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História Depois que te conheci - Dancing with the devil


Escrita por: luzinanda

Notas do Autor


Surgindo no meio da madrugada para trazer esse capítulo, eu tava meio ansiosa com ele então escrevi e decidi postar logo.

Tem gatilho aqui gente, atenção!!! Uso indevido de bebida alcoólica, angústia e abuso sexual.

Boa leitura, gente, vejo vocês nas notas finais.

Capítulo 19 - Dancing with the devil


Uma realidade distorcida, uma insanidade sem solução

Eu te disse que estava bem, mas eu estava mentindo


Levi se surpreendeu ao se olhar no espelho, os olhos analisando de cima a baixo o conjunto que demorou algumas horas para escolher, afinal, ele não iria a qualquer lugar. A festa de Eren e Berthold já estava acontecendo a alguns minutos e mesmo lamentando o atraso, Levi não conseguiu se sentir satisfeito com o que vestiu antes e mesmo que o Jaeger tenha dito que o traje poderia ser casual, Levi considerou que no mínimo, deveria tentar algo como esporte fino ou qualquer coisa do tipo, então se esforçou ao vasculhar as roupas organizadas no closet do mais velho, principalmente nas etiquetadas, onde sabia que encontraria roupas visualmente boas o suficiente para causar uma boa impressão na família Jaeger.

Os fios negros estão jogados para trás sem qualquer auxílio de gel, apenas um ativador de cachos que deixou as pontas onduladas em grandes mechas, o suficiente para emoldurar seu rosto mais do que está acostumado, os olhos estreitos e as sobrancelhas finas e arqueadas em foco agora que não tem uma franja cobrindo, combinando totalmente com a camisa simples de gola alta e mangas compridas, grossa o suficiente para impedir que sentisse frio, bege clara, quase branca, deixando o destaque para a calça jeans de algodão marrom, a textura diferente e macia acariciando suas coxas enquanto a cintura alta e o cinto preto por cima da camisa delimitam seu corpo, todas as peças com nomes de marcas desconhecidas para si, porém caras o suficiente para deixar Levi nervoso. Exceto a das botas pretas em seus pés, essas Levi sabe que são Dr Martens, botas jadon que custam o dobro de seu salário na cafeteria e que Levi tem certeza que Eren comprou exclusivamente para ele – a desculpa de que Mikasa ganhou não funciona mais.

A sua silhueta está bonita, as pernas alongadas pela calça larguinha e confortável, os dedos não estão apertados dentro das botas e o corpo quente o suficiente na camisa. Mesmo assim Levi se sente enjoado enquanto anda pelo corredor até a sala, onde Eren estava lhe esperando – Zeke já havia partido em seu próprio carro.

Ele não vai apenas acompanhar Eren em um evento importante, onde comemoraria o aniversário do homem que aconteceria dali alguns dias, ele também conheceria a família de Eren, ela inteira, contando com amigos, conhecidos e provavelmente até mesmo amigos de trabalho. Eren não precisava contar o tamanho da festa para Levi ter uma noção de como seria – eles indo para um salão de festas era prova o suficiente.

E não só seria apresentado a todas essas pessoas, como também exporia de vez que ele e Eren estavam mais sérios do que o próprio Levi gostaria de admitir. A partir dali, o Ackerman sabia que não teria mais volta, ele não teria como adiar a admissão de seus sentimentos – para Eren, pois para si mesmo é impossível de negar –, e então começaria a verdadeira luta para que isso entre eles desse certo, pois Levi não aceitaria nunca se entregar a alguém tão perfeito como Eren estando tão quebrado, não seria justo com nenhum dos dois.

E claro, não bastando toda a pressão já acumulada, Levi também sabia que haveria álcool. 

Não que ele estivesse descontrolado a ponto de não conseguir conviver em um ambiente com o líquido perigoso, mas Levi conhece os próprios limites e considerando que Mikasa estaria lá, ele sabe que pode ficar inseguro o suficiente para ter uma recaída. Se os Jaegers, amigos e demais conhecidos de Eren não gostassem dele, com Mikasa lá, sendo perfeita e assistindo tudo – mesmo nunca tendo feito nada a ele –, Levi sabe que ter álcool à disposição, tão perto nessa situação não é a melhor ideia.

Mas ele precisa ser forte, pois mesmo que suas pernas estejam bambas enquanto anda e seu suor esteja fazendo sua colônia evaporar mais cedo, ele prometeu a Eren que faria isso e bem no fundo, Levi sabe que quer fazer isso, Eren é importante o suficiente para despertar a vontade de enfrentar certos medo.

Levi não consegue se impedir de pensar como será a partir de agora, com os dois oficialmente juntos, assumidos e – um grande talvez – aceitos. Ele tem certeza que não existem mais maneiras de Eren lhe surpreender, porém não consegue duvidar que o Jaeger é capaz disso, não no ponto em que os dois estão.

– Serei o homem mais bem acompanhado da festa. – A voz de Eren fez Levi piscar duas vezes, percebendo tarde demais que já estava na sala, o homem mais alto parado diante dele, os olhos verdes analisando-o com admiração clara e estampada em suas feições, orgulho e afeto puro refletido no brilho verde azulado dos olhos bonitos do mais velho. – Você está lindo.

– Acho que não. – Falou baixo, apesar de tentar demonstrar alguma confiança, as bochechas rosadas de vergonha pelo olhar fixo e elogios que recebeu. – Obrigado, mas você está muito mais gostoso.

E não mentiu, Eren estava com o cabelo preso em um rabo de cavalo baixo, o rosto bem visível sem os fios emoldurando ele, os olhos brilhantes contrastando perfeitamente com a camisa simples preta e o blazer marrom por cima, aberto, as mãos no bolso da calça de alfaiataria preta, que assim como a de Levi, está presa com um cinto por cima da blusa e ao invés de sapatos sociais, Eren está usando botas chelsea pretas da Balenciaga – ele havia visto quando estava na caixa e a etiqueta do preço deixou cada pelo seu arrepiado.

Vestido todo de preto com apenas o blazer marrom deixou Eren incrivelmente estiloso, elegante e gostoso na mesma medida, Levi não soube onde olhar, achando o conjunto bom demais para fechar a boca ou disfarçar suas bochechas ainda mais quentes.

Como em nome de Deus ele foi capaz de conquistar esse homem?

– E eu posso saber o por que? – Eren se aproximou devagar enquanto Levi piscava confuso, atordoado com a aparência e agora, cheiro incríveis do Jaeger para lembrar do que raios estavam falando. – Bebê?

– Eu- – Engoliu em seco quando sua cintura foi segurada com firmeza, fazendo-o se derreter enquanto o hálito quente de Eren sopra em seu rosto. – Eu serei o homem mais bem acompanhado dessa porra de festa.

Com o seu leve desespero em falar sem se atrapalhar, Levi não soou áspero como sempre, mais parecendo uma criança fazendo birra, na realidade, fazendo Eren rir soprado antes de colar o rosto em seu pescoço e aspirar, subindo então o nariz por toda sua pele até a orelha, onde mordeu de leve.

– Eren… – Chamou, fazendo o nome soar como um gemido arrastado. – Precisamos ir.

– Eu sei. – Eren foi quem gemeu dessa vez, frustrado e se afastando um passo. – Se não fosse isso eu já estaria te beijando.

Levi trincou os dentes, escolhendo não responder, ele sabe que sua resposta faria com que os dois ficassem no apartamento, sozinhos e com certeza, nus.

O caminho do carro até o salão não durou muito e agora que Levi não tem a atração sexual entre os dois sufocando seus sentidos, pôde perceber Eren ansioso, mexendo em algo no bolso do blazer sempre que tem oportunidade, olhando de canto para Levi ao mesmo tempo que faz isso, provavelmente achando que seu movimento não está sendo percebido. Levi escolheu ignorar, pensando que o Jaeger provavelmente está apenas nervoso com as futuras apresentações. Ele mesmo não está diferente, suas unhas estavam roídas e sua perna balançando incessantemente por todo caminho, o lábio inferior vermelho de tanto morder.

Quando chegaram em um dos hotéis de luxo da família Jaeger, o carro foi recebido por um manobrista e Levi foi surpreendido ao ter sua mão firmemente agarrada ainda na entrada do salão, o barulho de vozes e alguma música ao fundo podiam ser ouvidos dali e apesar de se sentir agitado, o quentinho da mão grande contra a sua foi o suficiente para afastar qualquer negatividade momentânea. Com Eren ao seu lado, segurando sua mão com confiança, Levi sentiu que poderia lidar com qualquer coisa agora.

– Ei, bebê. – Eren chamou casualmente enquanto os dois andavam até às portas duplas do salão, olhando para frente enquanto Levi se virou, encarando o perfil com as sobrancelhas franzidas. – Quando vai parar de me chamar de Eren?

–  É o seu nome, velho. – Falou distraidamente, ainda olhando para Eren, confuso. – Do que mais eu te chamaria?

– São muitas opções, mas eu gostei mais quando me chamou de amor. – E virando na sua direção, Eren sorriu daquele jeito sem vergonha que faria Levi xingar se não estivesse em público.

Somente nesse momento o Ackerman olhou em volta, percebendo tardiamente que eles já estavam dentro do salão, tendo passado pelas portas enquanto Eren lhe distraía. O lugar é enorme e a decoração parece simples e minimalista, se Levi ignorasse o lustre enorme no teto alto, a banda em um palco nos fundos e as enormes mesas do buffet cercadas por muitas pessoas, mais do que Levi imaginou que teria, estando parte delas, as mais próximas à porta, olhando agora na direção dos dois.

– Mamãe estava louca atrás de você. – A voz de Berthold surpreendeu Levi, que se virou ao mesmo tempo que Eren para encontrar o mais alto, suas mãos teimosamente se juntando mesmo com o movimento, permanecendo juntas. – Levi?

Surpreso, o garoto de cabelos escuros e olhos verdes levantou as sobrancelhas enquanto mira sua atenção nas mãos juntas, olhando de Eren para Levi em um breve silêncio constrangedor enquanto percebe a situação lentamente, fazendo o mais velho coçar a garganta.

– Feliz aniversário, Berthold, Eren não me deixou comprar um presente. – Tentou dizer o mais casualmente possível, puxando os lábios em uma tentativa falha de sorriso. 

– Não se preocupe, Levi, não tinha necessidade. E obrigado. – O garoto tinha completado vinte anos fazia poucos dias, então merecia as devidas parabenizações. 

– Vocês se conhecem, então não tem necessidade de muitas apresentações. – Eren sorriu, apertando a mão de Levi contra a sua. – Esse é meu namorado, Bert.

O garoto mais alto corou furiosamente, as orelhas e provavelmente colo acompanhando o tom rosado assim como Eren ficava quando estava envergonhado, a cabeça movendo-se em concordância lentamente, olhando de um para o outro uma última vez.

– Ok, vou avisar dona Carla que você já chegou. – Suspirando baixinho, Berthold se afastou um passo, olhando em volta. – Foi bom ver você, Levi.

– Ele…

– Ele é tímido. – Eren interrompeu o raciocínio de Levi, ainda sorrindo enquanto anda pelo salão, cumprimentando algumas pessoas de longe com acenos e sorrisos. – Muito tímido, mais que você, então não se preocupe, ele gostou.

– Gostou de que? – Levi quase fez bico, querendo negar que é tímido, mesmo sabendo que no fim, Eren venceria a discussão.

– De você. – Riu. – E do nosso relacionamento.

– Nosso relacionamento…? – Com as bochechas quentes e os olhos presos no chão, Levi só notou que foi apresentado oficialmente como namorado nesse exato momento, quase tropeçando no lugar ao parar de andar. – Você-

– Eren. – Mikasa surgiu de algum lugar, o braço encaixado no de Armin se soltando para abraçar o Jaeger. – Feliz aniversário, babaca.

– Eu sei que você me ama. – Rindo, Eren soltou a mão de Levi para retribuir o cumprimento, pousando as mãos nas costas expostas pela blusa com um decote duplo, tanto na frente quanto nas costas, revelando bastante pele enquanto uma calça sarja folgada preta equilibra o figurino e saltos finos alongam a silhueta magra e curvilínea. 

– Eu não sabia que você viria. – Levi falou com Armin, tombando a cabeça enquanto analisa as roupas do loiro também, que assentiu, parecendo envergonhado. – Com ela.

– Ela me convidou para vir como acompanhante. – Armin deu de ombros, parecendo bem na camisa branca simples e na calça de algodão bege que usava, o sapato social fazendo-o parecer mais velho. – Eu não estou surpreso em encontrar vocês dois de mãos dadas. – Completou provocativamente, fazendo Levi abrir a boca, pronto para retrucar como sempre faria, porém a voz de Mikasa soou mais alta, fazendo com que virasse o rosto para analisar os dois mais velhos conversando.

– Eu achei que não viria esse ano, você demorou. – Levi corou ao perceber que era o motivo do atraso. – Dona Carla estava quase indo atrás de você. – Mikasa estalou a língua, ajustando a gola do blazer do ex marido enquanto Levi abaixa o rosto, ignorando a sensação de familiaridade que o nome citado gerou, preso demais na impotência que tomou seus sentidos com o que estava vendo.

Eren olhando de forma adorada para a mulher que agia como se eles ainda fossem um casal, íntimos e próximos, conversando e sorrindo como se ainda estivessem juntos, formando um belo casal, com certeza, talvez melhor do que ele mesmo faria com o homem mais velho, com certeza era o mais apropriado.

De cabeça baixa, Levi encolheu os ombros. Sentia-se pequeno demais para encarar qualquer pessoa agora. Quem ele pensou que era ao entrar ali de mãos dadas com Eren Jaeger? Mikasa parecia muito melhor para o homem e mesmo que Eren fosse teimoso demais para insistir em si, Levi não consegue pensar que ele pode ser melhor só por isso, melhor do que Mikasa. Desde o começo tudo que fez pelo mais velho foi arrumar problemas, invadir a vida dele, sendo inconveniente como sempre.

– … mas eu tenho o acompanhante mais lindo da noite. – Eren completou alguma fala que Levi não prestou atenção, dedos longos levantando seu queixo para que enxergasse os três mais altos lhe olhando agora, Eren com carinho, Armin curioso e Mikasa, de cima a baixo, como se estivesse o analisando. 

– Concordo. – A mulher disse por fim, seu nariz ainda de pé e seus olhos afiados, os braços voltando a se enroscar nos de Armin, a altura dela se igualando a do loiro graças aos saltos. – Aprecio ver você tão feliz, Eren, principalmente agora que está mais velho e chato.

– Sobre isso você tem razão, a idade chega para todos, não é? – Rindo, Eren não perdoou o olhar irritado de Mikasa que bateu o pé, virando o rosto.

– Não sei do que está falando. – Virando-se elegantemente e levando Armin junto, a asiática olhou por cima do ombro antes de sair. – Com licença.

– Feliz aniversário, senhor Jaeger. – Armin disse educadamente, olhando para Levi então. – Te vejo depois. – Sussurrou essa parte, recebendo um aceno do ainda zonzo Levi, que suspirou quando Eren beijou seus lábios em um selinho rápido.

– Já pensou sobre a minha proposta? – Eren perguntou casualmente, próximo o suficiente para beijar Levi de novo. 

– Ainda não, velho. – Ficou na ponta dos pés, devolvendo o selinho em um ato que exigiu alguma coragem, seus olhos se negando a observar ao redor e ver as pessoas olhando agora os dois. – Talvez 'velho' seja o único apelido adequado para você, já que insiste em me chamar de bebê.

– Eu disse que era seu sugar daddy. – Eren sorriu com o tapa que recebeu, roubando mais um selinho de Levi, que não pôde disfarçar o próprio sorriso.

– Eren Krueger Jaeger. – Uma voz conhecida faz Levi virar o rosto rapidamente, encontrando um rosto que nunca poderia esquecer, olhos dourados e cabelos castanhos bem presos em um coque elegante não faziam jus a beleza casual da bela senhora que surgiu. – Não acredito que deixou sua mãe esperando, mocinho.

– Você já não nos visita mais… – O senhor ao lado da mulher suspirou dramaticamente, balançando a cabeça como se estivesse decepcionado. – E ainda não fez questão de nos cumprimentar.

– Estive ocupado. – Eren murmurou, coçando a cabeça enquanto sorria sem graça. – E nós já estávamos indo até vocês, se não tivessem convidado tanta gente talvez poderíamos ter atravessado o salão mais rápido.

– E ainda reclama. – O homem de cabelos castanhos e olhos verdes com uma barba rala no queixo lamentou, recebendo uma cotovelada da esposa. – O que foi isso?

– Seja mais educado na frente do namorado do nosso filho. – Encarando Levi agora, o sorriso forçado de Carla derreteu vagarosamente enquanto um brilho conhecedor passa por seus olhos, fazendo a mulher piscar surpresa com o reconhecimento. – Oh meu deus, é você!

– Senhora… – Levi começou, corando absurdamente enquanto Eren pisca confuso para os dois. A sensação de enjôo que tomou o Ackerman foi o suficiente para deixá-lo paralisado no lugar. – Eu-

– Levi, céus, você está bem querido? – Carla mal piscou antes de agarrar o baixinho em um abraço de mãe, suas mãos agarrando o rosto do garoto, procurando possíveis ferimentos. – Por que não me ligou? Eu fiquei tão preocupada.

– Me desculpe, Carla, eu não- – Engoliu em seco, não tinha pensado em nenhuma desculpa para dar a mulher. Quem pensaria que Carla seria a mãe de Eren? O mais velho nunca comentou o nome e mesmo assim Levi não acreditaria que poderia ser a mesma pessoa.

Ela parecia jovem demais para ser mãe de três homens, principalmente de Zeke que estava próximo de seus quarenta.

– Oh não, nem pense em mentir para mim, menino. – Beijou a bochecha manchada de rubor, sorrindo com a expressão jovem e envergonhada do garoto fofo. – Eu fico feliz que esteja bem agora e de ter te encontrado, finalmente.

– Mãe? – Eren interrompeu os dois, surgindo nas costas de Levi e puxando-o dos braços longos de Carla. – Por que está agarrando meu namorado? Vocês se conhecem?

– Também estou curioso. – O homem mais velho também comentou, recebendo um olhar nada impressionado de Carla.

– Grisha esse é o menino de quem falei, que lutou comigo contra alguns assaltantes meses atrás. – Levi suspirou quando o pai de Eren, Grisha, arregalou os olhos. 

– Vocês já se conheciam então. – Eren parecia surpreso, as sobrancelhas juntas. 

– Obviamente. – Carla revirou os olhos. – Eu não acredito que vocês estão namorando, você parece tão novinho. – Ela agora falava com Levi, que apertou os lábios em nervosismo. – Você não está no colegial, está?

Levi negou com a cabeça.

– Tenho dezoito. – Disse baixinho, assistindo a mulher franzir as sobrancelhas em sua direção antes de suspirar aliviada, afastando-se apenas para bater no braço do filho do meio. 

– Se Eren aparecesse com uma criança aqui ele estaria com problemas. – Grisha explicou enquanto Eren apenas sorria, ignorando o tapa. – Sou Grisha.

– Levi. – Apertou a mão estendida, ainda confuso com a animação e gentileza repentinas dos Jaegers. – A diferença de idade não incomoda…?

Audacioso o suficiente para perguntar, Levi percebeu Eren sorrir carinhoso para a mãe, que retribuiu enquanto Grisha acenava com a cabeça em uma conversa silenciosa entre os três que não demorou muito. A dinâmica era interessante e por um momento Levi acreditou que não seria mais o foco.

– Ele é uma graça. – Carla disse de repente, se voltando para Levi. – Lindo e tão fofo, como você está com o idiota do meu filho?

– Ele não nos visita. – Grisha disse sério, apoiando a mão no ombro de Levi como se estivesse falando de um assunto muito triste. – Não dá valor a quem o produziu e colocou no mundo, garoto, você não sabe com o que está lidando.

– Produziu? Eu não sou uma coisa. – Fazendo bico, Eren agarrou a mão de Levi outra vez, este que apenas virava a cabeça, perdido. – E sim, meu namorado é lindo e fofo. – Deu ênfase no 'meu', como se estivesse com medo de ter Levi roubado pelos pais e por um momento o Ackerman acreditou que poderia mesmo.

– Você precisa ir na academia em algum momento, Levi, estou realmente ansiosa para ver o que pode fazer. – Carla disse séria, fazendo Levi balançar a cabeça, concordando lentamente.

– Eu o vi lutar e é incrível, mãe, ele é pequeno mas tem muita força. – Orgulhoso, Eren vendeu o peixe do mais novo, apertando o braço de Levi para mostrar que havia músculos ali. – Olha esse muque.

– Eu não sei…

– Não é um pedido. – Com uma mão em suas costas, Levi se deixou ser conduzido por Carla pelo salão até onde havia algumas mesas, em uma delas algumas pessoas já estavam acomodadas comendo e bebendo. – Logicamente não vou cobrar nada do namorado do meu filho. – Levi corou. – Então sinta-se à vontade para ir quando quiser.

– Eu já disse isso a ele. – Eren cantarolou, acompanhando com o pai do lado, logo todos eles estavam acomodados em uma mesa onde já haviam algumas pessoas, incluindo um idoso que Levi reconheceu imediatamente.

– Acho que posso fazer isso. – Disse por fim, finalmente convencido, fazendo mãe e filho comemorarem, cada um ao seu lado.

– Ei você. – O velho Krueger acenou rapidamente para Levi, nem um pouco surpreso com sua presença. Carla observou os dois com as sobrancelhas levantadas. – Estou entediado, não posso encher a cara, não posso andar por aí que minhas pernas doem, por que todo ano vocês insistem em me trazer?

– Você veio sozinho. – Grisha disse em um suspiro, balançando a cabeça e sendo ignorado.

– Vocês se conhecem? – Carla perguntou para Levi, olhando para o vovô Eren em seguida.

– Ele é amigo da Isa também. – Zeke surgiu na mesa carregava alguns copos nas mãos. – Vi vocês chegando de longe, espero que não se incomodem. – Deixou um copo para Levi e outro para Eren, dentro dele havia apenas refrigerante, percebe pelo cheiro, o que surpreendeu o mais novo.

Zeke quase nunca estava por perto, mesmo que estivesse morando com o irmão, o homem passava seu tempo ou trabalhando, saindo ou trancado em seu quarto. Ele sabia que Levi estava lá e o Ackerman sentia que o homem fazia o máximo para evitar que se encontrassem.

Quando perguntou a Eren sobre isso, se sentindo mal por restringir Zeke em sua própria casa, o Jaeger de cabelos castanhos disse que apesar de parecer idiota, Zeke sempre foi observador o suficiente e que tinha tomado a decisão de deixá-los sozinhos por si próprio.

Então não era novidade receber aquele tipo de gentileza do loiro, que normalmente seria mais silencioso com isso, porém Levi também não esperava que seu problema com álcool fosse facilmente percebido, o que é vergonhoso, levando em conta que Zeke também faz parte da família Jaeger.

Piscando um dos olhos em sua direção, Zeke sorriu, estendendo seu próprio copo de refrigerante, levando Levi a entender que, de alguma forma, o loiro estava desviando as atenções, conscientemente ou não.

Olhou para a mesa constrangido, percebendo quando Carla depositou um prato de Canapés na sua frente, sorrindo como uma mãe orgulhosa. Depois de agradecer baixinho, enfiou a comida na boca, tentando por um momento esquecer o mundo ao redor e todas as emoções que estava sentindo de uma só vez, lhe oprimindo de um jeito novo, pois ao mesmo tempo que se sente sufocado pela atenção, Levi se sente grato, ele gosta disso, por mais estranho que possa parecer.

As conversas continuaram e até ficaram mais altas ao seu redor, gargalhadas e resmungos puderam ser ouvidos por toda a família Jaeger, que parecia feliz, alegre e muito unida. Levi acha isso incrível, todos eles são gentis, cada um à sua maneira, e quando Eren tocou sua mão por cima da mesa, cruzando seus dedos, Levi levantou a cabeça, encontrando sorrisos em sua direção.

É muito, sim, mas Levi estava agradecido por não se sentir sozinho como antes e mesmo que agora seu coração esteja acelerado, Levi sabe que é por algo bom, um sentimento quente que o deixou tonto.

– Bebê, eu quero te falar uma coisa. – Eren falou sério, parecendo quase nervoso, ansioso como antes, a mão dentro do bolso do blazer novamente. – Ou perguntar, acho, eu-

– Doutor Jaeger! – Um casal de idosos se aproximou da mesa, cumprimentando ansiosamente Grisha, que os recebeu educadamente. 

– Oh, como vocês estão? – Grisha se levantou, apertando a mão dos dois rapidamente. 

– Bem, quero dizer, estamos preocupados com a cirurgia, porém estou confiante que o senhor fará o seu melhor. – O homem respondeu com um sorriso cuidadoso, fazendo Grisha balançar a cabeça.

– Nós temos apenas vinte por cento a nosso favor. – O Jaeger foi honesto, a informação não era uma surpresa. – Mas o senhor Dietrich é um lutador, tenho certeza que ele vai resistir.

Congelado, Levi esqueceu completamente do pedido de Eren com o nome citado, seus olhos se arregalaram tanto quanto possível enquanto seu pescoço se vira lentamente na direção de Grisha, a boca meia aberta e o coração falhando uma batida.

– Dietrich? – O nome tremeu em seus lábios, um gosto nojento, quase lamacento tomando sua saliva, a voz saindo engasgada, atraindo atenção da mesa.

– Você está bem? – Eren agarrou suas mãos geladas, mas Levi sacudiu a cabeça, olhando para Grisha.

– Ian? – O Jaeger abriu a boca, mas Levi foi mais rápido. – Ian Dietrich?

A confirmação silenciosa de Grisha apenas fez com que Levi tropeçasse para trás, levantando da cadeira e tropeçando em suas pernas trêmulas, os lábios pálidos com as lembranças desagradáveis.

Eren se levantou, tentando amparar Levi, porém outra pessoa chegou a tempo por trás, impedindo a queda do garoto com um braço, que engasgando, Levi mal notou a presença de Erwin Smith quando olhou.

– Por que você está aqui? – De braços dados com o loiro estava ninguém menos que Kuchel, sua mãe, a voz de nojo foi identificada por todos, alta o suficiente para atrair atenção. – Quer estragar a noite dessas pessoas? Quem você acha que é?

– Mãe? – Assustado, Levi tremeu quando a mulher pisou duro em sua direção, toda a família Jaeger perdida ao assistir a cena.

– Esse não é um lugar para criaturas sujas como você, Levi, peça desculpas e saia. – A voz firme de Kuchel fez Levi soluçar, lágrimas escorrendo de seus olhos debaixo dos olhos frios da Ackerman, as mãos envolvendo o próprio corpo. – Não está me escutando?

– Ei! – Eren tentou intervir, se aproximando, porém Kuchel foi mais rápida, estendendo a mão para dar um tapa no garoto que considerou inconveniente.

Se encolhendo, Levi teve o reflexo de se afastar, tropeçando em um garçom que passava logo atrás, derrubando uma bandeja inteira de taças cheias, o cheiro de álcool subindo no ar enquanto cai em meio ao vidro, se molhando e chamando a atenção de todo o salão para si.

Com os olhos arregalados, Levi mal registrou nada ao seu redor, não enxergando as pessoas em sua volta quando se levantou, tremendo muito mais, as mãos sangrando por conta dos cortes.

– Me desculpe, desculpe, eu- – Dando passos para trás, Levi fugiu do olhar de qualquer conhecido presente, até mesmo de Farlan ou Isabel que viu chegando à sua esquerda, envergonhado demais por ter destruído a festa, decepcionado Eren e feito isso. 

Seu coração estava acelerado e com lágrimas escorrendo pelo rosto, Levi mal percebeu que estava correndo, saindo para a rua em um ritmo rápido demais para seu cérebro acompanhar com lucidez.

O centro da cidade não é desconhecido e correndo sem rumo, Levi logo percebe o lugar mais próximo, entrando sem se preocupar com seu estado, ignorando os olhares em sua direção, sentou-se no balcão do savana's bar, a reparação rápida e os olhos fixados na madeira debaixo de suas mãos, nos relevos antigos enquanto a sensação nauseante de vômito ameaça vir à superfície.

O mundo de repente parece muito rápido, nada faz sentido, as memórias são confusas e por um momento, Levi não consegue respirar, seus pulmões doem e sua cabeça pesa.

Eren está decepcionado, não é? Mais uma vez Levi estragou tudo, sempre foi assim, ele não poderia culpar o Jaeger caso não quisesse mais nada com ele. Quem iria querer? Sua mãe estava certa o tempo todo, Levi nunca deveria ter nascido, ele foi um erro desde o começo e mesmo quando alguém o amou, ele falhou, não cumprindo a única promessa que tinha feito ao seu pai.

– Acho que alguém precisa de uma bebida. – Não foi surpreendente escutar a voz de Mike, aquele sempre foi o bar favorito dos dois, afinal. 

Sem desviar os olhos do balcão, Levi viu e bebeu a dose que foi servida sem pensar duas vezes, não havia culpa, apenas a sensação de vazio que o acometia sempre que o álcool descia por sua garganta. Dessa vez, porém, Levi sentiu como se estivesse bebendo água, virando as próximas doses servidas sem se importar com a quantidade, suspirando quando a dor persistiu. Ele precisa disso agora, não é como se fizesse sempre, seria apenas um pouco para sufocar a sensação alucinante em seu peito.

Estava paralisado no lugar apesar de tudo, o que ele poderia fazer? Voltar lá depois de estragar tudo não era uma opção, não quando tinha certeza que seu relacionamento com Eren seria desaprovado em todos os níveis, ele nunca foi apropriado para Eren e por um momento, se enganou ao pensar que poderia passar por tudo com ele ao lado.

Levi sabe que é sujo, ele não pode se esquecer disso.

– Ei. – Mike estava acariciando seu cabelo, desfazendo seu penteado. – Você está bonito.

Levi não respondeu, mal estava respirando no lugar. 

– Estou com saudades, você tem sido ingrato, Levi. – Mike suspirou tristemente em seu pescoço, Levi apenas balançou a cabeça, bebendo mais duas doses seguidas, já tinha perdido a conta mesmo, seus dedos firmemente agarrados ao vidro do copo, trêmulos e sujos de sangue, olhar para eles também foi doloroso, mas não havia mais, de qualquer maneira. – Vem, você precisa de ajuda.

Sem protestar, Levi se deixou ser guiado para fora do bar, o corpo cambaleando com a quantidade repentina de álcool, seu organismo ameaçando colocar para fora tudo que ingeriu, o enjoo ficando mais forte a cada passo, o que Levi ignorou, os olhos grudados no chão, desistentes, perdidos.

– Tudo bem. – Mike continuou falando, Levi sentiu vontade de mandá-lo calar a boca. – Abaixe-se, vou limpar suas mãos.

Concordando com a cabeça, Levi se abaixou, tendo suas mãos puxadas para que algo ardente fosse jogado sobre elas, whisky, percebeu, mal tremendo com o álcool sobre os cortes.

– Bom. – Levantando, Mike largou a garrafa no chão, suspirando como se estivesse muito cansado, Levi novamente sentiu vontade de xingar o loiro, mas o enjoo em seu estômago estava forte demais para falar qualquer coisa, suas pernas moles e a cabeça rodando, ele só queria dormir agora, talvez voltar para seu apartamento e não incomodar Eren nunca mais, seria o certo a se fazer. – O que acha de relembrar nosso último encontro, hum?

Levi mal piscou quando percebeu o pênis do ex sendo esfregado, ainda dentro da calça, em seu rosto, Mike agora estava de pé e a mão firme em seu cabelo, obrigando o corpo mole do Ackerman a ajoelhar no beco sujo e escuro.

– Não- – Tentou protestar, mas o enjoo fez seu corpo tremer com força, os olhos se apertando, dando a deixa para Mike colocar o membro para fora, apontando para a boca de Levi.

– Cala a porra da boca, você errou comigo a partir do momento que passou a me ignorar, filho da puta. – Segurando as bochechas de Levi, Mike o obrigou a abrir a boca, encaixando seu sexo no abrigo quente sem qualquer cuidado, acionando o reflexo de vômito de Levi no mesmo momento, o cheiro almiscarado de suor masculino fazendo toda a ânsia se acumular de uma só vez. – Eu cansei de ser bom para você, sua putinha, você dá para qualquer um e ainda tem coragem de me ignorar, porra.

Engasgando, Levi mal ouviu, vomitando tudo que estava em seu estômago, sujando Mike com o jato potente e fazendo o ex pular para trás, xingando palavrões de nojo enquanto Levi tenta se levantar, cambaleando enquanto limpa a boca com as costas da mão.

Por que? Levi quis perguntar, fungando forte o suficiente para ser ouvido, algo se alarmando dentro dele, a necessidade de fugir do que acabou de acontecer fazendo com que se movesse, fuja, saia daqui. Forçou as pernas o máximo que conseguia, correndo em zigue zague, trêmulo e ofegante, porém com medo demais para permanecer e esperar por qualquer outra ação de Mike.

Levi está com medo, assustado, nunca havia pensado que Mike poderia fazer algo assim, ser bruto sim, mas chegar tão longe? Obrigando-o dessa maneira, tratando-o como o monstro nojento que é, como Ian fez, manchando sua vida para sempre.

Ele queria não merecer isso.

Cambaleando, Levi correu sem pensar, suas pernas fortes aguentando mais do que seria possível, confuso e desnorteado, desejou mais do que nunca os braços de Eren, o abraço reconfortante do Jaeger em volta do seu corpo, a segurança que só ele poderia dar em um momento assim.

Por que estava fugindo? Ele precisa de Eren, ou Isabel, Armin, qualquer um, Levi só não quer estar sozinho agora, ele não quer encarar seu reflexo em lugar nenhum, nem lidar com seus próprios pensamentos, ou culpa, ou sujeira. Levi sente medo de si mesmo, do que sabe que pode fazer consigo e porra, ele não quer isso, mesmo que seja necessário, deixar as pessoas em paz, deixar de ser um peso, ele não quer mas precisa sumir.

Estendendo o braço, Levi entrou no primeiro táxi que encontrou na beira da estrada, deixando Mike em algum lugar lá atrás, junto do bar em que os dois tiveram suas primeiras vezes, do lugar que deveria guardar memórias boas.

Mas agora não mais.

Murmurou o endereço do apartamento que divide com Armin da melhor forma que conseguiu, sendo atendido rapidamente pelo motorista, que dez minutos depois o deixou no lugar, recebendo mais notas do que o suficiente pela corrida, emboladas pela mão do rapaz pequeno o bêbado, que saiu cambaleando para a calçada enquanto ia embora.

A dor do impacto demorou para ser sentida, Levi caiu sentado no chão sem perceber onde bateu, a testa pegando fogo com o contato com o metal duro do carro parado na calçada e enquanto pisca lentamente, Levi percebe que bateu no carro que Eren tinha lhe emprestado.

Enfiando a mão no bolso, Levi pôde sentir seu chaveiro lá, as chaves do carro, do próprio apartamento, de frente onde ele está agora, do apartamento de Eren, na parte nobre da cidade e do café, que ele abria algumas vezes por semanas.

Ele deveria entrar no seu apartamento e fazer o que é certo, deixar de ser um desgosto para todos os outros não era uma ideia que lhe trazia paz, mas Levi sentia tanto que era necessário, doía pensar em machucar os outros, ele só queria parar de ser tão nojento.

Mas Eren entenderia, não é? Levi não é idiota por achar que o Jaeger negaria lhe confortar agora, por mais desagradável que seja, errado, Levi nunca poderia mentir para si mesmo sobre isso, ele sabe que Eren perdoaria como sempre, envolvendo os braços repletos de cicatrizes em volta de seu corpo, promessas silenciosas de que assim como ele próprio, um dia Levi carregaria suas próprias marcas, cicatrizadas e com belos desenhos em cima, esquecidas e superadas.

Ele quer tanto.

Cambaleando, Levi abriu a porta do carro, sentando desajeitadamente no banco do motorista, alheio a qualquer outra coisa ao seu redor, seus olhos meio fechados pela grande quantidade de bebida, o coração acelerado dentro do peito e o nó na garganta impedindo-o de falar.

Ele só precisa de Eren agora.

Chegar em Eren é seu objetivo quando começa a dirigir, não importa a distância, quantas ruas são, quem está no caminho, se chegar até lá ele sabe que pode ficar bem, Eren tinha provado isso tantas vezes, não é? Ele não tinha razões para duvidar, não havia motivos para isso, Eren estaria no final da noite, os dois se abraçariam na banheira e fariam amor e chorariam juntos.

Eren lhe seguraria no colo com força, dizendo coisas aleatórias com aquela voz rouca, contando histórias de sua adolescência, contando receitas e falando e falando até que estivesse sonolento. Levi quase pode ouvir, 'Livai' baixinho em sua orelha, a rouquidão gostosa que sempre faz com que suas noites sejam mais longas.

Ele ama isso. Fechando os olhos com as lembranças, Levi sorri enquanto o aperto no peito diminui, o coração desacelera lentamente, ele consegue, Eren estará lá.

Suspirando, o cochilo é rápido, dois segundos são o bastante para fazer com que seu pulso perca o controle do volante, que gira com força, lançando o carro diretamente até a árvore mais próxima cercando a estrada, lançando Levi, sem cinto de segurança, direto para o vidro do parabrisa, voando para fora, ficando com apenas parte do corpo preso no carro agora destruído.


Eu estava dançando com o diabo

Fora de controle

Eu quase cheguei ao céu

Foi mais perto do que você imagina

Jogando com o inimigo

Apostando a minha alma

É tão difícil dizer não

Quando se está dançando com o diabo



Notas Finais


Oh gente, isso foi de zero a cem muito rápido hein? Eu fico com raiva pq eles estavam tão namoradinhos, o Eren estava sendo um sugar daddy de respeito e só nada a vagabunda da Kuchel surge, sempre tem um FDP né?
Só podia ser o erwin pra surgir com ela, então isso explica a tentativa estranha de aproximação repentina dele, hein?
Os próximos capítulos contam com mais de Eren do que estamos acostumados, alguns povs diferentes, mas definitivamente mais dos sentimentos profundos do Eren pelo baixinho.
Até o próximo, prometo não demorar


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