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História Daddy ; jaeyong - Bolinha de pelo, cactos e trabalhinhos


Escrita por: jyminx

Notas do Autor


segura o coração que o cap tá gigante

– E –

forever young já está disponível no meu perfil
(mds acho que vou explodir de felicidade)

boa leituraa ♡

Capítulo 61 - Bolinha de pelo, cactos e trabalhinhos


Que Yuta Nakamoto era um completo preguiçoso, todos já sabiam e estavam fartos de saber, o japonês poderia ser um dos mais velozes do time de futebol e ter um físico impecável devido aos treinos sempre muito intensos, e nunca deixava a desejar sobre seu desempenho em campo, mas assim que seu trabalho por ali acabava, era necessário um bom motivo para fazer com que Yuta saísse por aí de bom grado, pois sempre que podia, o japonês se jogava na cama quentinha e perdia horas maratonando sagas ou animes enquanto se empanturrava de comidas nada recomendadas por seu preparadores físicos.

Dong Sicheng e seu radiante sorriso eram a única razão para Nakamoto deixar seus aposentos e sair por aí, pois o sorriso do namorado compensava tudo, ver Dong todo contente era de encher o coração de alegria, mas naquele noite, as coisas seriam adaptadas aos gostos do japonês, não que Sicheng odiasse a ideia de ficar deitadinho com o namorado, apesar de gostar muito de sair por aí, ele amava o conforto dos braços do mais novo, e era por isso, que ambos se encontravam na entrada dos dormitórios enquanto vestiam seus pijamas mais ridículos do mundo.

O loiro vestia uma calça de camurça azul clara com uma estampa dos personagens do desenho animado Bob-Esponja e uma camiseta do pikachu que havia roubado de Yuta no início do namoro, já o maior ao seu lado vestia uma samba canção dos ursinhos carinhosos e a camiseta de algum evento da universidade, ambos estavam em seu estado mais intimo enquanto esperavam pelo entregador de pizza, e naquele momento, Sicheng apenas esperava não ser fotografado por algum conhecido.

Assim que pagaram o entregador, voltaram para o quarto de Yuta, já que Doyoung não estaria por ali naquela noite, então teriam o quarto somente para si. Ao adentrarem ao mesmo, foram recepcionados pela pequena cachorrinha, que agora tinha nome, Akari, um nome japonês que significava luz, já que a pequena bolinha de pelos era tão branquinha que parecia um ponto de luz.

Estavam mantendo a cachorra quase que ilegalmente no dormitório, mas seria por pouco tempo pois dali não muito, Sicheng se formaria e assim teria de se mudar, levando Akari consigo. O animal era consideravelmente calmo e não dava muito trabalho, naquele mesmo dia, ambos haviam brincado com a filhote por horas então a mesma assim que os recepcionou por voltarem ao quarto, deitou-se em sua caminha e fechou os olhos devido ao cansaço das horas de brincadeira.

O casal repousou a caixa de pizza sobre uma das camas, junto a grande garrafa de refrigerante e os pacotes de bala, então enquanto Yuta mexia na televisão em busca de algum filme ou anime, Sicheng lavava suas mãos. Não demoraram em achar um anime sobre garotas em uniformes coloridos e brilhantes que salvavam o mundo, então Yuta não tardou em jogar-se em sua cama enquanto Sicheng aconchegava-se entre suas pernas.

A animação se iniciava com uma abertura fofinha que fez ambos ali soltarem suspiros bobos enquanto enchiam a boca com a pizza gordurosa. Yuta não poderia estar mais radiante, ter Sicheng em seus braços enquanto vestiam seus pijaminhas fofos e assistiam a desenhos juntos, aquilo sim era melhor do qualquer festa em todo mundo.

Em poucas horas terminaram todos os episódios já que se tratava de uma anime recente, então a segunda temporada ainda era produzida, coisa que deixou ambos felizes mas ainda sim muito ansiosos para novos episódios, cada um ali já tinha sua favorita no grupo e se dependesse de ambos, na manhã seguinte já estariam vagando pela internet em busca de produtos referentes ao anime.

– O que quer fazer agora? – Sicheng perguntou enquanto tentava comer o doce vermelho sem as mãos.

– Hm... Não sei! – Coçou a própria nuca, segurando os fios ali – E se a gente pintar o cabelo?

Um sorriso malicioso se fez presente nos lábios de ambos ali e mais nenhuma palavra fora necessária, apenas conectaram o aplicativo de música a televisão e escolheram alguma música qualquer da Ariana Grande.

– Você tem pó descolorante aí? – Sicheng cantarolava baixinho a música enquanto fazia movimentos desengonçados numa tentativa falha de dançar.

– Doyoung tem! – O japonês riu de forma maníaca e começou a vasculhar nas coisas do colega de quarto, logo achando o pó descolorante e a água oxigenada.

Ambos correram até o banheiro e começaram a misturar os produtos, obtendo uma mistura lilás de cheiro forte. Os dois ali tinham seus cabelos descoloridos, principalmente o chinês que tinha os fios loiros num tom bem claro, então naquela madrugada, apenas retocaria a raiz que já nascia em seu tom natural, preto, e com muito receio, permitiu que o namorado fizesse a tarefa de espalhar a mistura em seu couro cabeludo.

– Yuta Nakamoto... Se estragar meu bem mais precioso eu boto fogo no seu cobertor de pokémon! – Ameaçou, vendo o namorado arregalar os olhos em desespero mas logo esboçar um sorriso alegre.

O maior tinha todo o cuidado do mundo, afinal, era seu cobertorzinho em jogo, então foi muito cauteloso em todo o processo, e quando terminou, tinha um sorriso vitorioso em seu rosto. Quando chegou a vez do japonês ter os fios descoloridos, o trabalho foi um pouco maior já que a raiz natural do japonês estava muito maior, afinal, o mesmo não teve tempo para pintá-la, então Sicheng teria de dar conta do trabalho.

– Seu cabelo está cada vez maior, amor... – Sicheng esticou uma das mechas, vendo a mesma ultrapassar os nariz de Yuta.

– Quer cortar as pontinhas? – Sorriram maliciosos, aquela noite seria longa.

Enquanto os fios eram descoloridos, ambos dançavam e cantavam aos maiores hits norte americanos, principalmente Yuta que esbanjava de sua voz que era de dar inveja a qualquer um. Após enxaguarem os fios e os secarem, era a hora da tinta, e no meio de toda aquela animação, a filhote já rondava pelo dormitório, caminhando entre os pés agitados dos casal. Sicheng sentava-se enquanto Yuta aplicava a tinta loira por todo o seu cabelo, para que o mesmo ficasse ainda mais clarinho, um trabalho que não demorou muito, e quando se tratou do cabelo de Yuta, o processo de retocar os fios roxinhos também foi um tanto rápido, tirando a parte em que a tinta roxa caiu sobre a cachorrinha e tiveram de parar tudo para limpar os pelinhos levemente manchados, o que resultou numa crise de risos por parte do japonês.

– Agora ela parece com a gente, branquinho e roxo, igual nossos cabelos, amor! – Yuta gargalhava.

Enquanto esperavam a tinta se fixar, ambos trocavam alguma carícias e beijinhos, então o tempo passaria mais rápido e poderiam aproveitar um do outro. Após bons minutos, Sicheng já se encontrava com o cabelo inteiramente loirinho e Yuta completamente arroxeado e também com os fios um pouco mais curtinhos já que Sicheng havia os cortado com muito cuidado.

A noite havia sido perfeita, e mal haviam notado quando caíram no sono, principalmente Yuta que adormeceu sobre o peito de Sicheng e com o filhote que roncava enquanto repousava a pequena cabeça em sua perna, talvez a posição em que se encontravam fosse um tanto desconfortável mas o cansaço era ainda maior.

Poder dormir agarradinhos um ao outro era reconfortante e tranquilizante, terem um ao outro também era, sentiam-se completos e leves, então adormeciam com sorrisos bobos nos lábios, pois sabiam que se encontrariam em seus mais profundos sonhos.

O som estridente do despertador de Yuta tocava por todo o quarto, fazendo a filhote latir algumas vezes, só dificultando o processo para que ambos ali acordassem de bom humor, aquele era um péssimo jeito de se começar um dia.

– Que horas são? – Sicheng se espreguiçou, soltando um bocejo logo em seguida, sentia-se levemente dolorido.

– São dez da manhã! – O japonês levantou-se, espreguiçando o corpo esguio mas musculoso.

– Vamos para o Tae hoje, não é? – Levantou-se também, vendo o namorado concordar.

Rapidamente, adentraram ao banheiro pequeno e retiram suas próprias roupas, tinham de tomar banho o mais rápido possível e pra poupar tempo, tomariam juntos, coisa que já era habitual para ambos ali, então após o banho que demorou um pouco mais devido aos beijinhos de bom dia, ambos já se secaram e se trocaram, mesmo que a vontade dos dois ali fosse apenas vestir o mesmo pijama da madrugada anterior e ir daquele forma.

Sicheng vestia uma camiseta amarela alguns números maiores que si uma calça jeans clara também alguns números maiores para que ficasse larga e um tênis branco, mas se possível, pediria alguma calça de pijama emprestada para Taeyong. Yuta vestia uma camiseta semelhante a do namorado, só que azul e uma calça jeans preta justa com um tênis qualquer. Aquilo poderia parecer um tanto bobo, mas Yuta adorava usar roupas combinando com as de Sicheng, então sempre comprovavam camisetas iguais só que de cores diferentes.

– Vamos! – O japonês pegou a filhote no colo, a levaria pois Taeyong estava louco para conhecê-la e nada mais terapêutico do que filhotes.

Ambos entrelaçaram as mãos e caminharam até a entrada da universidade, onde o motorista de aplicativo os esperava, então rapidamente adentraram ao carro.

– Eu esqueci de te contar... Meus pais estão vindo da China com meu irmão! – Sicheng tinha um sorriso bobo nos lábios, estava muito ansioso para apresentar o namorado a família, não que não se conhecessem, diversas vezes Yuta invadia as chamadas de vídeo e conversava com a família do namorado, até mesmo arriscava no mandarim para facilitar para os mais velhos, mas agora seria diferente, iriam se ver cara a cara, e o Dong estava muito animado.

– Jura? Isso é tão legal, amor! Sei que está com saudades e eu também queria muito ver eles. – Yuta sorria radiante – Seu irmãozinho vem junto, quero pegar ele no colo, será que ele vai gostar de mim?

A conversa fluía e logo chegaram ao destino desejado, então pagaram pela corrida e saíram do carro. Adentraram ao prédio, acenando para  Minho e trocando poucas palavras, assim que saíram do elevador, Sicheng já tinha a filhote nos braços e se preparava para abrir a porta, mas logo foram interrompidos por Jaehyun.

– Bom dia, Sr... – Antes que Sicheng pudesse terminar a frase, foi cortado pelo mais velho ali que insistia que o Dong evitasse tanta formalidade, ainda mais fora do trabalho.

– Pode me chamar de Hyung! Já é o suficiente. – Riu, acariciando os pelinhos da filhote no colo do chinês – Vieram ver Taeyong?

– Uhum... – Yuta murmurou, gostava muito de Jaehyun, havia aprendido a gostar do mesmo com o tempo mas naquele momento, estava muito incerto sobre o homem, sabia que o mesmo havia magoado seu melhor amigo – Amor, você pode ir indo na frente...

Aquilo fora o suficiente para Sicheng entender a situação e adentrar ao apartamento ao lado, fechando a porta rapidamente, e não tão longe dali, Minho beliscava seu pacote de amendoins enquanto observava o monitor transmitir as imagens da câmera.

– Taeyong me contou.... Me contou tudo! – Trincou o maxilar, cruzando os próprios braços enquanto se apoiava na parede – Você realmente gosta dele, Jaehyun?

– Eu gosto, sei que você não quer ver seu amigo machucado e vai por mim, nunca foi minha intenção magoar o Tae! Eu gosto dele de verdade, Yuta.

– Se gosta dele, você deveria mudar, sabe disso, não é? Está disposto a abrir mão disso por ele? – Suspirou – Está disposto a mudar por ele?

– Sim! Não é fácil mas eu estou tentando, okay? Só não quero perder mais alguém, eu o amo. – Passou a mão pelos fios perfeitamente alinhados, vendo Yuta se aproximar.

– Certo... – Chegou perto o suficiente do maior, vendo o mesmo se assustar mas logo aceitar a proximidade. Yuta foi rápido em sussurrar as palavras no ouvido de Jaehyun, fazendo o mais velho esboçar um sorriso alegre e concordar.

– Obrigado... – Viu o japonês sorrir levemente e adentrar ao apartamento ao lado, e naquele momento, Minho gostaria de morrer por não saber o que diabos o japonês havia sussurrado no ouvido de Jaehyun, aquela história estava ganhando proporções inimagináveis.

Assim que adentrou ao apartamento, Yuta subiu as escadas até o quarto do melhor amigo, o vendo deitado sobre a enorme cama junto a Sicheng, ambos brincavam com a filhote.

– É bom que me deem atenção também! – Encarou Taeyong como se fingisse estar bravo, logo recebendo um abraço apertado do amigo, que rapidamente foi retribuído.

E mais uma vez, Yuta estava preparado para mais uma sessão de filmes com direito a besteiras, sempre estava pronto para isso.

Rapidamente, o casal roubou alguns pijamas do quarto de Taeyong, onde parte das roupas pertenciam a Yuta ou Doyoung, que as deixavam por ali, então logo já se encontravam deitado sobre o sofá, onde o Lee deitava a cabeça sobre o colo do melhor amigo e as pernas sobre o Dong.

Naquela tarde iriam maratonar Sherlock Holmes, uma série que Yuta e Tae adoravam com todas suas forças e que sempre assistiam quando se encontravam, e agora tinham a missão de viciar Sicheng na série.

Yuta era uma pessoa calma e muito carinhoso, e agora que estava ali com suas pessoas favoritas do mundo, o namorado e sua alma gêmea, Yuta faria de tudo para protegê-los, e manter um sorriso alegre nos lábios de ambos ali, os amava de uma forma inexplicável e faria de tudo pelos dois ali. Taeyong estava tendo uma semana difícil mas saber que tinha o melhor amigo ali consigo, acariciando seus fios o tranquilizava, fazia com que se sentisse protegido e que nada poderia o afetar, e ainda havia o bônus de ter Sicheng junto a si, pois o mesmo não era somente o namorado de Yuta, com o tempo, o Lee havia se tornado cada vez mais amigo do chinês e era grato por tê-lo ali também no conforto do sofá macio, e Sicheng sentia-se muito feliz por isso, apesar do olhar intimidador de Taeyong, o mesma era adorável e fazia muito bem a Yuta, então era importante para si que tivessem uma bora relação com o outro loiro, mas saber que agora eram bons amigos, deixava os três ali muito alegres.

Numa cena engraçada, os loirinhos ali caíram na gargalhada, fazendo Yuta sentir o coração se encher de alegria, preservaria aqueles sorrisos e faria de tudo por eles, e mesmo que fosse sempre muito mimado pelos dois e tratado como um bebê na maioria das vezes, Yuta sempre estaria ali para proteger, cuidar e até mimar os dois amores de sua vida.

– Eu amo vocês! – Yuta disse em meio ao silêncio, suspirando baixo enquanto formava um bico nos lábios.

*»»——⍟——««*

Yuqi dirigia cautelosamente enquanto ajustava o som da rádio fm que tocava algum hit de pop sul coreano, a música havia sido um grande hit então era possível ouvi-la diversas vezes durante o mesmo dia, então até mesmo Donghyuck que não tinha seu vocabulário tão extenso, conseguia memorizar algumas palavras soltas, então cantarolava a sua forma a música contagiante enquanto balançava as mãos e pés, mesmo que o corpo estivesse parcialmente preso a cadeirinha, Hyuck era uma criança um tanto agitada e naquele momento, a mulher apenas deseja sorte para que Jaehyun conseguisse lidar com o pequeno que radiava como um raio de sol mas era tão catastrófico quanto um tornado.

Estacionaram em uma das vagas destinadas aos visitantes e logo já se encontravam dentro do elevador espelhado. Yuqi tinha seus fios levemente bagunçados pelos ventos, igualmente ao filho que tinha os fios ainda mais desgrenhados, mas normalmente era muito comum que isso acontecesse, Donghyuck corria, ou pelo menos tentava, de um lado para o outro e no final do dia o mesmo tinha todos os fios completamente bagunçados.

– Promete que vai se comportar? – Apertou levemente a bochecha alheia e viu o pequeno concordar com seu melhor sorriso.

O pequeno vestia uma jardineira amarelinha e uma camiseta branca, que o dava um ar infantil e adorável, que fazia qualquer um suspirar ao vê-lo, e em suas pequenas mãozinhas, Hyuck segurava um vasinho com um pequeno cacto, um presente para Mark.

Assim que saíram da enorme caixa de metal, Yuqi tocou levemente a campainha, que resultou num Jaehyun sendo apressado por Mark para que a abrisse o mais rápido possível.

– Oi, podem entrar! – O mais velho ali abriu a porta, vendo a amiga colocar o garotinho no chão e o deixar correr para dentro.

– Como está? – Deu um abraço rápido no amigo após entrar no apartamento.

Enquanto mantinham uma conversa breve, os dois pequenos não hesitaram em dar seu maior abraço um ao outro, já faziam dias que não se viam então ficaram bons segundos no abraço inocente.

– Presente, Mark! – Donghyuck sorria, estendendo o pequeno vasinho, sabia que Mark não era assim tão fã de flores coloridinhas, sua mamãe havia o ensinado a diferencia-las então entendia que aquele pequeno cacto era muito mais fácil de ser cuidado e que Mark provavelmente o adoraria, e mesmo que o menorzinho não soubesse explicar aquilo em palavras para Mark, o mesmo entendeu e aceitou o pequeno cacto de bom grado, muito feliz pelo seu novo presente.

– Obrigado, Hyuck! – Depositou um beijo inocente na testa do menor e correu até o pai – Olha, papai!

– E cadê o meu beijo? Desde que Hyuck chegou você nunca mais falou com sua tia! – Yuqi fingiu chorar por poucos segundos, mas logo foi acudida por Mark, que em desespero, abraçou fortemente a tia e fez questão de depositar diversos selares sobre a bochecha da mesma.

Enquanto Mark reservava alguns minutos para recepcionar a madrinha com muitos beijinhos, Jaehyun aproveitou para pegar Hyuck em seu colo, coisa que não deu certo pois assim que Jaehyun estendeu seus braços para o pequenino, o mesmo interpretou aquilo como pega-pega, então logo começou a correr com suas pernas curtinhas pela casa que não conhecia assim tão bem, e Jaehyun apenas o seguiu com passos minúsculos para que o menor tivesse tempo de conseguir fugir do homem atrás de si, a brincadeira perdurou por bons minutos até Mark começar a chamar pelo mais novo, para que pudessem ir brincar em seu quarto, e Jaehyun não pode evitar em sorrir pela forma como o filho agia ao ter Donghyuck consigo, o mesmo se tornava muito mais responsável e cuidadoso, até mesmo ajudava Hyuck com cada degrau da escada enquanto eram observados pelos dois adultos.

– Eles estão crescendo cada vez mais rápido, não é? – Yuqi sorria genuinamente, mesmo que Mark não fosse seu filho, o tratava como tal, e o protegeria como.

– Nem me fale, meses atrás o Mark precisava da minha ajuda para descer as escadas, e agora ele quem ajuda o Hyuck! – Esboçou um sorriso emocionado, recebendo um empurrão leve da amiga.

– Não vai chorar, né? – A mesma ria levemente.

– Idiota! Quer uma água? – Sugeriu, vendo a mesma concordar e logo seguiram até a cozinha do apartamento – Preciso te contar uma novidade!

– O que aconteceu?

– Os papéis da adoção estão prontos, em poucos dias eu e Lucas vamos assiná-los e iremos trazer o irmão do Hyuck para casa.

– Yuqi! Isso é incrível! – Abraçou a mesma com força, a parabenizando – Acha que o pequeno vai gostar de ter um irmão?

– No começo eu fiquei um pouco apreensiva, sabe? Mas perguntamos a ele o que ele achava, e ele não desgostou da ideia! Eu acho que vai se bom para ele, Hyuck é muito agitado e ter alguém para brincar e ficar com ele vai o deixar tão feliz, você não sabe o quanto ele pergunta do Mark!

E aquilo era uma verdade incontestável, o casal sempre gostou da ideia de terem filhos, mesmo que Donghyuck valesse por 3 crianças, mas aquele jeitinho animado que os fazia amarem a criança incondicionalmente, e por mais que dessem total atenção ao seu pequeno, o mesmo adorava fazer novos amigos, até mesmo já tinha seus coleguinhas favoritos em sala de aula, um em especial principalmente, mas Mark Lee era a pessoa favorita do garotinho, então era comum que o mesmo frequentemente perguntasse sobre o mais velho.

No andar de cima, Mark encontrava-se dentro de seu próprio quarto junto ao garotinho, e enquanto o mais velho ali procurava um lugar perfeito para seu cacto, Hyuck se fascinava com a parede de vidro no quarto do outro, para si, a parede parecia transparente como mágica e a vista era mais incrível do que poderia imaginar, então colocava a as mãozinhas sobre os vidro e amassava o narizinho no mesmo, tentando ver mais da paisagem incrível.

E antes que pudesse perder mais tempo observando o mundo a fora pela incrível parede transparente mágica de Mark Lee, o menor foi chamado pelo mesmo.

– Hyuck, você gosta de pintar? – Segurou a mãozinha alheia o levou até a pequena mesinha ali, ajudando o outro a sentar em uma das cadeirinhas.

– Gosto! Gosto! – Bateu palminhas, vendo uma folha ser colocada a sua frente junto a alguns lápis de cores e canetinhas.

Após ter certeza de que Hyuck estava confortável e já começava a desenhar, Mark sentou-se na cadeirinha ao lado e começou a desenhar junto ao outro.

Mark desenha um carro vermelho que dirigia sobre a noite estrelada, na verdade, estava mais para dia estrelado, pois Mark decidiu que queria um grande sol e algumas estrelas para o acompanharem, então em poucos minutos, o desenho foi feito com traços bagunçados, mas que na cabeça do Lee mais velho, faziam muito sentido, a única coisa que o impedia era que Donghyuck adorava desenhar flores então Mark esperava pacientemente pela canetinha amarela, mas não se importava, esperaria o quanto fosse.

– Seu desenho é tão bonito, Hyuck! – Sorriu bobinho, apoiando as bochechinhas sobre as mãos.

– O seu também, Mark! – Mark sorriu ao ouvir uma frase completa sair dos lábios do pequeno ao seu lado.

Os desenhos que começaram em folhas de papéis, logos seguiram até as paredes do quarto, que já eram prontas para tal tipo de situação, então naquele momento, ambos ali desenhavam por toda a parede, dando cor a mesma.

– Hyuck, fica paradinho aí! – Levou o pequeno até a parede o pressionou levemente ali – Vou te desenhar!

Recebeu uma confirmação em aceno do pequenino e logo começou a traçar uma linha em volta do corpo alheio, tomando muito cuidado para que o giz não encostasse no outro e não sujasse sua roupinha. A linha se iniciou no cantinho do pé de Donghyuck e subiu até seus braços, onde fez uma volta pelo mesmo, a linha passou por todo o corpo do menor, e quando chegou ao fim, ambos sorriam com o resultado.

– Aqui e onde fica seu coraçãozinho, Hyuck! – Desenhou um coração no local exato onde o mesmo se encontraria no copo humano – O coração e muito importante! Tudo o que a gente sente fica aqui, sabia?

Viu o menor negar enquanto sentava-se ao seu lado e prestava atenção na explicação.

– É aqui onde sentimos o amor, Hyuck! Amor é uma coisa muito boa que o papai me ensinou! – Riu baixinho – Quando você for mais velho eu te explico, tá bom?

– O que vocês estão fazendo? – Jaehyun adentrou ao quarto com seu enorme sorriso.

– Estamos desenhando. – Trocou alguns olhares com o mais novo e logo voltou a observar o pai.

– Está passando pororo, e também já está na hora dos mocinhos comerem! – E antes que pudesse ser respondido, Jaehyun pegou cada garotinho por um abraço e os levou até o andar de baixo, o que arrancou gargalhadas de Hyuck, que adorava ser pego no colo por pessoas altas, o pequeno sentia que estava no topo do mundo.

Jaehyun os acompanhou até o primeiro banheiro pelo qual passou e ajudou ambos a lavagem as mãozinhas sujas de giz e canetinha, e assim que já encontravam-se limpinhos, sentaram-se no sofá e receberam um pequeno balde de pipocas, mas que era o suficiente para ambos ali. O homem ali sabia que Donghyuck não era uma criança fácil de se agradar pelo paladar, então recebeu diversas dicas de Yuqi sobre o que o mesmo gostava e desgostava, e pipoca estava na lista de lanchinhos favoritos de Donghyuck, e para acompanhar, Jaehyun até mesmo havia batido um suco de blueberrys para que o mesmo tivesse uma cor atrativa o suficiente para que Hyuck o aceitasse de bom grado, o que havia funcionado, já que os olhinhos do pequeno brilharam ao ver o copinho com um suco azulzinho.

O desenho transmitido roubava toda atenção de Mark, que parava apenas para encher a mãozinha com a pipoca ou dar um gole em sua água, já que o mesmo havia recusado o suco de coloração duvidosa para si, mas vez ou outra conferia se Hyuck estava bem, e quando recebia a confirmação, voltava a prestar atenção no desenho, que o fazia sorrir e soltar suspiros vez ou outra.

Assim que o baldinho de pipoca chegou ao seu fim, Jaehyun recompensou os pequenos ali com um picolé caseiro de melancia, havia aprendido a receita na internet e desde então, Mark sempre pedia por mais da sobremesa, e a mesma era ótima pois não continha muitos dos conservantes dos sorvetes normais e também menos açúcar. Ao receber seu picolé, Mark não hesitou em lamber o doce geladinho, que o fez sorrir e incentivar Hyuck a experimentar também, que de primeira levou um susto por ser tão gelado, mas logo acostumou-se e adorou o sorvete, coisa que não estava habituado a comer tantas vezes, afinal, os outros não pareciam tão bonitos como aquele, talvez fosse o toque especial de carinho que Jaehyun colocava em cada um.

De não muito longe, o mais velho tirava algumas fotos e as enviava no grupo de amigos que tinha com Yuqi, Johhny e Lucas, recebendo alguns emojis fofos como reposta.

Assim que o desenho já bem conhecido por Mark se encerrou, um filme bobo começou a ser transmitido logo em seguida, mas que prendeu a atenção dos dois menores ali, que estavam completamente focados na trama que o filme desenvolvia, o mesmo era consideravelmente simples, o que era ótimo para Haechan, que mesmo que ficasse um pouco confuso, conseguia entender o contexto em geral.

O filme mostrava como os protagonistas lutavam pelo bem e pelo amor verdadeiro que sentiam um pelo outro, e assim que conseguiram vencer, se casaram numa cerimônia com diversos animais da floresta, coisa que fez Mark esboçar uma careta, afinal, quem chama animais selvagens para um casamento e veste terno smoking num urso pardo? Mas tirando aquilo, o filme era bem divertido.

– Eles ficam juntos? – Hyuck perguntou.

– Sim, eles se casam, é tipo uma festa para mostrar que eles estão juntos e felizes, sabe? – Tentou explicar, vendo o menor assentir.

– Eu quero!

– O que você quer? – Mark coçou a própria nuca, não entendendo muito bem.

Casar com você, Mark!

*»»——⍟——««*

Jaehyun costumava acordar com o som quase ensurdecedor do despertador ao seu lado, mas hoje em especial estava acordando com outro som. Mais especificamente a voz fina do seu pequeno garotinho que estava quase completando 4 aninhos no pé da sua cama.

– Papai, papai! – Mark ficou na pontinha dos pés pra conseguir cutucar o pai enquanto o chamava, quase que desesperadamente. – Papai acorda!

O mais velho não conseguia entender do motivo para a criança estar assim tão afobada, mas assim que conseguiu, abriu seus olhos e teve a visão de Mark com os fios todos bagunçados e uma feição levemente preocupada.

– O que foi, meu amor? – Jaehyun se sentou rapidamente ao ver que parecia algo sério e puxou o filho para sentar em seu colo, com medo dele ter se machucado de alguma forma enquanto esteve dormindo. – Aconteceu alguma coisa neném?

– A gente tá atrasado, papai! São 8 horas e o Mark ainda não comeu, não trocou de roupa e não deu comida pro cereal. – tinha um pequeno bico nos lábios, parecia estar mesmo triste. – Mark vai chegar atrasado na escola...

Por mais que tivesse o prazer de ver seu filho todos os dias, nunca se cansava do mesmo e nunca deixava de achar que ele era simplesmente a coisa mais fofa e adorável que o mundo poderia lhe dar.

– Você não vai para escolinha hoje, neném, por isso deixei você dormir mais um pouco. – acariciou os fios bagunçados do garotinho tentando lhe mostrar que estava tudo bem. – Quer dormir mais um pouco?

Apesar da notícia, Mark não parecia nada feliz. Ele gostava de ir para escola, gostava de poder ver seus coleguinhas, gostava de dividir seu lanche com seus melhores amigos no recreio, gostava de escutar a Wonnie lhes contando algo novo todos os dias e brincar com o Seungmin de jokenpô, os dois eram péssimos o que tornava ainda mais divertido.

– Papai, a gente vai no médico? Se for, não quero ir não, não to doente, não preciso, vamos que da tempo de ir para escola! – ele se apressou em levantar do colo do mais velho e pegar sua mão, com o intuito de o puxar para irem logo, mas Jaehyun o puxou novamente. – Eu vou tomar VACINA??

Mark agora estava três vezes mais assustado, era um pesadelo só podia, faltar na escola e ainda ter que levar uma agulhada.

– Mark, você não vai tomar nenhuma vacina e nem ir no médico. Fica tranquilo, meu amor.

– Mas papai, a gente vai para onde então? – perguntou curioso, colocando seu dedinho indicador no queixo.

– Nós vamos passar em alguns lugares, mas prometo que vai ser divertido!

A criança se animou ao escutar isso, Jaehyun se levantou com o menino para começarem a se arrumar, já que o mesmo afirmou que não dormiria de novo. Tomaram café da manhã e logo depois foram tomar banho, Mark não entendeu porque precisavam se arrumar tanto aquela hora da manhã, mas adorou colocar seu macacão branco favorito e o moletom amarelo quentinho.

– Papai, você tá tão bonito! – proferiu assim que Jaehyun apareceu quase 40 minutos depois de deixar Mark brincando em sua salinha.

Antes de saírem, Jung preparou a bolsa que sempre levava consigo com as coisas do Mark caso ele precisasse de algo, arrumou seu cabelo uma última vez e passou mais um pouco de perfume. Por mais que ainda faltasse algum tempo, seu coração parecia estar disparado. Se sentia como um adolescente bobinho, desde quando estava sentindo aquelas coisas novamente, desde quando alguém o fazia ficar daquela forma?

Pode refletir intensamente sobre sua vida como um todo nos dias anteriores e pensando em tudo que Johnny, Junmyeon e Yuta lhe disseram, chegou em uma conclusão.

Já não havia mais o que esperar e não tinha porquê prolongar aquela situação ruim.

Pegaram tudo que precisavam e desceram para a garagem. Jaehyun posicionou Mark com calma em sua cadeirinha se certificando que o pequeno estivesse confortável e seguro.

– Qual lugar nos vamos passar primeiro? – o garotinho perguntou enquanto o pai estava colocando seu cinto.

– Nós vamos comprar algumas flores!

– E isso é divertido? – perguntou emburrado já, esse tipo de programa Haechan iria gostar.

– Claro que sim, vou deixar você escolher!

Isso já lhe parecia um pouco mais interessante, ele gostava de cactos, mas não sabia se era exatamente isso que seu pai estava procurando. Hyuck com certeza cuidaria melhor de tal função, o pequeno era tão apaixonado por plantas e já parecia saber muito mais que muita gente mesmo tendo apenas dois aninhos. Queria poder convida-lo e vê-lo escolher a flor no seu lugar, isso era bem mais legal em sua cabeça.

Enquanto estavam no carro e uma música pop nova tocava no rádio, Mark começou a criar teorias sobre para onde iriam em seguida. Para que precisavam de flores e por que estavam tão arrumados? Imaginou que talvez estivessem indo visitar o vovô, mas ainda assim estavam demasiadamente arrumados. Estava tudo muito estranho.

Chegaram rapidamente na floricultura perto de sua escola e Mark não hesitou em entrar sozinho na loja, logo dando bom dia para a atendente que ficou encantada consigo.

– Bom dia! – Jaehyun a cumprimentou logo segurando Mark para que o pequeno ficasse perto de si e não saísse tocando todas as flores exatamente como estava fazendo a poucos segundos.

– Bom dia, estão procurando algum arranjo ou alguma flor específica? – a garota que parecia ser adolescente o questionou, limpando suas mãos no avental, parecia estar arrumando um vaso quebrado. – Chegaram algumas hoje cedinho!

Jaehyun deu uma olhada geral na loja e já se sentiu perdido. Assim como seu filho, não entendia de absolutamente nada de plantas, talvez soubesse ainda menos já que o outro tinha as vezes algumas aulas com a Yuqi. Não sabia o significado de nenhuma delas mas as achava muito bonitas. Todas estavam organizadas por tamanho e cores, talvez para facilitar o cliente, mas Jaehyun só ficara mais confuso.

– Não estamos procurando nada específico, mas a gente queria o arranjo mais bonito que você tiver, é uma ocasião muito especial! – Jaehyun falou de forma tão firme que a atendente entendeu perfeitamente a seriedade a qual aquele pedido estava sendo feito.

– Tenho alguns prontos, mas tive algumas ideias para fazer um novo! – a garota apertou ainda mais o seu rabo de cavalo e voltou para trás do balcão. – Ei garotão, quer me ajudar a escolher as flores para esse arranjo especial?

Mark se virou rapidamente para olhar a menina e logo voltou seu olhar para o pai, pedindo uma permissão silenciosa para ir até ela. Jaehyun não hesitou em confirmar já que havia prometido que o outro que escolheria o que levariam. O pequeno correu até a garota e se sentou em um banco bem alto, que a mesma colocou para si.

Jung aproveitou o tempo o qual estavam preparando as flores para fazer algumas ligações para fornecedores e sócios da clínica, já que não iria trabalhar naquele dia. Simplesmente não sabia o que tinha dado em sua cabeça para simplesmente largar tudo e estar fazendo isso agora.

– Qual cor você gosta mais? – a atendente perguntou para Mark, mostrando diversas tonalidades de flores ali presentes.

– A rosa claro é a mais bonita! – apontou para a flor que parecia que não teria nenhum destaque mas que era a mais delicada e bonita de todas. – A gente não pode colocar uma margarida?

– Acho que não vai combinar muito bem com o arranjo, mas posso dar uma para você, o que você acha? – ela acariciou os fios do menino e logo tratou de alcançar uma margarida e lhe entregar, vendo logo em seguida seu sorriso abrir.

– Por que margarida, meu amor? – Jaehyun questionou ao seu filho tirando os olhos do celular, pela primeira vez após um tempo.

– São as favoritas do Hyuck, vou guardar para dar para ele! – segurou a flor com força e logo percebeu que poderia a machucar se fizesse isso, então a colocou de volta no balcão e pediu desculpas para mesma.

Depois de alguns minutos e várias opiniões inusitadas de Mark o arranjo que consistia em tons de rosa com algumas rosas brancas ficou pronto, realmente estava impecável, ela fez questão de fazer alguns detalhes em dourado para dar ainda mais destaque. Jaehyun não poderia ter recebido algo melhor, agradeceu e pagou a garota antes de retornarem mais uma vez para o carro.

– Neném, você acha que pode tomar conta das flores pro papai aqui de trás? – Jaehyun o questionou ainda do lado de fora do carro, apenas com o tronco para dentro, enquanto prendia o cinto do pequeno. Colocou as flores ao seu lado, já que não conseguiria olhar para elas caso colocasse no banco do passageiro. – Vou confiscar esse trabalho a você, hein...

– Pode deixar, vou ser um bom guarda! – fez uma expressão seria e logo depois imitou uma continência, para provar que estava pronto para o desafio. – Espera aí, papai!

Mark segurou sua mão, quando o mais velho já estava se afastando para poder conseguir se direcionar para o banco do motorista.

– Sua mão tá diferente, papai!

Jaehyun ficou surpreso que Mark havia notado a diferença, sentiu uma espécie de felicidade o percorrer, estava tudo mais do que preparado, tinha que dar certo.

– Diferente como, meu amor? – Jaehyun o questionou afim de descobrir qual a diferença o mesmo estava identificando.

A criança trouxe as mãos do pai pra mais perto de seu rostinho, a fim de ver com mais precisão, após a averiguação, respondeu:

– Não sei o que está diferente, mas tem algo!

Jung acariciou a cabeça do filho e logo voltou para seu lugar, agora se direcionando para o destino final da jornada dos dois.

– Mark, a gente está indo ver uma pessoa muito especial pra nós dois! – a cada segundo que passava, estavam mais perto e as mãos de Jaehyun já suavam, estava tão nervoso como quando teve que apresentar seu primeiro trabalho na frente de uma turma de 50 pessoas, detalhe que assim que a apresentação acabou, ele desmaiou.

– Quem estamos indo ver? Titio Johnny? – o garoto começou a listar todas as pessoas que eram importantes pra si e para seu pai e se deu conta que todas as pessoas que eram importantes para si também eram pro seu pai, isso estava certo? – Tem muitas pessoas especiais papai!

– Você tem razão, meu amor! Tenta pensar em alguém mais do que especial, então.

– Hm... Vou precisar pensar, daqui a pouco te respondo! – Mark encostou sua cabeça na cadeirinha, tentando se concentrar em lembrar de todas as pessoas que conhecia e identificar de quem ele estava falando.

Chegaram poucos minutos depois, Jaehyun não teve dificuldades em estacionar o carro já que era um lugar tão conhecido para si. Abaixou o espelho que havia no carro, para que pudesse olhar para seu cabelo uma última vez e ter certeza que tudo estava no lugar correto. Tirou Mark do carro e o colocou no colo, em um braço tinha seu pequeno garotinho e no outro o buquê de flores.

– Papai está bem nervoso, vou precisar da sua energia para me ajudar! Acha que o papai, consegue? – Proferiu assim que atravessaram a primeira porta, Mark estava abraçando seu pescoço e lhe contando curiosidades sobre um filme da Disney. 

– Claro que consegue! – disse deixando um beijinho na bochecha do pai logo em seguida. – Super heróis salvam o dia e você sempre faz isso!

Jaehyun já havia repassado mentalmente tantas vezes as palavras que Yuta havia lhe dito no dia anterior, mas mal conseguia acreditar quando chegou finalmente no local que lhe havia descrito. Jaehyun adentrou em uma sala com o pequeno, era uma espécie de anfiteatro, bem menor que o comum. Todas as luzes já estavam apagadas, tendo somente as que ficavam sob o palco acesas.

Jaehyun teve que forçar muito sua visão para conseguir enxergar uma fileira de cadeiras e resolveu se sentar com Mark no fundo mesmo, já que acabariam caindo se tentassem encontrar as cadeiras mais para frente.

– Papai, onde a gente tá? – Mark sussurrou para si assim que se sentaram. – Tá muito escuro!

– Nós viemos ver o Taetae, ele vai apresentar um trabalho agora, é tipo um filminho!

Yuta havia lhe contado que a apresentação do tcc do Taeyong aconteceria hoje na parte da manhã, mesmo que tivesse a oportunidade de convidar pessoas para assistirem seu trabalho, Lee optou por convidar apenas seus pais, não queria que ninguém mais visse. Mesmo sabendo de tudo isso, o japonês sabia que não havia oportunidade melhor, Jaehyun não podia deixar de ver o que ele havia preparado, sabia que seu melhor amigo o agradeceria mais tarde por ter contado para o outro o endereço.

Jaehyun não havia entendido o motivo do japonês ter frisado tanto que não deveria faltar, mas decidiu aproveitar a situação para tentar no mínimo amenizar um pouco as coisas.

Pouco tempo depois Taeyong saiu da coxia e foi para o meio do palco, com um microfone em sua mão. Jaehyun suspirou apenas ao vê-lo, estava com tanta saudade que já nem controlava suas próprias reações.

– Bom dia! Gostaria de agradecer meus professores por terem se disposto a assistir meu trabalho de conclusão a essa hora! – Taeyong estava tremendo mas sua voz era firme e tentava passar o máximo de confiança possível, ele conseguia apenas ver os jurados que estavam na primeira fileira, seus pais e o próprio Jaehyun não estava visível para si. – Quando recebemos a proposta desse sementes eu fiquei bem assustado, não sabia como eu poderia interpretar um sentimento tão vasto em apenas um curta, mas enquanto eu o preparava, aprendia mais coisas sobre mim do que eu mesmo poderia imaginar! Espero que vocês gostem! Obrigado pela atenção.

Lee saiu do palco mais uma vez e voltou para os bastidores, queria desaparecer dali, não sabia se estava bom o suficiente para passar e aquilo estava lhe corroendo, desde quando virou um medroso daquele jeito? Respirou fundo e lembrou de tudo que havia colocado ali e seu coração pareceu se aquecer.

Eles poderiam até não gostar, mas aquele era seu significado de felicidade e só aquilo bastava.

O curta produzido por Taeyobg começou a ser reproduzido, primeiramente apareceu uma tela preta com uma música sendo tocada ao fundo, era calma quase como uma canção de ninar.

"Qual o significado de felicidade para você?"

Jaehyun começou a pensar em qual seria sua repostas para a pergunta mas logo em seguida uma narração se iniciou, feito pelo próprio Taeyong, enquanto uma sequência de vídeos começou a passar.

"Para alguns um simples copo de café, já é motivo suficiente para o dia se tornar dez vezes melhor"

Imagens de Chan trabalhando no bar preparando um café ao mesmo tempo dançando, segurando vários ingredientes e não tirando o sorriso do rosto por um segundo sequer.

"Para outros o simples ato de sentir o aroma de um livro, já provoca que entrem em um êxtase inimaginável."

Uma sequência de vídeos de Jinyoung organizando alguns livros na biblioteca, lendo e colhendo os livros, atingiram a tela com rapidez enquanto Taeyong narrava de forma melodiosa.

"Talvez você tenha se lembrado do seu bichinho de estimação, eles não poderiam ser esquecidos!"

Agora quem passava na tela eram algumas filmagens feitas na clínica, principalmente de Jun e Sicheng se divertindo com os cachorrinhos de pequeno porte que sempre passavam por lá. Sicheng correndo atrás de um hamster e até Jun dando risada enquanto tinha uma cobra enrolada em seu braço.

"Tem felicidade maior do que seu time favorito vencendo a final de um campeonato? Eu sinceramente não sei responder essa"

Imagens dos torcedores dando diversos mortais, da torcida da faculdade vibrando e todos os jogadores correndo pelo campo, comemorando final de jogo. Todos gritando de emoção e sentimento de missão cumprida. Toda a plateia chorando por amor mas acima disso por se sentirem parte daquela história.

"Ou então ver aqueles que você ama sorrindo, não dá para evitar sorrir junto, não é?"

O sorriso tão característico do japonês foi a primeira coisa que apareceu assim que Taeyong começou a nova frase. Diversos vídeos de toda a história dos dois passava ali, assim como vários de Doyoung e dos três juntos, sempre fazendo alguma palhaçada e acabando por se acabar de rir em seguida. Apareceu os três em festas, os três jogados no chão do dormitório, comendo pizza, brincando na piscina e jogando os mais diversos jogos. Era naqueles sorrisos que Taeyong encontrava sua morada, nos de seus dois melhores amigos.

"Mas, ainda assim, acho que não tem como se comparar a sensação de chegar em casa após um longo dia de trabalho, não existe outra sensação igual."

Foi então que Jaehyun se surpreendeu ao ver um compilado de vídeos seus entrando em casa e sempre sendo recebido pelo filho e por Taeyong, sabia que ele ficava gravando muitas coisas mas nunca reparou que era tanto assim. Seu semblante de paz ao pisar em casa expressava muitas coisas, aquilo de fato, era um dos motivos da sua felicidade.

"Muitas coisas, certo? E eu nem estou perto de listar todos os motivos existentes, mas isso nos faz entender perfeitamente o que felicidade significa, não consiste em algo específico mas um conjunto de coisas que fazem a nossa vida valer a pena. Nos dão razão para levantar todos os dias, para sorrir, para não desistir e sentir que, sim, por mais difícil que o mundo seja, existem muitos motivos para continuar lutando."

Uma sequência de fotos de inúmeros momentos importantes na história de vida Taeyong passaram, como: fotos com seus pai quando pequeno, fotos de sua época na escola, quando entrou na faculdade, todos os momentos importantes e pessoas que passaram por sua vida também.

"E eu te pergunto, já sorriu hoje? Já foi o motivo do sorriso de alguém hoje? Eu espero que as respostas tenham sido positivas e caso não tenham sido, não se desespere, todos nós encontramos a nossa própria felicidade em algum momento."

O fundo preto retornou com as duas perguntas bem grandes no centro do telão, havia sido tão impactante que Jaehyun foi capaz de escutar um som de exalação da banca de avaliação. Nunca imaginou que veria algo tão lindo assim, sabia como Taeyong era talentoso mas o vídeo estava superando tudo.

"Eu demorei muito para perceber como nós podemos encontrar a tal felicidade a nossa volta e principalmente nas pequenas coisas, não é preciso de alguém específico ou de um evento grande, apenas coisas simples. E quem me fez perceber isso, hoje é a pessoa que consegue tirar o que há de mais verdadeiro em mim, é a razão dos meus maiores sorrisos."

A música que antes estava agitada pela quantidade de fotos e momentos divertidos se converteu em algo mais sentimental quando diversos vídeos de Mark começaram a dar vida ao telão mais uma vez.

– Papai, sou eu! – Mark proferiu apontando para tela, mal percebendo que seu pai se encontrava chorando, por tamanha emoção.

Desde que começou a cuidar de Mark, Taeyong fez questão de sempre que conseguisse, o gravasse um pouquinho e no que era apenas uma brincadeira se transformou em um lindo vídeo digno de prêmio. Imagens mostrando o crescimento de Mark, ele jogando, fazendo suas piadas, assistindo televisão, brincando com o gato, comendo seu tão querido cereal, indo para escola, brincando com seus melhores amigos, assistindo pokemon e até dormindo. Aquelas memórias o faziam único e mostravam o quanto em meses havia crescido e já conseguia falar melhor, descer escadas sozinho ou até mesmo comer sem ajuda.

Mark havia marcado a vida de Taeyong como ninguém jamais iria, mesmo dos bastidores chorava ao assistir e sentir seu peito apertar apenas ao lembrar o quanto amava o menino mas também como amava Jaehyun. Os dois lhe deram muito mais do que um emprego, eles lhe deram uma família nova.

Conseguiram relembrar de todos os momentos marcantes para os três, desde a primeira vez que foram no cinema, quando resolveram pintar mas acabaram mais sujos do que qualquer coisa, quando resolveram ir na piscina, as idas infinitas ao mercado, eles buscando Mark na escola e até ele e o Taeyong fazendo brincadeiras atrás do Jaehyun, enquanto o mesmo cozinhava.

Para Taeyong, não havia maior felicidade do que a soma de tudo que havia colocado ali.

O curta acabou com as filmagens do primeiro dia em que conheceu Mark, que por um acaso do destino, estava usando exatamente a mesma roupa nesse momento. Estava terminando onde tudo começou, quando Mark ainda não se sentia tão seguro em relação a si mas deu um voto de confiança. Dava pra acompanhar Mark se soltando e vindo cada vez mais brincar com ele e com a câmera até que de forma súbita, acompanhando a música, o vídeo começou a acelerar e quando se deram conta, as imagens agora eram do primeiro banho de chuva de Mark, exatamente aquele que marcara tão bem a história dos dois.

O sorriso do pequeno foi a última coisa que apareceu e logo em seguindo os créditos começaram a passar enquanto a música terminava.

As luzes se acenderam e agora Jaehyun tinha uma visão clara de tudo, ou nem tão clara assim já que havia despejado tantas lágrimas que ainda estava de certa forma embaçado. Os três professores que estavam ali para julgar o menino agora estavam de pé, batendo palma, Jaehyun conseguiu ver que isso era um sinal incrível. Conseguiu ver também os pais de Taeyong um pouco mais à frente de si, também batendo palmas.

Taeyong retornou para o palco a fim de agradecer e acabou tomando um susto quando viu Jaehyun, ele definitivamente não estava esperando ver o outro ali. A banca o parabenizou e logo deu seu resultado, ganhou uma pontuação alta e extremamente invejável, mas o que importava era que estava aprovado, finalmente formado.

– Mark, eu vou subir para falar com o Tae, okay? – Jaehyun abaixou para falar com a criança, talvez em alguma tentativa de conseguir algumas forcinhas para não desmaiar antes mesmo de conseguir alcançar o outro garoto. – Por que você não vai cumprimentar os pais do Tae e depois sobe lá para abraçar ele também?

– Tá bom! Fica nervoso não papai, Tae sempre fica feliz quando te vê, não viu no filminho? – disse de forma simples, passando suas mãozinhas pelo rosto do pai.

Com isso, se levantou e começou a ir em direção do outro que já havia terminado de conversar com os próprios pais. Taeyong logo percebeu que o outro estava vindo em sua direção e como estava bonito, sempre estava, mas Jaehyun conseguira se superar naquele dia.

Talvez por impulso, costume ou até mesmo saudade, Lee abraçou o pescoço do mais velho assim que ele estava perto suficientemente para tal. Jaehyun o abraçou de volta de forma tão calorosa que Taeyong não queria sair dali nunca mais, sentia muita falta do outro.

– Parabéns, meu amor. – Jaehyun sussurrou enquanto abraçava a cintura alheia com carinho. – Acho que eu nunca vi algo tão lindo, sei que você tem colocado toda sua alma nesse projeto e saiba que valeu a pena, ficou incrível! – Taeyong agradeceu quase que silenciosamente mas não se moveu, tinha medo de que se soltasse, não sentisse tal sensação de novo tão cedo. – Tae?

– Hm?

– Não precisa ficar com medo de soltar, eu vim aqui com o objetivo de deixar claro que eu faria qualquer coisa por você e que eu te quero de volta. Não quero continuar assim, você e o Mark são as coisas mais importantes da minha vida agora e só isso importa para mim. – Taeyong se afastou enquanto escutava as doces palavras de Jaehyun, para poder encara-lo. O maior colocou as mãos em seu rosto e se aproximou um pouco mais, novamente. – Eu amo você.

Antes que Taeyong respondesse, resolveu apenas ter certeza de que o outro realmente estava comprometido. Lee colocou sua própria mão sobre a esquerda do outro e sua decepção não pode ser maior quando sentiu o material metálico gelado.

– Jaehyun... E-Eu não-

Antes que fosse capaz de sair de perto do mesmo lugar e conseguir terminar de falar, Jung tirou as duas mãos de seu rosto e segurou suas duas mãos.

– Olha direitinho, amor! – apertou levemente a mão do outro, para que olhasse para baixo.

De certa forma relutante e cansado de toda a situação, Taeyong abaixou o seu olhar, talvez em um último fio de esperança, sabia que iria apenas se decepcionar mais, mas mesmo assim olhou.

– H-Hyung, e-es-essa não é... – sua voz agora se encontrava trêmula, estava com medo de estar sendo enganado pelos próprios olhos.

– Essa não é a minha aliança de casamento...– Jaehyun soltou sua direita e tirou algo do próprio bolso e sorriu ao abri-lo. – Essa é ainda mais especial porque tem seu nome gravado nela.

Taeyong sequer conseguia acreditar que aquilo realmente estava acontecendo, sabia que se desprender da antiga aliança fora um processo difícil e complicado para o outro e saber que ele realmente havia abdicado daquilo por ele e para mostrar o quanto o amava, não poderia ser mais especial e deixar Lee ainda mais feliz.

– Eu também te amo. – Taeyong cessou a distância entre eles e colou seus lábios em um selinho longo, se sentia bobo por ainda se sentir em euforia todas as vezes em que se beijavam e por saber que, por mais que não gostasse de admitir, nunca sentiria algo tão profundo por outro alguém a ponto de se apaixonar todos os dias um pouco mais. – E a resposta é sim, independentemente do que isso significar!

Jaehyun sorriu quando escutou o menor e sentiu algo inexplicável quando passou a outra aliança para o dedo de Lee. Essa era completamente diferente da sua anterior, era bem mais fina e delicada, além de apresentar uma coloração prata.

– Papai, você esqueceu as flores, mas o Mark lembrou! – proferiu o pequeno garotinho enquanto carregava o arranjo que era quase do seu tamanho para dentro do palco. – Parabéns Taetae, seu filme ficou muuuuuuito legal!

Mark estendeu o pesado buquê para o outro, que recebeu com um enorme sorriso. Na cabeça de Taeyong, era engraçado pensar que a poucos segundos estava falando sobre felicidade e por nesse exato segundo poder senti-la em seu estado mais puro e mais intenso. Estava verdadeiramente feliz.

– Você viu que você apareceu, neném? – Taeyong questionou ao pequeno, voltando suas atenções para o mesmo, ainda que Jaehyun o abraçasse por trás.

– Sim e eu fui quem mais apareceu, porque eu sou especial! – levantou o queixo e ficou piscando seus olhinhos pra fazer charme para o mais velho que logo o pegou no colo e o abraçou com todo carinho.

– Acho que a gente pode sair para comemorar, não? – Jung proferiu após deixar um beijo na testa de cada um.

– Sorvete é sempre uma boa ideia! – o pequeno garotinho sugeriu e recebeu duas gargalhadas como resposta.


Notas Finais


como eu to soft mds
eles estão juntos de novo e agora é para valer yay

obrigada mais uma vez por vocês terem postado os resultados dos testes de vcs e por teres interagido com a gente, vcs não fazem ideia como isso nos deixa bem, vocês são uma das razões da nossa felicidade <3

o epígrafe da fic das crianças daqui de daddy mais velhas já está disponível para vcs aaaaaa

sério eu sinto que eu já posso morrer, to muito feliz

próximo cap de daddy vamos ter mais surpresas de forever young e espero ver tooodos vcs!!

até logo <3


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