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História Cat - The Truth


Escrita por: Dhampir

Capítulo 8 - The Truth


Dick Grayson

Ele sentiu um nervoso em pensar falar com Barbara novamente, era assim toda vez depois que eles terminaram. Nenhum dos dois sabia como retomar a amizade ou retomar de onde haviam parado.

— Preferia falar isso com Bruce, Dick. — Ela não se virou para ele.

Ela estava sentada de frente para uma grande tela, observava as ruas de Gotham.

— Ele está um pouco ocupado agora, tem um problema em Arkham.

— Eu sei, eu vi. — Apontou para outra tela onde ficava as câmeras do Arkham. — É algo pessoal, Dick, e gostaria de falar diretamente com o Bruce.

— O que você descobriu, Barbara?

Barbara passou a mão pelos seus cabelos ruivos, apertou um botão.

— Volto daqui a pouco, Canário. — Apertou outro botão mostrando vários arquivos. — Bruce me mandou descobrir o que Helena significa para Selina e fiz isso. Por isso busquei o registro de nascimento de Helena. Não tem registro do pai, apenas da mãe. Irena Dubrovna. Pesquisei sobre Irena e não achei nada, literalmente nada antes do nascimento da Helena, como se ela nunca tivesse existido. Só que tudo que envolve Helena precisando de um responsável é assinado por Irena Dubrovna.

— Então não existe Irena Dubrovna?

— Não, então tive que recomeçar. Quem é Irena? Irena Dubrovna é o nome da uma personagem de um filme: Cat People. Então seguir Irena seria um tiro no escuro, comecei a seguir os rastros de Helena e tentar comparar com Selina. Selina sabe esconder seus passos, ela precisava devido ao seu passatempo preferido. Mas foi um nome que fez tudo ter sentido. Karl Kyle, filho de Maria Kyle. Finalmente não estava andando em círculos, ele comprou uma casa onde Helena morou um tempo.

— Ele é o pai da Helena?

Barbara digitou algumas coisas, passando vários testes.

— Pensei que sim, Helena seria a sobrinha de Selina. Mas ele tem uma família, mora com eles em Paris. — Barbara fez uma pausa e olhou para mim. — Tive que ir mais fundo, começar a fazer teorias que poderiam me levar para algum lugar.

Consegui perceber a hesitação em Barbara, era sempre foi boa em achar coisas e ir até o fundo com elas. Por isso Bruce confiou isso com ela, por isso sempre confiamos em Barbara para achar as coisas.

— Selina sempre foi conhecida como Cat e quando assumiu um codinome como vilão foi Mulher-Gato. Ironicamente Irena Dubrovna no filme acreditava em uma maldição chamada “Mulher Gato”. Isso ficou na minha cabeça, não poderia ser apenas coincidência. Sabemos como uma máscara coloca todas as pessoas que amamos em perigo, não seria surpreendente se Selina quisesse proteger sua filha. — A tela mudou para um teste de DNA. — Pedi para o Alfred conseguir algum DNA de Helena. Comparei o DNA com o de Selina e deu positivo.

— Selina é mãe de Helena, isso explica a proteção. Isso é um ótimo trabalho, Barbara.

— Não terminei, Dick. Comecei a pensar o motivo dela querer esconder isso do Bruce, o motivo dela querer que Bruce fique com ela, sabia que tinha algo mais nisso.

— Ela sabe que a filha vai estar mais segura com o Batman.

— Pensei nisso, mas senti que tinha algo mais nisso. Fiz as contas, e se Helena não nasceu prematura, Selina engravidou no período que Bruce ainda estava em Gotham. — Mudou para outro teste, também compatível. — Arrisquei, e o exame deu positivo para Bruce sendo o pai de Helena. Por isso queria falar pessoalmente com, Bruce, sabemos como ele é.

— Sabemos. Você pode me entregar os papeis?

— Só conte com jeito, Dick, pela primeira vez acredito que Bruce Wayne não está preparado para algo. Dick, mande o Bruce deixar Selina dar um motivo, ou ele vai estragar tudo.

— Acha que Helena sabe?

— Apenas Selina e Helena vão poder responder isso, por isso Bruce vai ter que escutar.

Não poderia imaginar como Bruce iria reagir a isso, desde que Selina havia retomado para sua vida ele estava tomando atitudes que não esperaria. Ele poderia dizer que Selina era uma antiga amiga ou ex-namorada, mas existia algo entre eles e mais um motivo que os conectassem havia surgido.

Helena não parecia saber, não parecia alguém que queria criar laços com o pai. E se Selina havia escondido isso de Bruce, poderia facilmente ter escondido da filha.

 

Durante todo o caminho fui perturbado por isso, a garota estava na frente dele e ele não tinha percebido que estava diante da própria filha.

É difícil pensar o que se passa na cabeça do Bruce, e o que vai se passar agora.

Alfred estava acordado como sempre, ele esperava ter certeza que Bruce iria voltar a salvo.

— Ela está no quarto, Patrão Dick. — Foi a primeira coisa que falou. — Não deveria estar com Mestre Bruce?

— Ele me mandou falar com Barbara e agora estou esperando ele, espero que volte logo.

— O que deu nos testes, patrão Dick? — Alfred perguntou em um tom normal.

— Testes?

— De paternidade, presumo que foi positivo para Helena sendo filha de Bruce. — Dick tentou esconder a cara de surpreso, mas nada passava por Alfred. — Achou que não ia perceber?

— Algum conselho de como contar?

— Eu posso contar, patrão Dick.

Dick estendeu os papeis para Alfred, senti até aliviado por deixar aquela responsabilidade para o homem. Alfred sempre foi como um segundo pai para Bruce, não conseguia imaginar pessoa melhor para contar aquilo.

— Obrigado, Alfred.

Bruce Wayne

Dias como esse me colocavam no limite, mente e corpo ficavam esgotados.

— Imagino que não vá aparecer na Wayne Enterprises hoje. — Alfred comentou, se aproximava com uma bandeja com o café da manhã. — Vou ligar para sua secretária e avisar.

— Onde está Dick? O mandei pegar algumas coisas com Barbara.

— Mandei o Patrão Dick descansar. — Ele colocou a bandeja ao lado do teclado.

Observei ele puxar uma cadeira e se sentar perto de mim.

— Algum problema, Alfred?

— Eu sempre me perguntei como seria sua vida se não tivesse ido treinar, se teria dado certo com Selina. Talvez tivessem terminado ou estariam casados nesse momento e você estaria colocando um terno diferente para trabalhar.

Tomei um gole do café, precisava daquilo.

— Talvez se estivesse esperado alguns dias tudo teria sido diferente, Bruce. — A falta de formalidade no modo de me chamar dava a entender que ele tinha algo importante para falar. — Você teria um motivo para seguir adiante.

— Tenho um motivo, Alfred, proteger minha cidade.

Ele balançou a cabeça como se aquilo não fosse suficiente.

— Você não é feliz, Bruce. Você tem esses meninos que fazem você sorrir, mas não é completamente feliz. Sua vida é a escuridão, a solidão. Quando algo grande aparece em seu caminho você tenta afastar todos e lidar sozinho. Você tem medo da felicidade, Bruce.

— Essa é uma forma de dizer que preciso começar a namorar?

— Não, estou tentando te dizer que a garota que Selina trouxe para você cuidar é filha dela. Ela estava grávida quando você deixou Gotham.

Ele me entregou os papeis que deveriam conter os resultados dos exames.

Não fui capaz de falar nada, apenas analisar o resultado positivo.

Helena é minha filha com Selina, isso explicava a opção de Selina querer que protegesse Helena.

— Deveria descansar e depois ir conversar com a Senhorita Kyle, patrão Bruce.

— Realmente acha que devo falar com ela?

— Se não achasse isso não teria falado que Helena é sua filha. Você pode fazer parte da vida dela ou continuar do mesmo jeito, mas essa é sua escolha.

Olhei novamente para o resultado, isso poderia ter mudado minha vida.



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