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História Back Home. - Capítulo XXXVI.


Escrita por: annesky

Notas do Autor


O capítulo foi forte para mim. Foi difícil de escrever. Mas, espero que tenha conseguido passar a cena da melhor maneira possível para vocês. Então, vamos lá! <3

Capítulo 37 - Capítulo XXXVI.


Fanfic / Fanfiction Back Home. - Capítulo XXXVI.

- E então, o que aconteceu depois que eu fui embora naquela noite? – Eu me arrisquei a perguntar, enquanto estava deitada no peito de Ashton. Nós passávamos a maior parte do tempo trancados no quarto, porque eu não podia sair sem que desconfiassem.

- Ah, eu fui atrás de você no aeroporto. – Ele confessou, encarando o teto. Eu me levantei para analisá-lo, me apoiando no braço.

- Você foi?

- Eu precisava tentar. – Ele encolheu os ombros e resolveu se sentar, então eu me sentei também.

- Eu peguei o primeiro voo para cá. – Eu falei, sem jeito.

- Eu fiquei duas horas rodando o aeroporto, mas você não estava mais lá. Se eu tivesse meu passaporte, provavelmente teria pego o próximo voo para Los Angeles.

- Desculpe. – Eu pedi, sem jeito.

- Eu mereci, de certa forma. – Ele falou, respirando fundo. – Depois, voltei para o hotel com Calum e dormi no quarto dele, porque a festa continuava no nosso quarto como se nada tivesse acontecido. Parecia que você nunca tinha ido embora, mas eu estava dormindo sozinho.

- E Bryana? – Eu perguntei, cautelosa.

- Ah... Eu só vi ela novamente no dia seguinte quando íamos voltar para o próximo show. Eu não falei com ela, porque não tinha forças para nada. Conversei com a equipe e fechei a vaga dela na turnê, então ela foi obrigada a parar de nos acompanhar. Depois disso...

- Eu vi alguns rumores de que vocês estavam nos mesmos lugares, shows, cidades... As fãs piravam cada vez que aparecia mais um indício. – Eu disse, sem encará-lo.

- Então, você continuou acompanhando o que estava acontecendo.

- Eu não queria acompanhar, mas não conseguia evitar. Parte de mim se perguntava se vocês finalmente tinham voltado.

- Não, ela só aparecia nos mesmos lugares que eu, mas nunca fomos juntos. Algumas vezes, ela chegou a nos encontrar, porque ela era amiga da Crystal, mas eu sempre a ignorei desde aquele dia. Ela sabia que eu a odiava e ela não tentava falar comigo também.

- Amiga da Crystal? E da Arzaylea também. – Eu tentei mudar o foco do assunto, porque o clima estava pesando.

- Arzaylea e Bryana nunca mais se falaram, Emma. – Ele disse, sorrindo de maneira apagada. – Parece que Bryana descobriu que quem deu a dica para você foi a Arzaylea.

- Foi ela mesmo. – Eu disse, mordendo o lábio.

- No início, eu a odiei também por isso. – Ele confessou. – Talvez, se Arzaylea não tivesse te avisado, nós ainda teríamos ficado juntos. Mas, demorou um tempo para eu entender que não importava o modo como terminássemos, o nosso término era inevitável. – Eu engoli em seco, porque era difícil ouvir aquilo.

- Nós não tínhamos um relacionamento saudável, Ash. Eu vivia ansiosa, vivia insegura e nada compensava. Eu sei que foi errado, mas eu precisava me afastar.

- Eu sei. – Ele assentiu, sorrindo. – Não importa mais agora. Talvez, o tempo tenha sido melhor para nós dois.

- Eu acho que foi. – Eu assenti, me aconchegando nos braços dele novamente. Ele beijou minha cabeça e respirou fundo, me envolvendo.

- Emma, nós partimos na sexta à noite.

- Como? – Eu voltei a encará-lo, surpresa. Não sabia que ele tinha elaborado o plano tão rápido.

- Adam chega no domingo, então partiremos o quanto antes. De madrugada há apenas oito seguranças, enquanto de dia há quinze deles. Calum e eu contamos. Michael conseguiu alguns contatos e eles irão te barrar se você tentar sair do país. Exatamente por isso, sairemos de madrugada. Luke achou uma falha na segurança, há um ponto cego no muro, apenas um lugar que os seguranças não conseguem vigiar. Você sairá por lá. Nós contratamos alguém que irá te esperar do lado de fora com um disfarce e um passaporte falso. Essa pessoa te levará direto ao aeroporto e você pegará o primeiro voo para Los Angeles. Ao desembarcar, terá alguém te esperando para te levar em segurança até a minha casa. Não saia de lá até eu chegar.

- E você? – Eu perguntei, ficando tensa com o assunto.

- Nenhum de nós poderá ir junto, porque eles vão barrar qualquer pessoa que saia com a gente do país. Adam se precaveu muito bem. Você vai sozinha e disfarçada. Eu vou no dia seguinte com os meninos. – Ele me explicou, sério. – Adam chegará no domingo, mas até lá...

- Eu já estarei em Los Angeles há um tempo. – Eu sorri com o plano, mas ainda estava nervosa. E se desse errado? E se alguém se machucasse? Os seguranças estavam autorizados a usar armas em todos nós, o que poderia acontecer?

- Não se preocupe. – Ele falou, reparando na minha feição tensa. – Vai dar tudo certo. Eu não vou deixar pegarem você, ok? – Ele disse, sorrindo e eu respirei fundo, tentando espantar os pensamentos negativos.

- Tudo bem. – Eu assenti.

- Agora, vem cá, vamos aproveitar. Hoje já é quarta, isso significa que temos dois dias juntos apenas até nos separarmos novamente. – Isso me fez rir, enquanto ele me puxou para perto e me fez deitar, vindo por cima de mim.

- Que dramático. Nós ficaremos longe um do outro por um dia.

- Depois de tudo que tem acontecido, eu acho que posso ser um pouco dramático. – Ele fez piada, me fazendo rir mais. – Eu amo o som da sua risada. – Ele confessou perto do meu ouvido.

- Eu senti sua falta. – Eu admiti e ele voltou a me encarar, sorrindo.

- Eu senti sua falta por todos esses anos. – Ele confessou e me beijou em seguida, lentamente. Sua mão foi parar automaticamente na minha calcinha, porque eu usava apenas ela e uma camiseta dele. Eu passei a mão no cabelo dele e fiz carinho na sua nuca, enquanto ele puxou a calcinha para baixo.

- Ash... – Eu resmunguei, rindo, percebendo o que ele queria.

- Que foi? – Ele perguntou, descendo os beijos pelo meu pescoço, enquanto apertava minha coxa.

- Acho que eu preciso descansar um pouco. Nós já fizemos uma vez bem longa. – Eu confessei, rindo e ele parou para me encarar.

- Mas, foi uma vez só. – Ele falou, agudamente, me fazendo rir.

- Sim, mas foi bem longa.

- Foi longa, porque eu quis que você aproveitasse bem, não era pra você fechar as pernas logo depois. – Ele me provocou e eu dei uma gargalhada, puxando o travesseiro para dar no rosto dele.

- Ashton! Não fale assim!

- Que foi? – Ele perguntou, rindo, tirando o travesseiro da minha mão.

- Eu estou fechando as pernas para você por ter falado isso! – Eu falei, fingindo estar braba e ele riu, me dando um selinho.

- Tudo bem. Eu espero. – Ele falou, a contragosto e deitou na cama ao meu lado, encarando o teto. O silêncio durou exatos cinco segundos. – Pronto?

- Quê? – Eu perguntei, rindo e ele se levantou, voltando a ficar em cima de mim.

- Já descansou? – Ele perguntou para me provocar e voltou a beijar meu pescoço.

- Certas coisas não mudam, não é mesmo? – Eu o provoquei, rindo, e ele continuou distribuindo beijos pelo meu pescoço, enquanto falava.

- Eu aprendi que nunca devo te deixar interromper o sexo. Da última vez que você interrompeu, foi a maior cagada da nossa vida. – Ele fez piada e eu dei uma gargalhada.

- Certo, sem interrupções.

- Obrigado. – Ele me encarou para agradecer e logo depois voltou a me beijar.

---*---

Finalmente era sexta-feira. Ashton apareceu no meu quarto para se despedir logo de manhã, porque ele teria um compromisso e não estaria na casa pelo resto do dia e à noite, eu sairia sozinha sem ser notada, pela janela.

- Não revire a minha casa. – Ele me provocou, me fazendo rir.

- Eu vou procurar qualquer indício de que você deixou uma namorada te esperando em Los Angeles. – Eu passei meus braços em volta do seu pescoço.

- Talvez, tenham algumas lingeries perdidas. Não mexa no meu guarda-roupa. – Ele disse, pensativo e eu lhe dei um tapa no peito.

- Ashton!

- Estou brincando! Eu jogo fora as lingeries que ficam. – Ele falou sem vergonha nenhuma e eu dei uma gargalhada, lhe dando mais um tapa. – Que foi, Emma? Eu tinha que aproveitar a vida também!

- Ok. Isso foi antes de mim.

- Mesmo assim, só existe você para mim. – Ele disse, sorrindo e me dando um selinho.

- Vou sentir sua falta. – Eu confessei, segurando em sua camiseta.

- Eu chego logo depois, prometo. – Ele falou, sorrindo e eu assenti com um frio na barriga. Tudo tinha que dar certo. Ele me deu um último beijo quando as coisas começaram a mudar muito rápido. Ouvimos um estouro na porta e Adam invadiu o quarto a passos largos. Meu coração disparou imediatamente, porque ele não estava sozinho e Ashton, instintivamente, se colocou na minha frente.

Adam parou diante de nós com um sorriso de deboche.

- Eu soube que você andou tentando fugir, querida. – Ele disse para mim e eu me encolhi atrás de Ashton. Eu sabia que aquilo não acabaria bem. Rapidamente, Ash se afastou de mim, indo em direção ao Adam e lhe desferiu um soco. Eu coloquei as mãos na boca, chocada e Adam cambaleou com a mão no rosto. Ele estava sangrando.

- Deixe ela em paz. – Ashton falou, gélido e Adam parou, dando o mesmo sorriso debochado ao constatar o sangue em sua mão. Ele fez um gesto para um dos seguranças que entrou no quarto e pegou Ashton. – ME SOLTE! – Ashton lutou contra, conseguindo acertar um soco no segurança e outros dois ajudaram a imobilizá-lo, rapidamente.

- Tampe a boca dele. Não consigo ouvir essa voz mais. – Adam falou, ainda mantendo a mesma pose gélida, sem reação e um dos seguranças tampou a boca de Ashton que continuava se contorcendo entre os três homens que eram enormes.

Eu engoli em seco e me afastei até a parede. Eu sabia que o pior estava por vir. Eu sabia que tinha vivido os melhores dias da minha vida com Ashton naquele quarto, mas era apenas um presságio de um dos piores dias que estariam para acontecer em seguida. Aquela história de que você sabe exatamente quando algo muito ruim está para acontecer é verdadeira. Eu sentia em cada canto do meu corpo que algo grave aconteceria naquele dia.

Eu estava sem reação e não conseguia gritar. O pânico estava na minha garganta, porque todos os seguranças estavam visivelmente armados. Ashton estava imobilizado diante de mim e Adam estava livre. O homem em quem confiei minha vida e com quem dormi por dois anos, tranquilamente, era o meu maior pesadelo naquele momento.

- Levem ele para o quarto ao lado, por favor. – Adam falou, sorrindo e eu arqueei as sobrancelhas sem entender.

- Não machuque ele, Adam, por favor. – Eu tentei pedir, mas a voz saía baixa demais e Adam voltou a me encarar, surpreso.

- Oh, não, querida! Eu não vou machucar seu baterista. – Ele disse, sorrindo, mas eu não me sentia mais calma.

- Adam, por favor. – Eu tentei pedir de novo e a voz falhou.

- Não se preocupe. Ele só vai para o quarto ao lado. – Então, meu marido virou para os seguranças que ainda seguravam Ashton que tentava novamente se soltar, sem sucesso. – Só coloquem ele lá, tranquem e saiam. MAS, NO QUARTO AO NOSSO LADO, POR FAVOR.

- Sim, senhor. – Um deles assentiu e eles começaram a puxar Ashton para fora. O desespero finalmente foi mais forte eu saí correndo, começando a chorar.

- Ash! Não! Você vai machucar ele! – Adam me segurou no meio do caminho, enquanto eu via eles arrastarem Ashton para longe da minha vista. Eu não conseguia parar de chorar de desespero. – NÃO! ASH! NÃO MACHUQUE ELE, POR FAVOR! POR FAVOR, ADAM! EU FAÇO QUALQUER COISA!

- Querida, se acalme, shhhh. – Ele passou a mão no meu cabelo e eu estremeci, soluçando. Sua mão me segurava forte no lugar e eu não conseguia me soltar.

- Por favor, Adam. Por favor, por favor, por favor, por favor. – Era só o que eu conseguia repetir.

- Shhhhh... – Ele falava, ainda mantendo o sorriso no rosto. – Não vou machucá-lo. Sou um homem de palavra. – Eu chorava cada vez mais alto, ficando sem ar. De repente, eu ouvi a porta do quarto do lado bater e ser trancada.

- EMMA! – Eu ouvi Ash gritar e olhei assustada para Adam. Talvez, eu estivesse surpresa, mas ele apenas prendeu Ashton no quarto ao lado sem machucá-lo. – EMMAAA! – Eu ouvia os barulhos de Ashton tentando arrombar a porta, sozinho, e continuava encarando os olhos azuis de Adam em mim.

- Que sorte a minha que ele pegou justo o quarto com a porta mais reforçada, não é? – Adam falou, sarcástico. – O quarto que seria do nosso filho. Eu não economizei em segurança.

- NÃO MACHUQUE ELA, SEU DOENTE! – Ashton gritava e Adam respirou fundo, perdendo a paciência.

- Eu odeio a voz desse garoto. Odeio mesmo. Fechem a porta. – Ele ordenou aos seguranças e meu coração acelerou tanto que eu podia ouvi-lo mais do que qualquer outra coisa ao meu redor. Estávamos só nós dois no quarto e eu ouvia ainda os gritos de Ashton no quarto ao lado.

- O que você vai fazer? – Eu perguntei, sentindo que tinha travado novamente.

- Querida, eu prometi que não ia machucar seu baterista. Mas, não prometi nada sobre você. – Ele me soltou no quarto e eu sabia exatamente o que ia acontecer. Eu corri para longe, do lado oposto da cama e Adam veio atrás paciente.

- SAIA DE PERTO DE MIM! – Eu gritei, apavorada.

- Emma, não banque a difícil. – Ele pediu, paciente. Eu ouvia Ashton chamando meu nome do quarto ao lado, mas não havia nada que ele pudesse fazer. Eu corri para a suíte e me tranquei. Adam logo começou a bater na porta, enquanto eu me encolhi na parede oposta, chorando e quase sem ar. – Emma, abra essa porta, querida. Vamos acabar logo com isso. Aqui está o problema: Você é a minha rainha. Eu não vou passar vergonha por sua causa. Eu tenho uma reputação a zelar. Então, vou te castigar. Depois, esqueceremos de tudo isso, sem ressentimentos. – Eu tampei o rosto, apavorada e comecei a rezar. Mas, Adam perdeu a paciência e arrombou a porta com facilidade.  Eu gritei no momento em que ele entrou no banheiro e ele me puxou para fora pelo cabelo. Eu sentia o chão raspando pelas minhas costas e chorava ainda mais.

- Emma, eu falei para você facilitar as coisas! – Adam falou, irritado, enquanto eu gritava e chorava, sentindo minha cabeça quase amortecer até ele, finalmente, soltar meu cabelo e me deixar no chão, no meio do quarto. Eu me encolhi no tapete, apavorada. Os gritos de Ashton continuavam ecoando e eu sabia que ele estava ouvindo tudo dali. – Olhe para mim, Emma. OLHE PARA MIM. – Adam falou, irritado, me virando para encará-lo, enquanto eu continuava deitada no chão. Eu gritei novamente, mais alto, porque estava apavorada. Os olhos dele estavam em mim e eu não podia fugir. O primeiro golpe parecia que não tinha ocorrido. Era uma sensação diferente. Talvez, fosse aquilo que significava estado de choque. Eu lembro de sentir uma leve dormência no rosto e sabia que ele tinha me dado um tapa. Mas, eu não lembro de como ele deu. Eu só conseguia enxergar seus olhos em mim e chorar... E gritar... E chorar. Em algum momento, eu sei que ele deu um soco perto do meu peito. Lembro de virar de lado e fechar os olhos. Um baque enorme nas minhas costas me fez ceder. Eu sabia que era um chute, por mais que não tinha visto ele me golpear. Eu estava sem reação. Por um momento, eu ouvia os gritos de Ashton do outro lado. Sei que em alguma hora, Adam o ameaçou. Quanto mais Ashton gritasse, mais eu apanharia. Os gritos de Ashton cessaram. Eu não ouvia mais nada.



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