História Do You Love Me? - I dont blame you anymore, part 1

G-Dragon POV

- C-Claro! Fique a vontade... – assentiu Youngbae, liberando a passagem da porta para que eu pudesse entrar. Não estou mais acostumado com toda essa cortesia. É a primeira vez, depois de muito tempo, que eu pedia permissão para entrar em sua casa. Normalmente, ele acordava de manhã e já me encontrava largado no sofá da sala comendo ramen.

Abri um sorriso tímido e, com as mãos encolhidas dentro dos bolsos da calça jeans, entrei na sala examinando cada canto do cômodo, como se fosse um local desconhecido.

- Como você tem passado? – perguntei, de pé ao lado da mesa de centro. Era um pergunta bastante desnecessária, já que a resposta era clara.

- Não muito bem. – respondeu, olhando para o chão. – E você?

- Não muito bem. – devolvi, com as mesmas palavras.

- Porque veio até aqui? – questionou Taeyang, me encarando.

- Eu tive uma conversa com TOP e...

- Olha Jiyong, - ele interrompeu. – Se você veio até aqui para me dizer mais alguma coisa sobre o que aconteceu, pode poupar o seu tempo. Já me sinto péssimo o bastante.

- Não, não é isso.

- Então o que é?

- Como eu estava dizendo, conversei com TOP e ele me disse que você considerou deixar o BIGBANG.

- Sim, é verdade.

- Você não pode desistir de seu sonho assim, Youngbae! – protestei. Eu realmente me sinto culpado por isso.

- Porque não? Essa é a minha decisão.

- Como você pode jogar para o alto tudo o que você conquistou até hoje? Você lutou muito para chegar até aqui e eu sou testemunha disso! Sofreu humilhações, passou por situações terríveis as quais muitos outros já teriam desistido, mas você foi forte e aguentou até o final. Não jogue tudo fora agora! – exclamei, gesticulando demasiadamente devido a ansiedade, nervosismo, talvez culpa...

- Você não tem moral alguma para me dizer tudo isso, quando a primeira coisa que você fez ao se deparar com um obstáculo foi largar tudo! – gritou Youngbae, me causando um susto repentino. – E como eu poderia continuar sem você? Esse era o NOSSO sonho, o sonho daquelas duas crianças que se tornaram amigos há muitos anos atrás. Mas eu arruinei tudo, fui um completo idiota e fiz com que você perdesse toda a confiança que você depositava em mim, eu admito isso. Reconheço que o melhor para você agora é viver afastado de mim. Você é a pessoa que sempre esteve lá por mim, o único que acreditou de verdade no sonho daquele pirralho de bandana. O único que secou minhas lágrimas durante uma noite inteira quando o Papa YG disse que eu não era bom o suficiente. Você é um irmão para mim, Jiyong. A pessoa que eu mais confio e admiro nesse mundo. Você pode me odiar para o resto da sua vida, mas não pode me obrigar a sentir o mesmo. Se sair do BIGBANG é o preço que eu tenho que pagar para que você seja feliz, é o que eu farei.

Uma lágrima escapou de meus olhos. Diante desse desabafo, como eu poderia não acreditar nele? Como eu poderia continuar acreditando que ele havia ficado com Chaerin apenas para me fazer mal? Como eu poderia ser tão insensível a ponto de pensar que cada uma dessas palavras eram falsas? Eu simplesmente não podia mais. Fui em sua direção e o envolvi em um abraço. Aquele mesmo abraço que sempre o confortou.

- Se é a minha felicidade que você quer, então não faça isso. Eu fui um insensível, não deveria ter te tratado daquela forma. Me desculpe, Youngbae. E, por favor, não nos deixe.

- E-Eu... Não sei o que dizer... – falou surpreso, acho que ele não esperava esse tipo de reação vindo de mim.

- Diga que vai continuar com a gente. O BIGBANG não é nada sem você, e eu também não.

- Mas o que eu fiz...

- O que você fez está no passado. E, como um grande amigo me disse, passado é passado. O G-Dragon não é ninguém sem o Taeyang. E o Kwon Jiyong não é nada sem a amizade e a companhia de Dong Youngbae. Por favor, não me deixe sozinho. – supliquei.

- Você tem certeza disso? – perguntou ainda hesitante.

- Absoluta. – respondi, acompanhado de um sorriso.

- Se é assim, eu fico!

  Um sorriso enorme tomou conta do meu rosto, essa era a melhor coisa que ele poderia ter me dito.

- Eu te amo Youngbae! – gritei, deixando um beijo estralado em sua bochecha e saindo porta a fora.

- Ei, aonde você vai?

- Tem uma outra pessoa com quem preciso conversar.

- Fighting!

Eu tinha certeza que, em minha testa, era possível ler o nome de Chaerin. Atravessei o corredor rapidamente e, quando olhei para trás, a imagem de Youngbae já havia desaparecido.