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História Estações - Verdadeiras intenções


Escrita por: acender

Notas do Autor


200 FAVORITOS AAAAAAAAAA VOCÊS SÃO SIMPLESMENTE MARAVILHOSOS!!!!!!! 💖

Capítulo 7 - Verdadeiras intenções


Fanfic / Fanfiction Estações - Verdadeiras intenções

Cansada. Era assim que me sentia.

Pelo fato de não termos conseguido encontrar um lugar para sentarmos, precisei ficar o tempo todo de pé, e agora, sentia meus calcanhares pulsarem. Já estávamos em casa, finamente, entretanto, a dor não me permitia descansar completamente. Na tentativa de amenizar o desconforto, fazia uma breve massagem na região, enquanto encontrava-me acomodada no sofá.

Yoongi estava na cozinha, aparentemente, terminando de preparar uma comida para nós. Podia sentir o cheiro apetitoso de longe, e por isso, meu estômago de vez em quando roncava. Fora o café da manhã e almoço, não havia comido nada até agora. Na verdade, isso acabou acontecendo devido à minha preguiça de comprar algo.

Felizmente, estava com dinheiro o suficiente na minha carteira, entretanto, fiquei receosa de gastar. Pensei na possibilidade de algo mais grave acabar acontecendo, então, por fim, desisti da ideia.

— Gosta de macarrão? - ouço o loiro pronunciar não muito distante, e para conseguir vê-lo, tenho que virar meu pescoço, além de erguer a coluna.

Dando um mínimo sorriso, concordo, pondo uma mecha do cabelo atrás da orelha, que ameaçava cair sobre meu rosto - caso deixasse, atrapalharia minha visão.

— Não consigo enjoar - brinco, finalmente levantando. Enquanto caminhava em sua direção, de vez em quando dava umas mancadas, entretanto, procurei disfarçá-las.

O que não deu muito certo.

— Poderia ter me avisado antes sobre isso - aponta para meus pés descalços. — Desculpas pela demora para irmos embora. Quis ficar até o final, porque achei que você estava gostando.

Quando termina, admito que sinto uma pontada de pena. Ele realmente aparentava estar incomodado, e eu não queria que um clima ruim se instalasse sobre nós.

— Não precisa ficar tão preocupado - tento descontrair. — Daqui a pouco melhora, pode ter certeza - continuo. — Ainda falta me acostumar com saltos, então sempre fico desse jeito quando os uso.

— Se, por acaso, estiver sentindo algo à mais, seja sincera - quase solto uma risada. Não consiga levá-lo a sério, quando um pano de cozinha encontrava-se pendurado em seu ombro.

— Você sempre é assim? - pergunto, encostando-me na parede mais próxima. — Tão… preocupado com os outros?

Vejo-o imaginar meu gesto, ficando frente à frente comigo.

— Com mulheres bonitas, sim - balança os ombros, e eu acabo rindo fraco. — Aliás, você não é uma “outra” - faz aspas com os dedos.

— Nos conhecemos há dois dias, Yoongi - respondo divertida, tentando esconder a repentina felicidade que comecei a sentir, assim que ouvi sua frase.

— Como? - ele pergunta, provavelmente confuso, no meio de uma suposta risada. — Já faz uma semana desde que minha festa aconteceu. Preste atenção no que diz, gatinha. 

ノ*:・゚✧

No momento em que terminamos de comer, Yoongi sugeriu um jogo de tabuleiro, para não ficarmos no tédio. Confesso que achava estranho o fato da ausência de uma televisão, pois, nas horas vagas, eu tinha o hábito de me distrair com programas diversos, entretanto, tento ignorar esse detalhe, para poder me concentrar.

Olhos atentos, pernas cruzadas, e uma possível tensão, causada pelo silêncio, resumiam como estávamos agora. Por mais que o tabuleiro não fosse o meu favorito, tinha noção de como funcionava as regras, graças ao meus pais. Quando era mais jovem, os dois possuíam o hábito de praticar diversas partidas numa noite, e eu apenas ficava observando.

— Se acha que pode me vencer com pegadinhas, está bastante enganada - Yoongi quebra o silêncio, utilizando um tom desafiador. No mesmo segundo, lembro-me de meu melhor amigo, que tinha o mesmo comportamento. 

Propositalmente, apoio meus cotovelos na mesa, e junto as mãos, com a mesma feição intimidadora. Tenho vontade de rir, porque a situação chegava a ser engraçada, mas me contento.

— Você já perdeu - alego, derrubando sua peça principal, para substituir o pequeno quadrinho com a minha. — Xeque-mate!

Sua feição surpresa é capaz de me divertir.

— Nunca mais acreditarei quando disser que não sabe jogar direito - vejo-o bufar e revirar os olhos. — Quero revanche.

Sem querer, acabo não prestando atenção no que ele diz, pois estava ocupada esticando meus braços e minha coluna, já que havia ficado na mesma posição por longos minutos. Sabia que o sono começava a dar seus primeiros sinais, e confesso que estava ficando preocupada com isso, já que não fazia a mínima ideia do que poderia acontecer nesse meio tempo.

— O que disse? - pergunto, após voltar ao normal.

Aigoo, ainda é cedo para sentir sono - ele diz, deixando as miniaturas que segurava de lado.

Espremendo os olhos, vejo quantas horas são no relógio de ponteiro, que estava sobre uma pequena mesa marrom próxima.

— Já são onze e meia da noite - respondo baixo, e talvez um pouco sonolenta.

Agora, apoiava o rosto sobre a palma da mão.

— Você não vai querer sair por aí numa hora dessas, certo? - questiona, arqueando uma sobrancelha.

Rio fraco.

— Se não for, terei que ficar aqui - respondo simples, mas admito que no fundo, minha intenção era fazê-lo perceber que esse era meu objetivo. 

— Não vejo problema nisso.

Volto a ficar ereta rapidamente.

— Está falando sério?

— Sim - diz, agindo naturalmente.

— Posso saber o porquê? - talvez fosse desnecessário ficar insistindo, porém, eu estava curiosa para saber sua justificativa.

— Eu quero que você fique comigo. 

  ノ*:・゚✧

Sinceramente, esperava que algo fosse acontecer quando dormisse, ou até mesmo antes disso, entretanto, por alguma razão, quando abri os olhos na manhã seguinte, percebi que ainda me encontrava na mesma época, e no mesmo lugar. A primeira coisa que invade meu campo de visão, assim que desperto, é a silhueta adormecida de Yoongi, que encontrava-se no sofá logo à minha frente, sem uma coberta para proteger-se do frio matinal.

Seu corpo estava vestido apenas uma calça grossa, e um moletom cinza, que com certeza, não surtiram tanto efeito na madrugada. Na verdade, nem era para Yoongi estar nessa situação, pois havíamos combinado ontem de que eu iria dormir na sala - caso não, estaria sendo folgada - e ele, obviamente, em seu quarto.

No entanto, aparentemente, sua teimosia acabou sendo mais forte, e eu procurava entender o motivo disso.

Como meu sono já não existia mais, após dar um longo suspiro, levanto-me do sofá, e em seguida, cubro o loiro com o cobertor o qual estava comigo antes. Contudo, no meio do ato, sem querer acabo esbarrando as mãos nos seus pés descobertos, e só assim percebo o quão gelado ambos estavam. Fecho os olhos, pensando de que jeito Yoongi havia conseguido dormir, passando tanto frio.

Sem pensar duas vezes, tento deixá-lo mais confortável, e até chego a ajustar a posição de seu travesseiro, que estava completamente torto. Por isso, é bem provável que ele acorde sentindo dores no pescoço.

Quando termino, sento-me cautelosamente no chão, apoiando minhas costas na mesinha de centro, e começo a observar os mínimos detalhes de seu rosto. Logo, sinto vontade de desenhar alguns de seus traços, e depois de explorar alguns cantos da sala com o olhar, consigo avistar uma pequena agenda, que continha uma caneta ao seu lado, felizmente. 

Abrindo-a, reparo que as primeiras páginas  estavam totalmente ocupadas por números de contato, e por isso, preciso pular até a última, que, como esperado, estava limpa. Aproveitando, então, o momento de completo silêncio, começo a preencher o espaço em branco com algumas linhas.

Pelo fato de ter me distraído, não percebo quando os minutos se passam, e só dou uma pausa no meu desenho, quando sinto minhas pernas ficarem dormentes. Deixo, portanto, a agenda de lado, pronta para mudar de posição, entretanto, assim que ergo meu olhar, levo um susto ao me deparar com as íris escuras de Yoongi fixadas em mim.

Ya! - exclamo de forma automática, largando a caneta impulsivamente. — Há quanto tempo está acordado?

— Tempo o suficiente para ver que estava rabiscando no meu caderno de contatos.

Reviro os olhos, pegando o objeto, e em seguida, levantando-me.

— Não são rabiscos! - retruco.

— Então, deixe-me ver o que você fez - estende as mãos, ainda deitado.

Por impulso, coloco as duas mãos para trás.

— Depois - ou talvez, nunca.

No entanto, meu nervosismo aumenta, no instante em que Yoongi resolve levantar. Automaticamente, afasto-me, assim que ele começa a se aproximar de mim.

— Sem enrolações, Jieun - diz, acelerando seus passos.

Quando me vejo, já estava correndo pelos corredores da casa, enquanto tentava arrancar a bendita página da agenda. Era divertido, mas ao mesmo tempo, um pouco assustador, pois como não estava prestando muita atenção no caminho, o loiro poderia interrompê-lo a qualquer momento.

Assim que consigo, finalmente, rasgar e amassar o papel, quase deixo meu alívio transparecer, entretanto, num ato extremamente rápido e surpreso, sinto-o ser puxado de minha mão. Bufo, no instante em que a figura do loiro atrapalha minha visão. Ele encarava-me de um jeito irritantemente convencido, e eu tenho que me segurar para não revirar os olhos.

— Me dê - sou objetiva, estendendo a palma da mão. 

Com um sorriso vitorioso nos lábios, ele ergue o braço com a pequena bolinha de papel, e eu até posso imaginar o que iria falar em seguida.

— Tente pegar.

Mesmo sendo algo cem por cento infantil, se quisesse realmente me livrar daquele desenho, teria que fazê-lo. Portanto, aproximo-me do loiro, e puxo o seu moletom propositalmente. No início, a altura diminui, entretanto, Yoongi recompõe-se logo em seguida. Respiro fundo, inflando minhas bochechas.

No final, acabo precisando ficar na ponta dos pés. Esticava-me o máximo que podia, e no momento que meus dedos tocaram na bolinha, abri um sorriso satisfeito, dando um pequeno pulo. Não conseguiria pegar, mas poderia empurrá-la.

Poderia, se meu corpo não fosse pressionado contra a parede de repente, tirando-me da posição. Olho para Yoongi - que por sinal, segurava a minha cintura - com os olhos levemente arregalados, e um pouco ofegante. Ele não chegou a me machucar em momento algum, entretanto, fiquei assustada com seu ato.

— O que está fazendo?! - questiono, podendo sentir nossas respirações se misturarem.

Consequentemente, meu coração também estava acelerado.

— Desenhar o rosto de outras pessoas sem permissão é errado, sabia?

— Não tem nada demais nele, Yoongi - me defendo.

— Posso te perdoar, mas apenas com uma condição - gesticula com as mãos.

Fecho os olhos, encostando minha cabeça na parede.

— Você pode simplesmente jogá-lo no… -

Sou interrompida, no instante que sinto seus lábios colarem nos meus. Consequentemente, abro as minhas pálpebras rapidamente, e até chego a colocar minhas mãos sobre seu peitoral, para poder afastá-lo.

No entanto, desisto da ideia, quando finalmente consigo entender minhas verdadeiras intenções;

Eu não queria que ele parasse. 


Notas Finais


ALOHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
finalmente aconteceu, bRASIL
não me segura


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