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História Equilíbrio. - Em busca da liderança.


Escrita por: MaurraseC

Notas do Autor


Bem, como posso começar isso?
Há uma grande probabilidade de eu começar a trabalhar nas próximas semanas, afinal a vida de responsabilidades chega de forma esperada. Isso significa que terei menos tempo para escrever, o que irá dificultar muito minha situação. Contudo, já prevendo este caso, deixei reservados cerca de sete capítulos, o que dar numa faixa de um mês de história, sendo necessário apenas publicar. Espero que com isso, posso me organizar melhor e continuar me envolvendo com vocês nesta aventura que já ultrapassou a metade do total de desenvolvimento.
Não irei parar... Não vou desistir.


Eis que chega na sua frente, a ameaça maior... Enfrente-a. Mantenha seu Equilíbrio firme para a luta.

Boa leitura.
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Na imagem: Mia e Bianca, forças de liderança.
"Alguém que olha para os outros e os transforma em pessoas melhores, mesmo com tantas diversidades;
é alguém pelo qual se vale a pena seguir a vida... Portanto, se não encontrar uma pessoa assim, torne-se uma".


Artista: thatnickid
Link: Water Spirit wip by thatnickid

Artista: shilin
Link: carciphona rain by shilin

Artista: desconhecido
Link: digital-art-energy-flames-wallpaper

(obs: imagens meramente ilustrativas, sem vínculos com a história de Equilíbrio).

Capítulo 82 - Em busca da liderança.


Fanfic / Fanfiction Equilíbrio. - Em busca da liderança.

     Bianca recarregou sua Magnum, era o último cartucho que tinha disponível. Todos seus disparos foram em vãos, os únicos que acertaram de início foram eficientes, mas a mulher absorveu as criaturas de aura e se regenerou, mesmo com os projéteis dentro de si. A garota se sentia sortuda por sua adversária não possuir armas de fogo ou cortantes, lutando somente com os punhos. Contudo, isso não era motivo de felicidade; Bianca concluiu rápido o poder de absorção de sua inimiga, podendo interceptar qualquer tipo de investida. Seu sorriso era forçado, pois sabia que não tinhas chances de vencer. “Leonel”, ela pensou ao fechar os olhos. Bianca reabriu os olhos, encarando sua inimiga com determinação.

Mia achou a reação repentina da garota suspeita, como se estivesse planejando algo; disposta a não deixar sua adversária fazer o que queria, ela avançou em alta velocidade, reiniciando o combate. A mulher correu em ziguezagues, para não ficar na mira da arma. Bianca fez o primeiro dos seis disparos, mas como imaginava fora inútil. Mia absorveu a energia da projétil, para aumentar sua velocidade e força. Num movimento preciso, a mulher conseguiu aplicar um soco no abdômen da garota, fazendo-a se abaixar. Rapidamente, agarrou-lhe o braço e a desarmou. Arremessando o revolver para longe, Mia iniciou uma sequência de socos contra sua adversária, que não conseguia revidar. A mulher tinha maior experiência de combate corpo a corpo, pois era uma ex-combatente militar, antes do apocalipse alado.

A garota foi liberada do espancamento, caindo imediatamente no chão. Seu olho direito estava inchado, assim como suas bochechas. O sangue escorria pelas narinas e laterais da boca, seu corpo mostrava vários hematomas profundos; e tudo isso graças à força dos punhos energizados pelo seu poder de absorção. “A luta está finalizada”, concluiu Mia, pensando se valeria a pena eliminar a vida da garota. Bianca sentiu dificuldades em se levantar, seus braços tremiam e suas pernas mal a respondia. Após alguns segundos, ela conseguiu se sentar, podendo encarar sua adversária nos olhos.

— Você é teimosa — sorriu Mia.

— Me perdoe... Leonel. Não poderei lhe ver novamente — disse baixo, em seguida mostrou um sorriso de conformação. Pequenas chamas azuis se formaram atrás de si, instantes depois começaram a ganhar forma: bicos curtos, mas afiados; garras pequenas e pontudas; as asas flamejantes, assim como seu corpo, brilhavam numa luz azulada com branco. Um bando de pássaros era criado pelo poder de Bianca. Contudo, a quantidade superava o seu limite. Cada chama era parte de sua alma, sempre que usava seu poder, parte de dela mesmo desaparecia. Ao cancelar sua habilidade, a alma retornava ao hospedeiro; porém, Mia conseguia absorver essa energia para si, deixando Bianca enfraquecida. Mesmo compreendendo isso, a garota persistia em continuar usando sua habilidade.

— Tola — Mia apenas aguardou os pássaros se aproximarem para absorvê-los; e não demorou muito para isso acontecer, Bianca deu a ordem e o bando investiu voo contra o alvo. Ainda que fossem velozes, Mia conseguiu acompanha-los e absorver alguns, porém eram muitos e ela precisou se afastar para pegar um por um. Seu rosto fora ferido de raspão com o toque de uma das asas, mas logo se regenerou com a energia absorvida. A ninhada parecia não ter fim, e ela conseguia sentir a força dentro de si. Bianca estava para perder a consciência quando Mia terminou com todos os pássaros flamejantes. — Isso foi tolice.

— Meu poder... é minha alma... — sua voz vacilava, tentando não desmaiar. — E minha alma... uff... uff... está dentro de você.

— O que? Droga! — Mia percebeu que seu corpo brilhava com a mesma luz que as chamas, de anteriormente. Ela sentia que havia algo dentro de si que estava inquieto, como se tivesse percorrendo seu interior em busca da saída. A mulher começou a gritar com as dores internas, órgãos e músculos começavam a sofrer danos que a regeneração não conseguia acompanhar. Temendo pelo fim de sua vida, Mia liberou a energia dentro de si, fazendo com que a chama retornasse à sua usuária original. Bianca, que já estava desfalecendo, recuperava fragmentos de sua alma, mantendo-a viva. Tudo que fora absorvido era liberado, e uma luz vibrante tocou o céu, desaparecendo em seguida. — Quase...

— Ainda está viva?

— Por muito pouco — respondeu, visivelmente fraca. Mia direcionou seu olhar para a garota que ainda estava sentada, sem poder se levantar. — Você poderia ter morrido.

— Eu não iria sozinha.

— Que tola, você deve ter pessoas que se importa. Por que você faz tudo isso?

— Porque o que vocês querem fazer só irá trazer caos... uma Desordem ao mundo. Meu dever é... parar pessoas como vocês. Minha missão... é julgar... e manter a ordem.

— Desde que ganhei esses poderes, que comecei a me sentir invencível. Meu objetivo era criar uma nova nação entre humanos com poderes e sem, eu tive esperança neste sonho. Mas depois do que fizeram comigo, não posso perdoá-los — falou, lembrando-se da tentativa de execução na fogueira. Ao fechar os olhos, a imagem de suas amigas morrendo enquanto somente ela conseguia sobreviver lhe perturbava. De alguma forma, algo dentro de si preferia que não tivesse sido salva.

— Por que... está me dizendo isso? — perguntou, já se recompondo, mas ainda muito enfraquecida.

— Para que saiba que um dia eu também desejei um mundo equilibrado, assim como vocês buscam... Porém, assim como em toda a guerra, sempre haverá uma Nova Era no fim. E o mundo dos humanos-normais acabou.

— Por isso... irá mata-los?

— Quando se está amarrada e ao seu redor as chamas avançam para lhe consumir, os tais humanos ficam lhe observando, ansiosos para verem seu corpo carbonizar... Neste momento, percebe-se... eles já estão mortos, por dentro... Eles não passam de monstros, piores que esses alados, piores que qualquer coisa imaginável... Sim, os humanos são...

— humanos — completou, com a voz fraca. — São seres fracos e manipuláveis por natureza, não importa... quantas eras se passem... quantos morram... quantos... quantos... no fim... são todos humanos. O que eles precisam... é... de um líder...

— Um líder, é? — Mia sorriu, ao ver a garota desmaiando. Ela se lembrou dos seus tempos nas montanhas Gletscher, a vila de Renaissence que havia nomeado; seus companheiros de esquadrão, assim como os Einsinneres, estavam do seu lado, não importavam a situação que se encontravam: no frio estremo ou contra as ameaças aladas, sempre a seguiam. — Uma líder... droga, como eu pude demorar tanto para entender. Você me venceu, garota.

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Longe de todos os conflitos, havia um grupo de super-humanos que estavam se escondendo tanto dos militares quantos dos próprios seres alados. Isso aconteceu desde que a guerra alada aconteceu, tornando-os fugitivos. Contudo, isso não significa que se sentiam pressionados; mas com tantos perigos, o grupo decidiu não residir as grandes cidades, preferindo um local mais discreto como um lapedo, lugar de muitas grutas. Alguns estavam impacientes pela impotência, de apenas ficarem parados enquanto o mundo se tornava caótico, outros ainda se sentiam de luto pelas perdas que tiveram na guerra alada e pelos desaparecidos, dos quais não tinham informações.

O garoto já havia tido inúmeras discussões com seus companheiros, perguntando-se o real motivo de estarem agindo como covardes, nas sombras. Ele não conseguia entender que nem todos tinham a capacidade para poderem voltar a lutar, encarar novamente um confronto de vida ou morte. Mesmo que todos os feridos já estivessem se recuperados, as cicatrizes da alma lhe doíam intensamente. Até que certo dia, uma sombra surgiu na gruta, chocando o grupo pela visita inesperada:

— Vocês realmente sabem como serem discretos, se estiverem vestindo peles de animais e cabelos grandes, não haverá dúvida que a humanidade regrediu — o homem de terno se revelava numa posse arrogante; seu sorriso provocante era inconfundível e os olhos tão misteriosos que irritavam.

— Jonas! — Trevor se levantou num salto, como se tivesse visto uma assombração.

— Eae, ligeirinho.

— É você mesmo, sabe-tudo? Pensei que estivesse morto — provocou Anastácia.

— Ohh, eu soube que você ficou molhada de medo na guerra, verdade? — revidou.

— Maldito — ela sorriu, querendo avançar e soca-lo.

— É bom ver um rosto conhecido depois de tanto tempo — disse Laura, gentilmente.

— Acho que estou ferido, preciso ser regenerado.

— Claro, nada melhor que um bom descanso e analgésicos — ela sorriu, de forma assustadora.

— Que pena, preferia seus métodos — deu de ombro, virando-se para os outros. — Ela está bem?

— Sim, o estado de choque já passou, mas... a morte do Damon lhe fora pesado demais — explicou, referindo-se a Esther, que estava calada no seu canto.

— Porque não diz logo o motivo de ter vindo. Você não é do tipo que faz visitas — falou Anastácia, num tom rígido.

— Bem, então não irei enrolar mais. Preciso da ajuda de vocês — respondeu, sendo sincero. — A batalha final se aproxima.

— Batalha final?

— Acho que preciso explicar os acontecimentos atuais — Jonas falou sobre o conflito que acontecia entre Desordem e Juízes, que iria resultar no fim dos humanos-normais. E mais importante que isso, seres alados e anjos iniciavam um conflito que iria pôr um final em suas adversidades. O grupo ouviu atento, conseguindo compreender o impacto que as palavras emitiam. Jonas fora objetivo demais, ignorando alguns detalhes sobre Louis e os militares, e obviamente sobre suas ações, e de seus companheiros, para a realização do confronto entre super-humanos.

— Então você quer que ajudemos os humanos-normais a se defenderem de Desordem, é isso? — Anastácia tirava suas conclusões precipitadas.

— Não, o local que iremos será outro. Nosso destino será a guerra entre alados — revelou, surpreendendo-os. Depois de terem sofrido tantas baixas no último combate, prefeririam não se envolverem novamente. Dentro deles não havia o sentimento de revolta, ou vingança, contra as criaturas, só queriam descanso de toda confusão; especialmente neste momento, onde a própria raça de alados estava se autodestruindo. Obviamente, Jonas já previa suas reações, por isso havia omitido a última informação para ser dita no final. — Alicia estará liderando a força dos anjos... Não, ela quem irá terminar com a guerra; mas sozinha não será capaz. Então, o que acham de...

— Alicia? — Trevor avançou em passos apressados, contente em saber que sua amiga estava bem. Seus olhos começaram a brilhar, mostrando um largo sorriso. Anastácia suspirou aliviada, e se levantou, espreguiçando-se. Laura encarou o homem, não acreditando que ele havia jogado de forma tão suja, “um demônio”, concluiu. Esther apareceu ao lado deles: um olhar firme, decidida em ir junto. Jonas mostrou um sorriso, satisfeito; tudo como havia previsto. — Ela está bem, certo? Precisamos ajuda-la imediatamente!

— Por isso vim até vocês. No momento, são os únicos que podem ajuda-la — falou o homem, já se preparando para guia-los.

— Então não vamos deixa-la esperando — disse a outra garota, impaciente.

— Estamos indo, Alicia! — Trevor estava visivelmente empolgado. Ele se lembrara no último momento juntos: quando por impulso a beijou nos lábios, sem compreender o motivo de ter feito aquilo. “Espero que esteja bem”, ela rogou em pensamento, avançando para o destino da batalha final.


Notas Finais


No próximo capítulo:

Apático sobre a batalha, ele age com irresponsabilidade, liberando sua habilidade de forma bruta. Ela olha para trás, compreendendo que não podia fugir. Seus poderes se chocam, fazendo a terra tremer e o céu escurecer. As calamidades provam de seus títulos, e assim eles se encaram... Urano e Gaia.


E que nossos interesses estejam em Equilíbrio.
Até a próxima.


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