História Diabolik Memories - Four

"O quê que essa garota fez comigo? Tirou as algemas do bandido." - Tchau e Bença Amor, Mc Pedrinho e Mc Livinho

Quarto de Akame

- Ora, ora, parece que um deles já foi. - O homem riu.

- Você viu aquilo? - Ela perguntou, assustada. - 

Mas assustada porque? 

- É claro, Akame-chan. Eu vejo tudo. - O homem disse, com sua clara voz de deboche. - 

- Você sabe muito bem como é o Laito. Faça sexo que ele te da o que você quiser. - A garota riu de seu comentário que arrancou um sorriso do homem. - 

- Você não era assim Akame-chan. Você era tão santinha. - O homem se aproximou, passando a mão em uma das mechas do longo cabelo preto de Akame. - 

- Era, até você me estuprar. - Falou, friamente. - 

Tic. Tac. Tic. Tac

Isso tirou do homem, uma risada divertida. Como se a garota tivesse acabado de contar uma piada muito engraçado. 

Na escola

- AKAME! - Gritou Lily. - 

- Meu Deus! O que foi Lily? - Perguntou, assustada. - 

- Estou falando com você a 10 minutos, e você aí viajando. - Lily revirou os olhos. - O quê foi? 

- Nada, só estou um pouco pensativa. 

Mentiu. 

- Não está gostando de morar com os Sakamaki's? - A loira disse, com a voz maliciosa. - 

Nesta altura do campeonato, todos da escola já sabiam que Akame estava morando com os Sakamaki's. As fofocas correm rápido nessa escola. 

- Dá no mesmo pra mim. - Ela disse de ombros. 

Mentiu. 

- Aaaaaaah deixa de ser chata. Quem você gosta mais? - Lily perguntou, balançando Akame igual uma boneca de pano. - 

- Não tem um que eu goste mais, são todos iguais. - Falou, revirando os olhos. 

Mentiu. 

- Ahh, eu gosto mais do Laito. - Lily sorriu, olhando para o nada. Akame tossiu. - Você está bem? 

- Claro... Eeh, o Laito? Ele é um pervertido com fama de galinha Lily, não vale a pena. - Akame inventou uma desculpa, não poderia virar para a amiga e dizer que transou com o Laito na noite passada. - 

- Eu sei, não quero namora-lo. Só acho ele MUITO bonito. - Ela disse, sorrindo maliciosamente. - 

- Você é uma safada. - Akame riu. - 

- Você também, Aka-chan. - Disse rindo. - 

Na Sala

- Então você reduz a fração depois multiplica pelo expoente... AKAME! - Gritou o professor de matemática. - 

- A globalização é o processo de interligação de países... - Acordou assustada. - Quê? 

- É aula de matemática, não geografia. - O professor falou. - 

- Tá, tá. Desculpe Senhor Kurosaki. - Disse, fazendo uma leve reverência. - 

- Não conseguiu dormir direito ontem, Bitch-chan? - Laito perguntou baixo, já que se sentavam um ao lado do outro. - 

A garota decidiu ignorar, o que fez o vampiro rir. 

Intervalo

- Akame, cachorro quente ou coxinha? - Perguntou Lily. - 

- Os dois. - Ela sorriu e entregou o dinheiro para a amiga, que saiu em disparada na direção da cantina. - 

Akame voltou a andar sozinha, indo para o pátio. Reparou o quanto aquela escola é grande e sombria. Paredes azuis gelo, com grandes vidraças que refletiam o céu azul escuro e a Lua cheia. 

- Panqueca! - Ayato a puxou pelo braço, a fazendo bater de costas no armário. - Estou com sede. 

- Aqui no corredor? Você era mais discreto com a Yui. - Ela sorriu. - 

O vampiro mordeu forte o pescoço de Akame, que sentiu seu sangue escorrer pela boca do menino na sua frente. 

- Seu sangue é muito bom. - Ele deu uma pausa, mas logo depois voltou a morder. - 

A garota apenas segurava a dor. Às vezes ela passava a mão pelos cabelos ruivos de Ayato, os puxando. Sentiu suas pernas fraquejarem. 

- Pena que fala demais. - Ele a soltou, fazendo-a cair de joelhos no chão. - 

O vampiro logo sumiu pelo corredor. 

- Possessivos e gulosos. - A garota riu, mas ainda revirou os olhos. - 

Se arrastou até seu armário, pegando ali um de seus pequenos frascos e virando o líquido "maravilhoso" na boca. Ela logo se sentiu melhor e foi andando/correndo até o pátio. 

Pátio

- Demorou! - Disse Lily, sentada embaixo de uma árvore de Sakura, sem folhas. 

- Passei no banheiro. - Ela sorriu. - 

Mentiu. 

- Olha seus colegas de casa ali. - Lily apontou com a cabeça para os Sakamaki's que estavam sentados numa mesa um pouco distante delas. - 

- Deixe eles lá. - Akame revirou os olhos, pegando seu cachorro quente e dando uma mordida. - 

- Ei, Akame, porque você ainda tem os dentes caninos? - Lily riu. - Assim você parece mesmo uma cachorra. - Lily disparou em risadas altas e divertidas. - 

- Ha ha ha que engraçada. - Akame sorriu. - Não sei, ele só tem esse formato. - Revirou os olhos. - 

Mentiu. 

- Tá bom, dog. - Lily deu uma cotovelada na amiga, que no momento bebia suco. O suco voou todo todo no rosto da morena. - 

- Eu. Irei. Te. Matar. - Akame disse pausadamente, limpando o suco em seu rosto. Lily ria, ria muito. - 

- Aa vai. - Ela só riu mais. - 

- Vou chamar o Laito pra você. - Akame disse, sorrindo. - 

- Nossa Aka-chan, você é cruel. - Agora foi a fez de Akame rir, uma risada divertida. 

Quarto de Akame

Mais uma noite de aula tinha se passado. Conversou com Lily. Tivera seu sangue drenado no meio do corredor. Desviou do assédio sexual de Laito: tudo certo. 

Akame foi para o banheiro, tirando seu uniforme, dobrando e colocando encima da pia. Entrou na banheira e sentiu a água quente relaxar todos os seus musculos. 

Saiu, da banheira depois de longos 20 minutos, vestiu seu pijama branco de listrinhas azuis na horizontal e se deitou na cama, pronta para dormir.

*Dia seguinte. Jantar*

- Boa noite... - A garota apareceu na porta da cozinha, vendo que os irmãos já estavam lá. - 

Sem resposta. O que fez a garota revirar os olhos. 

-Bitch-chan. - Laito cantarolou. - Boa Noite. - Veio em direção a garota, preparado para a beijar. - 

A mesma só desviou e foi em direção a mesa. Sentando entre Subaru e Shuu. 

- Foi mal, Pervertido-kun. Foi só por uma noite. 

Deu para escutar a risada abafada de Ayato. 

- Laito sendo rejeitado pela panqueca? Isso só se vê uma vez na vida. - Ele se disparou em risadas. - 

- Na hora era não foi tão arrogante assim. - Laito riu, arrumando o chapéu. - 

- Que convencido Laito! - Ela o repreendeu. - Eu só não tinha nada melhor para fazer. 

Ayato, outra vez riu, riu alto. 

- Bom... Agora, eu quero saber, porque bebeu meu sangue? - Laito aparecei atrás da menina, virando o rosto dela, segurando suas bochechas com apenas uma mão, a forçando a olhar nos olhos. - 

Laito não estava com seu clássico sorriso traiçoeiro, estava sério. Seus olhos demonstraram o demônio que ele era. 

- Oras, estava com sede. - A garota deu de ombros, se soltando do vampiro. - 

- Você é humano, não sente sede. - Retrucou Laito. - 

- Claro que sinto. - Ela sorriu. - 

- E o que acontece com humanos que bebem sangue de vampiro? - Reiji perguntou, se sentando a mesa. - 

- Nada. - Ela respondeu, simplesmente. - Não me vê? Estou normal. 

Mentiu. 

-Você não é normal. - Falou Subaru. - 

- Claro que sou. O que tem de diferente em mim? - A garota riu. - 

- Força. - Disse Subaru. 

- Persas. - Completou Laito. - 

- As pessoas podem praticar alguns exercícios físicos, você não concorda? - A garota revirou os olhos. - A culpa não é minha se ainda tenho meus dentes caninos. 

Mentiu. 

- E porque sabe tanto sobre nós? - Disse Reiji, arrumando os óculos. - 

- Um am... - Iria falar a sua clássica desculpa. - 

- E como matou Kallheinz? - Disse Ayato. - 

- Quantas perguntas... - A garota revirou os olhos, logo desistindo e começando a se servir. - 

- Responda. - Kanato disse algo pela primeira vez. - 

- Tive curiosidade, vocês são vampiros, seria legal saber mais de vocês do que vocês mesmos. - Ela deu um gole no suco de Cranberry em seu copo. - Kallheinz me irritava, ele vacilou e morreu, simples. 

Todos ficaram em silêncio. 

"Saber mais de nós do que nós mesmos"

Tic. Tac. Tic. Tac. 

- Tsc. - Foi o único som escutado na cozinha, Subaru estava nervoso. - 

Estava nervoso pela garota saber demais. Pela garota falar demais. Pela garota ser arrogante demais.

Isso o irritava profundamente. 

A garota de levantou e foi para seu quarto pegar sua mochila. 

Quarto de Akame

- Eu te irrito, Akame-chan? - O homem perguntou, parece que sempre estava a vigiando. - 

Na verdade, sempre estava. 

Sempre esteve. 

- Muito. - Ela disse, simplesmente. - 

- Sua mãe não acha isso... - Sussurrou no ouvido da garota, que se arrepiou. - 

Um arrepio de medo. 

O homem deixou algumas fotos encima da comoda, junto com os frascos e sumiu. 

A garota colocou tudo dentro da mochila e foi embora, irritada, mas disfarçando. 

Como sempre.