olhos e limpou com o lenço que estava em seu paletó. Fechei os olhos aguardando para o que viria em seguida.

Senti ele desamarrando minha mão e quase suspirei aliviada mas senti um puxão no cabelo, depois mais alguns tapas, novamente segurou meu cabelo e me puxou da cama me jogando no chão, deu um chute na minha costela, senti o ar faltar dos meus pulmões, por que isso logo comigo?  O que eu fiz de tão ruim para as pessoas?

Não tive muito tempo de pensar na resposta porque desmaiei de dor".

- Kara?- Ouvi a voz da Alex de longe e enxuguei as lágrimas que escorram pelas minhas bochechas.- Está tudo bem? Podemos ficar mais um tempo aqui se você quiser.- Ela segurou minha mão e apertou de leve.

- Você não se importa?

- Podemos ficar o tempo que precisar.- Ela disse e ficou em silêncio, ainda segurando minha mão, suspirei mais um vez e passamos um bom tempo assim, paradas dentro do carro na frente da delegacia.

"- COMO SE ATREVEU IR ATÉ A LCORP? VOCÊ É MINHA ESPOSA.- Ele gritou assim que um dos seus seguranças me jogou em seu escritório.- Não esquece das coisas que aconteceram.

- Eu te odeio Max.- Ele olhou para o meu rosto e não disse mais nada, caminhou até onde eu estava e me puxou pelo braço me arrastando até o "nosso" quarto e deu um soco no meu rosto, fazendo eu cair no chão, ele se ajoelhou sob meu corpo e mais alguns socos, meu rosto ardia e eu não conseguia mais controlar as lágrimas.- Se atreva a encontrar com Lena Luthor novamente.

Eu apaguei novamente e acordei no outro dia com o rosto inchado, sentindo meu rosto formigar de tanta dor, mas eu não iria desistir, eu não poderia ou eu nunca sairia dessa vida, eu tinha que aproveitar a oportunidade de livrar Charlie dessa vida, mesmo que para isso eu perdesse a minha".

Alex permaneceu o tempo inteiro comigo no carro, sua mão continuou segurando a minha e eu queria ter o poder de voltar ao tempo para mudar tudo. As vezes me pegava pensando se eu conseguiria mudar tudo isso, se eu tivesse contado a Lena ou a Alex, eu estaria aqui, dessa mesma forma? Difícil responder, porque no fim todos erramos, elas poderiam ter deixado eu me aproximar, contar o que realmente tinha acontecido ou eu poderia simplesmente ter contado a verdade, porém agora não tem mais jeito.

Acho que está na hora de enfrentar os meus medos e seguir em frente, para tentar achar um motivo para ser feliz em meio à todo caos que minha vida tornou-se.

- Eu estou pronta.- Alex semicerrou os olhos em minha direção.- Eu estou pronta.- Dessa vez falei mais alto e vi o sorriso surgir em seu rosto, mesmo que um pouco tímido e um tanto temeroso.

- Vamos?

- Sim.- Ela soltou minha mão e eu abri a porta, fechei os olhos e respirei fundo. Abri os olhos e Alex já estava na minha frente me estendendo a mão para sair do carro.

- Eu vou estar do outro lado o tempo inteiro.

- Obrigada.

Entramos na delegacia e senti alguns olhares em mim, mas depois de tudo é como se um peso estivesse sobre minha cabeça, me impedindo de levantar.

Alex abriu uma porta e pediu para eu sentar na cadeira, que logo James iria me interrogar, eu rezava para que tudo desse certo, não suportaria lidar com tudo de novo. Agora mais do que nunca, já que parece que tudo na minha vida começou a dar certo.

"- Lena?- Ela estava com a cabeça apoiada no meu peito.- Lena?

- Sim, desculpe eu não ouvi.- Sorri com isso e suspirei.

- Quem foi a mulher que me entregou os convites? - O medo de ser alguém que esteja envolvida emocionalmente com ela me deu uma sensação de perda, novamente.

- Sam? Bom, lembra de uma mulher que eu disse que tinha conhecido na França?

- Sim, mas nunca me mostrou uma foto; é ela?

- Sim, ele trabalhava em Londres, mas ano passado ela veio visitar National City, conversamos muito e ela resolveu aceitar o cargo de CFO aqui.

- Oh dessa eu não sabia.

- Como assim?- Ela virou seu rosto na minha direção e meu peito doeu por ver ela daquela forma.

- Geralmente eu sabia de tudo, pelo menos enquanto as conversas que o Max tinha eram em casa, havia um informante na LCorp, acho que era alguma coisa Jhonsson.

- Meu Deus! Eu sabia que aquele desgraçado aprontava mais coisas.- Ela alterou seu tom de voz e eu suspirei me sentindo culpada.

- Calma Lena, agora já passou.

- Okay....

Ficamos alguns minutos em silêncio até ela começar a se remexer na cama, eu sorri com isso, ela queria perguntar alguma coisa.

- Kara? Posso te fazer uma pergunta?- Não disse?

- Sim.

- Por que perguntou da Sam?

- Queria saber quem era a pessoa que deveria agradecer.- Obviamente não iria falar o real motivo, se bem que...esse poderia ser um motivo também".

- Kara?- Saí de mais uma lembrança e olhei para o homem moreno que estava sentado do outro lado da mesa.

- Estou pronta, posso começar?

Relatei tudo que Max já tinha feito, desde as agressões comigo até ao seus piores crimes, as mortes de Lionel Luthor e Fred Jhonsson.

- Por que ele mataria Fred Jhonsson?- James perguntou e eu arqueei uma sobrancelha em sua direção, achei que os outros tivessem falado sobre.

- Fred ameaçou ele, quando Jhonsson foi demitido pela Lena Luthor, ele ficou transtornado porque perderia tudo, então ele ligou para o Max e pediu um bom cargo na Lord Tec, mas Max não queria mais um escândalo na empresa, então ele falou que queria um salário bom, porque queria manter ótimo padrão de vida que tinha. Max não aceitou, então Jhonsson disse que ia contar tudo para a policia. Max não ligou porque achou que ele não tinha provas, até que um dia aparaceu um envelope em casa e tinha dezenas de fotos do Max comprando armas ilegalmente, então Max conseguiu o melhor advogado para ele e subornou muitas pessoa para deixar ele livre, conseguindo apenas o pagamento de uma indenização.

- Como sabe de tudo isso? Pode provar o que está falando?

- Max me contava tudo, exatamente tudo, ele tinha o prazer de contar tudo o que levava ele a cometer um crime, eu tenho as gravações no pen drive que dei a Lena.

- Pode provar que os áudios não foram adulterados? - Eu respirei fundo já esperando aquelas perguntas.

- Sim, as câmeras de segurança tem áudio, pode olhar nos documentos. - Ele fez algum sinal com a mão e um agente entrou com um IPad em mãos, olhou algumas gravações e suspirou.

- Meu Deus, realmente foi comprovado que Fred foi assassinado, mas nunca descobrimos o autor do crime. No início pensei que fosse a Luthor mas ela estava com a Alex, logo descartei a hipótese.- Ele olhou para o agente ainda parado próximo a porta e suspirou mais um vez.- Por favor quero um relatório sobre a autenticidade dos vídeos.- O segurança saiu nos deixando sozinhos de novo.

- Max mandou matar, assim como mandou matar Lionel Luthor, as provas estão nos documentos, pode ver a autenticidade de todos.

- Vamos analisar as provas que entregou e você está liberada, não vou deixar ele impune.

- Obrigada.- Suspirei e saí da sala, lembrar de tudo me dava uma vontade de querer sumir, não me sentia digna de viver.

Por um lado eu sentia um peso enorme sair das minhas costas e por outro eu me sentia péssima, como vou viver agora? Com a culpa? Com tudo que aconteceu? Uma parte minha morreu quando entrei naquele carro e não me sinto digna de aproveitar a liberdade agora, era como se ser feliz fosse totalmente errado.

- Kara?- Ouvi uma voz de longe, mas eu ainda estava presa em pensamentos, como se fosse uma prisão interna onde eu ficava me culpando por tudo.- Kara?- Reconheci a voz da Alex e encarei seu rosto que tinha uma feição culpada.

- Eu quero ir embora daqui.- Ela balançou a cabeça em concordância e me guiou até a saída da delegacia.

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- Kara?- Escutei alguém batendo na porta, acho que era Imra.

Cheguei e passei direto para o quarto, Charlie já estava dormindo e eu achei melhor fazer o mesmo, me sentia tão exausta.

- Entra.- Ela abriu a porta devagar e me olhou de cima abaixo, conferindo se estava tudo bem.

- Só vim saber como está, Lena não para de perguntar sobre como você se sente.- Ela conseguiu arrancar um sorriso em meio à todo caos que minha vida estava.

- Pode dizer que eu estou bem.- Ela arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços.

- Kara, não precisa mentir para mim, podemos conversar se quiser.- Ela andou e sentou na ponta da cama, ainda me encarando.

- Eu juro que estou bem...

- Se você diz.- Ela deu de ombros, levantou e saiu do quarto. Suspirei e levantei, precisava conversar com Lena.

Conferi se Charlie permanecia dormindo e saí do quarto em que estava para ir  direção ao dela, dei algumas batidas e ouvi um entra baixinho.

- Hey...

- Hey...- Ela respondeu ainda no tom de voz baixo, parecia cansada.

- Como você está?

- O certo seria eu perguntar á você.- Ela riu e eu sorri, me aproximei e me sentei na ponta da cama.

- Você quer a verdade?

- Sempre Kara.- Lena sorriu e eu me permitir derreter com o seu sorriso.

- Eu estou com medo, meus pensamentos não me deixam em paz, parece que a qualquer momento eu vou ter um colapso. Eu estou com medo de que Max mesmo da cadeia faça algum mal as pessoas que eu amo. Eu sempre tive esse medo, por isso acatava tudo que ele mandava, eu não sei o que fazer Lena.- Lágrimas escorriam por meu rosto, eu sentia um aperto no peito, um medo comum dominava meu corpo.

- Pode se aproximar?- Me sentei ao seu lado e ela procurou minha mão e entrelaçou nossos dedos.- Eu não vou deixar nada acontecer conosco, ninguém vai te machucar de novo Kara, nem que eu tenha que contratar todos os seguranças desse país.

- Promete?

- Prometo.

Ficamos em silêncio e eu me sentia em casa, não dissemos mais nada, eu sabia que não precisava.

 

2 meses depois.

 

Hoje Lena iria ao médico, saber o estado em que seus olhos se encontravam, fazia 15 dias que ela tinha tirado o curativo e usava óculos completamente escuros, evitava sair na parte da manhã por causa dos fortes raios de sol, apenas essa semana que começou a usar óculos cada vez mais claros para se acostumar com a claridade solar. Sua perna já estava melhor e ela usava uma bengala de apoio. Nosso relacionamento? Não sei direito o que dizer, porque ela têm me tratado tão bem nos últimos dois meses e Charlie também, mesmo que no começo ela tenha ficado um pouco reclusa ao assunto sobre eu ter um filho e por ele se parecer tanto com Max, porém nunca tratou ele mal sempre foi um amor, ela estava se esforçando para melhorar e fazer a nossa convivência ser a melhor possível.

Ela começou sessões com o psicólogo, porque ela não parava de culpar-se pelo o que tinha acontecido comigo, por mais que ás vezes ela não falava sobre eu sabia que ela se culpava e se culparia até o seu último dia, mas vamos ter que aprender a conviver com as dores ou vamos terminar sozinhas novamente. Eu amo ela, eu amo ela com cada defeito e qualidade, eu ainda sinto as sensações que ela me causava há 3 anos atrás, eu lembro de tudo, sinto que não poderia esquecer jamais tudo que ela causa em mim.

- Kara? - Sua voz me tirou dos meus pensamentos.

- Sim? - Foquei meus olhos em seu rosto e percebi que ela sorria enquanto o pequeno estava em seu colo.

- Acho que ele está como fome, ouvi ele resmungando em seu quarto.- Sim, eu ainda morava com Lena, ela não me deixou sair do seu apartamento enquanto a sentença do Max não saísse.- Por que acordou tão cedo?- Ela se aproximou e eu sorri estendendo o braço para pegar meu filho que sorriu assim que me viu.

- Pa...pa..- Eu ri com a tentativa dele de falar e beijei suas bochechas gordinhas.

- Gostaria de acompanhar a sua consulta...- Coloquei Charlie sentado na sua cadeira que Lena fez questão de providenciar nos primeiros dias que cheguei aqui.

- Sabe que não precisa Kara.- Ela andou até o balcão e sentou na cadeira olhando para mim.

- Eu quero.- Encarei ela também, seus olhos estavam tão intensos essa manhã, seu cabelo ainda estava levemente bagunçado por ter acabado de acordar, mesmo com a aparência cansada ela carregava um sorriso maravilhoso no rosto. Suspirei com a visão e voltei a preparar a mesa para tomarmos café.

- Sua mãe é muito teimosa sabia Char.- Virei para olhar o que estava acontecendo e sorri com o que vi. Lena estava tentando dar papinha pra ele enquanto ele sorria e enfiava a mão em sua vasilha.- Assim não querido, vai sujar suas mãos...não.- ri para o que viria a seguir. -Charlie não coloca a mão na boca, sua mãe vai brigar comigo.- resmungou baixo e eu explodi em uma gargalhada alta.

- Que adorável.

- Você ri porque não é com você.- Bufou e usou os guardanapos que tinha na mesa para limpar a mão do pequeno. Ele parecia atento ao que ela fazia e mesmo assim ela não tirava o sorriso do rosto.

- Pode tomar o seu café Lena, eu termino de alimentar ele.- Ela olhou para mim e arqueou uma sobrancelha negando com a cabeça.

- Eu não desisto fácil Danvers.- Arregalei os olhos pela sua fala, que teria soado um tanto quanto sugestiva.

- Eu sei Luthor.- Dei de ombros e comecei a tomar o meu café ainda com os olhos presos nos dois á minha frente. Acho que finalmente encontrei a calma que tanto procurava.

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Andávamos pela rua á procura de uma ótica, Lena teria que usar óculos e só de pensar eu me derretia por imaginar quão fofa ela ficaria, misturado á seu sorriso que parecia iluminar qualquer ambiente, eu sentia cada partícula do meu corpo em paz, por momentos em que eu estava com Charlie e Lena eu me sentia assim.

- O que tanto pensa?- Ela virou seu rosto em minha direção parando ao lado do carrinho de Charlie.

- O que?

- Você ainda tem a mania de ficar...- aproximou -se do meu rosto e tocou o vão entre minhas sobrancelhas fazendo meu rosto relaxar a expressão que formava-se antes.- Com o cenho franzido.

- Ohh.- Sorri com esse ato e senti minhas bochechas esquentarem.

- Mama?- Ouvi Charlie, espera...ele estava me chamando? Ele estava falando mamãe, ele estava conseguindo- dizer mamãe. - Mama..mã?

- Meu Deus. - Senti meus olhos encherem de lágrimas e olhei para o pequeno, abaixei ficando na altura em que ele estava dentro do carrinho.- Você está tentando dizer mamãe?

- MAMÃE?!- Ele deu um gritinho e riu batendo palmas, como se soubesse que tinha acertado.

- Como eu amo você pequeno.- Eu disse e enchi seu rosto de beijos, fazendo o pequeno rir mais alto.

- Você deixa sua mãe tão boba Char, tenho certeza que ela é a mãe mais coruja desse mundo.- Lena falou e eu olhei para o seu rosto, seus olhos brilhavam e eu sorri com isso.

- Não liga pra ela filho, o nome disso é inveja.- Ela gargalhou alto e caminhou, um pouco devagar por estar sem a sua costumeira bengala e adentrou a loja conosco em seu encalço.

Alex Pov.

Maggie me convidou para jantar em um restaurante, digamos que o mais caro da cidade e o mais luxuoso também. Eu pensava em vários motivos para ela fazer tal coisa e a única que parecia mais consistente era que ela me pediria, finalmente, em casamento e isso fazia eu sorrir feito uma idiota.

- Vamos entrar?- Perguntou me tirando dos devaneios.

- Sim.- Ela estava tão linda essa noite, muito mais que os outros dias, parecia carregar uma áurea diferente e um enorme e lindo sorriso no rosto, deixando á mostra as suas belas covinhas.

O jantar foi incrível e meu coração acelerava a cada instante em que os minutos passavam. Ela então levantou e disse que voltaria em poucos minutos.

Vi sua silhueta desaparecer e sorri sentindo minhas mãos suarem, tentei acalmar o coração acelerado mas foi em vão, respirei fundo algumas vezes e quando percebi ela tinha sentado á minha frente novamente.

- Eu estou um pouco nervosa, então se eu gaguejar não ria, okay?- Ela sorriu e eu percebi que suas mãos tremiam, olhei para a caixinha em sua mão e meu coração acelerou mais ainda.- Eu queria te dizer palavras bonitas, até mesmo escrevi, mas eu percebi que nem todas as palavras do mundo seriam o suficiente para dizer o que eu sinto por você.- Respirou fundo e me encarou.- Por um longo tempo eu imaginei que nunca encontraria alguém que eu amasse tanto ao ponto de dar minha vida...sim Alex eu daria minha vida por você, eu seria capaz de tudo para fazer você feliz, isso é loucura eu sei, mas eu te amo e isso é pouco perto do que você merece.

- Meu amor...

- Me deixe terminar..- Sua voz começou a embargar e eu senti meus olhos marejarem.- Você sempre foi o amor da minha vida, isso estava escrito, eu fui idiota com você no início mas era por ter medo do novo, do sentimento que nascia em mim, da vontade que eu tinha de estar á todos os momentos perto de você. Meu Deus Alex, eu quase morri com o seu acidente, mesmo sabendo que você estava bem, eu tive tanto medo de te perder e eu ainda tenho. Eu te daria o mundo se pudesse, eu nunca me imaginei e nunca quis ser mãe mas por amor a você podemos ter um time de futebol se quiser e eu te prometo que irei amar todos eles na mesma intensidade que eu amo você, porque você é tudo para mim, minha calmaria, minha fúria, meus sorrisos, meus medos, minha coragem, o motivo para eu voltar para a nossa casa todos os dias, o motivo de eu não fazer idiotices no trabalho. Eu amo tanto você Alex, que desistiria de tudo apenas para ficar do seu lado, porque eu nunca tive nada na minha vida e agora eu tenho você que é tudo.- Seus olhos já transbordam lágrimas e os meus não estavam diferentes, olhei ao redor e algumas pessoas observavam a cena emocionados também.

- Eu amo você Maggie. Seus olhos ainda mexem comigo, o seu sorriso, o modo como fala, sua estranheza, o jeito que ri, suas mãos fortes porém delicadas, seu rosto sereno quando dorme, o modo como você anda, o carinho tímido que faz sem perceber, o abraço reconfortante, depois de tanto tempo você continua mexendo comigo e sempre irá me proporcionar essa grande montanha russa de emoções que é estar ao seu lado. Amar não é para todos e sim para aqueles que são capazes de se doar sem esperar receber, de amar com intensidade sem o medo de se machucar. Amar não é pra qualquer um . Amar é correr risco. Amar não é gostar e nem se apaixonar, é se permitir ser feliz sem barreiras que o prendem e eu sempre estive disposta a tudo por você Maggie e sempre estarei.- ela segurou minha mão e abriu a caixinha revelando um lindo anel, meu sorriso cresceu ainda mais, se isso ainda era possível.

- Alex, você aceita ca...- ouvimos um estrondo e dois caras encapuzados entraram no restaurante com as armas em punho, mudando a mira de pessoa por pessoa, como se desse um aviso.

- ISSO É UM ASSALTO.- Tudo parecia estar em câmera lenta, os homens passando de mesa em mesa pegando os pertences e quando chegou na nossa ele riu e tentou pegar a caixinha com a aliança, mas Maggie mais foi mais rápida e puxou.

- Eu disse que isso era um assalto!- Ele gritou furioso e eu estremeci.

- Eu não ligo.- Ela vociferou e o medo começou a correr por minhas veias, eu não poderia tomar uma atitude brusca ou levaria um tiro.

- Maggie, por favor, não faça nada estúpido.- Implorei e ela voltou a olhar para mim, ela balançou a cabeça discordando e olhou para ele.

- Você ouviu a mocinha, não faça nada estúpido.- Ela me encarou novamente e eu assenti quase implorando para dar a aliança, com relutância ela estendeu a caixinha em direção a ele.- Obediente...Agora todos de joelhos, alguém precisa ser punido por não obedecer às ordens.- Isso estava muito errado, onde está minha arma na hora em que eu mais preciso? Ele já pegou o que queria, por que fazer mal á alguém?

- Você já teve o que queria, eu não vou me ajoelhar.- Eu gritei em desespero e ele tirou a máscara, eu já tinha visto aquele rosto em algum lugar.

"Alguma boa alma se aproximou e levantou a viseira do meu capacete e eu consegui respirar melhor.

- A ambulância já está vindo, não se mexa.- O homem disse e eu balancei a cabeça de leve concordando"

"- O que aconteceu aqui? Eu estava vindo atrás e liguei para a emergência, ela está muito machucada?"

"- Um homem que estava no bar nos ajudou, não sei de que buraco ele saiu, mas ajudou bastante"

"-Eu vi o carro capotado e tentei ligar para a emergência".

- Alex, foi ele que me ajudou Alex, eu tenho certeza.- Maggie sussurrou assustada e eu não estava diferente.

Ele apontou a arma na minha direção e então minha ficha caiu, nada foi acidente, nunca juntamos os pontos, Max estava por trás de tudo isso, era a única razão para todos nós estarmos sempre em perigo naquela época, meu Deus, por que eu fui perceber isso tão tarde. Eu via sua boca mexendo mas não conseguia ouvir, Maggie entrou na minha frente e eu ouvi um tiro, ela já estava caída em meus braços, minhas pernas fraquejaram e eu me ajoelhei, sua boca escorria sangue e meu coração falhou.

- Como?- Os homens já não estavam mais no local e eu só conseguia ouvir os gemidos de dor da Maggie.

- A..le..x.- Tentou dizer algo mas cuspiu sangue, ela tentava tocar meu rosto como em um pedido mudo para que eu não me desesperasse.

- Shiu, não faz esforço, a ambulância vai chegar daqui a pouco.- Ela tentou sorrir mas acabou fazendo uma careta, lágrimas rolavam por seu rosto e eu me sentia uma inútil, minhas mãos tremiam tentando pressionar o ferimento, ela estava perdendo muito sangue.

- Me...descu...pa.- Ela apertava minha mão, em uma tentativa falha de me confortar.- Eu prometi.- Tossiu forte e jorrou sangue da sua boca, um soluço cortou minha boca e eu senti meu corpo tremer em um choro incontrolável.

- Não me deixa...

- Eu...amo...você.- falou pausadamente, quase sem forças para alguma coisa, as suas pálpebras  foram ficando mais pesadas,ela fechava os olhos e demorava mais que o normal para abri-los de novo e eu sabia que estava perdendo-a.

- Eu te amo Maggs.- O seu aperto foi perdendo a força e o som da ambulância preencheu o local, os paramédicos entraram , alguém ali se abaixou perto de mim, eu estava sem forças para levantar, ainda pressionando o ferimento, me puxaram para longe e a correria começou, eles queriam salvar a vida dela e eu rezava para que isso acontecesse.

- VAMOS, CARREGA EM 200.- Um médico gritou e vi seu corpo tencionar para cima pelo impacto do choque.- 230.- novamente e nada.- Em 300.- Mais um vez o seu corpo tenciono e o médico colocou a mão em seu pulso e parecia estar sentido algo.- VAMOS!

- A senhora está bem?- uma outra paramédica apareceu no meu campo de visão e só então eu percebi estar sangrando, coloquei a mão na mancha e percebi que havia um buraco em meu vestido... o tiro atravessou Maggie e me atingiu.- TEMOS OUTRA FERIDA, VAMOS, EU PRECISO DE UMA MACA.

Eu sabia que algo estava errado, eu sentia minhas mãos e meus pés formigarem, minha visão estava embaçada, eu só queria Maggie de volta, eu não poderia desistir.

- ELA ESTÁ EM CHOQUE, VAMOS RÁPIDO OU PERDEREMOS AS DUAS.- Outra paramédica gritou e eu tentei não fazer uma careta por sentir dor.

Alguém colocou uma máscara em mim e logo eu estava em um maca, pessoas corriam comigo, falando alto mas eu não conseguia compreender, algo estava muito errado comigo.

Meus olhos pesaram e eu senti que o formigamento passou, talvez eu esteja bem agora.

 


Notas Finais


Bom gente é isso, espero que tenham gostado. Por favor não me odeiem haha.
Comentem para eu saber se estão gostando.
Até o próximo


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