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História Cacos - Capítulo 3 - A bela noite


Escrita por: flowertea

Notas do Autor


Olá! Como estão? Espero que maravilhosamente. Ultimamente eu venho me sentindo um pouco sem rumo, mas é algo que estou tentando tratar. É bom ter essa estória pra lembrar um pouco da boba romântica que eu sou, são doces momentos na minha vida
E é ainda mais incrível por eu ter pessoas igualmente maravilhosas acompanhando essa estória junto comigo. Obrigada de verdade, viu?

Eu planejava que esse capítulo fosse mais longo, e que acontecesse mais coisas, porém percebi que ainda não está na hora. Mas sei que essas ideias que passaram na minha cabeça vão surgir ao longo da estória sim, pois são cenas tão fofinhas >< anyway, isso aqui é o que deveria ser.
Espero que gostem e aproveitem esse sentimento doce que nasce junto com a Joohyun!
[EDIT] Não acredito que esqueci de agradecer pelos 75 favoritos ai (agora 76!!!!) MUITO OBRIGADA GENTE, DE VERDADE. ♡

Boa leitura ~♡

Capítulo 5 - Capítulo 3 - A bela noite


O silêncio habitual de seus dias agora econtrava-se agitado por uma melancolia decepcionante. Joohyun ouvia pouco a melodia do piano que soava de seu aparelho de som, o maior barulho em seu quarto era o de seu coração solitário e confuso. 

Talvez devesse ir jantar logo. Ou estudar aquele tema de física que ainda não tinha dominado completamente, ir lá em baixo tocar alguma música no piano... não sabia tocar muito bem, mas o que dominava lhe servia de distração. 

Poderia tocar algo um pouco como à emoção que Seulgi lhe doou. Aquela emoção desagradável, que a fazia querer voltar no tempo e sorrir para às pessoas. 

Duas batidas na porta, era a empregada perguntando se ela não iria jantar. 

— Não, obrigada. — ela respondeu alto pra que a outra escutasse, mas sequer ouviu a própria voz. 

A verdade é que não sentia a mínima fome. Tudo o que queria era sumir da terra por um tempo, desaparecer até que todas às suas tristezas fossem esquecidas. Renascer em um mundo mais sorridente, mais fácil. 

Não tinha ido pra aula aquele dia. Se arrumou, despediu-se dos pais e quando adentrou o carro, pediu ao motorista que a deixasse na biblioteca próxima á escola, pois encontraria umas amigas dali e de lá seguiria para a instituição. 

Mas é claro que não haviam amigas, nem ida para à escola. Joohyun só desejava solidão e paz, não estava pronta pra encarar os seus fantasmas e nem pra prestar atenção em números, mesmo que simpatizasse com os tais. 

Passou o horário de aula inteiro na biblioteca, felizmente não havia muita gente por ali aquele horário. E antes de entrar trocou a blusa do uniforme, ficando somente com uma comun e a saia escolar. Usou aquele tempo pra ler guerra e paz, um livro que sempre desejou iniciar mas nunca se dignou a ir ler. 

Leu com frieza. Sua mente ainda era capaz de se concentrar levemente, mas seu coração... ele era uma agitação incompreensível. Um rebelde na vida monótona de Bae Joohyun. 

E fora assim até a hora de voltar pra casa, quando ligou para o motorista e avisou que o estava esperando na biblioteca de antes.

— E às suas amigas? — perguntou o homem, assim que ela entrou no carro. 

— Só eu vim. Esqueci um livro aqui, mas já está tudo certo. 

O resto do caminho foi silencioso. E quando adentrou à mansão, e quando entrou no seu quarto. 




E aqui estava, em dúvida sobre o que fazer ou quase cedendo e indo deitar. Mas isso seria o cúmulo, só o que faltava na sua vida era desenvolver alguma depressão.

Seu pai não a daria o direito de sofrer por algo assim. 

Pow!

Joohyun levou um susto, pondo até mesmo às mãos no coração devido ao choque. Havia ouvido um som completamente desconhecido que parecia vir de detrás de si. Olhou ao redor pra ver sobre o que se tratava, mas não achou nada que servisse de justificativa. 

Ouviu o barulho novamente, e percebeu que vinha da sua janela. Um ponto de interrogação apareceu sobre sua cabeça.

Sua vida tinha mesmo se tornado algo estranho. 

Aproximou-se do plástico transparente que estava fechado, encostando às mãos e conferindo à sua frente. Novamente não encontrou nada. 

— Ah! — a Bae soltou, quando avistou uma pedra bem em frente ao seu nariz. Não fora atingida porque a janela estava fechada.

Olhou para baixo.

Quase perdeu às forças que ainda lhe sobravam, seu coração batia descompassado, como se estivesse correndo rápido e intensamente e caindo em obstáculos o tempo inteiro. 

Encarou a pessoa em seu jardim por tempo suficiente até perceber que realmente não estava tendo estranhas visões. A pessoa retribuiu o seu olhar como em um desafio doce, viajando bem no profundo dos olhos da Bae.

Joohyun não soube porquê, mas sorriu. Seus lábios se repuxaram em um sorriso leve de lábios e olhos que deixou a pessoa metros abaixo de si completamente surpresa. Quem nesse mundo já havia testemunhado uma expressão tão doce na face de Bae Joohyun?

Mas da mesma forma repentina que aquele sorriso lhe enfeitou o rosto, ele sumiu. Sem dizer mais nada.

Joohyun levantou à janela, dirigindo à fala a garota em seu jardim. 

— Seulgi? — perguntou, ainda desacreditada. 

— Sim! Eu posso entrar e falar com você um minutinho? — pediu, alto o suficiente pra que Joohyun escutasse. 

— Eu... estou indo. — respondeu, afastando-se da janela. 

Joohyun desceu correndo às escadas, uma ansiedade tomando o seu corpo por inteiro. Nunca se sentira tão viva na vida. A tristeza de antes fora substituída pela surpresa.

A empregada da casa, Julliane, saiu da cozinha pra conferir sobre o que se tratava. 

 — Senhorita, eu ouvi um barulho no jardim. A senhora sabe sobre o que se trata? — perguntou a uma Joohyun que já estava na porta de entrada. 

— É uma colega da escola. Não sei como entrou, mas quer falar comigo. Bom, estou indo lá. Não se preocupe.

Joohyun correu até onde Seulgi se encontrava, tão agitada que quase caiu por cima da Kang. Entretanto, mais uma vez, a garota a salvou com duas mãos que puxaram sua cintura para cima. A Bae pigarreou, vermelha com os próprios altos. 

Quis intensamente cavar um buraco no jardim e se enterrar lá. 

Joohyun levantou os olhos e se antes estava vermelha, agora tinha se tornado um morango. Parou para observar Seulgi e notou que ela estava ainda mais bonita do que no primeiro dia em que a reencontrou.  A Kang usava uma calça jeans rasgada, um cropped preto e uma jaqueta da mesma cor. A Bae percebeu que ela tinha uma barriga ainda mais perfeita que a sua própria, o que a causou uma pequena inveja misturada com admiração. 

Seulgi era bonita demais pra Joohyun suportar. Sinceramente. Sequer conseguia pensar nas palavras que ela lhe dissera no dia anterior. 

— Obrigada por me vir me receber aqui. — a Kang começou, encarando a Bae, que esperava. — Eu gostaria de te pedir desculpas, Joohyun.

Se antes a Bae já se encontrava desconcertada, agora se sentia perdida em outro planeta, conversando com um ser inconvenientemente atraente e que falava outra língua que não era à sua. 

— Como? — respondeu finalmente, não conseguindo imaginar um motivo sequer pra que Seulgi estivesse pedindo perdão. 

— Ontem. Eu fui muito dura com você, agi como se fosse superior. E hoje, você não estava na sala e senti a sua falta. Não gostaria de saber que sou a culpada de você não ter vindo hoje...

Joohyun definitivamente não sabia como responder. A Kang continuou.

— O que disse ontem era verdade. Mas nunca desejei diminuir a pessoa que você é. Eu só quis dizer que você... já tinha problemas o suficiente. E que se precisava de alguma punição pra tudo o que fez, não era eu a pessoa que precisaria fazer isso... Ai, em casa eu tinha ensaiado melhor o que iria dizer. Enfim. Eu apenas não quero que você fique triste por causa do que eu disse. Sério, isso é a última coisa que eu poderia desejar. 

Às palavras de Seulgi fizeram Joohyun sorrir novamente.

— Me desculpe! — a Bae disse, virando o corpo pra não se encontrar no campo de  visão de Seulgi. 

A Bae não conseguia parar de sorrir, não era um riso, mas algo que ela não conseguia esboçar com facilidade. Primeiramente, achava graça do modo como Seulgi vinhera até aqui só pra pedir desculpas, não era necessário. Joohyun sequer merecia. 

E também... eu não quero que você fique triste. 

A Bae sabia que Seulgi era aquele tipo de pessoa que se importava com o bem de todos. Mas céus, a garota tinha vindo até à sua casa! Era uma dádiva ter a atenção de uma pessoa assim, não importando que ela fosse assim com todo o resto do mundo. Naquele exato momento, Kang Seulgi estava ali unicamente por ela.

Por que aquilo a deixava tão alegre? E desde quando Joohyun sabia o que era alegria e como sorrir? Céus, céus, céus. Talvez tudo isso fosse um sonho muito do estranho, e que amanhã Joohyun acordasse pronta para o verdadeiro primeiro dia de aula. 

Sem um fantasma do passado atraente e encantador, sem melancolia e culpa, com a mesma monotonia de sempre, sem aquele sorriso que Joohyun não sabia ter... 

— Quer que eu vá embora? — Seulgi perguntou, vendo que a Bae não respondia e nem se virava.

A mesma tentou respirar fundo e acalmar aqueles novos sentimentos, recuperando a fisionomia de sempre e voltando o olhar para Seulgi.

 — Não, não é nada disso. Eu só estou surpresa. Você não precisava vir me pedir perdão. Eu merecia muito mais do que o que você me disse ontem... — falou, olhando para à sua esquerda. 

Encarar Seulgi era algo que ela não conseguia fazer com facilidade. Tinha vergonha sobre tudo.

— É, talvez eu não precisasse... Mas é que eu queria fazer isso. Não podia ir dormir hoje sabendo que eu te magoei de alguma forma. — ela respondeu, atenta ao fato de que Joohyun não a olhava nos olhos. —Joohyun...? 

— Estou aqui.






Eu perdôo você. — declarou, na forma de um suspiro.

Seulgi não culpava Joohyun, mas sabia que às pessoas não pensavam como ela. Tampouco a própria Bae.

E no final, ela estava certa. Pois assim que proferiu essas três palavras, olhos profundos encontraram a sua alma, agradecidos.


Notas Finais


Qual música do rv vocês acham que combinam com essa estória? Eu sempre a escrevo escutando rose scent breeze. CÉUS ESSA MÚSICA É PERFEITA, Seulgi Wendy e Sooyoung não poderiam ter sido mais incríveis.
Enfim queridas e queridos, é isto! Até o próximo domingo <3
Muito obrigada pra quem leu até o final


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