História Do You Love Me? - I dont blame you anymore, part 2

G-Dragon POV

- Dara? – questionei, quando a porta se abriu. – O que faz aqui?

- Estou curando as feridas que você deixou, dongsaeng. – respondeu, rindo e me convidando para entrar. Fiquei esperando na sala enquanto Dara ia até a cozinha. – Ultimamente, estou correndo igual uma louca... Da casa de Chaerin para a casa de Youngbae e vice-versa.

- Eu estive lá agora pouco, Youngbae me parecia tão fraco...

- Não me diga que você fizeram as pazes? Ah, isso é tão bom! – os olhos de Dara brilhavam. – Eu tentei fazer com que ele se alimentasse melhor, mas não consegui. Ele sentiu muito a sua falta...

Sorri desajeitadamente. Dara voltava da cozinha com uma xícara de chá de limão.

- Isso é para Chaerin. Eu estava levando para ela antes de você chegar, mas acho que ela ficará mais feliz se for você.

Eu agradeci e peguei a xícara, que de tão quente queimou a palma de minhas mãos. Considerei isso um castigo, por ter sido tão bobo. Abri a porta do quarto, que estava completamente escuro, e deixei a xícara em cima da cômoda. Chaerin estava coberta até a cabeça, parecia estar dormindo.

- Obrigada por cuidar de mim, unnie. – disse. Provavelmente, ela pensava que era Dara quem estava ao seu lado neste momento. Eu não respondi e ela continuou. – Não conseguiria passar por esse momento sem você. Quando Jiyong saiu por aquela porta, achei que fosse morrer. – eu continuava em silêncio. – Está muito difícil sem ele. – sua voz tornava-se cada vez mais trêmula.

Sem fazer barulho, sentei na beirada da cama e passei a alisar seus cabelos. Chaerin não movia nenhum músculo e seus olhos permaneciam fechados.

- Unnie? – perguntou, esperando resposta.

- Sou eu Chae. – falei calmamente, ainda passando meus dedos por entre seus fios de cabelo.

- Jiyong? – ela questionou, levantando-se subitamente. – O que você está fazendo aqui? Cadê a Dara? Quem te deixou entrar?

- Calma Chae. – pedi, segurando em seus ombros e a encostando na cama. – Eu estou aqui porque finalmente percebi o quanto fui imaturo.

- O que você quer dizer com isso? – questionou, com seus olhos lacrimejando de esperança.

- Eu estive com Youngbae antes de vir para cá. Ele disse coisas que realmente me emocionaram, e me fizeram cair na real. – Chaerin me encarava, quieta. Segurei uma de suas mãos com força e continuei. – Só quero que você me perdoe, por ter sido tão idiota e rude com você. Por favor...

- Ji, eu...

- Eu prometo, - a interrompi antes que ela falasse qualquer coisa. – que jamais serei assim novamente. Tão insensível, tão bobo... O ódio me cegou e eu não conseguia ver o que estava bem a minha frente, o quanto vocês dois se importam comigo e o quanto minha vida seria insignificante sem vocês ao meu lado. Você acha que pode me perdoar? – perguntei, me ajoelhando no chão.

- Ji, eu... eu senti tanto a sua falta! – falou Chaerin, praticamente pulando da cama e voando em meus braços.

- Isso quer dizer sim? Você me aceita de volta?

- Eu nunca te deixei ir.

Chaerin sorriu e eu reagi ao seu abraço. Envolvi meus braços ao redor de seu corpo e apertei forte, para que ela nunca mais pudesse sair de perto de mim. Estávamos nós dois, jogados ao chão e abraçados, reforçando fortemente o laço de amor que nos unia e que, apesar de tudo, nunca fora desatado.

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Seungri POV

- É aqui, muito obrigado. – falei para o taxista, pagando rapidamente a corrida e dando um tapinha em seu ombro.

Desci do carro e mais uma vez estava diante daquela casa. Havia um bom tempo que não aparecia por aqui, mas eu ainda me recordava perfeitamente da grama verde no chão, das paredes brancas, das janelas de madeira, e do canteiro de flores que ficava bem eu frente ao quarto dela. Me dirigi até a porta principal e toquei a campainha. Uma, duas vezes, até que a porta se abriu.

- Seungri, meu querido! – exclamou a mãe de Lee Hi, sorridente. – Você por aqui? Estava com saudades!

Hi é a única que ainda mora em uma casa normal, vivendo sua vida de forma normal. Diferente de todos nós, Lee Hi não precisou morar sozinha em um apartamento grande e solitário escolhido a dedo pelo Papa. Como ela ainda é muito nova, Yang permitiu que ela continuasse morando com sua família. Para ele, ela é apenas uma bonequinha de porcelana que deve ser tratada como tal, e com seu talento guardado a sete chaves.

- Olá Sra. Lee, é um prazer revê-la. – respondi, cumprimentando-a. – Papa Yang pediu para que eu viesse até aqui, devolver isso à Lee Hi. – tirei do bolso uma pulseira de prata que eu havia encontrado outro dia, no chão da sala de coreografias. Yang jamais gastaria seu precioso tempo me fazendo vir até aqui devolver uma pulseira. Isso não passava de uma desculpa ridícula, eu apenas queria vê-la.

- Ah, certo. Sinta-se a vontade Seungri, ela já está descendo.

Agradeci e sentei no sofá da sala. A mãe de Hi sempre foi assim comigo, muito gentil. De todos os garotos do BIGBANG, eu era o preferido dela. Acho que seu grande sonho é ver Lee Hi e eu juntos. Aliás, esse sonho não é só dela.

Após alguns minutos de espera, estava completamente imerso em meus pensamentos quando ouvi um barulho vindo da escada. Era ela. Hi estava linda, com um vestido azul escuro, curto e justo, e um sapato preto e alto, que denunciou sua chegada.

- Seungri, o que faz aqui? – perguntou, surpresa.

- Vim te devolver isso. – levantei e entreguei a pulseira em suas mãos. – Acho que você perdeu durante os ensaios.

- Muito obrigada, eu estava mesmo à procura dela. – um sorriso estampou-se em seu rosto enquanto ela colocava a pulseira em seu braço.

- Você está linda... Tem algum compromisso?

- Tenho sim. – respondeu, ajeitando algumas coisas em sua pequena bolsa. – Jay me convidou para jantar.

- Ah. – disparei, tentando esconder meu ciúme. – Então vocês namorando?

- Bem, estamos só nos conhecendo... – respondeu, franzindo a testa e pensando antes de dizer qualquer coisa.

- Entendi. – senti que meus punhos se cerraram instantaneamente. – E você gosta dele?

- Eu gosto, mas... ele tem alguns pensamentos estranhos as vezes.

- Pensamentos estranhos? – questionei.

Lee Hi olhou para os cantos da sala e, percebendo que estávamos sozinhos, aproximou-se de mim e começou a sussurrar.

- Eu vou te contar, mas fica só entre nós, certo? Você sabe que eu confio em você mais do que em qualquer pessoa no mundo. – eu assenti com a cabeça. – É que... – ela suspirou, tomando coragem antes de continuar. – Jay está querendo “avançar de nível” comigo, entende?

- Avançar de nível? – perguntei, assustado. Eu sei muito bem o que isso significa, mas não quero acreditar.

- Isso mesmo que você entendeu, ele quer passar uma noite comigo. – Hi abaixou a cabeça, e eu senti cada músculo do meu corpo se contrair e uma força enorme tomar conta do meu ser. – Mas eu não me sinto preparada para isso e...

- VOCÊ NÃO PODE! – gritei.

- Fala baixo, Seungri! – repreendeu Hi. – Ou quer que todo mundo escute?

- Dane-se todo mundo! Eu só quero que você saiba que não pode fazer isso!

- E porque eu não posso? – ela também alterou o tom de voz.

- Porque ele não é o cara certo pra você!

- Ah é? E quem é o cara certo pra mim então? – provocou.

- Eu vou te mostrar! – dei um passo para frente e puxei seu rosto com as mãos, levando seus lábios até os meus e a envolvendo em um beijo apressado e furioso. Hi tentava se distanciar, mas logo desistiu, rendendo-se a mim. Após alguns segundos, voltou a sua consciência e me empurrou.

- Porque você fez isso? – perguntou, com a mão sobre seus lábios.

- Porque eu quero você. – respondi, diretamente. Sério, não sei o que deu em mim.

- Mas você sempre me ignorou...

- Eu era um idiota! Tinha medo de ficar com você, te magoar... Mas agora eu sei que o meu lugar é ao seu lado, é com você que eu quero ficar, só com você. – me aproximei e passei a acariciar seu rosto com uma de minhas mãos. – De manhã quando eu acordo, é o seu rosto que eu quero ver. À tarde, é a sua boca que eu sinto vontade de beijar. E a noite, é o seu corpo que eu quero junto ao meu. E é a sua voz que ecoa em minha mente o tempo todo.

- Seungri, eu... – ela hesitava em dizer qualquer coisa, e meus olhos a encaravam implorando por alguma palavra. – Eu não posso.

- Você... não pode? – meus braços caíram ao lado do meu corpo, eu não esperava ouvir isso.

- Eu não quero magoar o Jay.

- Eu entendo. – consenti, visivelmente contrariado, e sentindo que as lágrimas poderiam escorrer a qualquer momento. Não queria que ela me visse chorando e fui em direção à porta, reconhecendo que essa era a hora certa para ir embora. - Agora eu tenho certeza do que eu quero, e não vou desistir de você. – falei, antes de bater a porta definitivamente.