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História Daddy ; jaeyong - Pós-treino, roupas caras e tintas coloridas


Escrita por: jyminx

Capítulo 31 - Pós-treino, roupas caras e tintas coloridas


O japonês caminhava preguiçosamente pelo campus, já era fim de tarde e havia passado boas horas treinando, então além do corpo excessivamente suado, tinha o corpo levemente dolorido e cansado, talvez não aguentaria até mesmo caminhar até seu dormitório.

– Quer que eu te carregue, principezinho? – Jaembun riu, dando um soquinho leve sobre o ombros do japonês.

– Na verdade, eu adoraria... – Riu, tomando um gole da garrafa d'água, a que Sicheng havia lhe dado, após ganhar a mesma, sempre andava por aí com ela.

– Deixa de preguiça! – Tomou um gole da própria garrafa e levou uma das mãos até a cabeça de Yuta, a empurrando para baixo, fazendo o mais novo tropeçar de leve – Você foi bem hoje!

– Eu sei, hyung... – Riu, voltando a postura normal e piscando para o mais velho – Você também, agora vá descansar!

– Você também, japonês! – Acenou uma última vez antes de virar para o lado esquerdo, caminhando até uma das torres do dormitório, fazendo Yuta rir, pois sabia que o quarto de seu hyung não era ali, mas que o de Youngjae sim.

Yuta caminhou até a torre onde seu quarto se encontrava, mal pensou que aguentaria subir as escadas, mas quando colocou a mão na maçaneta de sua porta, pode sentir seu corpo relaxar e sorriu, mas a paz seria momentânea, pois quando abriu a porta, pode ter a completa visão de Sehun em sua cama, e nunca esteve tão lindo.

– Sehun! – Exclamou, fechando a porta e sorrindo, logo vendo o outro caminhar até si e o abraçar – Eu estou suado, e meu deus, seus abraços apertam e eu estou todo dolorido!

– Não ligo para o suor, mas posso lhe fazer uma massagem, gosto de cuidar de você... – Depositou um beijo na bochecha do menor.

Yuta pensou por poucos segundos qual deveria ser a escolha certa, mas quando sentiu Sehun o sentar na cama e retirar suas roupas, apenas fechou os olhos e acenou. Após estar completamente despido, caminhou até o chuveiro onde a água corria em temperatura morna, como gostava. Por alguns segundos, sentiu uma leve vergonha por ficar assim tão exposto em frente à Sehun, afinal, haviam se passado semanas, mas a sensação foi rápida, pois logo sua mente já lhe fazia a questão de o relembrar momentos íntimos com o outro, mas que de certa forma o fez relaxar.

Sehun lavava as costas do japonês com calma e cuidado, sendo o mais delicado o possível enquanto massageava algumas regiões que sabia que o japonês sentia dores com mais frequência, logo então levava as mãos até o peitoral do menor, lhe causando arrepios. Ambos sabiam que um clima mais tenso tomava conta do ar, mas apenas queriam deixar rolar, e não era sempre que Doyoung passava a tarde toda fora do quarto, mas a verdade é que Sehun lhe deu seu cartão de refeição da lanchonete para que pudesse ficar a tarde toda comendo doces e nao ir atrapalha-los.

O maior se aproximava cada vez mais, e quando ousou depositar um beijo leve sobre o pescoço de Yuta, o mesmo suspirou baixinho, fazendo Sehun fechar os olhos imediatamente enquanto quase cravava as unhas curtas na cintura do japonês, seu ponto fraco era os suspiros e gemidos do mais novo. O primeiro a tomar uma verdadeira atitude foi Yuta, que não resistiu em logo puxar Sehun pelo pescoço e selar os lábios com voracidade, os mordendo vez ou outra enquanto o beijava lentamente da forma mais instigante que pudera.

– Yuta...

– Sei que quer isso tanto quanto eu!

– Eu quero... – Mesmo que a confirmação já tivesse sido feita de forma indireta, ouvir aquilo dos lábios do mais velho era satisfatório, e agora não teria mais volta.

Mal fizeram questão de se secarem devidamente, mas sabiam que aquilo seria questão de tempo, afinal, o que fariam seria quente o suficiente. Sehun logo segurou nas coxas fartas do japonês o puxou para seu colo, causando uma fricção entre o membro do mesmo e o abdômen de Sehun, que até então era a única parte descoberta do corpo do mesmo.

– Aish... – O japonês fechou os olhos, soltando um grunhido.

O mais velho apenas sorriu malicioso, apertando as coxas com força enquanto caminhava para a cama, logo deitando o mais novo com cuidado e ficando por cima do mesmo, com cuidados, acariciou o corpo do mesmo enquanto depositava beijos leves, desde as bochechas até os mamilos, os chupando suavemente, fazendo Yuta quase que tremer, havia esquecido tal sensação que agora o prazer lhe parecia ser 100 vezes maior, então quando Sehun mordeu levemente, pode gemer de forma sôfrega. Os beijos desceram até o abdômen e logo a a cintura, coxas e o interior delas, Sehun fazia questão de mordicar e lamber o interior das coxas e virilha, sempre próximo mas nunca lá, deixando Yuta cada vez mais ansioso, que já segurava as coxas contra o peitoral, querendo ficar o mais acessível para Sehun, que apenas o torturava, o mais velho não evitava em sorrir da cena, havia sentido falta de ter Yuta tão entregue, de ouvi-lo gemer baixo com cada beijo, então aproveitava, depositou leves selares pelo restante das pernas e logo voltou até o membro do outro, em momento algum tocou, chegava perto mas não muito, as vezes assoprava levemente só para ver Yuta se arrepiar por completo, e quando o mais novo já estava prestes a dizer algum palavrão, Sehun o virou rapidamente, o deixando em sua posição favorita, de quatro.

– Hyung... – Falou calmamente, mesmo que seu corpo estivesse arrepiado e queimando, de excitação e raiva, queria senti-lo logo, mas Sehun não facilitava, nunca facilitava.

Antes que pudesse se queixar, Sehun logo segurou as nádegas do japonês, as afastando de forma que o outro corasse, mas não que tivesse muito tempo para pensar sobre a vergonha, pois logo pode sentir a língua do maior em contato com sua entrada, o fazendo arrepiar-se e afundar a cabeça no travesseiro para que não gemesse tão alto. Sehun ia com calma, ameaçava penetrar a língua mas logo voltava a chupar lentamente enquanto usava as mãos para arranhar a bunda do japonês, somente quando ouviu o menor gemer por seu nome, o penetrou com a língua, indo e voltando de forma que o Japonês se segurasse para não gritar, mas ainda sim, rebolando o quadril lentamente em busca de maior contato.

O maior fez questão de segurar o membro de Yuta durante todo o ato, o masturbando lentamente só para ver o menor gemer por seu nome, pressionava o membro, o sentindo ficar cada vez maior e mais duro, consequentemente fazendo o pré gozo escorrer. Sehun tinha preferência por ser ativo em suas relações, mas se resolvesse tentar inverter as posições, Yuta seria uma de suas opções, não negava que o japonês tinha um belo membro.

Quando percebeu que o outro já estava sendo maltratado demais, e que seus joelhos já deviam doer, o deitou na cama novamente e começou a procurar pelo lubrificante no criado mudo, então Yuta não perdeu tempo em levar as mãos até o membro alheio e começar seu trabalho por ali, Sehun até mesmo ousou demorar mais do que comum para achar o lubrificante escondido em meio aos objetos de Yuta, que o masturbava levemente, movendo a mão de cima para baixo em movimentos lentos mas com precisão.

O frasco não demorou em ser aberto e logo Sehun depositava o líquido transparente em seu membro, o espelhando lentamente e logo aproveitando os dedos já com resíduos do lubrificante, e os levou até a estrada já maltratada de Yuta, a lubrificando, causando alguns suspiros em ambos.

O menor afastou as pernas e logo relaxou o corpo, já faziam algumas semanas que não tinha relações, então não negaria certo receio, por isso mantinha o corpo o mais relaxado possível.

– Você tem certeza? Posso ir? – Yuta sorriu uma última vez antes de acenar em concordância. Selaram os lábios num selinho demorado e logo Yuta pode sentir o membro lhe invadir, vagarosamente mas intensamente.

Levou os lábios até os ombros largos de Sehun e o mordeu, mordeu para que não pudesse gritar, pois sua maior vontade era somente gemer o nome de Sehun para que aquele campus inteiro ouvisse. O maior o penetrou com calma, indo até a metade e logo aguardando alguns minutos, depois voltando a pentear o restante, Yuta mal conseguia manter os olhos abertos, não se lembrava de Sehun ser tão grande e quando pode o sentir dentro si, sentiu como o céu e o inferno no próprio corpo,  segurava os ombros do mesmo quando pode senti-lo se mover, então esforçou-se ao máximo para manter os olhos abertos somente para ter a visão de Sehun sobre si, suspirando em prazer.

Não que Yuta estivesse tão diferente, Sehun começara com estocadas lentas, mas o suficiente para fazer o corpo de Yuta amolecer enquanto o mesmo soltava gemidos baixos. A cada estocada, Sehun se sentia mais confortável em ir mais rápido, sentia o corpo de Yuta responder a aquilo, então apenas estocava fundo, sentindo o interior de Yuta o apertar enquanto o mesmo gemia.

O japonês logo sentia a leve dor esvair, dando espaço para o prazer que sentia, e queria cada vez mais daquilo, então segurava as coxas com firmeza enquanto sentia Sehun ir fundo enquanto encarava seus olhos, o fazendo quase tremer.

– Você é lindo... – Sehun encarava os olhos do japonês, notava a dificuldade que o outro tinha em mantê-los abertos naquele momento, mas aquilo só o deixava mais arrepiada e extasiado.

– S-sehun... – Arqueoou as costas quando sentiu o outro começar a estocar rapidamente, o fazendo ficar ofegante em meios aos gemidos.

Sehun adorava ter Yuta exposto para si, mas amava o ver quicando em seu colo, e não perderia tal oportunidade, então logo puxou Yuta para seu colo e o viu apoiar as mãos em seu peitoral, então nenhuma palavra precisou ser dita, Yuta subia e descia o quadril rapidamente, fazendo os quadris irem um contra o outro r causarem um sim erótico, apenas incentivando o japonês a continuar quicando rapidamente, mas quando Sehun levou a mão até seus pênis e voltou a mastubá-lo, Yuta sentiu seu corpo fraquejar, mas logo voltou a rebolar contra o membro de Sehun, que o preenchia por completo.

Sehun logo levou as mãos até a cintura de Yuta, o ajudando a subir e descer, isso enquanto o observava, nunca conseguiria parar de pensar o quanto Yuta era lindo, tanto por dentro quanto por fora, mal podia lidar com tamanha perfeição, e quando Yuta acabou por atingir seu ápice depois de quicar de forma que um ponto dentro de si fosse acertado diversas vezes, o mesmo tremeu em meio aos gemidos manhosos, Sehun nunca se esqueceria a expressão sôfrega do outro, então não resistiu e gozar dentro do japonês ao vê-lo daquela forma, e achou que poderia gozar outra vez somente de vê-lo rebolar enquanto gemia baixinho, mesmo após atingir o ápice, então logo ergueu o quadril do japonês, vendo o gozo escorrer para fora, fazendo ambos gemerem baixo.

Yuta rapidamente deitou a cabeça sobre o peitoral de Sehun, sendo abraçado pelo mesmo enquanto respiravam ofegantes, Sehun acariciava levemente as costas do japonês, ou até mesmo os fios do mesmo, o vendo sorrir fraco.

Talvez aquela fosse a última vez que fariam aquilo, então guardaria com amor a lembrança de Yuta repousando em seus braços, tão calmo, tão sereno, poderia ficar assim por horas, apenas admirando a beleza imensurável de Yuta, e como foi feliz ao seu lado, então logo depositou um beijo na testa e nas bochechas vermelhas do mesmo, achou que o veria sorrir, mas quando percebeu, Yuta havia simplesmente apagado, então apenas o cobriu com o cobertor azul de raposas e assim seguiu durante um bom tempo, até que também pegasse no sono.

– Eu te amo... Eu nos amo, nos amo tanto para entender o que é o melhor para nós dois! – Sussurrou antes de dormir.

* »»——⍟——««*

– Quando você disse que queria sair... Eu definitivamente não imaginava que fosse aqui... – Jinyoung proferiu ainda boquiaberto com o tamanho do local.

Doyoung no dia anterior havia mandando varias mensagens, carinhosas até demais para sua natureza.

Mas agora Jinyoung compreendia.

Estava sentado em um sofá que com certeza era mais caro que um acervo completo de livros do século passado – única comparação que Park era capaz de fazer – em uma loja que nunca havia pensado em entrar e que talvez nem pudesse entrar com suas roupas comuns caso não estivesse ao lado de Doyoung.

Kim Doyoung, para ser específico.

Filho de dois empresários que dominavam grandes ações de empresas enormes e de shoppings conhecidos, tinham contatos de todos os tipos. Irmão de um ator em acensão que não passava uma semana sequer longe dos mais pesquisados da Naver e como se já não estivesse bom, primo da Sunmi, que crescia cada vez mais com sua carreira solo após marcar uma geração inteira com o grupo que se encontrava anteriormente.

O cheiro de coisas cara dava até dor de cabeça em Jinyoung.

– Hyung... – disse manhoso. – Vou te levar para jantar depois e você ainda está ganhando de bônus o privilégio de me ver em varios ternos diferentes. – estava dentro do provador, então a voz saiu um tanto quanto abafada.

Kim havia roubado a única tarde de folga de Jinyoung para si e agora estava com ele em uma loja de ternos com apenas modelos únicos projetados pelos maiores e melhores designers de Seoul e do mundo. A mãe de Doyoung havia marcado um horário na loja apenas para ele ir lá escolher o que mais o agradasse, para usar durante a festa que seu irmão iria dar.

Só de pensar na festa Doyoung já tinha enjoos, mas se fosse obrigado mesmo a ir, pelo menos, iria bem vestido.

– Fala se eu não fico um gatinho nesse! – Doyoung abriu a cortina de veludo vermelho grossa que os separava.

Park se sentia naquelas lojas de programas americanos que adorava assistir quando não havia mais nada para fazer. Estavam em uma sala, bem grande, reservada para eles com uma arara de opções para Doyoung que ele havia ficado escolhendo quando chegaram. Kim estava se trocando em cima de uma espécie de elevação como se fosse um pequeno palco onde poderia mostrar cada uma de suas peças com glamour e apenas comprovando a estrela interior que possuía si. E Jinyoung estava sentado em um sofá, grande demais apenas para si, em frente à essa elevação que se tratava do provador.

Se sentia como se estivesse esperando para ver seu noivo, para aprovar a roupa que o mesmo vestiria no casamento deles.

A realidade era bem diferente, não que houvesse sido ruim imaginar – mesmo que por alguns milésimos – Doyoung sendo aquele que fosse acordar todos os dias ao seu lado. Park balançou sua cabeça afastando qualquer um daqueles pensamentos e direcionou o olhar ao único que estava no cômodo consigo.

Todas as palavras de uma hora para outra desapareceram.

– Eu geralmente acho paletós azuis bem cafonas, mas esse até que não ficou ruim... – olhava para baixo tentando chegar a uma conclusão sobre o primeiro que havia provado.

De fato, era um bônus e tanto poder estar vendo o outro vestir esses ternos. Lhe dava um ar mais sério, mas ainda sim apenas acrescentava a sua aura que por si só já era sexy. Ressaltava todos os detalhes em si, a sobrancelha bem desenhada,  os olhos profundos que carregavam um brilho tão lindo quanto o das estrelas e a boca que parecia ter as proporções tão perfeitas.

– É lindo... – respondeu após passar varios segundos olhando o mais novo, que desviou o olhar rindo ao perceber que Jinyoung estava olhando apenas para seu rosto, fazendo Park recobrar sua consciência. – O... O t-terno!

– Vou experimentar o próximo! – disse assim que se sentiu satisfeito em assistir Jinyoung desviar completamente seu olhar com as bochechas coradas.

Assim que a cortina se fechou, o mais velho se permitiu respirar mais uma vez.

Alguns minutos depois Doyoung se encontrava rindo sozinho lá dentro, parecia não conseguir parar mais.

– Okay, a gente pode cortar todos os beges ou qualquer cor clara. É tão sem graça! – suspirou. – Se for para usar algo com a cor da minha pele, eu vou nu. Bem mais interessante!

Park riu e se ajustou no sofá.

– Essa parte você pode guardar para m...

– Com licença, trouxe Champanhe para vocês. – um dos atendentes que usava um modelo mais simples de terno, mas ainda sim elegante, entrou com duas taças na mão e o recipiente com o líquido dentro.

Entregou uma taça a Jinyoung que sequer teve tempo de recusar e colocou uma por cima de uma mesinha que havia em sua frente, servindo ambas e dizendo para ficarem a vontade para pegarem mais, deixando o Champanhe lá.

Estava com vergonha até de pegar água que já estava sobre a mesa desde que chegaram pois até ela parecia chique demais e agora segurava a taça. Tomou um gole, mas não gostou tanto, era definitivamente muito diferente do que estava acostumado, era demais para si.

Doyoung colocou a cabeça para fora da extensa cortina apenas para se certificar que o atendente não estava mais lá e logo saiu usando apenas a parte inferior do terno. Seu peitoral estava completamente exposto. Correu para pegar a taça e tomou um pequeno gole, apreciando completamente a sensação.

Qualquer ação do mais novo parecia deixar Jinyoung inebriado.

Doyoung era seu maior pecado.

Queria toca-lo ali mesmo, o puxar para um beijo ou talvez mais que isso. Queria poder tocar cada pequeno espaço que estivesse descoberto e, caso fosse preciso, tirar mais peças de roupa do outro.

Continuou provando mais alguns, se recusou a usar um paletó, mas provou diferentes ternos das cores mais variadas com gravatas e coletes diferentes. Jinyoung precisava se esforçar muito para achar algum defeito naquelas roupas, Doyoung ficava lindo em qualquer um daqueles.

– Hyung, escolhe um para mim, já não aguento mais! – murmurou desanimado de dentro do provador.

Park se levantou e foi até a arara que estava perto do outro mas ainda sim do lado de fora, olhou devagar peça por peça e uma pareceu chamar seu atenção. A entregou para o outro e se sentou para aguardar o resultado.

Ficava feliz por ter sido escolhido para o fazer companhia, sabia que Doyoung era cheio de amigos que não pensariam duas vezes em vir consigo mas mesmo assim preferiu o chamar. Era grato por cada momento passado ao seu lado e por não ser um da sua lista que seria esquecido com o passar do tempo.

Sabia mais que ninguém, que não era alguém especial e muito menos que Doyoung fosse exclusivo seu. Apenas de poder tê-lo visto mais de uma vez já havia sido mais que suficiente, gostava da relação que mantinham.

O tecido vermelho foi levado para o lado, dando a possibilidade de Jinyoung finalmente ver o resultado e o tempo pareceu simplesmente parar.

Ele nunca esteve tão bonito

O terno era preto por inteiro, a gravata também, mas na extremidade da lapela havia uma linha de pequenos brilhinhos. Estava elegante mas ainda sim com um toque seu ali.

– Se você ficou sem palavras... É esse! – Doyoung sorriu satisfeito, havia gostado também. – Vem cá, quero ver um negócio!

Não tardou em se levantar e logo estar de frente com o outro que não conseguia tirando rosto travesso do rosto. Pegou o blazer do primeiro terno e vestiu no outro.

– Achei que ia combinar com você... – se aproximou ajeitando com cuidado. – E não é que azul combina perfeitamente com você?

– Sabe o que mais combina perfeitamente comigo?

Doyoung negou como se não soubesse exatamente onde aquilo iria parar.

Jinyoung o puxou pela cintura. Adorava ter o outro tão perto de si, era capaz de sentir o cheiro do Champanhe recém tomado. A boca estava entreaberta e os olhos desejados já aguardando o próximo passo do mais velho. Selou seus lábios. O beijo era tão calmo que nem pareciam os dois ali, talvez houvesse sido o primeiro daquela forma, em um momento agradável e nenhum dos dois queria estragar isso.

– Experimenta ele inteiro! – proferiu ainda sem se afastar totalmente do outro. Jinyoung negou com a cabeça. – Por favor, hyung! Eu só quero te ver de terno, não vai custar nada só vestir!

Depois de mais alguns beijinhos e uma carinha de cachorro abandonado, Jinyoung aceitou vestir. Contanto, que Doyoung não ficasse no provador, caso contrário, os dois acabariam sem terno nenhum no corpo.

– Donnie, vem ca me ajudar... – Jinyoung disse baixinho, dando passagem ao outro, mostrando que estava tendo dificuldade com a gravata.

– Como pode um homem desse tamanho não saber colocar uma simples gravata? – arrumou o tecido rapidamente como se usasse o mesmo todos os dias. – Você ficou tão lindo... – se afastou um pouco para poder vê-lo por completo.

Jinyoung não sabia muito bem o que falar, queria tirar aquilo o mais rápido possível antes que causasse algum estrago.

– Acho que não vou conseguir resistir aos seus encantos! – Doyoung colocou a mão dramaticamente sobre o peito. – Terei que te convidar para seu meu acompanhante na festa! – Doyoung sorriu sincero antes de dar mais um beijinho no outro e voltar a encarar si mesmo no espelho.

Jinyoung riu do que achava ter sido uma piada.

– Espera... Você tá falando sério?

– Uhum! – ajeitava os fios do próprio cabelo com cuidado.

Park não estava esperando ter que lidar com nada sequer parecido. A família de Doyoung parecia ser algo muito complicado para o outro, ficava muito sensível apenas de citar o nome de algum dos membros dela. E isso havia sido notado nos últimos tempos por Jinyoung, sabia que era um ambiente tóxico para o outro e que muito provavelmente precisava de companhia.

O outro não se controlava muito bem quando tinha que lidar com eles.

– Donnie, mesmo se eu fosse... Eu nunca poderia pagar esse terno... E eu não acho que eu tenha alguma roupa sequer perto de um terno de... – olhou a etiqueta ao lado – 148 mil dólares? – estava indignado. – okay, nem se eu me vender e vender meus 3 irmão eu consigo tudo isso.

Doyoung se aproximou colocando a mão no rosto alheio.

– Eii, não olha para isso, olha para mim! – direcionou o olhar do outro para si. – Esse preço que está aí não importa, mesmo! Meus pais são amigos do dono, não vai custar nada para eles! – mentiu. Não se importava em gastar esse dinheiro, não faria nem cócegas na contas de qualquer um dois dois pais. – Por favor, por mim...

A ideia de ir em um evento com celebridades, paparazzis e a família inteira de Doyoung era extremamente assustadora.

Mas a de deixar ele sozinho, era maior ainda.

* »»——⍟——««*

Taeyong estava cansado ainda do dia anterior. Mark parecia ter tomado algum tipo de energético extremamente potente que não deixava ele ficar parado por um segundo sequer. E como se ainda não estivesse bom o suficiente ter que lidar com uma criança ligada no 330W, ainda tinha um gato que era para ser responsabilidade do Mark, mas que no fim sobrou apenas para si.

Cruzou sua própria porta e respirou muito fundo antes de adentrar o outro apartamento. Já não era mais necessário bater, apenas entrava e aguardava algum tipo de aviso do Mark para saber onde o menor estava e então aguardavam Jaehyun ir embora para começarem a brincar.

Entretanto o primeiro a o receber foi Cereal, o gatinho de pelagem cinza que não era tão pequeno, mas era simpático, quando não estava fazendo xixi pela casa inteira.

Quando Jaehyun escutou qual seria o nome do gato, só conseguia pensar que herdou aquilo definitivamente de Seulgi, tanto o amor pelos gatos quanto o de colocar o nome de comida neles.

– Onde estão os outros, Cereal? – perguntou se abaixando para fazer carinho na parte de cima do rostinho dele, havia aprendido que que se não fosse Mark, o único lugar que poderia tocar era ali.

"Meow"

Taeyong apenas negou com a cabeça para si mesmo, realmente estava esperando que conseguisse alguma resposta vinda do gato?

Entrou em cada um dos cômodos e nenhum sinal dos dois motivos da perda de sanidade Taeyong, não estavam em lugar algum.

Caminhou até o final do corredor e os viu deitados olhando para cima, pela frestinha da porta do quarto de Jaehyun que estava aberta.

– Qual seu animal favorito, papai? – observou Mark perguntar sem tirar seus olhos do teto. Mark estava na direção invertida da geralmente utilizada para se deitar, enquanto Jaehyun estava na comum.

–Essa é uma pergunta que eu talvez nunca seja capaz de responder. – riu da pergunta simples que não havia resposta. – Mas cachorros são legais!

Mark pareceu pensar um pouco.

– Tigres são bonitos... Mas gatos são legais também! – ficou alguns segundos em silêncio. – Mas tubarões e tartarugas são muito legais também... Papai, eu não sei...

– Sao muitas opções, né? – passou a unha pela sola do pé de Mark fazendo com que o menino risse sem parar.

– Cade... o Ta... Tae... Taetae? – perguntou entre as risadas que Jaehyun gostava tanto de escutar.

– Filh...

– Cheguei já, pequeno! – Taeyong recebeu sua deixa para se manifestar.

Assim que o viu, Jaehyun colocou a mão sobre a testa. Como poderia ter esquecido de algo tão simples.

– Taeyong, me desculpa! Eu esqueci de te mandar mensagem avisando que hoje eu estaria de folga e que você não precisava vir... – Jaehyun coçou a nuca e o olhava, desviou seu olhar do teto pela primeira vez desde tinham chegado ali.

– Tranquilo, não se preocupe. Já vou...

– Taetae, você vai embora? – Mark perguntou emburrado se sentando. – Você disse que se eu sentasse quietinho ontem que você ia brincar comigo hoje...

Jaehyun agora sabia de onde as chantagens estavam saindo.

Taeyong se aproximou da cama e se inclinou para fica na altura da criança.

– Você não quer ficar com seu papai hoje? – afagou os cabelos lisinhos só menor. – Amanhã eu vou voltar para gente brincar, não precisa se preocupar!

O sorriso de Jaehyun era tão grande que em poucos segundos suas bochechas já iriam dar sinal de dor. A cena na sua frente era tão preciosa, nunca haveria preço que pagasse coisa tão linda quanto aquela.

Os olhinhos de Mark começaram a se encher de lágrimas, o biquinho já se fazia presente e seus bracinhos estavam cruzados.

– Você prometeu, Taetae! – as pequenas lágrimas já caiam de seu rosto. – Papai diz que só pode fazer promessas se puder cumplir, nunca pode quebrar... – agora chorava alto.

Jaehyun já estava pronto para interferir e dizer que quem havia atrapalhado tinha sido ele e não Taeyong, portanto a promessa não havia sido quebrada, mas Taeyong foi mais rápido.

– Oh meu amor, não precisa ficar assim! – o pegou no colo e encostou a cabeça da criança em seu ombro, deixando que o pequeno molhasse sua camisa com suas pequenas lágrimas de dor. – Você quer que o Taetae fique? – Mark balançou sua cabeça de forma positiva levemente. Taeyong olhou para Jaehyun que afirmou silenciosamente que ele não precisava fazer aquilo. – Vou brincar com você, então! – Sacudiu levante o menino, o fazendo gargalhar. – A gente vai brincar do que?

– Papai comprou tinta para a gente pintar! – sorria agarrado no pescoço de Lee.

– Tinta?

Aquilo não parecia um boa ideia.

Criança de três anos e tinta no mesmo lugar em uma casa majoritariamente branca, não parecia nada legal.

– Vou pegar as coisas... – Jaehyun passou por trás de Taeyong deixando um beliscão na cintura alheia que o fez pular e receber um lindo sorriso do outro que saia do quarto. – Leva ele lá para baixo.

– Taetae, faz de novo! – Mark pediu animado se sacudindo nos braços do outro.

– O que neném?

– Pula de novo, Taetae!

Taeyong riu e saiu correndo com Mark o fazendo explodir de risadas enquanto desciam as escadas. Quando chegaram na sala, Jaehyun estava estendendo um plástico bem grande para que não sujassem o chão. O ajudou com o que conseguiu após soltar Mark.

– Posso pintar o cereal? – perguntou enquanto segurava o gato que era pesado para si mas ainda sim insistia em segurar o gato por aí como se fosse seu próprio filho.

Aquele gato, de fato, amava muito Mark. Se Taeyong ousasse colocar duas maos nele, quando o soltasse, com sorte, teria apenas uma.

– Claro que não meu amor, coloca ele na casinha dele, para ele não se sujar! – apontou para o filho que estava dando seu máximo para aguentar o gato que era grande e um pouco acima do peso. – Vem cá neném.

Taeyong colocava as folhinhas no meio do plástico enquanto Jaehyun colocava um avental em Mark para evitar o máximo que ele se sujasse.

– Aqui seu pincel! – Taeyong entregou uma para Mark, uma para seu hyung e ficou com um.

A criança deitou de barriga para baixo para ficar mais confortável, de frente para os dois adultos que estavam sentados lado a lado.

Os potinhos de tinta guache estavam todos abertos na frente dos três. Apesar de ser o maior kit de tintas laváveis, eram poucas demais para aqueles três expressarem tudo que havia dentro de si.

Mark usava todas as cores possíveis para fazer o que dizia ser seu gatinho, parecia mais uma confusão de cores que qualquer outra coisa. Mas os dois adultos estavam maravilhados demais com a imagem de Mark sem conseguir tirar o sorriso do rosto enquanto tentava seu máximo para conseguir fazer cereal parecer o mais bonito possível, que nem estavam conseguindo fazer o próprio desenho.

– Vai fazer o que? – Jung perguntou olhando para a folha ainda completamente branca de Taeyong.

Taeyong puxou a folha para mais perto de si, em um movimento infantil de não deixar o outro ver. E então percebeu que Jaehyun havia feito uma grama e um céu, clássico. Provavelmente faria umas flores, um sol e uma borboleta. Jaehyun como sempre, previsível.

– Taetae, ficou bonito? – Mark segurou seu desenho com as duas mãos, tinha tanta tinta que ao levantar, escorreu um pouco para o plástico. – Ops... Papai, foi sem querer...

– Eu sei meu amor, tudo bem, o plástico pode sujar!

– Esse gato nunca esteve tão calmo. Ficou lindo, Mark. – se colocou de joelhos  para conseguir fazer um carinho na criança que estava mais à frente. Aproveitou a posição pra alcançar a tinta azul escura que era a mais longe de si, mas quando estava trazendo de volta o pincel acabou que respingou pela calça de Jaehyun. – Desculpa, hyung... Eu...

Foi interrompido com Jaehyun respingando, propositalmente, tinta laranja em si, que ia ser utilizada pra fazer o sol.

E a guerra começou ali mesmo.

Voava tinta de um lado pro outro, enquanto Mark observava atentamente sem conseguir evitar dar risada, hora torcia para seu pai e hora para Taeyong. Mas ainda sim, tudo estava sob controle até em um dos golpes a tinta atingir mais Mark do que o alvo original.

A criança agora estava inteirinha com pontinhos amarelos.

– Papai me protege. – Mark correu derrubando o potinho de tinta vermelha e se jogando no colo do pai que o abraçou de prontidão.

Jaehyun trouxe alguns potinhos de tinta para perto deles e logo a criança já estava colocando os dedinhos dentro para contra-atacar Lee.

– Ótimo dois contra um! – Lee se levantou para pegar o pincel de Mark para ter uma segunda arma, mergulhou os dois no pote verde antes de jogar no pai e filho que foram atingidos em cheio com duas linhas verdes. – Vou acabar com vocês dois!

Jaehyun se levantou também e pediu Mark segurasse dois potinhos de tinta. O azul na tinha acabado, a maior parte do roxo escorria pelo braço de Jaehyun e a calça cinza de Taeyong estava em um belo tom de laranja, pelo menos, metade dela.

Os três apesar de estarem em uma clara batalha, não paravam de rir uns dos outros. O avental de Mark parecia não ter servido para absolutamente nada, agora que cada pedacinho do corpo do menino estava pintado. Jaehyun não sabia como havia para ali, mas tinha tinta amarela escorrendo pelo seu maxilar.

A criança estava tão animada que não pensou duas vezes antes de jogar o pote inteiro de tinta rosa em Taeyong.

– Agora vocês estão arruinados. – se abaixou e pegou o potinho de tinta branca e um que parecia ser verde escuro.

Estava pronto para devolver com tudo o golpe que havia recebido mas acabou não percebendo a poça de tinta vermelha que Mark havia deixado ali. Jaehyun deu um passo para frente e tentou o segurar com o braço que não estava segurando Mark, mas igualmente escorregou na poça e os três caíram no chão dando risada.

A folha que anteriormente estava completamente branca aos poucos foi recebendo respingos de tinta que insistiam em jogar uns sobre os outros.

Algumas coisas jamais poderiam ser expressas naquele pedaço de papel, com aquelas pequenas tintas. Mas o sorriso contido no rosto de cada um ali, mostrava muito mais que qualquer obra de arte um dia iria passar.

A tarde fria, terminou dentro daquele apartamento preenchida com as mais diversas cores. E a mais bonita delas, era o amor.


Notas Finais


Yayy mais um rodada de diversas emoções saindo fresquinha do forno.

espero que vocês estejam gostando

não se esqueçam de tomar muuuita aguinha viu.

ate domingo que vem ♡


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