História Crossed Destinies - Te fazer feliz

Bati os dedos na mesa e olhei novamente para trás, ele ainda não havia cruzado a porta do restaurante e meus pais já perguntaram algumas vezes se meu “amigo” não viria. Peguei meu celular dentro da bolsa e abri as mensagens.

-“Se você não passar por essa porta em dois minutos, é um homem morto” – é claro que eu não havia pulado de felicidade com sua ideia de conhecer os meus pais, mas se ele insistiu tanto para que dar pra trás na hora? Uma mensagem de confirmação de entrega chegou para mim. “Ótimo, pelo menos seu celular não está desligado” pensei. Antes que eu pudesse enviar outra mensagem um par de pernas numa calça social parou diante da nossa mesa. Ergui meus olhos encontrando os dele – não sem antes parar nos dois lindos buques que ele segurava. Me levantei e meus pais me seguiram.  – Pai, mãe, esse é o Paulo Vitor. PV, esses são meus pais, Roseli e Antônio. –apresentei-os.

- É um prazer conhece-los – Paulo Vitor entregou um buque de copos de leite pra minha mãe que sorriu maravilhada, por acaso eu comentara com ele que minha mãe adorava copos de leite. Ela o abraçou feliz.

- O prazer é todo nosso, menino – um ponto para ele. O ponto mais fácil, devo dizer.

- Então é você que anda se engraçando com a minha menina? – meu pai perguntou num tom serio. Sorri nasalado. PV me olhou com os olhos arregalados.

- Por favor, né Pai! – ele desfez a carranca e sorriu apertando a mão do moreno.

- Seja bem vindo a família.

- Não estamos namorando – me apressei em dizer.

- Ainda –Paulo Vitor disse puxando a cadeira para que eu me sentasse. Minha mãe sorriu observando. “Cavalheiro” deve estar pensando. Se ela soubesse da metade das coisas que nós quase chegamos a fazer com certeza não o olharia com os mesmo olhos. Meus pais eram bem tradicionais e foi uma luta muito grande convence-los a me deixar morar aqui, mas eles conheciam os meninos e gostavam muito dele, então depois de uma longa conversa envolvendo eu, meus pais, Marcos, Léo e Jack eles acabaram concordando e me deram bastante apoio. Afastei esses pensamento e foquei na conversa que os três estavam tendo.

- A Khy sempre foi uma garota muito independente, desde cedo – minha mãe disse me olhando com um sorriso nos lábios. – eu nunca tive muito trabalho com ela.

- A não ser com os garotos que rodeavam ela – agora foi a vez do meu pai. PV me olhou com as sobrancelhas arqueadas e eu dei de ombros. O jantar foi bem tranquilo e animado. Paulo Vitor se deu muito bem com meus pais e eles pareceram gostar muito dele. Eu estava feliz com isso, eles não eram muito de gostar dos caras com quem eu me envolvia então isso era um grande avanço na minha vida amorosa.

PV me pegou sorrindo enquanto observava a conversa sem fim entre ele e os outros dois. Já havíamos jantado, comido a sobremesa, mas não tínhamos nenhuma vontade de sair dali e acabar com esse clima maravilhoso de jantar em família. Eu estava morrendo de saudade dos meus pais e tinha mil e um planos para realizar com eles nos dias que ficarão aqui e seria muito bom poder incluir Paulo Vitor neles.

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Estava ficando tarde então avisei que iria pedir a conta para podermos nos retirar, mas antes que eu fizesse isso PV me interrompeu dizendo que tinha algumas coisas muito importantes para falar e que não poderia passar daquela hora. Eu fiquei um pouco nervosa pelo que poderia sair por aquela boquinha linda e sobre qual seria a reação dos meus pais com o que viria por ai, mas preferi o deixar falar e fiquei na minha.

- Bom, eu não sou muito bom com palavras – sorriu nervoso – mas eu já estou tentando fazer isso há algum tempo, porém você é muito cabeça dura eu nunca conseguia – arqueei as sobrancelhas – isso não vem ao caso. O que eu quero dizer é que a partir do momento em que nos conhecemos lá no aeroporto eu não consegui parar de pensar em você por nem um segundo sequer. – sorri de lado. Meu rosto estava quente e eu já podia imaginar o quão vermelho estava. – e quando nós nos reencontramos lá no pagode, aquele dia eu não pude evitar pensar que aquilo só podia ser coisa do destino e que ficarmos juntos só dependia de nós mesmos. Então eu me joguei em você e senti tudo com muita intensidade e você foi reciproca o tempo inteiro e mesmo quando nós brigamos e ficamos sem nos falar eu parecia ter certeza que você me queria de volta da mesma forma em que eu te queria e conseguimos isso. – eu já tinha muitas lágrimas descendo pelo rosto e ele fazia questão de secar uma por uma – talvez nós tenhamos demorado demais para perceber que no momento o que nos resta é ficar juntos e fazer durar pelo resto de nossas vidas. Por isso, eu aproveitei que seus pais viriam para cá, pra poder fazer esse pedido da forma certa. – enfiou a mão no bolso da calça preta e tirou de lá uma caixinha de veludo vermelha. – minha pequena Khyara, você aceitar ser a minha namorada e me deixa te fazer a mulher mais feliz do mundo? – ele perguntou com um sorriso tímido no rosto. Eu abri a boca diversas vezes para responder, mas nada saia por ela, então apenas balancei a cabeça concordando o vendo abrir um sorriso enorme.

Ele tirou uma das alianças de dentro da caixa e pôs no meu dedo, repeti seus atos e ele segurou meu rosto beijando meus lábios. Seu beijo transmitia muita felicidade e que me deixava ainda mais feliz. Estava tão bom que até nos esquecemos de que meus pais estavam sentados bem diante de nós. Assim que nos separamos minha mãe nos olhava com lagrimas nos olhos. Ela se levantou e veio em minha direção, envolveu-me em seus braços me apertando.

- Parabéns, meu amor. Eu espero que você seja muito feliz nesse relacionamento. – disse segurando meu rosto para que eu olhasse em seus olhos.

- Faço das palavras de sua mãe as minhas – meu pai disse me abraçando depois de ter feito o mesmo com Paulo Vitor. Eu não poderia estar mais feliz.