História Cherry Lips — Jeon Jeongguk (Hiatus) - Capítulo 5

[Iara]

Jimin não percebeu que era Jeongguk na mesa a nossa frente, nem depois de uns 30 minutos alí. As trocas de olhares não paravam, os sorrisos escondidos, meu chefe parecendo ficar nervoso toda vez que a menina o beijava no pescoço e ele olhava para mim com receio. Ah, se ele soubesse que eu não me importava com aquilo. Diferente dele, que parece querer virar a mesa toda vez que vê Jimin alisando meus cabelos e mordendo minha orelha.

As coisas estavam começando a ficar divertidas, portanto eu decidi apimentar ainda mais.

Olhei fixamente para Jeongguk enquanto dizia para Jimin que ia ao banheiro, o loiro estava focado em seu celular, portanto nem percebeu que minha atenção não estava realmente nele. Com isso eu levantei da cadeira e passei exatamente do lado de Jeongguk, dirigindo-me até o corredor isolado onde ficavam os banheiros. Encostei-me na parede um pouco distante do salão enquanto esperava meu chefe, se é que ele entendeu o recado.

Poucos segundos depois Jungkook surgiu no começo do corredor, ele andava até mim a passos rápidos, eu me desencotei da parede e fiquei esperando ele chegar mais perto, entretanto, quando ele chegou, fez uma coisa que eu não estava nem imaginando. Suas mãos grandes voaram até minha cintura e o rapaz puxou-me contra ele com possessão, fui empurrada contra a parede e praticamente gemi contra seus lábios por causa do impacto forte, porém, não parei de beijá-lo. Minhas mãos apertaram seus bíceps com força e eu sorri minimamente, passando minha língua entre seus lábios e mordendo os mesmos antes de recolhe-la.

– Posso saber o que foi isso? – perguntei assim que findamos nosso ósculo, no entanto seu corpo não parou de prensar o meu contra a parede.

– Um pedido estranho para que saia comigo desse restaurante.

– E nossos acompanhantes?

Jeongguk ficou em silêncio, pensando no que fazer para despistar, ou enganar, as duas pessoas que estavam nos esperando lá fora. Em questão de segundos um sorriso divertido adornou seus lábios vermelhos, o qual já me fez ter uma ideia do que ele planejava.

[...]

– Parece até cena de filme. – comentei entre risadas baixas, chamando a atenção do casal que estava na mesa a qual estávamos usando como esconderijo.

Eu e meu chefe estamos saindo do restaurante, porém, do único jeito "discreto" que achamos. Estamos engatinhando por de trás das mesas até alcançar a tão esperada calçada, o que está chamado um pouco a atenção dos outros que nos olham estranhos, mas não me importo.

– Filme de comédia romântica. – adicionou ele, rindo fraco em seguida.

Alguns minutos depois já estávamos fora do estabelecimento e longe dos olhos de qualquer um, principalmente de Jimin e da garota que acompanhara Jeongguk. Graças aos céus eu vim no carro do Park, portanto não precisava pensar em pegar meu carro, apenas fui para o de Jeongguk e não demorou muito para que o restaurante sumisse de nossas vistas.

– O que você chama isso? Acaso ou consequência?

– Destino. – respondi.

– Sorte ou azar?

Fiquei em silêncio, tentando juntar os prós e os contras.

Prós:

1. Eu queria sair com Jeongguk mais do que queria sair com Jimin.

2. Com Jimin eu já transei, então já sei como ele é na cama. Jeongguk ainda não.

3. Agora posso assistir aquele filme.

Contras:

1. Jimin é muito lindo e beija muito bem.

2. Jeongguk pode ser ruim na cama comparado a Jimin.

3. Vou ter que inventar uma desculpa muito boa para o Park.

Ah, está empatado. De qualquer forma, algo me diz que não vou me arrepender das escolhas que fiz.

– Vamos assistir aquele filme agora? – indaguei para o rapaz que dirigia sem desviar os olhos da estrada.

– Claro, ainda têm sessões.

– Okay. – assenti.

(...)

Meu corpo fora colocado contra a parede daquele apartamento. Estava tudo escuro, a única coisa que iluminava o local era a luz da lua que entrava por alguns brechas nas cortinas abertas. Eu podia ver parte de seu corpo contra o meu, seu sorriso safado, seus olhos brilhando, sua pele do pescoço já toda marcada pelos meus lábios esfomeados. Nem me preocupei em ver a decoração de sua moradia, naquele momento eu só queria saber de foder com ele.

Jeongguk segurou minha cintura com as duas mãos e me colocou para cima, eu prendi meus tornozelos atrás de suas costas e ficamos encaixados daquela maneira mais que gostosa. Seu membro já rijo se esfregando fortemente contra a minha intimidade mal coberta pela fina camada de tecido da calcinha. As únicas coisas que nos impediam de foder alí mesmo: os tecidos.

– Você me fez esperar muito por isso. – sussurrou com a voz rouca de desejo.

– Vai valer a pena. – ri fracamente em seu ouvido e sussurrei no mesmo tom que ele, sentindo-o estremecer levemente em resposta aos meus estímulos.

Jungkook foi trilhando um caminho cego até o quarto, me bateu nas paredes algumas vezes enquanto me pegava com força, coisa que ele descobriu que eu gostava quando fez da primeira vez e eu deixei escapar um arfar manhoso rente ao seu pescoço. Abriu a porta com o pé e eu senti meu corpo se chocar contra o colchão macio de sua cama, eu sorri, admirando seu corpo se erguer de cima de mim para poder tirar suas vestes.

Minhas mãos ficaram uma de cada lado de minha cabeça, eu mirava ele abrir os botões de sua camisa lentamente, revelando pequenas partes de sua pele que seria marcada por mim a noite toda. Mordi meus lábios fortemente, subindo meus luzeiros pela sua estrutura até chegar em suas orbes, que me miravam fixamente. Seus olhos estavam presos aos meus, uma mistura de tesão e ansiedade me encarando fixamente enquanto meu chefe tirava sua blusa.

Eu gosto disto, deste olhar safado enquanto ele vai se despindo para mim.

– Você é lindo... – falei baixinho, mas alto o suficiente para que ele escutasse. Nossas vozes ficariam assim, pouco audíveis, até os momentos dos gemidos.

– Você é mais... – respondeu com um sorriso, deixando que sua camisa caísse ao chão.

O rapaz voltou a cair sobre mim, as mãos uma de cada lado de meu corpo para evitar que seu peso me machucasse e com seus lábios sobre os meus, um beijo repleto de fervor, excitação e até um certo carinho escondido por detrás das mordidas latentes e arrepiantes. Devagar, segurei seus ombros e o empurrei levemente para trás, fazendo-o se levantar novamente . Meu corpo sentou-se sobre sua cama e minhas mãos avançaram até sua calça, tirando seu cinto e depois abrindo os botões do jeans. O tecido escuro caiu aos seus pés e por cima dos meus, junto com sua cueca boxer, a qual apertei seu membro por cima antes dele tirá-la também e ficar completamente nu diante de mim.

Meu chefe voltou a deitar seu corpo sobre o meu, ele beijou meus lábios e depois foi descendo por todo meu ser, beijando cada perímetro de meu corpo. Primeiro pescoço, depois tórax, cada um de meus seios, minha barriga... Tudo. Leves beijos com seus lábios fortemente avermelhados, ainda mais que o natural pela intensidade que tocamos um ao outro. Sua boca não só me beijava, ele também deixava uma sucção em cada espaço que passava, marcando minha pele numa linha reta de marcas vermelhas. Que, talvez, mais tarde ficariam roxas.

Eu e Jeongguk jogamos o mesmo jogo, nós temos as mesmas regras, nós gostamos tanto de dominar como de ser dominados. Então deixarei que me mostre primeiro o que sabe fazer.

Um tapa estalado ecoa pelo quarto e meu corpo sobe por causa do susto e da pequena ardência que senti na coxa direita, ele ri da situação, mas em seguida volta a beijar meu baixo ventre. Suas mãos seguram minhas coxas e as separam devagar, deixando-me ainda mais exposta e vulnerável a ele. Jeongguk era dono de uma beleza quase que celestial, se não fosse pelo seu sorriso safado e pelo olhar repleto de luxúria, eu diria que ele era um anjo disfarçado, todavia ele estava mais para demônio no corpo de anjo. O jeito como piscou para mim, com seu rosto entre minhas pernas, fez minha intimidade pulsar de desejo e meu corpo começou a suar em febre. Ele era ousado, e isto todos sabiam.

– Vou te enlouquecer, querida.

Ei, ei, não se esqueça

De como gemi seu nome nem

Do gosto dos meus lábios. - Romeo's Quest