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História Arcano - Capítulo quatorze: armadilha


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 14 - Capítulo quatorze: armadilha


— Aqui é a central. Temos uma nova informação que, uh, pode interessar. A Toudai recebeu uma ligação dizendo que a senhora Tsunade Senju iria cancelar a palestra dela, mas o número não era do telefone dela. Estamos tentando rastreá-lo, câmbio. — alguém do outro lado da linha disse.

— Alguma pista de onde a ligação pode ter sido realizada? Câmbio. — o ruivo perguntou.

— Nenhuma coordenada exata, mas o que sabemos até agora é que veio do distrito de Shinjuku. Câmbio.

Não foi nem preciso dizer que precisavam acelerar, porque naquele exato momento, já começaram a correr pelas ruas da cidade. A ligação, para já terem conseguido uma região da cidade, até mesmo um distrito, deveria ter sido feita há no mínimo duas horas e meia, três horas, e eles bem sabiam que o assassino já havia escapado dali, invariavelmente. A grande questão era que ele simplesmente havia escolhido um lugar ideal para fazer uma ligação sem jamais ser reconhecido, o distrito mais populoso e movimentado de Tóquio. Essa escolha, com certeza, não era por acaso. Num lugar tão cheio, onde pessoas vem e vão a todo instante, ninguém realmente notaria que um celular foi deixado no chão, ou em um lugar mais escondido e, se por ventura percebessem, ninguém teria reparado no rosto do dono; o máximo que fariam é entregar o aparelho a uma delegacia para que fosse devolvido ao dono.

O mais importante disso tudo era que o assassino estava indo cada vez mais longe em todas as suas tentativas. Ele já havia se arriscado o bastante com Maito Gai, mas era madrugada e ele preparara bem a cena para que pudesse escapar; então, a madre extrapolou os limites, pois um erro de cálculo, uma chave com a qual não contavam, e ele teria sido pego no ato. E agora, deixar um celular (um aparelho que definitivamente havia sido comprado no nome de alguém, e que podia ser rastreado) no meio do distrito mais populoso de Tóquio, isso era realmente inacreditável. Já haviam visto muitos casos de assassinos em série, mas era a primeira vez que lidavam tão de perto com um.

— Por que ele faz tudo isso? Por que matar todas essas pessoas, de maneira tão específica... É isso que eu ainda não consegui entender exatamente, e eu sinto que isso é a chave do mistério. — Konan falou, olhando pela janela.

— Bem, de uma coisa sabemos, ele não é o tipo visionário. Todo esse esquema armado me parece muito planejado, a sangue frio mesmo, e não fruto de um delírio ou alucinação. Ele estava plenamente capaz e ciente do que fez, isso é certeza. — Hinata opinou.

— Não acho que ele pode ser do tipo missionário também, porque as vítimas não têm um padrão que é considerado indesejado: elas se encaixam nos estereótipos das cartas de tarot, e só. Ele não está tentando livrar o mundo de algum grupo específico ou coisa assim. — Itachi disse.

— Então o que nos resta é um assassino hedonista, e nesse ponto todos podemos concordar. Mas qual é o combustível dele, luxúria, adrenalina, lucro ou controle? — o investigador Sato perguntou.

— Aí é que está: não temos realmente certeza. Pode ser luxúria, pela excessiva brutalidade nas mortes, quase algo ritualístico; a escolha da arma, uma faca, que requer ficar perto da vítima, também. Adrenalina... Não sei, não acho muito provável; as vítimas são estranhas e não têm ligação entre si, mas não confio muito nessa ideia de que ele mata pela emoção de matar, de maneira rápida e precisa, até porque, contradiz o aspecto da luxúria. Lucro... Essa é uma boa questão. As vítimas não tiveram seus pertences roubados, mas não sabemos que tipo de lucro por fora essa pessoa pode ter. Já controle... Eu gosto dessa hipótese. Todos os assassinatos foram públicos e chamativos, e parece que o desejo dele é justamente causar medo, pânico nas pessoas, de forma a se arriscar cada vez mais para isso. Se ele é mesmo uma combinação de motivos como imagino que seja, também envolve controle, e algo mais. Só precisamos saber o quê. — a delegada falou.

Nesse momento, na principal avenida de toda a cidade, uma das pistas estava bloqueada, e a razão era bem óbvia, uma viatura estava ali parada, perto de uma loja. Algumas pessoas já se aglomeravam ao redor, tentando ver o que estava acontecendo ali. Eles estacionaram e desceram do carro, e rapidamente se inteiraram da situação. — Investigador Pain Sato, décima terceira delegacia de Tóquio. — ele disse, mostrando o distintivo para os colegas de delegacia.

— Achamos o celular. — um dos policiais disse, apontando para um aparelho que estava amarrado por um longo fio, e que ia até o topo do prédio.

Já havia um outro agente desamarrando o aparelho do fio, e, com um péssimo pressentimento, a delegada resolveu interferir: — Não, não desamarre ainda! Pode ser uma armadilha! — ela falou, mas já era tarde demais. O telefone havia sido solto do fio, e por quase trinta segundos, houve absoluto silêncio entre todas as pessoas presentes, e o único som era dos carros transitando nas outras faixas da avenida, e mesmo assim, eles pareciam distantes, como se sequer pertencessem àquela realidade. Todos, invariavelmente, sentiam uma sensação terrível de que tudo estava para desabar em ruínas, um pavor jamais sentido antes, que fazia com que o sangue corresse vagarosamente pelas veias, frio como gelo.

Foi somente segundos depois que alguma coisa despencou do telhado do prédio, para a surpresa de todos.



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