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História Cherry Lips — Jeon Jeongguk (Hiatus) - Capítulo 12


Escrita por: Dii_Kook

Notas do Autor


MEU DEUUUUS, QUANTO TEMPO!!!!
7 meses? 8? Nem eu sei mais! E gente, realmente me desculpem pela demora absurda, desculpa pelas mensagens não respondidas no cap anterior e muitas outras coisas!

Mas sério, gente, se vocês estiverem com dúvidas ou quiserem conversar, me chamem nas redes sociais! Eu entro todo dia no insta, no Facebook, no discord e até o twitter. Posso até passar meu número!!!!

Capítulo 12 - Capítulo 12


Fanfic / Fanfiction Cherry Lips — Jeon Jeongguk (Hiatus) - Capítulo 12

Jeon Jeongguk

– Jeongguk, eu falei pro falar, não se preocupa. – Iara repetiu aquela frase pela milésima vez, mas eu não estava seguro daquilo, mesmo ela estando com uma expressão cansada agora.

Eu não quero que Iara se torne chata, não quero ter que me afastar dela por causa de coisas banais como sentimentos, eu quero ficar perto dela. Porém isso não pode acontecer se ela estiver mesmo apaixonada por mim, e eu só quero deixar claro para ela que não tem jeito de ficarmos juntos num relacionamento sério.

Por isso estamos discutindo, porque a mesma diz que não falou sério, mas eu não acredito que tenha sido só aleatório. E eu preciso que ela admita, para explicar o porquê de não dar certo.

– Iara, eu só-

– MAS QUE PORRA, JEONGGUK! – seu grito me fez sobressaltar, já que eu não esperava aquela alteração de voz tão repentina. – Você quer que eu diga o que? Que estou apaixonada por você? Ótimo, eu digo, eu acho que estou mesmo.

Eu suspirei, abaixando minha cabeça. A verdade é que eu estou confuso com meus próprios sentimentos, eu não queria que ela admitisse os sentimentos mesmo insistindo tanto, e agora que ela falou eu sinto algo dentro de mim ficar quentinho, como se suas palavras fossem macias. Iara me deixa de cabeça para baixo, eu não consigo simplesmente dividir algumas sensações que ela me causa ou ignorar, sempre são fortes e eu acabo ficando todo assustado comigo mesmo.

– Mas isso não faz diferença, okay? Não vai mudar porra nenhuma, quer dizer, não ia. Não até você agir assim. – assim que ela proferiu aquelas palavras minha cabeça se ergueu novamente em sua direção, e eu fiquei alerta. – Porque para mim também não faz diferença ter sentimentos ou não.

Minha boca se abriu, mas eu não tinha nada a dizer, não conseguia, minha mente não processava nada para responder a garota. E talvez tenha sido por isso, pelo meu silêncio brilhante, que Iara bufou e começou a pegar suas roupas que estavam no armário ao lado da cama. Eu fiquei parado no mesmo lugar, sem saber ao certo o que fazer, já que ela estava arrumando as malas e isso me deixava em pânico.

– Iara... – chamei, mas ela não parou. Não estava nem sequer dobrando as roupas, apenas fazendo bolas e enfiando naquela bolsa preta. Espero que não caiba tudo.

Eu não queria que ela fosse embora, apesar de não saber se é isso mesmo que está fazendo. Ou melhor, não sabia, porque agora ela pegou seu telefone e eu a vi abrindo um aplicativo de táxis. A neve já não está mais perigosa e hoje não têm tempestades anunciadas na previsão, então é um ótimo dia para ir embora.

Fui até ela, ia segurar sua mão e fazê-la sentar para conversarmos melhor, todavia Iara pegou sua mala nesse exato momento e passou por mim sem nem olhar na minha cara. Eu a segui, chamando seu nome com paciência e pedindo para ela me esperar, só que se ela parasse e se virasse; o que eu diria? Pediria perdão? Falaria que também gosto dela? Iria implorar para ela ficar?

Assim eu fiquei quieto, o que foi pior, porque Iara abriu a porta da frente e saiu. Não sei em que caralhos de aplicativo ela pediu a porra do táxi, porém o desgraçado já está aqui e até já saiu do automóvel para pegar a mala dela.

– Caralho, não vai-

Ela bateu a porta do carro, cortando minha fala. O rapaz entrou no carro, ele parecia bem tranquilo, mas sei que ppr dentro está se coçando para saber o que aconteceu entre nós.

°•°

Depois que Iara foi embora as coisas mudaram na casa, eu menti para nossos amigos, disse que ela foi embora por conta de uma emergência familiar, e tudo porque não tinha coragem de dizer que na verdade fui um babaca que não soube agir como um homem adulto. Eles acreditaram e continuaram se divertindo, mas eu fiquei... Estagnado, era legal sair com eles e me distrair, todavia, quando a noite chegava, eu me pegava pensando em Iara e como seria se ela ainda estivesse aqui.

Usei a última semana antes da nossa volta para pensar no que fazer, afinal Iara ainda continua sendo minha funcionária e eu não quero que nosso desentendimento afete no trabalho dela — ou talvez isto seja uma desculpa para poder me reaproximar —.

Então o dia de voltar para o trabalho chegou e meu estômago estava doendo de tanto nervosismo acumulado, porque faz muito tempo que eu não me pego numa situação dessas. No entanto ao chegar no estúdio eu percebi que alguma coisa estava diferente, SooMin estava na recepção e segurando um papel branco que eu não conseguia ver o que era, mas parecia ser algo ruim já que ela não estava com uma cara tão boa.

– O que é isso? – perguntei me aproximando, mas ela nem me olhou. – SooMin?

– É uma carta. – me respondeu. A voz estranhamente baixa.

– Carta? Do que?

SooMin ficou em silêncio encarando o papel em suas mãos, seu rosto se tornou um grande mar de mágoa e desagrado, e seus olhos estavam com um brilho fraco de lágrimas. Ela levantou seu olhar para mim, então amassou o papel em suas mãos e o jogou contra meu rosto.

– Uma carta de demissão da Iara, seu imbecil!

O papel amassado em forma de bola caiu ao chão depois de bater no meu rosto, e eu instintivamente me agachei e o recolhi do chão. O abri com cuidado, minhas mãos já estavam tremendo e suando, parecia até uma carta da minha universidade dos sonhos. Meu coração batia forte no peito, e eu senti que o café da manhã que tomei hoje estava querendo voltar pelo menos caminho que entrou.

– Ela... Se demitiu? – as palavras saíram da minha boca, minha voz perdeu toda a força, ficando extremamente caída.

Mesmo lendo e relendo as palavras escritas à mão no papel, claras como o céu de manhã, eu não conseguia acreditar que Iara tinha mesmo se demitido. Essa é a sua letra, as palavras escritas aqui relatam uma verdadeira demissão, sua assinatura está no rodapé da folha... Mas eu não consigo acreditar que isso está mesmo acontecendo.

– A culpa é toda sua, seu idiota! Você é um cego do caralho, Jeongguk, e o pior não é nem isso, é que quando você consegue enxergar você se torna uma covarde. – a voz de SooMin estava se elevando aos poucos, porém por dentro eu sabia que ela estava quebrada, pois seus olhos foram ficando mais molhados e eu vi que suas mãos estavam tremendo contra a sua vontade.

SooMin tirou de mim o papel, amassando-o novamente e jogando na minha cara como antes. Desta vez eu não me agachei para pegar, apenas fiquei quieto e fechei meus olhos quando o sulfite bateu em minha face. O peito de SooMin começou a subir e descer com mais força, a respiração dela foi ficando pesada e eu me senti horrível por ver minha prima assim.

– Você é um egoísta!

– SooMin-

– CALA BOCA! – eu me calei. – Eu venho aguentando há muito tempo essas suas atitudes infantis, Jeongguk, e agora você vai escutar tudo que está entalado aqui!

Ela bateu a mão na garganta com força, como se quisesse mostrar que uma bola enorme estava ali dentro e ela queria soltar.

– Jeongguk, dentre tantas garotas, você tinha que fazer isso justo com aquela que se importava mesmo com você? Iara seria incrível para você, Jeongguk, vocês tinham uma química, uma paixão, algo que eu nunca vi você ter com nenhuma garota! – eu virei meu rosto, evitando seus olhos. Mas SooMin queria que eu sentisse no fundo da minha alma a dor das suas palavras afiadas, então ela segurou minha face, me fazendo encará-la. – Sabe por que eu gosto tanto da Iara? Porque ela é verdadeira, ela se ama, e não fica se arrastando por você como as outras!

As palavras de SooMin eram duras, duras porque a verdade às vezes não é fácil, e por isso que nos escondemos atrás de mentiras confortáveis. Mas ela está certa, SooMin está certa em tudo que diz, e a única coisa que eu posso fazer agora é escutar seus xingos e me sentir um completo perdedor.

– Ela não se importava só com você, Jeongguk, ela se importava com todo mundo. As suas garotas querem se aproximar de mim quando descobrem que eu sou sua prima, mas pra quê? Por sua causa! – empurrou-me, mas meus pés nem se moveram. – Elas querem se aproximar de mim porque acham que assim você vai gostar mais delas, porque querem que eu fale mais sobre você, porque querem saber se você fala delas... Mas nunca por minha causa!

O olhar de SooMin era cortante, eu me peguei despedaçado, com cada mínima parte caindo sobre o chão e se desmanchando. Eu senti meu nariz queimar por causa da vontade de chorar, só que nenhuma lágrima caiu. Ainda que estivesse bem perto de acontecer.

– E ela... Ela realmente se importou comigo. A garota arriscou sua vida para me salvar, sendo que eu nem estava em perigo! – É doloroso. – Mas quer saber? Não é só porque você não sabe dar valor a alguém que gosta de você de verdade, que eu também não sei dar. E Iara ainda é a minha amiga, então eu vou atrás dela.

SooMin soltou na mesa o seu crachá de funcionária e pegou seu celular que estava embaixo da mesa. Ela saiu de trás do balcão da recepção e eu me virei para o lado, pedindo silenciosamente para a garota esperar. E SooMin parou, esperando, aguardando qualquer iniciativa minha...

Só que eu não tive, eu continuei parado alí, olhando para o chão como um idiota que não tem coragem para nada e vive a vida toda aguentando a arrogância dos outros. SooMin suspirou, abaixando sua cabeça, deixando claro a sua terrível desistência da minha pessoa e a decepção de ver o tipo de pessoa que eu me tornei ao longo dos anos. A garota passou por mim, batendo seu ombro em meu braço, me fazendo dar uma leve recuada para trás e depois voltar para frente.

– Sinto muito...

Disse, mas já era tarde demais, eu estava sozinho naquela recepção e nada nem ninguém poderia me amparar. Fui até a porta de vidro e a fechei, mexendo no interruptor ao lado da porta para o painel do lado de fora mostrasse a palavra "fechado" para qualquer pessoa que tentasse atrapalhar a minha patética onda de desânimo.

Por anos eu acreditei que estava fazendo a coisa certa sendo assim, mantendo quase todos do lado de fora, só deixando um ou outro entrar. Porém agora eu me sinto vazio, tão vazio que nada nem ninguém conseguia me preencher, exceto Iara. Porque ela é o motivo deste vazio.

E o pior de tudo é que, talvez, ela quisesse realmente me preencher... Mas eu fodi com tudo, no sentido ruim. 


Notas Finais


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