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História Daddy ; jaeyong - Pedidos, mesinhas e algodão doce


Escrita por: jyminx

Capítulo 35 - Pedidos, mesinhas e algodão doce


  

Para a sorte de Taeyong, naquela manhã o mesmo não teria aula, devido a um imprevisto na faculdade, onde tiveram de trocar parte dos fios elétricos da instalação, logo deixando algumas torres sem eletricidade, e numa grande coincidência, todas suas aulas seriam em uma única torre naquela dia, então suas aulas foram suspensas durante o dia.

Como já estava acostumado a acordar cedo todos os dias da semana, naquele dia não foi diferente, então após tomar seu café da manhã que consistia em cereal, isso enquanto assistia um desenho que passava na televisão - talvez estivesse passando tanto tempo com Mark que acabará por adquirir hábitos do pequeno -, então resolveu que iria até o apartamento ao lado, não que tivesse sido chamado, mas sabia que naquele horário, Jaehyun e Mark acordavam e começavam a se arrumar.

Vestiu uma roupa simples que consistia em uma calça de moletom preta e um moletom verde, então logo que calçou os tênis comuns, saiu do próprio apartamento e adentrou ao outro, já que já havia uma cópia da chave, e quando abriu a porta, pode ter a plena visão de Mark sentado ao sofá enquanto comia um lanchinho, o mesmo aparentava ter um pouco de cenoura ralada, alface, tomate e etc. Mas o problema era que Mark não era lá uma das pessoas mais fáceis para se ter uma refeição tranquila, pois quando o pequeno foi dar uma mordida em seu lanche, um pedaço de tomate e um pouco do alface caíram pela outra ponta, fazendo o pequeno formar um pequeno bico nos lábios.

– Bom dia, Mark! – Taeyong segurou o riso, indo até o menor o ajudando com o sanduíche, e agradeceu aos céus por Jaehyun ter o dado uma vasilha, então isso poupou o pijama do pequeno de ser sujo por tomate, alface e molho parmesão.

– Taetae! – Abriu um sorriso, esquecendo-se totalmente do fato de seu lanche estar se destruindo aos poucos.

Taeyong foi rápido em "reconstruir" o lanche do pequeno e logo já subia até o quarto do pequeno, procurando por seu uniforme e mochila. Enquanto abria a gaveta e procurava pela roupa, pode notar a silhueta escorada no batente da porta, e quando virou-se, lá estava ele, fios molhados e corpo um pouco unido, um sorriso um tanto sacana e uma toalha presa a cintura, mas que com um pequeno toque, já cairia, deixando o outro completamente nu, e Taeyong tremeu com a visão.

As vezes parecia ridículo como Jaehyun conseguia ser tão bonito e tão sexy sem esforço algum, as vezes Taeyong ficava até mesmo irritado, pois quando menos percebia, já fantasiava o corpo do outro contra o seu.

– Bom dia, aconteceu alguma coisa? – Passou a mãos pelos fios, fazendo Taeyong se segurar para não suspirar.

– Bom dia... Eu só resolvi passar aqui para ajudar, espero que não se importe! – Deu de ombros, sorrindo.

– Tudo bem! Fica até mais fácil para mim... – Mordeu os lábios sem ao menos perceber.

Assim que terminou de pegar o uniforme e um casaco extra para Mark, Taeyong levou tudo até a cama do pequeno e deixou ali para que o mesmo vestisse após o banho, e enquanto fazia isso, obrigatoriamente tinha que se empinar, afinal, a cama de Mark havia sido projetada para alguém pequeno, como era, e mesmo que Taeyong não fosse muito provido de altura, ainda sim, era uma pessoa adulta.

Não precisava de um terceiro olho para saber, apenas sentia o olhar de Jaehyun queimar sobre si, especificamente, sobre sua bunda.

Quando virou-se, pode ver Jaehyun morder ainda mais os lábios, então fez questão de ir até o mesmo e logo levar as mãos até os ombros largos do maior, fazendo os corpos ficarem mais próximos ainda.

– O que está fazendo? – Sorriu, abraçando a cintura alheia.

– Estou jogando o seu jogo, Jaehyun... – Aproximou-se ainda mais, lambendo a gota de água que escorria pelo pescoço alheio, logo mordendo o local com certa força.

– Acho que você tem certa vantagem, o que torna o jogo injusto... – Suspirou ao sentir a boca do outro em seu pescoço, e então não hesitou em levar a mão até os fios alheios e os puxar com força, fazendo a cabeça de Taeyong tombar para trás, deixando o pescoço do outro totalmente exposto.

– Eu não dou a mínima! – Falou com firmeza, logo soltando um gemido baixo ao sentir um chupão ser depositado em seu pescoço, o fazendo fechar os olhos, mas a sensação não durou muito, pois logo Jaehyun afastou os lábios e soltou os fios loirinhos de Taeyong.

– Não me provoque, Taeyong! – Sorriu sacana, piscando para o mais novo e o dando um tapa na bunda antes de sair andando até o quarto.

E assim que Jaehyun entrou em seu quarto, pode deixar um Lee Taeyong cheio de pensamentos impuros e desejos carnais, e não estaria satisfeito até ter o que quisesse, e poderia afirmar tranquilamente que seu maior desejo naquele momento, era ter Jaaehyun o fodendo com força, e não descansaria até ter aquilo.

*»»——⍟——««*

Para Taeyong, era incomum ficar sozinho, quando não estava com Mark, tinha Yuta junto a si, ou até mesmo Doyoung, mas não naquela manhã, e como já diziam, mente vazia e como oficina do diabo, e lá estava Taeyong, mais entediado do que nunca, e aquilo não poderia terminar bem.

Balançava as pernas pro alto enquanto pensava no que fazer, mas todos os caminhos davam em Jaehyun o fodendo de diversas formas possíveis, em posições diferentes, lugares diferentes, roupas diferentes, tudo o levava até Jaehyun.

Suspirou, sabendo que não descansaria até ter o outro para si, então mal se deu conta de quando já tomava um banho reforçado e logo vestia um casaco, mal tinha controle dos próprios passos, apenas seguia seu instinto enquanto pensava na desculpa que inventaria, e a cada passo que dava, sentia o corpo queimar como o inferno.

Quando atravessou a rua, ficando de frente para a clínica, sentiu uma onda de calor passar por seu corpo, não sabia bem dizer se era ansiedade, tesão ou qualquer outra coisa, mas sabia que acabaria com aquilo por ali. Empurrou a porta de vidro, a fechando rapidamente e caminhando até o escritório do homem, apenas acenou brevemente para Kokoro e bateu na porta do escritório, onde uma plaquinha tinha "Dr. Jung Jaehyun" escrito.

Sicheng e Jun puderam ver a silhueta de Taeyong rapidamente, então espiaram de forma sorrateira pelo batente da porta da sala onde estavam, mas quando viram Jaehyun abrir a porta de seu escritório, fugiram rapidamente enquanto riam pela situação.

– Taeyong? – Jaehyun sorriu, dando espaço para o loiro entrar, logo olhando para os dois lados antes de fechar a porta, a trancando.

Taeyong nunca havia entrado no escritório de Jaehyun, mas havia o achado tão bonito que até mesmo sua vontade de transar havia aumentado, a ideia de transar com Jaehyun naquele escritório o deixava ansioso.

O escritório era bonito, seguia a palheta de cores do restante da clínica, então tinha paredes brancas, exceto por uma parede em tom algodão-amarelo e outra parede de vidro, que dava a visão de um pequeno jardim, um pequeno espaço que as vezes era frequentado pelos animais ali. Haviam algumas prateleiras no cômodo, todas cheias de livros sobre a medicina veterinária, alguns até mesmo autografados, além de algumas decorações referentes a animais. O escritório era lindo, mas naquele momento, a única coisa com que Taeyong se importava ali, era a grande mesa de Jaehyun e como transariam ali.

– Sente-se! – O maior sentou em sua própria cadeira e apontou para as outras duas que ficavam em frente a sua mesa – Aconteceu alguma coisa?

– Hmm... – Quis sentar-se no colo de Jaehyun, já adiantaria o processo, mas apenas sentou em uma das cadeiras que haviam lhe destinado, mas dali tinha uma privilegiada visão do mais velho sentado com seu uniforme branco, estava tão sexy – As mães dos coleguinhas do Mark... Elas estão organizando uma despedida para a professora, já que logo logo ela vai embora... E eles já tem um substituto, não se preocupe, mas querem que todos contribuam!

Taeyong não mentiu, a professora realmente iria embora e os pais estavam se juntando para uma despedida, mas aquilo ainda demoraria um pouco.

– Certo, você pode usar meu cartão! – Revirou os bolsos, retirando a carteira dali e logo a abrindo, pegando o cartão de crédito – A senha é 0208...

– Não! – Interrompeu o mais velho – Eu só vim avisar, não vou comprar as coisas por hoje...

Jaehyun já começava a entender a situação, percebia que Taeyong não estava mentindo, mas sabia que aquilo era apenas uma desculpa esfarrapada, mas não se importou, pois se Taeyong estivesse tão ansioso quanto ele, estava feliz pelo outro ter o procurado.

– Certo, mais alguma coisa?

– Na verdade... Sim! Você trancou a porta?

– Sim, eu tranquei... – Sorriu, vendo o mais novo se levantar e caminhar até si – O que está fazendo?

– Nada que você não queira... – Sentou-se no colo alheio, logo sentindo a cintura ser abraçada.

– Estamos na clínica... – Sorriu ladino, adentrando as mãos por dentro da camiseta de Taeyong, logo alisando com cuidado o tronco do mais novo, sentindo a pele arrepiar.

– Eu não me importo, prometo não fazer barulho, hyung... – Sorriu de forma inocente, retirando o casaco, ficando somente com a camiseta.

– Então essa será a regra de hoje, Yongie... Se fizer barulho, você perde o jogo, mas se ficar quietinho, então terá o que quer! – Sorriu malicioso, descendo as mãos pelas coxas do menor e as apertando.

Levantou-se com o loiro em seu colo, então logo o sentou sobre a ponta da mesa e selou seus lábios aos do outro, que os recebeu de bom grado num beijo quente e lento, os deixando cada vez mais agoniados pelo que logo viria.

Conforme o beijo se intensificava, Jaehyun ia retirando o jeans skinny que Taeyong vestia, o puxava lentamente enquanto sentia as pernas alheias, não havia palavra no mundo que conseguisse descrever o quão apaixonado era por elas, Taeyong por si só já era com uma obra de arte. Por último, retirou a camiseta do mesmo, e pode sentir o corpo tremer com a visão do outro quase nu sobre sua mesa, então não hesitou em depositar um tapa forte na coxa do loirinho, que gemeu alto.

E aquilo fora suficiente para Jaehyun seguras as coxas do outro e as separar rapidamente, abaixando-se e as beijando com calma. Com cuidado, depositou alguns chupões na coxa pálida do outro, seguidos de mordidas e leves selares, fazendo o Lee segurar com firmeza nos fios bem arrumados de Jaehyun, que já naquela altura não estavam tão arrumados assim, mas quando Jaehyun fez menção em depositar um selar sobre o membro coberto, Lee tremeu, mas antes que pudesse se iludir com um possível boquete ou beijo grego, Jaehyun afastou-se rapidamente.

– Garotos desobedientes não recebem recompensas, Yongie... – Sentou-se sobre sua cadeira e olhou para o mais novo, principalmente para os lábios rosados do mesmo que logo formavam um bico triste.

– Hyung... Por favor! – Sentou-se no colo alheio, já sentindo a ereção do mais velho, e mesmo que não pudesse ver, sabia que estaria bem marcado no uniforme branco.

– Não acho que esteja merecendo! – Sorriu, sentindo o outro rebolar sobre seu colo, Taeyong já começava a falar de forma mais manhosa enquanto mordia o lábio inferior, o maltratando somente para que ficasse em silêncio enquanto sentia o volume roçando contra si.

– Por favorzinho! – Ergueu o quadril, logo descendo novamente, causando um fricção entre o membros cobertos.

Jaehyun queria tanto manter a posse autoritária, achava divertido e excitante, mas não sabia como resistir à Taeyong, não daquela forma onde tinha o mais novo rebolando sobre si enquanto gemia manhoso.

Rapidamente, levou o dois dedos até a boca do outro e o viu chupar com gosto. Taeyong fazia questão de manter contato visual enquanto colocava os dedos o mais fundo que podia, fazendo Jaehyun apenas fantasiar que os dedos fossem o próprio pênis, e aquilo somente conseguiu o deixar ainda mais ereto, se é que aquilo fosse possível. Então naquele momento, Jaehyun tinha o loiro rebolando sobre seu membro enquanto chupava seus dedos e o encarava.

Jaehyun não tardou em retirar a cueca do mais novo e logo erguer o quadril do mesmo, penetrando com cuidado os dois dedos chupados. Taeyong se segurou muito para não emitir som algum, então apenas fez questão de morder o pescoço alheio na tentativa de descontar um pouco do prazer que sentia.

Gradativamente, Jaehyun aumentava o ritmo com o qual penetrava os dedos em Taeyong, metia rapidamente e com um pouco de força, para logo então ir vagarosamente, fazendo o Lee se segurar par não gemer enquanto o olhos viravam vez ou outra, a cada minuto, Taeyong sentia mais prazer, e se tornava cada vez mais impossível de não emitir sons, pois naquele momento, apenas queria ser colocado de quarto e ser fodido, enquanto gemia alto.

Não poderia descrever a sensação de ter os dedos compridos do outro o invadindo, indo fundo e lhe causando arrepios, e conforme seu prazer foi aumentando, estava prestes a atingir seu ápice, mas antes que pudesse, sentiu os dedos se afastarem de si, mas quando se deu por si, pode ver Jaehyun retirar o cinto de sua calça.

– Acho quer você vai gostar da nossa nova brincadeira, baby... – Sorriu, começando a retirar o jaleco, mas quando estava a fazer, foi impedido por Taeyong. O loiro não precisou dizer palavra alguma, apenas segurou a mão do mais velho e negou com a cabeça, então Jaehyun logo entendeu que Taeyong gostaria de transar com si vestido daquela forma, e não era novidade para ninguém como Jaehyun ficava lindo com seu uniforme.

Rapidamente, colocou Taeyong no chão e o virou de costas para si, logo o deitando de bruços na grande mesa. Taeyong ofegava enquanto tinha as bochechas coradas, mal conseguia raciocinar ou formular uma frase, apenas pode suspirar baixo quando sentiu os pulsos serem presos um ao outro pelo cinto de Jaehyun.

– Como quer que eu te foda, baby? – Afastou as pernas do loiro e o observou totalmente exposto para si com a bunda empinada, somente com o tronco apoiado na mesa e as pernas apoiadas no chão.

– Rápido... Por favor! – Pediu de forma manhosa, tentando se mexer e falhando.

Jaehyun não se orgulhava daquilo, mas rapidamente abriu uma de suas gavetas, uma trancada, e retirou dali um gel lubrificante, então não tardou em abaixar um pouco a calça e espalhar o gel sobre o membro ereto, um simples contato como aquele já era o suficiente para que gemesse baixo, estava mais sensível do que ppoderia explicar.

Usou o excesso do lubrificante e espalhou sobre a entrada de Taeyong, logo então, encaixando o membro na entrada alheia. Levou as mãos até a cintura fina do Lee e a segurou, logo afundando o membro dentro do outro, que cravou as unhas nas próprias mãos, soltando somente um grunhido, muito diferente de Jaehyun, que gemeu gloriosamente ao sentir o interior apertado de Taeyong quase o espremer.

Jaehyun era carinhoso, então ia com calma, acariciava os fios de Taeyong e o corpo do mesmo, mas quando pode sentir o outro rebolando, entendeu que o outro o desejava demais, então já começava a estocar rapidamente enquanto sentia a entrada de Lee se contrair em volta de seu membro, o fazendo gemer.

Taeyong ofegava enquanto mal conseguia manter os olhos abertos, e quando Jaehyun começou a masturbar seu membro até então não tocado, não hesitou em soltar um gemido não tão alto, mas sôfrego e manhoso, mas que logo foi punido com um tapa forte, o fazendo sorrir, suspirando.

– Hyung... – Gemeu de forma manhosa – Eu quero te tocar!

– Sou eu quem decido isso, Yongie! – Depositou outro tapa no mais novo, voltando a estocar fundo enquanto pode ver a mesa balançando devido aos movimentos.

Ambos estavam sensíveis, e a cada vez que Jaehyun chegava mais fundo, ambos sentiam o corpo tremer.

– É assim que você gosta, Yongie? Que eu vá bem fundo em você? – Retirou o membro do interior do loiro, logo o penetrando todo de uma vez enquanto apertava levemente o membro do mesmo, e aquilo fora o suficiente para Taeyong atingir o próprio ápice enquanto Jaehyun o masturbava rapidamente.

– Jaehyunie... – Fechou os olhos com força, gemendo baixo enquanto sentia o corpo amolecer.

Jaehyun não demorou em atingir o próprio ápice, gozando no interior de Taeyong, que gemeu sôfrego ao sentir o líquido o preencher, e principalmente, quando Jaehyun retirou o membro de dentro de si, fazendo o líquido branco escorrer para fora.

Soltou os pulsos do Lee e o virou, o puxando para um abraço enquanto ambos ofegavam e Taeyong agarrava o jaleco alheio.

– Você acha que nos ouviram? – O mais novo riu.

– Eu espero que não...

No corredor, Jun e Sicheng andavam de um lado para o outro, logo adentrando a uma sala qualquer.

– Acho que estavam numa reunião executiva! – Jun riu baixo, vendo Sicheng o encarar confuso.

– Reunião executiva? Mas Taeyong não e babá do filho dele? – Tombou a cabeça para o lado, ainda confuso – Você tem certeza, hyung?

Junhee se segurou para não rir, logo levando a mão até a testa enquanto negava com a cabeça, rapidamente, fez o sinal de okay com uma das mãos enquanto usava a outra para apontar o indicador.

– Sexo! – Falou de forma calma enquanto assentia, vendo Sicheng o encarar incrédulo com a boca aberta, logo começando a rir um tanto alto.

*»»——⍟——««*

Sicheng mal sabia como reagir a Yuta ali, talvez fosse uma das últimas pessoas que esperasse ali, bem, talvez nem tanto, mas ainda sim, estava surpreso, e cá entre nós, estava suado e descabelado, talvez Yuta fosse a última pessoa que gostaria de ver naquele momento, mas não tinha controle sobre isso.

Olhou para Yooa e Junhee uma última vez antes de se virar totalmente para Yuta, o dando sua total e completa atenção.

– Eu... Queria agradecer por... A coisa, sabe? – Engoliu a seco, não sabia se era porque os amigos de Sicheng estavam ali, ou por Sicheng estar ali, ou simplesmente por ser tímido em parte do tempo – Obrigado pela água, eu gostei da garrafa!

Yuta tinha as bochechas coradas e um sorriso idiota nos lábios, mal conseguia manter contato visual com Sicheng, que também não estava muito diferente.

– Você não precisa me agradecer, estava apenas retribuindo! – Deu de ombros.

– Eu trouxe algo para você! – Deu uma pequena caixinha lilás para o chinês, que a abriu imediatamente, vendo que se tratava de doce muito comum que comia na China, mas que agora raramente comia. White Sugar Cake.

Sicheng pode sentir o coração se aquecer ao ver aquilo, talvez não pudessem perceber, mas aquilo era muito significativo para si, e seu sorriso demonstrava isso.

Mas mesmo que seu sorriso fosse radiante, algo ainda o incomodava, e estava disposto a mudar aquilo, e não esperaria pela atitude de ninguém, então respirou fundo e agiu por si mesmo.

– Yuta, você quer sair comigo? – Encaro o japonês nos olhos e sorriu, não sabia de onde havia tirado coragem e mesmo que não fosse perceptível, seu corpo tremia.

– O que? Sério? – Sorriu, ainda surpreso o suficiente – Eu quero! Quero...

– Sábado as 18:00... – Piscou e saiu andando, deixando um japonês sorrindo como idiota e dois de seus amigos com olhos arregalados e bocas abertas.

Quis gritar, mas sabia que o escutariam, então apenas correu dali com o maior sorriso do mundo.

Talvez sua hora de brilhar estivesse chegando.

*»»——⍟——««*

– Irmão? – a pequena garotinha já estava tentando chamar sua atenção fazia algum tempo mas não parecia estar adiantando nadinha. – Channie! Channie! – estava segurando sua mão e mesmo a puxando, não tinha resultados. – OPPA!

A realidade parecia ter o acordado com uma balde de água fria.

– Oi, meu amor! – se abaixou para ficar na altura da menina. – Já já a gente vai entrar, okay? Ele disse que já estava chegando!

Junhee havia prometido que iria com os dois mais novos no parque de diversões da grande Seoul e lá estavam eles, em um lindo sábado apenas esperando o mais velho chegar para poderem aproveitar.

Por mais que trocassem mensagens todos os dias e almoçassem junto, Chan continuava com o mesmo nervosismo, suas mãos suavam e parecia inquieto, até mesmo mais que Wonyoung. Fazia mais de um mês que já estavam assim. Chan acabou descobrindo, aos poucos, várias pequenas coisinhas sobre o mais velho.

Descobriu que Junhee tinha alguns talentos escondidos como a atuação, descobriu que seu lugar favorito no campus era no morro atrás da quadra de tênis. Que não curtia muito frutas mas que eventualmente as comia por preguiça de arrumar outra coisa, adorava escutar música pop enquanto corria e que já sonhou ser jardineiro mesmo não sabendo absolutamente nada sobre plantas. Descobriu também que o mais velho abria um lindo sorriso sempre que recebia dois selinhos seguidos, que adorava entrelaçar seus dedos no meio de todo mundo mesmo eles não tendo nada ainda.

Porém, nesse último mês descobriu mais coisas sobre si mesmo do que sobre o outro. Não tinha nenhuma experiência em relacionamentos , tudo acabava sendo muito novo para si. Nunca tinha tido um primeiro encontro tão bom, ninguém até então tinha o feito sentir tantas coisas juntas como Park Junhee fazia.

Nunca se sentiu tão bem.

– Ele quem? – Wonyoung usava uma blusa na cor creme com uma jaqueta jeans por cima, estava simplesmente ainda mais adorável que o normal. – É o tio que ajudou nosso gatinho? – Chan não assimilou as coisas direito e estava levemente confuso. –Ele tá vindo para cá!

Chan continuava abaixado e toda sua coragem de levantar sumiu assim que Wonyoung havia se pronunciado.

– Como que eu estou? – passava a mão com pressa sobre o cabelo mesmo ele já estando perfeitamente arrumado.

Sua irmã soltou uma leve risadinha e saiu correndo em direção ao mais velho, deixando Chan sozinho mais uma vez.

– Oi, tio! – tinha um grande sorriso no rosto enquanto olhava o mais velho. Ele havia virado uma espécie de herói para a pequena menininha depois que seu gatinho melhorou 3 dias após a consulta.

– Oi, princesa! Como que você consegue ficar ainda mais bonita toda vez que eu te vejo?– a pegou no colo a fazendo soltar uma risada. – Onde que seu irmão está?

A garotinha apontou para Chan que estava no mesmo lugar em que ela havia o deixado, porem já de pé. Junhee ajustou Wonyoung em seu colo que provocou mais uma risada da menina, fazendo-o se questionar o quanto ela deveria ficar adorável recebendo cócegas, ela abraçou o pescoço alheio e foram na direção de Chan.

– Quantas vezes eu já falei que você não pode sair correndo por aí, ainda mais em um lugar che...

Junhee o interrompeu com um selinho, que assustou tanto ele quanto Wonyoung, porém ambos logo estavam sorrindo. Para Jun, não poderia ter sorrisos mais bonitos do que daqueles dois.

Não se importaria de passar por qualquer coisa para ver os dois sempre assim.

– Oi, para você também! – sorriu apenas por estar vendo o outro ali. – Vamos entrar? Acho que tem alguém aqui louca pra ir brincar...

Yoochan concordou e apenas segurou a mão do mais velho. Não era só Wonyoung que queria ir brincar, seu irmão sequer se lembrava qual tinha sido a última vez que havia estado em um parque de diversões. "Animados" era um adjetivo muito simples para o que aqueles dois estavam no momento.

– Qual brinquedo vocês querem ir primeiro?

O parque era de fato muito grande, parecia ter todo tipo de brinquedo para todos os gostos diferentes. Mas como Wonyoung ainda era pequenininha, as opções não eram muitas, não que isso fosse um problema, já estavam se divertindo antes mesmo de entrar em qualquer um dos brinquedos.

– Ei, calma! Quero levar vocês ali primeiro... – Puxou Chan consigo para a lojinha indicada.

Era uma loja que ficava logo no comecinho do parque que vendia algumas lembrancinhas mas seu principal forte eram as inúmeras tiaras de bichinhos e dos mais diferentes personagens. Junhee colocou a menina no chão, assim que entraram. Wonyoung começou a passear pela loja tentando escolher qual era a mais bonitinha.

– Você não vai olhar? – Jun perguntou tentando prestar atenção em Chan e na pequena criança que estava andando entre os corredores.

– Olhar o que?

– As tiaras! – disse como se já fosse mais que óbvio. – Nos três vamos usar. Vem!

O levou para o meio dos corredores e começaram a procurar por algo que não fosse vergonhoso pra alguém com mais de 4 anos, usar. Encontraram tiaras dos mais diferentes animais, desde alce à unicornio mas Chan parecia não ficar feliz com nenhuma.

– Hyung, nenhuma combina comigo... – se aproximou do mais velho o abraçando, estava quase desistindo de achar uma para si.

– Calma, neném, a gente vai achar uma para você! – com delicadeza subiu o queixo de Chan para que pudesse olhá-lo, deixou um breve selar nos lábios do mais novo que estavam com um biquinho extremamente fofo. – O que você acha desse aqui? – quase não conseguiu alcançar a tiara pois o menor continuava o abraçando, posicionou-a em seu cabelo com muita calma para não machucá-lo e o virou para que pudesse se ver no espelho. – Gostou?

De fato não estava nada mal com aquela tiara branca com uma auréola branca sendo suspendida por um suporte praticamente invisível. Os olhos do mais velho estavam brilhando enquanto o olhava e aquilo apenas fazia seu coração errar algumas batidas.

– Não me chama de neném!

Chan foi em direção de Wonyoung que estava de frente a outro espelho da loja, deixando Jun rindo para trás.

– Essa está super bonita! – falou sincero sobre a tiara clássica da Minnie com o lacinho na cor prata com brilhinhos, enquanto se aproximava.

A menina abriu um lindo sorriso ao ver o irmão de anjinho.

– Eu também gostei! Se tivesse alguma de joaninha ia ser mais legal ainda, mas não achei – passou a mão sobre suas maria chiquinhas tentando arrumar o que tinha bagunçado enquanto experimentava as tiarinhas.

– Essa aqui serve? – Jun segurava uma com anteninhas coloridas na ponta. Entregou a pra Chan que colocou na irmã.

– Obrigada, Junnie! – o abraçou com toda sua força enquanto ele retribuía da forma mais carinhosa.

A verdade era que aqueles dois irmãos tinham um fraco pelos braços de Park Junhee.

– Qual que eu uso princesa? – passou a mão carinhosamente sobre o cabelinho da criança.

– Aquela ali!

Saíram da Loja como um anjinho, uma joaninha e um gatinho preto.

O próximo destino era o carrossel que ficava no meio do parque. Wonyoung estava falando dele desde que saíram de casa. Era um dos lugares mais chamativos, era quase que por inteiro dourado e era possível escutar a musica vinda dele em qualquer lugar do parque, porém era uma atração apenas para as crianças. Os dois levaram a menina lá e a colocaram em cima de um cavalinho, que a mesma escolheu.

– O brinquedo vai girar devagarzinho mas mesmo assim não pode deixar de segurar, viu princesa!? – Jun arrumou mais uma vez sua posição, para que não acabasse cansando antes da hora.

– A gente vai estar aqui na frente te esperando okay, não precisa ficar com medo! – Se inclinou e deixou um breve selar na testa da garotinha.

– Promete?

Wonyoung por mais que houvesse perdido os pais ainda com poucos meses de idade, acabou desenvolvendo o trauma gigantesco de ser deixada sozinha ou de ser abandonada. Confiava no irmão mas mesmo assim sempre pedia para ele prometer que ele estaria lá para buscá-la depois.

– Prometo, meu amor! Você vai ver a gente enquanto estiver rodando! – piscou e logo saiu, pois o homem que iria acionar o brinquedo avisou que logo iria começar.

– Ela tem medo de ficar sozinha? – entrelaçou seus dedos com os do mais novo.

– Muito! Desde muito pequenininha. Eu tinha que dormir do lado dela todos os dias e caso eu saísse ela não parava de chorar até eu voltar. – apertou levemente a mão alheia. – Ela fica muito apegada a todo mundo que ela conhece... – o puxou para perto colocando os braços em seus ombros – Agora você não vai poder mais sair da nossa vida, tá preso. – riu bobo da carinha de seu hyung.

– Nunca iria pensar em sair! – roubou mais um beijo do mais novo e logo em seguida varios selinhos. – Seu eu disser que eu tenho medo de ficar sozinho também, você dorme comigo?

Suas bochechas ganharam cor em poucos segundos e agora mal conseguia encarar o outro.

– To brincando! Vou comprar algodão doce para a gente, já volto!

O brinquedo logo em seguida parou de girar e Chan foi mais para frente para que encontrar a menina. Assim que o moço abriu as grades que impediam as pessoas de se aproximar, correu para pegar Wonyoung.

– Channie! – estendeu seus pequenos bracinhos assim que viu o irmão, para que ele a pegasse.

– Oi, bebê! Gostou? – ela balançou a cabeça de forma positiva algumas vezes ainda demonstrando animação. – Você estava super lindinha ali! O Jun hyung foi comprar algodão-doce...

Não foram necessários mais explicações quando a menina viu o mais velho vindo em direção a eles com o doce na cor rosa, bem grande.

– Yuah! É tão bonito!

Chan por fim procurou o ponto em que a pequena menina estava focando.

– É sim... É muito bonito! – mordeu levemente o lábio inferior tentando evitar sorrir.

– Aqui, Wonnie, só para você! – Junhee entregou o doce na mãozinha da menina, deixando a poucos centímetros to rosto de Chan. – Vão ali no meio vocês dois! – apontou para meio do parque, que era a poucos metros dali. Mesmo não entendendo, Chan caminhou segurando a menina até o ponto e viu Junhee tirar o celular do bolso. – Digam "xis"!

Acabou por fazer quase que uma seção de fotos dos dois irmãos ali, era um ponto estratégico do parque, mostrava o céu aberto e varias das atrações coloridas no fundo mesmo não tirando o brilho e a beleza das estrelas da foto. Junhee nunca havia se sentido tão completo como naquela tarde.

– Para que você tirou essas fotos? – Chan perguntou voltando para perto de si.

– Ah, eu estava precisando de uma nova foto de capa... – virou seu celular já com a foto na tela de bloqueio, foi uma em que conseguiu pegar o momento exato em que os dois olharam um para o outro e estavam sorrindo lindamente. – Wonnie, você pode me dar um pouquinho desse algodão doce?

– Uhum! – ela pegou um punhadinho do açúcar colorido e deu na boca de Junhee assim que ele se aproximou, recebendo em seguida um beijinho na bochecha, como agradecimento. – Pro Channie eu não dou!

– Ah é? – olhou indignado para a menininha em seu colo que não tirava o sorriso do rosto. – Quero ver para quem você vai pedir para brincar quando não tiver o "Junnie oppa" por perto! – disse enquanto fazia cócegas nela.

Colocou a menina no chão, mas logo em seguida segurou sua mão. Junhee abaixou para pegar um pouquinho mais do doce, mas ao invés de comer, deu para o Chan, que já não aguentava mais de tanto amor que estava transbordando de seu coração.

Nunca enxergou sua irmã como um empecilho, muito pelo contrário, sua irmã era a coisa mais preciosa que tinha, mas as pessoas as sua volta insistiam em enxergar a menina como um atraso ou um obstáculo ruim em sua vida. Porém, pela primeira vez, alguém que estava se envolvendo consigo, não a enxergava dessa forma.

Junhee acabara de conquistar por completo o coração de Chan.

O mais velho se dirigiu para o lado esquerdo da menina e também pegou sua mãozinha. Agora então, segurava a mão dos dois que estavam consigo. Chan assim que viu teve uma ideia.

– No tres! – chamou a atenção de Junhee que logo se tocou do que o mais novo queria fazer. – Um... Dois... Três! – E então levantaram a pequena garotinha o mais alto que conseguiram, ela não estava esperando e acabou por cair na gargalhada.

– De novo! De novo!

Assim como ela os dois estavam também sorrindo. Olharam um para o outro e naquele momento foi como se estivessem encontrado a paz no olhar alheio. Queriam parar o tempo e ficar presos naquela linda tarde até o final dos tempos, apenas se divertindo e comendo comidinhas, que apesar de fazerem mal, eram muito gostosas.

Junhee parecia ter encontrado tudo que sempre procurou e de brinde ganhou uma menininha extremamente adorável, assim como o irmão.

– Não são aquelas máquinas de pegar bichinho? – Chan notou enquanto passavam por uma. – Quero tentar!

– Você já brincou com alguma antes? – perguntou tirando uma ficha do bolso e entregando pro mais novo.

– Nao, mas não é como se existisse alguma técnica para isso, então tanto faz! – deu de ombros e colocou a ficha na máquina, estava animado para tentar – Wonnie, qual você quer?

Tentou olhar ficando na pontinha dos pés, mas ainda era alto demais para si.

– Vem cá, bebê! – Junhee a pegou no colo e agora ela tinha uma visão privilegiada de todos os bichinhos que continham na máquina.

– A joaninha, Channie! Quero a joaninha!

– Agora que você animou a criança, vai ter que pegar! – observava o mais novo tentando encontrar uma posição estratégica para pegar o bichinho para sua irmã, antes de acionar a máquina.

– É impossível pegar bichinhos nessa máquina, mas eu vou tentar! – fez uma pose engraçadinha para Wonyoung rir. – Nao anima não, Wonnie, é muito difícil!

Chan se inclinou, deu play na máquina e seus olhos pareciam apenas concentrados em pegar aquela joaninha para sua irmãzinha. A máquina te dava 15 segundos para ajustar a garra e ele tentou ajustar até o último segundo, por fim então, apertar o botão. A garra desceu devagarzinho e ela estava ajustada da maneira correta. Entretanto quando foi puxar, a joaninha não veio junto.

– É Wonnie eu disse, não tem jeito! Desculpa... – ficou levemente emburrado, realmente queria ter pego.

Quando estava já se afastando da máquina Junhee o interrompeu e colocou a menina no chão.

– Vira. – indicou delicadamente para o mais novo voltar a ficar de frente para a máquina. Colocou mais uma ficha na máquina.

– Ei! Não precisa gastar mais fichas nisso, não da para pegar!

– Confia em mim. Vira. – foi para trás do garoto e colou completamente seu peitoral nas costas alheias, acabando com qualquer espaço pessoal que poderia existir. – Esses máquinas são programadas para terem pouca força e aderência, assim fazendo ser difícil de pegar os bichinhos... – colocou a mão de Chan sobre o Joystick e a sua por cima e então apertou o botão vermelho. Chan conseguia sentir a respiração do maior atrás de si, estava por completo arrepiado. Estaria entendendo o outro caso não estivesse concentrado demais nos músculos alheios encostando em si. – Para aumentar a chance de ganhar, é necessário aumentar a conservação de energia. Então a gente posiciona e mexe desse jeito. – Ele posicionou a garra bem em cima da joaninha e começou a mexer o joystick com muita rapidez de um lado para o outro, provocando que a garra não saísse do lugar mas mexesse. – Assim a energia cinética aumenta e com o impulso da aceleração da gravidade, é possível pegar! – disse logo após a máquina depoisitar a pequena joaninha colorida no vão, para que pudessem pegar.

Chan estava boquiaberto. E Wonnie não parava de agradecer pelo bichinho e falar como ele era legal.

– Quer um também? – Junhee perguntou arqueando uma de suas sobrancelhas ao olhar para o outro

Em seus poucos 3 aninhos de vida, Wonyoung já havia vivido muitos momentos memoráveis e muito marcantes. Mas agora poderia responder, com certeza, de aquele havia virado seu dia favorito. Nunca tinha visto seu irmão tão feliz perto de alguém, na verdade, nunca tinha visto seu irmão com outra pessoa.

Naquela tarde Wonyoung descobriu que meninos também poderiam gostar de meninos.


Notas Finais


OW, para quem chegou vivo aqui meus parabéns, hehe

as coisas estão começando a acontecer agora, então fiquem ligadinhos que tá vindo mUItA coisa por aí!!

até semana que vem :)


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