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História Amnésia - Surpresa!


Escrita por: OutubroFlowers

Notas do Autor


Oláaar meninas!
Então gente, não vai ter como estender essa fic, porque já estou querendo escrever outras coisas KKK Então eu acho que teremos no máximo mais dois capítulos, ou um só, ainda não sei haha. MAS, vocês podem se sentir a vontade pra ir ler minha outra fic com o zezinho KKK Se chama Vengeance, vou deixar o link lá no final!
Espero que gostem do capítulo. Bejosney <3

Capítulo 15 - Surpresa!


Fanfic / Fanfiction Amnésia - Surpresa!

Quatro dias. Eu contava os segundos, os minutos e horas, esperando que alguém finalmente viesse me resgatar. Eu mantinha essa esperança desde que acordei, em um lugar totalmente estranho, amarrada e machucada.

 

Ao passar dos dias, percebi que Ethan era louco. Tão louco quanto eu poderia ter sido. Ele me contava coisas que fazíamos juntos, noites de amor, que me faziam vomitar. E todas as vezes que eu vomitava, ele me batia, por não poder se controlar. Não era só por isso que ele me machucava, mas também por sempre dizer a ele que não lembrava dele, que não lembrava dos momentos que ele queria que eu lembrasse. Pra falar a verdade, eu nem estava me esforçando para lembrar.

 

Ethan queria fugir do país comigo, por isso estava correndo atrás de documentos falsos. No dia anterior, ele me forçou a tirar uma foto, para os novos documentos, eu o fiz, esperando alguma distração, mas nada. Ethan era muito atento a tudo, e sempre me deixava amarrada, impedindo uma tentativa de fuga.

 

Encolhida na cama, com pés e mãos amarradas e com uma mordaça na boca, eu o via andar de um lado para o outro no quarto. Sei que estava estressado, pois Zacky havia colocado a polícia atrás de mim, e uma imensidão de pessoas procuravam por mim. Isso me dava esperanças de que, logo eu deixaria essa situação.

 

– Seria tão simples se você lembrasse de tudo! – Ele grunhiu, chutando o pé da cama, e me fazendo encolher mais ainda. – Porque não lembra?! Nós eramos tão felizes juntos! Íamos sair desse lugar! – Ele dá um breve sorriso.

 

Eu lhe lancei uma expressão enojada e virei o rosto, evitando o encarar.

 

– Tudo bem, tudo bem. – Ele passa a mão pelos cabelos. – Você vai lembrar, em algum momento... Você me ama, só não está lembrada...

 

Eu escondo o rosto no meio de meus joelhos, e fecho os olhos, esperando que ele ficasse quieto, esperando que alguém chegasse logo e me tirasse desse pesadelo. E assim eu cai no sono.

 

Eu estava chorando. Ethan tinha acabado de me bater, tinha me ameaçado. Disse que se eu não fosse embora com ele, daria um jeito de “apagar” Zachary. Eu poderia não amá-lo tanto quanto já amei, posso ter feito o homem sofrer, mas nunca lhe desejaria o mal, nunca desejaria sua morte, então eu iria. Sabia que Ethan era capaz de tudo, já que nos últimos tempos tem me mostrado totalmente diferente do que era. O que era um homem romântico, tornou-se obsessivo e controlador, ciumento, louco... Mas o pior estava em mim. Eu, apesar de todas as coisas ruins que Ethan me fazia passar, até gostava dele, quando ele não estava irritado, claro. Mas eu não poderia viver assim. Eu não nasci pra viver do jeito que Ethan vivia, em apartamentos pequenos, comendo comidas congeladas. Não. Eu não podia voltar para Zachary, pois Ethan o havia ameaçado. Minha cabeça estava explodindo de dor, os remédios começaram a me fazer falta, eu sabia que estava prestes a ter um surto e tacar o foda-se para tudo ao meu redor. Então quando cheguei em casa, para fazer as malas, eu tomo alguns de meus comprimidos, esperando que aquilo me acalmasse. Mas não. Tudo só piorou. Zacky havia descoberto sobre a gravidez e o aborto, e nós acabamos brigando. Eu queria dizer a ele que sentia muito e que no fim, não tive escolha, por causa de Ethan. Mas tudo o que saiu foi que eu não queria um filho, que não sabia se ele era o pai, pois estava dormindo com Ethan. Eu achei que ele fosse me bater, no fundo, eu desejava isso. Seria eu tão sádica assim?! Zacky percebeu meu estado, percebeu que havia algo errado, ele queria me ajudar, mas eu não deixei. Corri para meu carro a fim de voltar para Ethan, antes que ele viesse atrás de mim. Eu lembro de chorar dentro do carro, a minha vista estava embaçada, e eu estava me sentindo a pior pessoa do mundo. Eu tinha feito muitas coisas ruins desde que me entendia por gente, porém nunca havia sentido remorso nenhum, até aquele instante. Tudo passava diante de minha mente, todas as pessoas que eu havia magoado, que havia feito chorar. Meus pais, meu noivo... Eu não conseguia lhe encarar disso, seu olhar decepcionado fora o bastante. Eu não queria uma vida com Ethan, por mais que gostasse dele, seria um erro, ter me envolvido com ele foi um erro e eu me recusava a voltar. Eu tinha percebido o carro de Zacky me seguindo, o celular tocando repetidamente, fazendo-me irritar ainda mais, tudo ao meu redor me deixava com raiva. Eu estava sentindo tudo de uma vez só e acabei não aguentando. Tudo o que eu queria agora, era apagar e acordar como se tudo não passasse se um pesadelo. Eu olho para a ponte mais a frente e acelero. Eu sabia que se eu fizesse isso mesmo, não acordaria, e eu esperava que não. Mas naquele momento não estava dando a mínima, tudo o que eu queria era que minha cabeça parasse, meus pensamentos se desligassem. Eu fiz o que tinha que fazer. Virei o volante e freei o carro, fazendo-o capotar. Ouvi barulhos e coisas quebrando, não senti dor, mas minha vista se apagou por inteiro.

 

Acordei, com os olhos cheios de lágrimas. Eu queria muito que tudo aquilo tivesse mesmo sido um sonho, mas sabia que não era. Eu tinha acabado de lembrar o dia do acidente, em partes, pelo menos. Mas o que ninguém sabia é que, eu tinha tentado me matar, e saber disso me fez chorar ainda mais.

 

– Você só chora! Não costumava ser assim. – Ethan murmura, me fazendo olhá-lo. Ele estava jogando algumas roupas em uma mala. – Isso vai mudar. Assim que deixar-mos esse lugar.

 

Minha espinha gelou. Pelo sorriso que estava em seu rosto, os documentos haviam chegado.

 

– Precisamos te limpar, e então nós vamos... – Ele diz, sorrindo em minha direção.

 

Eu balanço a cabeça, me debatendo quando ele me toca. Tento gritar, mas a mordaça em minha boca não me permite. Eu tento chutá-lo, mesmo com os pés amarrados e ele parece ficar irritado. Ethan segura em meus cabelos e me puxou para fora da cama.

 

– Eu só quero te dar um banho, merda! – Ele grita. Mas sua voz se aquieta quando, lá fora, ouvimos barulhos de sirenes.

 

Respirei aliviada, sabendo que agora estaria salva e em pouco tempo, nos braços de Zacky.

 

– Ethan Addams, aqui é a polícia. – A voz de um homem preencheu os ares. – Sabemos que a senhorita Baker está ai. Por favor se entregue. – Diz a voz.

 

Ethan pareceu assustado, acho que ele não contava com isso. Ele começa a balançar a cabeça, enquanto o policial continua a falar lá fora. Ethan pega uma faca e vem em minha direção, eu me arrasto para trás, mas suas mãos fortes seguram meus pés. Ele corta a corda que prendia meus pés e me puxa para ficar em pé. Minhas pernas doem, por ficar tanto tempo deitada, ou sentada e sem andar.

 

– Merda! Está vendo o que aquele merdinha está fazendo?! – Ele grunhiu, me colocando em sua frente.

 

Eu senti o fio da faca em meu pescoço e ele empurra meu corpo me obrigando a ir para frente. Paramos em frente da porta, e ele pega a chave do carro com a mão livre e então abre a porta. Meus olhos em contato com o sol, arderam e eu tive que fechar por alguns segundos. Mas estava ansiosa, então os abro. Vejo carros de polícia, e policiais armados e vejo Zacky. Meu coração dispara, quando nossos olhos se encontram, ele parecia assustado e preocupado.

 

– Se alguém chegar perto, eu mato ela! – Ethan grita, caminhando lentamente até o carro, e me levanto. – Se eu não ficar com você, ninguém mais vai, princesa... – Ele sorriu.

 

Eu ouvia Zacky gritar meu nome, e tudo que eu queria era correr até ele e o abraçar. Quando Ethan abriu a porta do carro, e me empurrou, eu neguei, segurando na lateral e me recurando a entrar, mesmo com uma faca em meu pescoço.

 

– Entra! – Ele grunhiu, puxando meu braço.

 

Eu neguei novamente, e ele se irritou, pegando em meus cabelos novamente. Eu me debati e acabei caindo no chão, mas a faca que ele segurava, deslizou sobre meu braço abrindo um corte. Quando atingi o chão, rastejei para longe, e Ethan tentou me alcançar. Então tudo aconteceu em um piscar de olhos. Um tiro. Ethan tinha levado um tiro no ombro, o fazendo largar a faca e cair lentamente no chão. Os policiais se aproximaram, e Zacky correu em minha direção.

 

– Ami! – Ele grita, se jogando de joelhos ao meu lado. – Ami, amor... – Suas mãos soltam a mordaça de minha boca.

 

– Zacky! – Eu chorei, lhe abraçando, ainda com as mãos amarradas. Não consegui dizer mais nada.

 

– Tudo bem, eu estou aqui agora... Eu estou aqui. – Ele beijou minha testa, e me apertou em seus braços. – Eu tive tanto medo de te perder de novo. – Ele se afastou um pouco, encarando-me e eu percebi que chorava.

 

– Você nunca vai me perder, Zacky. – Disse, meio ao choro. Ele sorriu, voltando a me abraçar.

 

– Vem, você precisa ir ao médico. – Ele se afasta, e me ajuda a levantar. – Aquele louco te machucou... – Me encara, com angustia no olhar.

 

– Isso não foi nada, comparado com a dor de pensar que um dia nunca mais fosse ver você... – Choraminguei e Zacky me abraçou de lado.

 

– Eu te procuraria no mundo todo, se fosse preciso. – Beija minha testa e eu sorrio.

 

Zacky me ajuda a sentar na parte de trás de uma ambulância. Nós vemos Ethan, sendo atendido por outros paramédicos, mas estava tentando se soltar e gritava, me chamava pelo nome. Eu me encolhi. Será que ele era louco antes de eu conhecê-lo? Ou eu que o havia deixado assim? Talvez eu nunca saberia. Eu desviei meus olhos dele e mantive meus olhos em Zacky. Fomos levados para o hospital, e durante o caminho eu acabei dormindo, mas sentia que Zachary estava comigo o tempo todo.

 

Quando acordei e vi as paredes brancas, já sabia onde eu estava. Sorri, pois já estava familiarizada com esse lugar. Olhei para os lados, percebi que havia um vaso de rosas vermelhas sob a mesinha, como da primeira vez que acordei. Porém, dessa vez tinham coisas a mais. O sofá no canto do quarto, estava repleto de presentes, ursinhos de pelúcia e balões de coração, havia até uma caixa de bombom. Sorri maravilhada. E enquanto eu estava emocionada por receber tantas coisas, e me perguntando quem havia deixado aquilo ali, a porta é aberta. Era Zacky.

 

– Olha só quem acordou! – Ele sorriu amoroso. Então fez uma expressão um pouco assustada. – Ainda lembra de mim, certo? – Perguntou e eu gargalhei.

 

– Lembro sim! – Comento, então estico meus braços, lhe pedindo um abraço. Zacky me abraçou, tomando cuidado para não me machucar. – Senti muito sua falta.

 

– Também senti a sua. – Ele beija minha testa. – Eu tenho uma surpresa pra você...

 

– Mais?! – Eu lhe encaro rindo e aponto para os presentes. – Quer dizer. De onde veio tudo isso? Foi você?

 

– Só as rosas. – Ele sorri. – O resto foram os meninos, e alguns fãs. Espera até chegar em casa e ver o alvoroço que fizeram, quando você sumiu.

 

– Sério?! – Pergunto, sentindo meus olhos arderes. – Acho que estou ficando muito sentimental! – Ri, e Zacky também riu, segurando minhas mãos. – Quanto tempo dormi?

 

– Quase um dia inteiro. – Ele responde. – Já está melhor, Dr. Crowford cuidou de você.

 

– Que bom. – Balanço a cabeça. – E... Ethan? Foi preso? – Pergunto.

 

– Bem, parece que vai ficar preso até o julgamento, mas parece que ele vai ser encaminhado para um instituto psiquiatra...

 

– Desde que esteja longe de mim, está ótimo. – Suspirei aliviada. – Era só o que eu precisava saber. Quero deixar essa história para trás.

 

– Isso é muito bom. – Sorriu.

 

– Como você me achou? – Pergunto curiosa.

 

– Bom você ter perguntado isso, porque eu trouxe uma pessoa que está doida pra te conhecer! – Ele sorri e se afasta, indo até a porta. Então uma menina, baixinha e um pouco gordinha, entra. – Essa é a Isabella. Foi ela que te achou...

 

– Oi! – Ela acena, tímida e passa as mãos no cabelo colorido.

 

– Oi Isabella! – Sorri, fazendo sinal para que ela se aproximasse. – Uau, você é linda! – Disse e puxei-a para um abraço desengonçado. – Eu nem tenho palavras para agradecer, pelo que você fez por mim.

 

– Não precisa. – Ela sorri com as bochechas coradas. – Não sei se Zacky contou, mas sou muito sua fã também! Foi você que me fez gostar muito de maquiagem...

 

– Nossa! Eu fico muito feliz com isso! Nós devíamos passar um tempo juntas, não?! – Eu sorri animada, quando ela concordou.

 

– Eu adoraria! – Ela sorri.

 

Passamos um bom tempo conversando, e logo depois Zacky saiu para levar Isabella para casa. Disse que voltaria para passar a noite comigo, já que no dia seguinte, eu ganharia alta. Esperei, enquanto me distraia com meu celular. Vi nas redes sociais a preocupação de meus fãs para comigo, fiquei emocionada novamente, com vontade de chorar, mas me segurei. Muitos dos meus fãs tinham espalhados panfletos com minha foto. Eu gravei um breve vídeo, da cama do hospital mesmo, não quis esperar. Logo depois Zacky chega, havia trocado de roupa e tinha uma caixa em sua mão.

 

– Mais presentes?! – Eu cerrei os olhos, deixando meu celular de lado.

 

– Sim. – Ele sorriu, se aproximando. – Bem. Isso é especial... – Ele respirou fundo. – Só eu e Dona Ceci sabemos, mas acho que você deveria saber também. – Diz, me entregando a caixa e me dando um beijo na testa.

 

– Hm... Já estou curiosa. – Disse, enquanto abria o embrulho da caixa.

 

Deixei o embrulho de lado. A caixa era em um tom de rosa claro, com bolinhas azuis, muito delicada. Abri a tampa. Meu coração quase parou com o que tinha ali dentro. Era um par de sapatinho de bebê, amarelo, e uma pequena roupinha escrito eu sou da mamãe. Eu segurei o sapatinho nas mãos, mal conseguindo conter meu coração.

 

– Isso é... – Gaguejei. Olhei para Zacky, que sorria.

 

– Você está grávida. – Ele diz. Uma lágrima escapa de seus olhos e ele limpa com rapidez. – Vamos ser pais...

 

Eu não tinha palavras para expressar minha felicidade. Tudo que consegui fazer, foi chorar de emoção e abraçar Zacky. Dizem que sempre depois de uma tormenta, vem um arco-íris. Parece que estavam certos.


Notas Finais




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