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História Crossed Destinies - Ir devagar


Escrita por: SrtPiquerez

Notas do Autor


Olá pessoas.
Eu só quero dizer que eu espero que esse capitulo não fique muito confuso pra vocês.
E que esse é possivelmente o antepenúltimo capitulo da fanfic e eu já estou chorando com isso.
Enfim, boa leitura e espero que goste.
Beijooooos

Capítulo 28 - Ir devagar


Paulo Vitor puxou a cadeira pra mim e quando me sentei ele deu a volta e se sentou à minha frente. Algumas outras mesas estavam espalhadas pela calçada bem em frente ao pequeno trailer azul marinho. Aquele era, com certeza, o meu lugar favorito no Rio de Janeiro e ele, claro, sabia disse. Um sorriso tímido não saia de seus lábios e eu não pude evitar sorrir também.

- O que foi? – questionei quando percebi que ele me olhava. PV sabia que eu estava feliz, por mais simples que fosse, eu amava aquele lugar com todas as minhas forças.

Logo que cheguei à essa cidade, eu e os meninos saímos para uma boate pra comemorar a minha vinda e também que nossos aniversários estavam chegando. E quando saímos de lá estávamos varados de fome. Esse foi o único lugar que encontramos aberto àquela hora da noite. E ali tinha, sem sombra de duvidas, o melhor lanche da cidade.

- Nada – respondeu simples. Seu sorriso ainda estava lá. O olhei por alguns segundos, ele estava longe de ser o cara mais lindo que eu já havia conhecido, mas eu não podia negar que seu sorriso era encantador e sua alegria era contagiosa. Eu me sentia tão bem ao seu lado, mesmo depois do que aconteceu. Os meninos passaram tempo demais culpando-o pelo acidente, mas eu não o culpava por isso. É claro que eu fiquei magoada com a traição, mas o acidente foi algo que teve que acontecer.

- Você está assim porque sabe o quanto eu gosto daqui – contatei. Ele apenas deu de ombros.

- Quando eu te conheci achei que você gostasse de lugares mais sofisticados. Restaurantes e tal. Você tinha cara de que não gostava de nada simples. – o olhei em falsa indignação. A conversa com ele era leve e fluía.

- Mas que absurdo! – exclamei com a mão sobre o peito, me fazendo de ofendida. – eu até gosto de restaurantes, mas esse podrão é incrível. – ele se limitou a concordar e um silencia até agradável surgiu entre nós. Fizemos nossos pedidos e ficamos conversando sobre alguns assuntos aleatórios, até ele finalmente tocar no tão temido assunto: Nós dois.

- O quão difícil será fazer você me perdoar? – suspirei.

- Eu já te disse, Paulo Vitor, você esta perdoado. – ele segurou minha mão sobre a mesa.

- Você não tem ideia da falta que eu sinto de você. De poder te tocar, te beijar. Dormir abraçado contigo. – ele circulou o dorso da minha mão com o polegar. A puxei levemente após alguns segundos.

- As coisas são complicadas, PV – ele concordou, abaixando a cabeça logo após. – eu só não consigo esquecer totalmente o que aconteceu, mas... – ele me olhou de rabo de olho. Tinha um pingo de esperança lá e foi exatamente assim que eu me senti quando o vi sentado no meu sofá há poucos dias. Eu senti esperança de que ele estivesse ali para me ter de volta, mas também tinha um pé atrás em relação a tudo aquilo. Quem me garantia que ele não faria a mesma coisa? Droga, Khyara. Pensa no que o Rodolfo falou: “Você deveria ser mais cabeça aberta”.

- Mas... – sugeriu uma continuação. Soltei o ar preso nos pulmões.

- Talvez pudéssemos ir devagar – sorri de lado. Um sorriso enorme surgiu nos lábios dele. Suspirei. ‘Será que eu estava fazendo o certo? Dando uma nova chance pra ele. Eu conseguiria me relacionar com ele novamente? Ou aquilo não daria em nada. ’ Deixei os pensamentos de lado por alguns segundos quando senti sua mão tocando a minha novamente. Dessa vez eu não recuei. Deixei as coisas acontecerem.

Ele se aproximou cautelosamente, sua respiração parecia descompensada já que seu peito subia e descia rápido. Eu não estava muito diferente. Parecia que seria a primeira vez que eu iria beijar alguém. Eu simplesmente me esqueci de tudo que eu deveria fazer naquele momento. Mas logo me lembrei de quantas vezes eu pude sentir o gosto daqueles lábios carnudos. Quantas vezes eu já havia o beijado e como é leve e encantador esses momentos.

Quando finalmente seus lábios tocaram os meus foi como na primeira vez. Dentro de seu carro, na porta do meu prédio. Eu nunca esqueceria aquele dia. Quando eu sai para o pagode eu nunca imaginei que acabaria na cama com ele, jogando cartas. Aquela lembrança me fez sorrir e nós quebramos o beijo.

- O que foi? – perguntou com um sorriso no canto dos lábios.

- Lembra quando ficamos pela primeira vez? – ele concordou.

- A gente na cama, quase lá e você para e me pergunta se eu quero jogar cartas – concordei – como esquecer? – ele tinha uma expressão serena no rosto. Em um ato impensado, levei minha mão até o seu rosto e esfreguei sua barba rala. Ele fechou os olhos e eu fiquei alguns segundo naquilo até que um dos garçons viesse pegar nossos pedidos.

.

Flashback on:

levantei depois de uma noite mal dormida. Tinha passado praticamente meu resto de noite inteirinho pensando no que aconteceram entre eu e Fábio. Nunca pensei que eu fosse ter coragem de sair fora desse “relacionamento.” Apesar de sentir que estava m fazendo tão mal, eu parecia amarrada a ele.

Quando eu estava com ele sentia como se eu fosse à mulher mais feliz do mundo, mas era só ele voltar para a Inglaterra que eu me pegava pensando em cada ato pouco digno que ele cometera enquanto ainda estava aqui. Pegava-me pensando se eu o amava para estar presa a esse cara. Ele era tão importante assim que eu não me sentia capaz de deixa-lo?

Será que agora eu sai dessa de uma vez por todas ou eu me renderia em sua primeira investida? Eu precisava sair dali ou ficaria louca.

Tratei logo de usar a minha semana de folga. Liguei para Rodolfo e perguntei se poderia passar os próximos dias com ele e a família em São Paulo. Ele, claro, concordou de prontidão e avisou que me buscaria no aeroporto. Conversei com os meninos e eles concordaram que aquilo faria bem pra mim. Apesar de Rodolfo também ser amigo de Fábio – talvez até mais do que meu – eu sabia que ele teria as palavras certas pra mim e o colo que eu estava precisando naquele momento.”

Flashback off:

- Eu só vim pra cá nessas férias porque eu queria estar aqui pra você nesse reencontro com o Fabinho. Eu lembro como você chegou em São Paulo depois de ter acabado tudo com ele aquela vez e eu precisava estar aqui pra você quando isso acontecesse – Rodolfo disse quando eu acabei de contar tudo sobre o meu encontro com o PV e confidenciar a ele que eu tinha medo de sofrer como sofri da ultima vez.



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