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História Dois Irmãos - O Babaca


Escrita por: dannypereira_

Capítulo 16 - O Babaca


Após a minha conversa com Thomas, eu fui falar com o meu pai sobre o que havíamos conversado, ele não conseguia acreditar que o meu primo que adorava aprontar, estava em busca apenas de atenção da mãe, e também nem imaginava que sua irmã pudesse demonstrar não se importar com o filho, sinceramente não conseguia entender isso também. Bom, eu não tenho mãe e nem sou uma, talvez por isso que eu não entenda o que leva uma mãe a não se importar com seu filho, mas de uma coisa eu tenho certeza absoluta: quando eu for mãe, me dedicarei ao máximo pra ser a melhor mãe do mundo e farei de tudo para ver meus filhos felizes.

Thomas parou de fazer aquelas brincadeiras sem graça comigo, estava comportadinho, mas com o olhar tão triste.

-Eu não quero ir embora. -Falou durante o almoço. -Eu prometo que não faço mais brincadeiras, mas por favor, me deixem ficar aqui? -Pediu.

Papai eu não falamos nada, apenas nos olhamos em silêncio. 

-Thomas, vamos fazer o seguinte… Quando sua mãe chegar a gente conversa com ela e vê se te autoriza a morar aqui, pode ser?

-Tá bem. -Respondeu o menino com uma virada de olhos.

Contei para as meninas sobre toda a situação do meu primo, e elas ficaram bem surpresas e me apoiaram para falar com a minha tia. 

-Ele falou tudo isso? -Perguntou tia Beth ao contarmos tudo pra ela.

-Com todas as letras. -Falei. -Ele está bem triste e não quer voltar pra casa.

-Tadinho do meu menino. -Disse minha tia.

Ela foi até o quarto ´´dele´´ e ficou um tempão lá enquanto papai e eu aguardávamos ansiosos para saber o que estava havendo. Confesso que fiquei com um pouco de medo dela acabar brigando com ele por nossa causa, mas ainda bem que não foi o que aconteceu.

Papai e eu estávamos vendo TV na sala quando os dois descem abraçados, pareciam tão felizes e Thomas parecia ser outra criança.

-A gente conversou bastante. -Falou tia Beth. -Eu não sabia tudo o que ele sentia a meu respeito, mas já pedi desculpas, de agora por diante tudo será diferente, né filho?

Thomas com um mega sorriso acenou positivamente com a cabeça. Ambos pareciam muito felizes e a gente também estava bem feliz por eles.

-Desculpa as minhas travessuras, e obrigado por tudo. -Falou Thomas.

Ah, até que ele era fofinho. Agora. Mas acho que no fundo, bem lá no fundo, mas no fundo mesmo, eu sentiria saudade daquele pestinha.

Tia Beth nos agradeceu bastante por ter ficado com ele e também por ter lhe dito tudo o que estava acontecendo. Ela e Thomas se despediram da gente e foram embora, já papai e eu respiramos aliviados por tudo ter dado certo.

-Vai sentir falta dele? -Perguntou meu pai.

-Talvez. -Respondi. 

Semanas depois…

Feriadão. Quatro dias sem aula. Pensem na felicidade da pessoa? Sim, a pessoa, no caso, sou eu. Eu curtia estudar, gostava de aprender coisas novas, embora detestava levantar cedo e ter que aguentar algumas matérias chatas e uns professores insuportáveis. Mas ficar sem aula era mil vezes melhor.

Me acordei por volta das 13h, pois havia madrugada na internet fazendo chamada de vídeo com o Ethan, engraçado que parece que quando eu falo com ele as horas passam voando, já na escola a cada duas horas, se passaram apenas 5 minutos, juro que não entendo o que fazem com o relógio do colégio.

À tarde sai com as garotas, pena que o Ethan não pôde ir, tinha compromisso de família. Mika, Gabi e eu aproveitamos para ir ao cinema. Eu já falei pra vocês que sou viciada em cinema? Sério, se eu pudesse iria todos os dias nem que fosse pra ver o mesmo filme, mas se eu fizesse isso certamente iria à falência.

O filme era massa. Uma comédia bem da hora. Depois da sessão, fomos à praça de alimentação para comer tudo aquilo que a gente não podia, papai detestava que eu comesse porcaria, ele vive dizendo que é prejudicial para a saúde, eu sei que ele está certo, mas que culpa eu tenho se tudo o que faz mal pra gente é muito delicioso?

Droga! Com o feriadão acabando, as aulas voltariam ao normal, pior que eu estava com uma sensação estranha, de que algo novo aconteceria só não sabia se isso era bom ou ruim.

Na segunda - feira, sem muita opção, me acordei com o despertador.

-Ah, droga! 6h30. -Falei ao olhar as horas.

As garotas já haviam chegado no colégio, como de costume, elas sempre chegavam mais cedo. Fui até o banco em que estavam e me juntei à elas. Ethan ainda não havia chegado, faltava alguns minutos para o sinal tocar.

-Vou tentar falar com a sora de História sobre a prova. -Falei.

Me retirei e fui em direção à sala dos professores que ficavam na parte interna do colégio. Estava distraída com meus fones de ouvido quando de repente esbarro em um trambolho, que derruba todos os livros que eu estava segurando. Quando olho para frente, me deparo com um garoto um pouco mais alto que eu, de aparência bem bonita, ele era forte, meio musculoso, tinha cabelo com um pouco de topete e olhos meio cor de mel.

-Desculpa, deixe - me te ajudar. -Falou ao se abaixar para juntar meus livros.

-Você não olha por onde anda? -Perguntei de forma ríspida.

-Qual é, garota? -Perguntou mudando meu tom de voz. -Eu pedi desculpa.

-Idiota!-Falei ao pegar meus livros que estavam nas mãos daquele imbecil.

-Estressadinha! -Ele falou ao me dar as costas e se juntando novamente com seus amigos que haviam parado para ver toda a cena.

Fico vendo - o se afastar, acabo me dando conta de que nunca tinha visto ele na escola antes, não sei nem de que turma ele é, a única coisa que eu sabia é que ele é um completo babaca.

 



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