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História Criminal Minds - Chapter 4


Escrita por: MafeSweet

Notas do Autor


HEEY BABYSSSS!!!!
VOLTEI COM ESSA FANFIC!!!
~me acalmando

Beeeeem, estou a um tempinho escrevendo esse capítulo pelo celular, nos momentos de inspiração e assim serão as postagens, sem pressão e só quando eu tiver aquela linda e bela inspiração que todo mundo ama :)
Vamos lá que o negócio tá fervendo...

Capítulo 4 - Chapter 4


POV Jeon JungKook:

 

 

 

Minha visão foi voltando aos poucos, e a dor acompanhou. Minha cabeça doía. Meu corpo doía. Minha alma doía. Tudo doía, porém o pior era a humilhação que me invadia, era me sentir tão fraco naquela situação em que me encontrava. Ao tentar mexer a boca, senti uma ardência, ótimo, um corte. Olhei ao redor e vi a sala branca, cheiro de medicamentos e tudo que me mostrava ser um hospital. 

 

Meus braços estavam com muitos roxos, é uma agulha injetava soro em meu braço esquerdo. Assim que me dei conta de tudo, de como havia parado ali, quis me próprio bater. Por que inventei de falar o que não devia? Por que achei que Park Jimin não seria capaz de um ato tão cruel com uma pessoa que se preocupou com ele? E depois disse as verdades na frente de seus amigos mais íntimos... Fala sério, quem é o mais errado nessa situação? Ai, minha cabeça dói só de pensar. 

 

– Vejo que acordou. – A voz soou no cômodo, não, não era Jimin, e sim Jin que me olhava sentado na poltrona creme. Tinha culpa em seu olhar. – Não sei o que te dizer, o que ele fez foi tão errado que... não adianta falar nada, você já deve odiar ele totalmente. – Um suspiro triste encerrou sua fala. 

 

– Sabe, parte disso é minha culpa. Mesmo que eu odeie ele agora, vai passar em alguma hora. – Falei e tentei dar um sorriso reconfortante que me fez fazer uma careta pela ardência.

 

– Você é tão novo, como pode ser tão de boa em relação a isso? Ele acabou com você, por sorte não quebrou os ossos. Fiz ele prometer que iria pedir desculpas, é o mínimo. – Falou levantando-se e colocando a mão na cintura, indignado eu diria. – Mas, o que você falou era verdade? Sobre ele ter aparecido drogado no seu quarto, te elogiado e Ainda dormido com você? – Arqueou a sobrancelha.

 

– Minha boca grande que me fez estar nessa cama, então não posso dar detalhes... porém é verdade, só que com menos intensidade do que falei. — Suspirei. – Fala sério, ele é Park Jimin, o tal, de acordo com vocês: o maior traficante de todos. Acha mesmo que um hétero me chamaria de gostoso? Acho que falei demais. – Menti, eu sei. Mas assim era melhor, se ele soubesse que Jimin me olhou daquele modo tão luxurioso e malicioso, pensaria errado. Uma mentirinha não mata ninguém. Dependendo de Park, não sei. – Falei no impulso, apenas esqueça. – finalizei desviando o olhar dos dele. Jin parecia querer ler minha alma, credo.

 

– JungKook, você ficou desacordado por dois dias, tomando soro e sendo tratado sempre que sua respiração parava. Ele quase te matou, e merece seu ódio, entenderia se fosse o caso. – Falou sério e eu notei em sua voz o quanto ele mesmo se sentia mal por tudo aquilo. Engoli em seco.

 

– Ele merece, merece muito, e não só por isso; também por ter me comprado e obrigado-me a vender droga. – Fui falando e a expressão agoniado do loiro só piorava. – Mas o que vai adianta eu odiar ele? O que vai adiantar eu desrespeita-lo? Assim ele pode realmente tirar minha vida. Então vou tratá-lo diferente, com formalidade e educação, sem intimidade ou qualquer coisa, afinal ele me comprou pra isso. – Terminei e ouvi a porta sendo aberta, mostrando um ruivo de cabelos bagunçados e olhos inchados, junto com o bocejar e expressão dorminhoca, sem muito interesse. 

 

– Já acordou? – Questionou coçando os cabelos e eu quase bufei, só que lembrei do plano.

 

– Sim senhor. – Tão formal que quase gargalhei quando suas sobrancelhas arquearam-se em surpresa e indagação. 

 

– Eu estava esperando de tudo, sério, xingamentos e gritos, mas não essa formalidade irritante. – Falou sem entender.

 

– De agora em diante será assim, senhor. – fiz questão de adicionar "senhor".

 

– Hum, estranho. – Bufou. – Está... bem? – Desviou o olhar e eu ri baixo com sua força para não demonstrar interesse, preocupação. 

 

– Tirando o corpo doendo, o lábio cortado e essa dor desgraçada na cabeça, tudo bem senhor. – Sorri minimamente e ele coçou a garganta e olhou para o amigo do lado, com um olhar que dizia "me ajuda pelo amor de Deus". 

 

– Essa conversa é sua Jimin. – Jin falou duro e seco, pisando forte pra fora do quarto, batendo a porta.

 

O ruivo me encarou e abriu a boca diversas vezes, mas em nenhuma delas falou alguma coisa. Bufou como se estivesse frustrado consigo mesmo.

 

– A culpa disso foi sua, não tente me fazer sentir mal, não vai adiantar! – Falou com o tom elevado enquanto apontava o dedo para mim.

 

– Eu sei, senhor, eu sei. 

 

– Chega dessa merda de senhor, até parece que sou um velho de oitenta anos. Me chame de Park, Jimin ou Park Jimin. – Ele com certeza não tinha paciência.

 

– Que tal Jiminnie-ah? – Sim, quis provocar. Mesmo todo abatido, tenho que tirá-lo do sério. 

 

– I-isso não. – Vacilou na fala e eu franzi o cenho. – Quer dizer, foda-se, me chame como quiser. – Revirou os olhos se jogando na poltrona.

 

– Desculpe por falar aquelas coisas... mas admito que foi minha intenção te deixar constrangido na frente dos seus amigos. – Fui sincero com as palavras.

 

– Já te quebrei inteiro, acho que agora posso aceitar as desculpas. – Falou e eu ri da minha própria desgraça. Puta merda, quem diria que eu, Jeon JungKook, fosse comprado, usado para fins errados e Ainda espancado pelo traficante ruivinho. – Só me lembra de nunca mais beber e ir para o seu quarto, já vi que da merda. – Disse rindo divertido e eu assenti rindo junto a ele. 

 

– Bom, senhor, preciso dormir. E agora em diante será tudo na formalidade. – Avisei me ajeitando na cama. 

 

– Como quiser.. – Resmungou dando de ombros e eu só consegui deixar um sorriso mínimo e fechar os olhos. Não me julguem; estava morto de cansaço, dolorido e precisava sonhar com mil formas de fazer Jimin pagar pelo que fez, nem que fosse preciso seduzi-lo e iludi-lo; aí sim eu estaria morto

 

 

(...)

 

 

 

Uma semana se passou desde aquele dia no hospital, e minha recuperação ia muito bem, tomando os remédios nas horas certas, comendo as refeições indicadas e mantendo-me de repouso. Digamos que Jin ameaçou o ruivo dizendo que se não me deixasse livre do serviço sujo, o esfregaria no asfalto quente, acho que isso o deixou com medo. Enfim, mesmo que já tenha de certa forma perdoado Park, no fundo quero provar que minhas palavras estavam certas, que ele sentia sim desejo por mim. E na verdade ele era apenas um gay enrustido em uma máscara de hétero que ele próprio criou. 

 

– Já melhorou florzinha? – A voz do ruivo soou irônica no silêncio daquele quarto. 

 

– Aham. – Resmunguei mexendo no celular que Taehyung havia me dado. Descobri que o moreno era uma pessoa muito engraçada, extrovertida e até sentimental. Sério, ficou com pena da minha situação e me deu um celular de primeira linha; melhor pessoa! 

 

– Então vamos para seu próximo trabalho... – Recompôs a seriedade vendo que não liguei para a sua brincadeirinha. – Da primeira vez você entregou uma quantidade mínima, só que dessa vez a entrega é para uma de minhas melhores compradoras. – Franzi o cenho. – Uma mulher de mais de trinta anos que adoro garotinhos novos, você é perfeito. – Sorriu ladino. – Preparado? Marquei com ela hoje à noite, um jantar, cuidado para não ser o prato principal, ou quem sabe a sobremesa. – Seu sorriso não podia ser mais malicioso. 

 

– Então corro o risco de ser estuprado por uma mulher obcecada por novinhos? – Arqueei a sobrancelha e ele riu divertido. 

 

– Talvez. – Engoli em seco. – Não se preocupe, ela é inofensiva. Só... não de moral. – Completou.

 

– Ótimo. – Resmunguei sarcástico. 

 

– Você Ainda está acabado, venha, vamos a um salão pra dar um jeito nesse cabelo. – Falou abrindo o guarda roupa e me jogando algumas peças de roupa. 

 

– Ah, muito obrigado pelo elogio. – Novamente fui irônico. 

 

– Todo engraçadinho, acho que a surra te fez bem. 

 

– Pois é, tô até querendo levar outra. – Confesso ter provocado ao levantar e parar na sua frente, visto que estava apenas de calça de moletom, sem camiseta. 

 

– Deveria parar de ser rebelde, não combina com você. – Cruzou os braços. 

 

– E o que combina comigo, senhor Park? – Tombei a cabeça para o lado em uma ação infantil. 

 

– Se troque criança, seu cabelo realmente precisa de um trato. – Ele era duro na queda. Espero que em outros pontos também... que? 

 

Coloquei a camiseta preta junto da calça jeans rasgada e justa, e os coturnos nos pés. Peguei o celular e coloquei no bolso, saindo do quarto em seguida. A casa estava movimentava, homens vestidos de preto entravam e saíam com caixas de papelão em mãos, levando para o caminhão estacionado do lado de fora, que por sinal era de uma fábrica de chocolate.

 

– Um caminhão de chocolate esconde muito bem um carregamento de drogas, não é? – Taehyung falou assim que desci a escada. 

 

– Pelo jeito a coisa é grande. – Falei e ele assentiu. 

 

– É, mas ano passado tivemos pelo menos uns três desses para levar ao outro lado do país. – Disse e eu suspirei em espanto. 

 

– Uau! – Exclamei. – Vocês nunca foram pegos? 

 

– Não, mas digamos que brincamos com fogo, então a polícia às vezes pega no nosso pé. Coisa boba, Jimin é inteligente, ele tem literalmente uma mente criminosa. – Sorriu de lado. – Ele disse que vai sair com você, posso saber pra onde? 

 

– Ah, acho que um salão de beleza, ele disse que meu cabelo está horrível. – fiz uma careta. 

 

– Ele tem razão. – Disse e eu o olhei com cara de tacho. – Apenas verdades querido amigo. – Laçou seu braço em meu ombro. – Sabe, eu Ainda não consegui tirar aquelas palavras que você disse sobre Jimin no dia que ele... bem, você sabe – Engoliu seco – ele realmente agiu daquela forma? 

 

– Aham. – Resmunguei olhando aquela movimentação contínua.

 

– Então nosso querido ruivinho pode ser bissexual? – A pergunta parecia ser mais para si próprio. – Você bem que podia conseguir desabrochar o lado arco íris desse anão, sério, a vida seria mais cor de rosa para todos nós. – Falou e eu só conseguia gargalhar.

 

– Para de fofocar e vem. – Jimin me chama aparecendo da cozinha. 

 

– Tchau. – Falei para Taehyung que me sussurrou um boa sorte. 

 

– Não sei como tem tanto assunto com o Taehyung, vocês não se parecem em nada. – O ruivo intrometeu enquanto seguíamos para seu carro de luxo.

 

– Por que não? – Arqueei a sobrancelha e entrei no carro, assim como ele.

 

– Taehyung é atrevido, extrovertido, falante e realmente sensual, essa última coisa foi detalhe do Hoseok. – Falou e eu revirei os olhos, o carro entrou em movimento em uma velocidade alta. 

 

– Tá falando que sou sem graça? – Indaguei e ele soltou uma risada alta.

 

– Não, não... pra mim sim, mas para as outras pessoas de certo não. Você só tem a imagem sensível, fofo e amável, e as garotas preferem os maus, badboys e essas coisas. – Falou como se fosse um expert no assusto, enquanto colocava o óculos escuro. Então era assim que ele me via? Como um garotinho inocente que não sabe nada do mundo? Ah, não sei se aprovo ou desaprovo seus pensamentos. 

 

– Não sou tão inocente assim.. – Resmunguei.

 

– Não precisa mentir Jungguk – Apelido novo? – Sei que sua personalidade cai mais para herói do que vilão. Mas me deixa te contar uma coisa... eu sou o vilão, e você vai ter que começar a se tornar um, começando pela aparência. – Disse e eu me calei, minha cabeça estava a mil. 

 

Ele de fato, era o vilão, com cara e tudo que tinha direito. Traficante, sensual e até um pouco divertido. O típico badboy que as garotas amam. Mas não sou assim, não faço esse feitio e nunca irei fazer. 

 

– Vamos logo. – Desci do carro assim que esse foi estacionado em frente à um salão realmente chique visto do lado de fora. 

 

– Está testando minha paciência? – Bateu a porta do carro com força e veio até mim, que apenas dei de ombros. – Não tenho tempo para sua rebeldia, vem. – Me puxou pelo pulso e logo estávamos dentro do salão. – Hey Lee Ji! – Disse todo animado ao ver a mulher que ficava atras do balcão, a ruiva sorriu para ele, um sorriso amável.

 

– Hey Jimin-ssi! – Usou a forma coreana de falar e eu franzino cenho. 

 

— Ah, essa é minha amiga de infância, mais conhecida como copiadora de cabelos. – Disse o ruivo todo alegre com a presença da asiática que revirou os olhos em divertimento. 

 

– Olha só quem fala, e você que copiou até minha altura?! – Brincou com o fato de ser baixinha, aposto que Park não gostou muito.

 

– Não irei discutir com você sobre isso, sabe muito bem que minha altura nunca interferiu em nada. – Se gabou. – Enfim, esse é JungKook, meu... amigo, isso, meu novo amigo que precisa urgentemente de uma mudança no cabelo. 

 

Amigo? Desde quando comprar uma pessoa é amizade? 

 

– Sem querer ofender, mas seu cabelo realmente precisa de um reparo. – Falou sem querer parecer grossa. – Pode se sentar que temos horário vago e eu mesma irei dar o trato. – Então ela era cabeleireira.

 

– Ela sabe sobre você? – sussurrei para Park enquanto ela arrumava as coisas para a minha possível mudança. 

 

– Não, e não saberá nunca. – Me olhou sério e eu assenti engolindo seco. 

 

– Venha querido. – Disse a ruiva e eu me sentei na cadeira. – O que deseja? 

 

– Faça o que achar bom. 

 

– Ótima escolha. 

 

A mulher fez questão de me virar para que eu não visse o que faria com meu cabelo. Se eu estava com medo de sair careca? Muito, mas relevamos. Demorei uma hora mais ou menos e Park tinha os olhos grudados no celular e quando a ruiva me virou não pude deixar de sorrir. Meu cabelo estava castanho com algumas mechas rosas que me deixavam com uma aparência realmente fofa, então a missão do ruivo de me deixar "mau" foi por água abaixo. 

 

– Vem cá menino ver minha obra de arte. – Lee Ji puxou Jimin que bufou e levantou, levando o olhar para mim, mordi o lábio receoso. 

 

– Uau, é... está bom. – Ele pareceu engolir em seco. – Muito bom. – Sorriu ladino e eu corei. 

 

– Não acha que estou adorável demais? – Arqueei a sobrancelha.

 

– O que podemos fazer se você combina com coisas fofas? – Seu tom era divertido e eu ri fraco com isso. 

 

– Vocês são muito fofos! – A ruiva soltou um gritinho e nós dois a olhamos com uma interrogação na cabeça. – Desculpa, coração de shipper é foda. – Falou e saiu Ainda nos deixando sem entender. 

 

– Agora vamos treinar. – Disse me puxando para fora do salão. Ele já havia pago? 

 

– Treinar o que? – Franzi o cenho.

 

– Treinar a tática da conquista com as garotas. Mesmo que os maus façam sucesso, os fofos também por serem atenciosos, gentis e blá blá blá. – Disse com seu jeito nada paciente. – Olha aquela loira ali, vai que é sua! – Disse apontando para uma garota concentrada em seu celular, no momento seguinte eu estava quase caindo na menina que me olhou assustada. 

 

– Ah, que susto. – Disse e soltou uma risada. 

 

– Foi mal, meu amigo que me empurrou... – Olhei para trás e Jimin havia desaparecido. – E agora ele sumiu. – Voltei minha atenção que ria de mim. 

 

– Acontece sempre comigo, qual o problema dos amigos? Eles nasceram para ajudar nossa vida e não o contrário. – Falou e eu assenti me sentando ao seu lado. 

 

E foi desse começo desastroso que começamos a conversar. De repente estávamos rindo e pela primeira vez esqueci de como minha vida estava de cabeça para baixo, de como eu me sentia usado. Eu me senti bem. Me senti um simples garoto sorridente. 

 

– Sabe, tenho umas amigas que pirariam com você, sério, elas curtem asiáticos. – Falou com a mão apoiada em meu ombro. 

 

– Ah, sério... – Corei. – Devia apresentar meu... amigo, isso, ele faz mais o tipo pegador. – Sorri.

 

– Mas você é tão fofo, perfeito para elas. – Sorriu e eu engoli em seco. – Falando em perfeito, seu cabelo está muito bom... – Passou a mão sobre meus fios recém pintados. 

 

— Sabe o que também está bom? Essa sua atuação de amiguinha para dar em cima dele. – Ouvi a voz de Jimin atrás de mim e senti um arrepio me subir. – Da próxima vez esconde a cara de piranha, vai que dá certo. – Disse e no próximo segundo já estávamos bem longe dali, com ele me puxando furiosamente. 

 

– Ei, me solta! – Exclamei puxando minha mão já perto do carro, seus olhos foram em minha direção e eu o olhava sem entender massageando meu pulso. 

 

– Eu te deixo cinco minutos falando com uma garota e você já vai comendo ela. É assim que você é de verdade? Claro que os fofos também são pervertidos. – Falou e eu franzino cenho sentindo meu sangue ferver. 

 

– Comendo ela? Pervertido? Você só pode estar ficando louco. Deve estar abusando da droga, cuidado que pode estar afetando sua visão! – Me exaltei e ele veio até mim e praticamente grudou seu corpo ao meu enquanto seus olhos exalavam irritação. 

 

– Se continuar falando, darei um jeito de você não acordar mais, nem em uma cama de hospital. – Vociferou baixo com um tom ameaçador. 

 

– Quer me bater? Tudo bem, acho que me acostumei a ser um objeto pra você. – Falei com a coragem acumulada em mim.

 

– É o que você é mesmo, um objeto que uso para meus fins comerciais. – Sorriu melancólico e eu me afastei o olhando sem acreditar em suas palavras.

 

– Você é... um monstro. 

 

– Você sabia disso desde o início. 

 

– Sou esperançoso, acredito na mudança do ser humano. – Falei com um tom um pouco sarcástico ao cruzar os braços.

 

– Deseja me mudar? Olha, a última pessoa que tentou acabou a sete palmos do chão. – Me olhou e eu engoli em seco.

 

– Você a matou? – Dei um passo para trás em choque. 

 

– Isso não importa. – Desviou o olhar travando o maxilar. – Entra no carro, ainda não acabamos nosso treino de conquista. – E com isso ele mesmo entrou no carro e eu suspirei longamente antes de fazer o mesmo. 

 

É impressão minha ou ele ficou com ciúme daquela menina? 

 

 

(...)

 

 

– Eu já falei que não vou vestir isso! – Disse pela décima vez já que o ser ruivo a minha frente era no mínimo persistente. 

 

– Você tem que vestir essa porra de roupa JungKook, nossa cliente curte essas coisas... – Sorriu malicioso.

 

– Ok, ok, só para você calar a boca. – Bufei pegando a roupa e entrando no banheiro.

 

– Tá perdendo o medo?! — Ouvi seu questionamento e dei uma risadinha.

 

– Talvez! – Respondi sorrindo de lado.

 

A roupa em questão era uma calça de couro que por pouco não entalou em minhas coxas, já que era justa demais. Uma blusa Branca que mostrava grande parte das minhas costelas e uma gravata vermelha estilo colegial. Sim, a roupa era colegial, um tanto sensual para a ocasião. E por ultimo tênis brancos normais. 

 

Já que era para incorporar o personagem, que fosse de forma certa. Encarei meu cabelo e o baguncei para dar o aspecto rebelde. Em uma das gavetas achei algumas maquiagens e fiz questão de passar o lápis preto no olho e um pouco de batom vermelho nos lábios, apenas para dar um tom saudável. Eu estava... atraente e foi a primeira vez em muito tempo que me senti assim. 

 

– Estou pronto... – Falei de cabeça baixa saindo do banheiro. Por algum motivo eu me sentia intimidado com a presença do mais baixo. 

 

– Que demor... 

 

A fala do ruivo foi cortada por si mesmo assim que se virou para me olhar. Levantei a cabeça e o fitei mordendo o lábio pelo nervosismo. Ele me olhava, olhava e olhava. De cima para baixo, de baixo para cima. Ele estava me comendo com os olhos, literalmente. 

 

– O que achou? – Perguntei.

 

– Ah, bem, está... está bom, ela vai gostar, faz o tipo Dela. – Deu a resposta completamente deixada no ar. 

 

– Não acha que a calça está marcando demais? Dá para ver minha cueca nela! – Dei uma volta para que ele analisasse. Sorri de costas para ele, sim, eu queria provocar e estava conseguindo. 

 

– Droga Jungguk... – Ouvi o resmungo é um gemido sôfrego depois, assim que me virei novamente o vi com uma expressão também sôfrega, estranho, muito estranho. – Vamos logo, estamos atrasados. – E com essa fala saiu do quarto apressadamente. Park, Park... estou cada vez mais intrigado com você. 

 

Dessa vez eu carregava duas maletas nas mãos enquanto as mesmas suavam frio. Motivo? Medo de ser pego e preso. Coisa de boa. Enfim, respirei fundo umas três vezes antes de sair do carro, sorte minha que a entrega foi em sua casa, azar meu: teria que jantar com ela e Ainda fingir estar encantado por ela. 

 

– Vê se não fode viu. – Jimin falou. 

 

– Obrigada pelo conselho, muito obrigado mesmo. – Falei irônico revirando os olhos. – Talvez eu transe com ela, isso pode fazer ela comprar até mais drogas. – Resmunguei abrindo a porta e ele segurou meu braço. 

 

– Nem pense nisso, sem contato físico. – Disse sério.

 

– Tá, tá, que seja. – Dito isso sai do automóvel e toquei a campainha daquela mansão, logo os portões se abriram. Lá vamos nós... 

 

Era uma típica casa rica. Com direito a fonte no jardim e colunas brancas na entrada. Agarrei as maletas em minhas mãos e vi a porta da frente se abrir, dando-me à vista de uma possível empregada que sorriu gentilmente e me acompanhou até um certo momento. O clima era agradável até, meio escuro. 

 

– Só entrar por essa porta, Olívia à espera. – Falou educada e eu sorri em agradecimento. 

 

Mordi o lábio em nervoso e adentrei a sala de jantar que tinha uma mesa longa com velas dispostas na mesma e até flores, acompanhadas de um belo banquete. Meus olhos vagaram até a ponta e lá estava a tal mulher. Ela estava em pé, parecia esperar por mim. Seu corpo era esguio, longos cabelos negros, pele alva e lábios carnudos e avermelhados. Aparentava possuir seus trinta e poucos anos. Mas muito bela. 

 

– Você deve ser Jeon JungKook... – Disse caminhando serenamente até mim. – Prazer, Olivia Morningstar. – Levanto a mão em cumprimento e eu deixei as maletas no chão e apertei a mão da mulher, sorrindo. 

 

– O prazer é todo meu. – Falei atendendo às dicas de Park, ser educado e até um pouco audacioso.

 

– Deixe as maletas aí, vamos jantar. – Disse. – Não sabia do que gostava, então mandei preparar de tudo um pouco, espero agradar. – Fez menção de puxar a cadeira para sentar-se, porém fui mais rápido e com cavalheirismo puxei a cadeira para a morena que me olhou um pouco impressionada. – Nossa, não pensei que alguém tão jovem pudesse ser tão... prestativo. – Disse usando um tom misterioso. 

 

– Idade é só um número. – Usei um tom provocador sutil, me pondo na cadeira ao seu lado, dado ao fato dela estar na ponta. 

 

– Park havia me falado que você fazia o tipo fofo, parece ter se enganado. – Disse me analisando. 

 

– Digamos que tenho várias personalidades. – Pisquei e ela riu baixo. – Você é muito bonita... – Falei jogando um charme para a mulher que sorriu agraciada. 

 

– Já sei que deve estar pensando no porque das drogas, se tenho tanto dinheiro... – Fitou seu prato Ainda vazio e eu engoli em seco. – Não precisa se sentir mal, acontece que... não uso drogas, nunca usei. Mas sempre gostei da companhia do Park e quando ele me trazia essas maletas, conversávamos e até coisas a mais – Sorriu levemente maliciosa. Hm. – Meio que não me encaixo na sociedade, mesmo com dinheiro e todos os luxos que ele me fornece. Realmente sou solitária, mas isso não é o ponto. Gosto de garotos mais novos, audaciosos e até inocentes, como um verdadeiro fetiche. – Deu sorriso agora era completamente malicioso. – Está disposto a me satisfazer? – Mordeu o lábio e eu engoli em seco.

 

We don't talk anymore, we don't talk anymore

We don't talk anymore, like we used to do

 

Meu celular tocou em meu bolso e eu quase gritei aleluia ao atender sem ao menos ver quem era. 

 

– Alô! – Falei um tanto alto e exasperado.

 

– Pelo jeito ela já começou com o assunto de ser satisfeita. – Pude ouvir a risada do ruivo pela linha telefônica. – Eu te disse para não tocar nela, então me obedeça e saia daí, antes que ela te ataque. – Disse e eu arregalei levemente os olhos enquanto fitava a mulher a minha frente que parecia me comer com os olhos. 

 

– Ah... – Eu não sabia o que falar.

 

– Dá uma desculpa para ela, qualquer coisa. – Incentivou. 

 

– Desculpa Olívia, mas acontece que sou gay e não tenho interesse em experimentar outra coisa... até qualquer dia. – Falei rapidamente enquanto Ainda tinha a ligação em meu ouvido, a risada de Park havia aumentado e eu me apressei para sair dali o mais rápido possível.

 

– Acho que agora ela nunca mais vai querer ver sua cara. – Ele Ainda ria e eu queria muito matar ele. 

 

Desliguei o telefone na cara dele e com passos apressados cheguei em seu carro, que estava parado em frente à casa. Entrei pelo banco do passageiro e o encarei incrédulo. 

 

– Se você sabia que ela iria querer esse tipo de coisa, por que não foi você? Ela faz seu tipo. – Falei nervoso e ele me olhou tedioso.

 

– Só me dei conta depois, e ela é cansativa, porém o dinheiro que ela me fornece banca alguns luxos. Não se preocupe, da próxima eu vou. – Deu de ombros. 

 

– Não foi isso. – Falei firme e ele me olhou outra vez sem entender. – Admite Jimin, ficou com medo que eu fosse com ela para a cama, porque no fundo você sente que eu o pertenço. 

 

– Você me pertence, eu te comprei. – Mudou o rumo da história. 

 

– Não nesse sentido, em um mais... carnal. – Fitei sua boca avermelhada e mordi o lábio. Talvez eu estivesse ficando louco em desejar a boca de Park. 

 

– Está louco? – Arqueou a sobrancelha. 

 

– É, eu devo estar. – Suspirei passando a língua sobre os lábios e me afundando no banco. Sou um completo idiota. 

 

– Sai do carro. – Ditou. 

 

– O que? 

 

– Sai agora. – Falou e ele próprio saiu. Mas o que está acontecendo agora? 

 

Também sai do carro e quando vi o ruivo estava na minha frente, em um movimento ágil me prensou na porta do carro e eu o fitei sem entender, mas com um coração acelerado. 

 

– O que eu quero fazer agora parece muito certo... mas ainda assim é errado. – Disse com sua voz rouca ao apertar minha cintura. 

 

– E o que te impede? – Questionei mordendo o lábio. 

 

– Minha sensatez, a pouca que me restou na verdade. 

 

– Pensei que Park Jimin fizesse o que queria, sem se importar com as consequências. – Provoquei e ele riu baixo. 

 

– Que se dane. – Dito isso ele me beijou. 

 

Seus lábios se colaram aos meus rapidamente e eu senti a corrente elétrica passar pelo meu corpo, junto das minhas pernas amolecendo, Ainda bem que suas mãos estavam me segurando. Sua boca era macia contra a minha, e quente, absurdamente quente. Sua língua pediu passagem e eu cedi miseravelmente não aguentando mais, eu precisava daquilo. Nossas línguas dançavam, se esgueiravam , lutavam e se deliciavam em movimentos envolventes. O perfume de Jimin entrava em minhas narinas, fazendo com que minhas mãos puxassem a gola de sua camisa e suas mãos apertassem minha bunda. 

 

Se antes eu achava Jimin quente, agora posso considerá-lo um vulcão em erupção. 

 

 

 

Continua...


Notas Finais


ME FALEM SE APROVEM MINHA VOLTA COM ESSA FIC MARA
ATÉ MAIS!! <333


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