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História Erase This - Shed a Tear


Escrita por: CrazyGates e CrazyShadows

Notas do Autor


Boa noite pessoal, mais um cap ai como prometido!

Capítulo 152 - Shed a Tear


Era a terceira música que eles paravam pela metade, vi Jimmy jogar suas baquetas para o lado e se levantar indo pegar uma cerveja. Brian suspirava sem ter o que fazer, deixou a guitarra de lado e veio para mim se sentando atrás, abraçando-me.

O problema na verdade era Matthew, já tinham feito duas semanas desde o aborto de Mad e ambos estavam estranhos. O primeiro descontava isso em sua música sempre errando a letra ou não atingindo a nota certa durante a música, além disso estava mais quieto que nunca mantendo os olhos em minha irmã e cuidando dela como se a garota fosse quebrar a qualquer momento. Já Mad estava muito estranha, além de fazer drama e chorar para qualquer resposta atravessada que recebia ela vivia falando sobre crianças, roupinhas, brinquedos e como bebês eram bonitos.

Estava começando a me preocupar com a situação, e não era só eu, os garotos também, apesar de nunca tocarem sobre o assunto a pedido meu e de Matt, eles sabiam o que estava acontecendo.

- Acho melhor encerrarmos por hoje. – sugeriu Zacky enquanto guardava sua guitarra na capa.

- É Matt não adianta ficar forçando, tentamos amanhã de novo. – disse Brian tentando animá-lo.

Mas o garoto parecia muito perturbado, um tanto irritado, ele passava a mão pelo cabelo ralo diversas vezes e não emitia nenhum som, nós que estávamos ao par da situação sabíamos que esses sinais eram o de uma pessoa que estava prestes a explodir.

- Eu não aguento mais isso, porra! – exclamou rouco chutando um engradado de cerveja vazias, estremeci sentindo Brian apertar os braços ao meu redor.

O grandão voou para dentro e vi um vulto preto sair correndo atrás dele, minha irmã claro, todos estávamos tensos na sala, aquele clima, sem dúvidas, era de fritar os nervos do cérebro.

- Será que a gente deve atrás? – indagou Jimmy antes de virar um gole de sua cerveja.

- Acho que se a gente for atrás só vai foder mais. – disse Brian, todos pareceram concordar.

- Alguém tem que falar com ele, ou ela. – disse Johnny me olhando diretamente, sendo seguido pelos olhares dos outros.

- E porque vocês estão olhando para mim? – perguntei me desvencilhando dos braços do moreno, levantando.

- Porque você é a irmã e cunhada. – argumentou o baixinho, revirei os olhos.

- Ok, com a Mad eu até posso falar, mas o ogro é de vocês. – eles se entreolharam como se procurassem quem seria o escolhido, ri fraco com a cena.

- Johnny. – disseram em uníssono.

- Nem fodendo! Jamais! Cara capaz dele me bater, não vou falar com ele não. – rebateu se levantando, indo até o centro da garagem.

- Larga de ser cagão! – exclamou Zacky, o anão lhe lançou um olhar mortífero.

- Quem devia falar mesmo era o Jimmy ou o Brian. – sugeriu indo pegar uma cerveja e voltando ao seu lugar, o segui sentando no meio das pernas de meu namorado novamente.

- Ah deixa que eu falo! – decidiu atrás de mim, os outros comemoraram, aliviados.

- É por isso que amo esse cara! – exclamou Jimmy erguendo a cerveja num brinde, todos o seguiram.

- Vocês tem o dever de me amar. – disse orgulhoso, movi a cabeça para trás sorrindo, beijando seu queixo.

- Olha eu acho que esses dois não vão voltar tão cedo. – disse Jimmy, concordei com a cabeça.

- Quando Mad for pra casa eu converso com ela. – falei me levantando e puxando Brian para cima também.

- E eu volto pra cá e falo com o Matt. – eles assentiram, seguimos para o quintal.

- Vocês vão fazer o que agora? – perguntei animada abraçando Brian pela cintura, enfiando a cabeça por debaixo do seu braço.

- Eu vou na Gena. – disse Zacky, fiz careta de nojo em protesto.

- Vou pra casa de umas meninas que conheci no bar ontem. – Jimmy falou extremamente malicioso, ri imaginando quando aquele ser encontraria uma namorada.

- Eu vou com o James! – exclamou o Johnny indo para o lado do outro.

- Tá louco? Quem te convidou? – perguntou sério, desanimando o amigo. – To brincando, tem gata pra todos! – disse abraçando o pequeno de lado, o arrastando para rua.

- Sobramos. – Brian murmurou rindo um pouco.

Fiquei na ponta dos pés e o puxei mais para baixo até alcançá-lo, juntei nosso lábios brevemente sorrindo antes de dizer:

- Vamos pra minha casa. – sussurrei entre lábios, provocando nele um sorriso meio trêmulo.

Era essa sua reação sempre que eu insinuava algo que levasse a sexo, ele tinha me evitado durante essas semanas com o pretexto de que eu precisava cuidar da minha irmã, e isso estava me irritando cada vez mais. 

Começava a achar que o problema era comigo, que Brian talvez não conseguisse me imaginar dessa forma com ele. Eu já não aguentava mais instigá-lo, tentá-lo com roupas e ações que enlouqueceriam a qualquer garoto, mas que para ele pareciam assustadoras.

Não o esperei responder, peguei sua mão atravessando a rua correndo, em seguida entramos em casa, subi as escadas nos guiando diretamente para meu quarto, fechando a porta.

- E se sua mãe chegar Belle? – perguntou quando eu o empurrei para cama subindo em seu colo, distribuindo beijos por seu pescoço.

- Minha mãe trabalha até a noite você sabe disso... – disse rindo, mordiscando sua orelha, seu corpo reagiu ao toque arrepiando por completo.

- Mas e a Mad, você... – ele era tão fofo argumentando, porém estava cheia disso e o calei com um beijo.

Beijei seus lábios com força, demonstrando o quanto o desejava, ao mesmo tempo apertei seu corpo contra o meu segurando forte seu ombro em uma das minhas mãos enquanto com a outra puxava seus cabelos de leve. 

Ele enfim reagiu aos meus estímulos, apertando minha cintura, arrancando-me um suspiro de alegria, depois fui jogada na cama e nos separamos por um breve momento para que ele tirasse sua camisa, abri as pernas o acomodando melhor e voltei a beijá-lo. Suas mãos se infiltraram dentro de minha camiseta, os dedos roçaram por debaixo do sutiã, apenas provocando, prendi seu lábio inferior entre meus dentes quando ele alcançou um dos meus seios, apertando.

Enlacei minhas pernas em sua cintura numa forma de encontrar um contato maior, mas era quase impossível com a maldita calça jeans me atrapalhando. O desejo era tão grande que estava pensando em um jeito de trocarmos de posição para nos livrar das roupas de uma vez, pois o moreno estava muito lento no processo. 

Mas é como dizem, quando algo está a ponto de dar certo vem alguém e atrapalha…

Ouvi a porta da frente bater, passos rápidos, duros na escada e mais uma porta batendo, era a Mad estragando total meu clima, de novo. Bufei irritada me soltando do moreno que se jogou para o lado, ofegante.

- Eu vou ver o que está acontecendo. – falei ainda meio sem sentido das coisas e levantei da cama, saindo do meu quarto.

Fiquei por um tempo no corredor, me restaurando e recuperando a pose, afinal não poderia entrar mal-humorada fazendo qualquer piada sobre ela ter estragado o tempo com meu namorado.

Assim que abri a porta a encontrei agarrada em seus travesseiros, chorando feito uma criança, berrando na verdade, havia tanta dor e ressentimento em seu choro que eu começava a imaginar que aquele ogro tinha feito algo de horrível para ela.

Sentei na ponta da cama, ela me olhou por cima do ombro com os olhos ainda inundados por lágrimas, estendi os braços e a vi se arrastando até chegar a meu colo, abraçando minhas pernas.

- O que tá acontecendo com você ein? – perguntei baixinho, observando sua cabeça movendo em negação dando a entender que não sabia também.

Eu não pretendia arrancar qualquer relato dela tão facilmente, então a deixei chorar, enquanto afagava suas costas calmamente, às vezes passava a mão por seu cabelo o tirando do rosto molhado.

Observei a porta se abrir, era Brian.

- Eu vou lá, mais tarde volto. – assenti com a cabeça, ele me mandou um beijo no ar fechando a porta em seguida.

- Matt fez algo com você? – perguntei quando percebi o choro diminuir.

Ela negou com a cabeça e apertou mais minhas pernas em seus braços, sentia que poderia me quebrar ao meio se forçasse um pouco mais, chegava a ser irônico eu consolando minha irmã desse jeito... Pensar que há meses era eu nessa posição, sofrendo de uma depressão tão intensa que nem eu sabia qual era a imensidão daquela doença.

- Vocês brigaram?

Mais uma negação e dessa vez ela me soltou se apoiando para ficar sentada na cama, os olhos estavam vermelhos, inchados e negros, o lápis lhe escorria pela bochecha.

- Tá parecendo aqueles palhaços de filme de terror. – comentei recebendo um breve sorriso seu.

Ficamos em silêncio mais um tempo, eu não iria forçar nada, apenas esperava que ela contasse de coração o que passava por sua cabeça. Sabia que tudo estava envolvido com o recente bebê perdido, mais dia ou menos dia esse assunto viria à tona, e eu estaria pronta para ouvi-la quando chegasse o momento.

 



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