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História Blood Must Have Blood - Acho que a morte das pessoas.


Escrita por: flarke e cpf

Notas do Autor


olá pessoas, tudo certo com vocês? bom, sem delongas esperamos que gostem! uma excelente leitura a todos e respondo os comentários em breve skdhs

Capítulo 8 - Acho que a morte das pessoas.


Fanfic / Fanfiction Blood Must Have Blood - Acho que a morte das pessoas.

— Mais sobre mim? — assinto enquanto ele ri.

— Ah, Zayn não se faça de bobo. Sei que tem algumas histórias para contar, todos nós temos.

— Então, comece você. — olha-me e seguro a vontade de revirar os olhos. Isso soaria de modo estranho para ele. — Conte-me alguma história que tenha causado uma diferença em sua vida. Não vale a morte de seus animais.

— Tudo bem. Deixe-me ver. — penso em qualquer mentira que o convença de que é verdade. — Quando eu era mais jovem, meu pai havia pedido para eu andar com um spray de pimenta na bolsa porque a criminalidade tinha aumentado. Eu, tola como sempre, não o obedeci e acabei sendo assaltada. Isso fez com que eu começasse a levar o spray na bolsa.

— Não é uma grande diferença, mas é boa. — concordo com um aceno de cabeça. — Tenho muitas histórias, acho que passaríamos anos aqui.

— Conte a que mais te marcou.

— Acho que a morte das pessoas. — revela e isso não surpreende-me. — Sabe, ver a vida das pessoas sendo retiradas por poucas coisas não é nada legal.

— E por que não para de ver isso? — aliso seu braço.

— É impossível. — a campainha toca. — Eles chegaram.

Zayn levanta-se e vai em direção a porta enquanto eu permaneço pensativa. Sinto que ele está deixando algumas coisas escaparem e eu vou colher tudo como se fossem batatinhas. Ouço a conversa vir da entrada para a sala e cumprimento todos que Zayn apresenta-me. Até que nossos vizinhos são mais jovens do que pensei, talvez, eu tenha me metido em uma comunidade bem "liberal" e criminosa, por que não?

Conversa de lá e de cá, comidas e bebidas, música alta, porém agradável, e as horas passam com certa lerdeza. Todos esses fatores dão-me certas tonturas, eu apenas quero estar só com Malik, mas parece que esse povo ainda não percebeu isso. Preciso dar um jeito nessa confraternização idiota, antes que eu acabe fazendo alguma merda ou indo embora sem qualquer outra informação sobre esse desgraçado.

Sigo para a cozinha e preparo uma dose de bebida com muita cachaça e limão, esse está sendo o estabilizador da minha paciência – já nula, nesse caso. Ando pelo cômodo e olho entre uma coisa e outra, a procura de algo que ajude-me e só pode ser o destino porque ele joga-me uma cartela de remédios para dormir de dentro do armário. Primeiro, observo se alguém está por perto e após, constatar que não, puxo os remédios e vou até a pia. Assim que paro perto dela, alguém me chama.

— Sim? — viro-me e vejo Zayn sorrir enquanto caminha para perto de mim.

— O que faz aqui sozinha Eve? — para ao meu lado e coloca seu copo na pia.

— Estou sentindo-me um pouco sufocada, sem motivos e peço desculpas.

— Pelo que? Isso é normal. — ele anda pela cozinha e tiro uma das pastilhas da cartela. — Todo mundo cansa de festas. — Zayn abre um armário e começa a procurar algo.

— É, mas eu não queria sentir-me assim. É minha primeira festa depois de muito tempo. — aperto o comprimido em meus dedos, transformando-o em pó. — E festas são boas para conhecermos melhor as pessoas e partilhamos bons momentos e futuras memórias.

— Está certa, Eve. — o mesmo ri. — Não consigo achar o que procuro, pode ajudar-me?

— Ah, claro. — jogo o pó no copo dele e por ter certa quantidade de bebida, ele desaparece. — O que deseja, Sr. Malik? — caminho para perto do mesmo que olha-me.

— Sr. Malik?

— Muito formal? — abro um largo sorriso. — Perdoe-me.

— Está tudo bem. — damos nossa atenção ao compartimento. — Uma garrafa preta com um símbolo azul.

— Hm... — exploro o local e encontro a garrafa. — Aqui, Sr. Malik. — ele pega-a e gargalha alto.

— Pare com isso. — voltamos a pia e o mesmo enche seu copo. — Vamos nos divertir mais um pouco.

— Como quiser. — vira-se para mim e brindamos.

Continuo sorrindo e observo-o o beber o copo até o final e logo, enche-o novamente. Bebo o meu mais devagar e sigo-o para a sala, onde sento ao sofá e interajo mais um pouco com as pessoas dali. Mais alguns minutos passam-se e percebo que Zayn está com certa tontura, assim que senta-se ao meu lado e respira fundo. É a minha chance.

— Você está bem? — pergunto.

— Estou sentindo muito sono. — resmunga inconformado. — Acho que estou velho para bebidas.

— Quer deitar? Posso te ajudar a comunicar as pessoas.

— Estaria fazendo um grande favor, Eve. — assinto e levanto, indo para um certo grupinho. — Zayn não está sentindo-se muito bem e irá deitar. — aviso.

— Ah, tudo bem. — uma moça, não recordo seu nome, responde-me. — Já está na hora de irmos, amanhã temos trabalho. Mas nos divertimos.

— Zayn agradece pela presença. — sorrimos.

Aviso os outros pequenos grupos e aos poucos, eles vão embora, deixando-me as sós com ele. Finalmente. Aproximo-me de Malik e ele acaba por negar com a cabeça, fazendo com que a situação torne-se extremamente estranha.

— O que foi?

— Eu sou bem idiota, né? — É, você é.

— Por que pensa dessa forma?

— Sou jovem demais para não aguentar uma festa.

— A idade chega para todos. — rimos. — Agora, vá para a cama, amanhã acordará cedo para trabalhar.

—  E você tem um gato para cuidar. — concordo. — Pode ajudar-me?

— Sim, vamos.

Pego em suas mãos e puxo-o para cima. Pelo estado molenga que se encontra, ele tomba para frente e para não cairmos, seguro-o com força e Zayn abraça-me. Este ato desconcerta-me por completa e penso a grande merda que isso dará. Olho-o e tomo minha concentração novamente. Saio dos braços dele e arrasto-o até seu quarto, com calma para ele não perceber que eu estou extremamente raivosa.

Enquanto subo as escadas, um sentimento novo toma conta do meu corpo. O desejo de saber como é o resto da casa aflora a cada passo que dou. Paramos em frente a uma porta e ele assente, informando-me ser seu quarto. Entramos e o cômodo é bem diferente do que aparenta ser por minha janela. As paredes são azuis claras, tem móveis de um quarto normal, mas uma coisinha chamou-me a atenção. Existe uma pequena porta ao meio de dois armários e isso é bem interessante.

— Obrigado. — agradece assim que deito-o a cama. — Você ajudou muito, eu teria ficado no sofá mesmo.

— Não foi nada, fique tranquilo. — tento não demonstrar a vontade de passar pela porta. — Já estou indo.

— Não quer ficar?

— Zayn, eu moro do outro lado da rua. — ri. — Mas talvez, em outra ocasião. Tipo, festa do pijama.

— Crianças fazem festas do pijama.

— Ainda somos crianças. — acaricio seu rosto. — Durma bem.

— Okay. — boceja e olho-o fixamente. Zayn acaba por adormecer.

Levanto da cama e com poucos passos, chego a portinha. Seguro a maçaneta e junto a cautela, abro-a produzindo um pequeno-grande barulho. Volto a atenção a Malik e o mesmo continua a dormir. Respiro fundo algumas vezes e adentro ao cômodo escuro. Procuro pelo interruptor e ao encontrar, acendo a luz que clareia tudo e deixa-me surpresa. Facas, serras, martelos, ferramentas desconhecidas por mim e uma mesa de madeira ao meio da sala, não há janelas, nem outras entradas sem ser aquela. Naquele momento, percebi que havia afundado no território do inimigo e nada do que planejei conseguiria derrotá-lo. Ficou estampado para mim que eu não estou lidando com um simples trombadinha, mas sim, um ser de alma fria e maldosa.

Meus olhos enchem de água e prendo todas as lágrimas que desejo deixar cair. Preciso manter a calma e tomar mais ciência desse predador que vou caçar com todas as minhas forças. Ando pelo local e presto atenção em tudo. Alguns instrumentos estão enferrujados outros contem gotas de sangue, assim como a mesa que também tem certos cortes. Esse é o pior quarto que já entrei em toda a minha vida. Paro em frente a uma parte com algumas gavetas e mexo nelas, encontrando uns papéis. Rapidamente, tiro fotos deles porque não quero permanecer mais um segundo nesse ambiente e saio, fechando a porta com cuidado.

Desço as escadas com pressa e parto para minha casa. Assim que entro, tranco todas as portas e janelas e subo até o meu dormitório. Mesmo querendo olhar as fotos que tirei para analisar mais ainda a vida de Zayn, aquele medo do local mistura-se com uma onda de sono e apenas deito sobre a cama, logo, adormeço.


Notas Finais


esperamos que tenham gostado, beijos e até sz


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