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História Eu, você e todas as estações do ano - Completamente Ferrada


Escrita por: zuzuba4

Notas do Autor


AGORA É OFICIAL! EU TÔ DE VOLTAAAA!
Tava com tanta saudade! Bem galerinha, eu fiz algumas revisões na história, então se tiverem tempo para dar uma relida, seria legal. Se não, tudo bem. Mas é essêncial que releiam o primeiro capitulo, porque falo coisas da mãe dela. Ainda assim, os  Acontecimentos são os mesmos praticamente, eu só apaguei e acrescentei algumas coisa. Como disse no aviso, nada de faculdade e sim colégio. Agora é curso técnico de fotografia, e as aulas ainda nem começaram. Mas enfim, eu espero que gostem. VOU MUDAR O TÍTULO DA HISTÓRIAAA Hahaha finalmente! Me digam se gostarem, Okay? Espero muito que sim! Com o tempo vão entender o porquê dele do que eu vou por. Vou mudar no prótimo que postar, esse é só um aviso!
Estava com muitas saudades! Espero que não me abandonem
Bjsss e até a próxima

Capítulo 10 - Completamente Ferrada


Fanfic / Fanfiction Eu, você e todas as estações do ano - Completamente Ferrada

Haviam mil e um jeitos da nossa " festa" acabar. Eu poderia listar cada um desses jeitos aqui, o que seria uma perda de tempo. Só como exemplo, lá  vão alguns: Nós poderimos ser abduzidos por E.Ts, a policia podia ter nos despachado e Marina poderia ter feito....bem, coisas de Marinas. A única e verdadeira questão é: Eu nunca, nuquinha, imaginária que era porque Greg voaria pela janela.

Você deve estar se perguntando: " Como isso é possível?" Já que Desafia as leias da gravidade e física, mas foi exatamente o que aconteceu.

Scott e eu já havíamos dançado e agora fazíamos competição de quem fazia uma copia mais fiel dos agudos da Lady Gaga. Marina estava quase nos enforcando por isso. Brenda comia Doridos em cima de uma das mesas de jogos e Greg, no momento, estava em algum lugar desconhecido. Foi quando ouvimos barulho de vidro se estilhaçado. Rápido demais sequer para capitar.
Corremos até lá e ele estava bem. Todo cortado e meio desacordado. Pelo menos vivo.

Nenhum de nós entendia o porque de ele ter feito aquilo. Será que pensou: " Olha lá, é uma janela! Vou voar, mesmo que eu não seja o SuperMan. Quem sabe não ganho asas?"

A partir daí, foi um desespero total. Brenda tinha vindo de bicicleta porque morava aqui perto, Marina veio a pé, eu com Josh e Greg de trem. O único jeito de leva-lo ao hospital agora era na Moto, então foi isso que fizemos. As vantagens? Uma hora depois Scott me mandou mensagem - o que foi uma surpresa, já que ele não tinha meu número- dizendo que Greg estava bem. As desvantagens? Tive que voltar de metrô com Marina.

Não teria sido nada ruim se fosse umas oito horas da noite, mas era nada mais nada menos que quatro da manhã. E eu estava quase fazendo xixi nas calças de medo de ser assaltada. Ou morta. Ou sequestrada. Ou...

Ah, vocês estenderam.

O metrô estava fazio. Nenhuma alma andava ali e isso me fez quase ter uma parada cardíaca. Para piorar, Marina estava Grog de sono, falando coisa como: " Vamos contar ovelhinhas?" E se escorando em mim como se eu não fosse menor que ela, e sim o contrário.

Quando nosso trem chegou, entramos. Eu quase caindo por segurar o peso de Marina. Ela precisava de uma dieta.

O vagão estava vazio. Podia ouvir o barulho dos trilhos, junto com o ronco da garota que agora estava me esmagando. Nos sentamos e eu tombei sua cabeça no meu colo, me arrependendo segundos depois quando vi um fio de baba descer pela sua boca. Ficou parecendo que eu tinha feito xixi nas calças.
Bufei, querendo joga - lá no chão. Só me dava trabalho, pelo amor.

Quando chegamos na outra estação, um carinha gordinho entrou, carregando uma caixa de rosquinhas. Se sentou na minha frente, abrindo - a depressa e saboreando como se aquilo fosse tudo que mais precisava no mundo. Ele me olhou. Arregalou os olhos e os desviou para a caixa de rosquinha. Depois para mim de novo. Depois para a caixa. Por fim, ofereceu:
- Quer uma? - percebi tristeza em sua voz.
Quis rir. Me segurei.
- Não, Obrigada - Agradeci.
Vi um brilho de felicidade em seus olhos, que só me fez querer rir mais. Ele voltou a comer suas rosquinhas, Feliz.

Fiquei encarando a janela pelos próximos minutos.

Quando chegamos na outra estação e a porta do vagão se abriu, eu quase morri.

Quem entrou dessa vez foi um homem com a barba quase no umbigo, parecendo um daquelas caras terroristas da Síria ou sei lá. Fiquei com medo que tirasse uma bomba da bolsa e todos morressemos.

De um jeito estranho, me lembrei da minha dança com Scott. Sua respiração na minha bochecha, o cheiro dele misturado com o meu e as batidas de seu coração. Foi uma dança tão rápida, mas pareceu durar uma eternidade.

Se morresse, pelo menos eu morreria Feliz.

                           ●●●●●●●

Quando chegamos ao prédio, Marina estava praticamente desmaiando em cima de mim. Perguntei se sua tia estava em casa e ela disse que não, então peguei a chave na sua bolsa, abrindo a porta. Demorei alguns minutos para achar seu quarto, mas quando o fiz, joguei- a na cama e cobri com as cobertas.

Estava saindo de lá,  quando sua mão tocou meu pulso:

- Não vaaaiii - choramingou- Fica aqui, não quero ficar sozinha.....

São nessas horas que eu queria ser uma daquelas pessoas frias que não se importam com ninguém, pra poder responder um não e capotar na minha cama quentinha. Mas como eu não sou uma dessas pessoas, suspirei. Me joguei em cima dela, que resmungou mais. Em reprovação dessa vez.

Fechei os olhos simplesmente para piscar e no segundo seguinte, já estava dormindo.

Acordei eram onze horas, Marina ainda estava desmaiada na cama. Levantei e fui para o banheiro, que por sorte era no seu quarto. Tomei o banho mais rápido que consegui na vida, me perguntando se sua tia já havia chegado. Como não tinha roupa, peguei uma de Marina mesmo. A menos colorida possível, com certeza. Voltei para a cama e dormi mais.

Acordei de novo, num pulo ninja que me fez cair da cama. A primeira coisa que me perguntei era onde eu estava. Quando vi o amaranhado de roupas florescentes que caiam pela brecha da porta do guarda roupa, as memórias voltaram.

Procurei Marina na cama, mas ela não estava mais lá. Levantei, andando pela casa, receosa. O apartamento era bem maior que o meu. Parei para olhar alguns retratos na parede, me perguntando como Marina conseguia comer cinco Cupcakes de uma vez e ainda sorrir para a foto. Ainda olhava os quadros, quando uma mulher ruiva brotou na minha frente, segurando uma bandeija de cupcakes.

Queimados.

- Bom dia! - Sorriu, contagiante- Quer cupcakes? - ofereceu, intercalando o olhar entre eu e a bandeija.

O certo não era que ela perguntasse coisas como...Quem eu era?

- Hã....- Pensei, encarando a forma e me perguntando se seria grosseiro negar. Resolvi que não, minha vida valia mais. - Não, Obrigada. - Sorri.

Ela deu de ombros, pegando um e enfiando goela abaixo. Fez uma careta, demorando para terminar de engolir.

- É, estão horríveis - concluiu, rindo-  Ainda bem que não pegou.

Ri junto com ela, me perguntando como alguém poderia ser tão contagiante e calma ao mesmo tempo.

- Como sabe quem eu sou? - perguntei, voltando a olhar os quadros.

A mulher ruiva que eu não sabia o nome e possivelmente era tia da Marina, deu de ombros.

- Marina já me falou tantas vezes de você que na hora que olhei as duas  capotadas na cama, sabia logo quem era. - pensou por um tempo. - Lia, né não?

Assenti, meio surpresa.

- Marina está tomando café da manh....- começou a argumentar, sendo interrompida.

- Ô LIA, VEM TOMAR CAFÉ DA MANHÃ! - Marina berrou da cozinha.
A mulher ao meu lado riu, balançando a cabeça enquanto íamos para o outro cômodo.

Quando cheguei, ela estava comendo pão com mortadela e café. Eca. Café não.

- Marina, cara de festa junina - Brinquei, fazendo a mesma piada que ela tinha feito a um tempo atrás com o meu nome.

- Hahaha - riu, forçada. - Já fiz um pão pra você e leite, já que não toma café.

-Obrigada. - Agradeci, achando aquilo fofo.

Me sentei ao seu lado e comecei a comer, distraída. Sua tia já havia sumido pelo corredor.

- Então...- Começou - O que tá rolando entre você e Scott, hun? 

Engasguei. Por que o destino me fazia estar bebendo alguma coisa no momento dessas perguntas?

- O que? Nada ué - me fiz de desentendida - O que estaria acontecendo?

Marina riu alto. Sua tia fez um "Shiu" de lá do corredor.

- Ah Lia! E eu sou o que? O bozo? - assenti em resposta. Bufou. - Me poupe.

- É exatamente o que eu estou fazendo, te poupando. - respondi, mordendo um pedaço do meu pão.

-Hmhum, tá - Foi a última coisa que disse.

Não falamos mais enquanto comíamos.

O restante do dia nós duas passamos no quarto. Comendo, assistindo filmes, comendo e....Eu já disse comendo?

Foi divertido. Um dia que eu nunca tinha tido antes com ninguém. Um dia de amigas. Nós rimos, brincamos, eu contei coisas sobre a minha mãe e, ela, sobre o pai. Em algum momento me lembro que chorou. Eu fiquei em choque, sem saber como reagir. Não havia o que dizer, isso eu já sabia. Era injusto dizer que eu sabia o que estava passando porque, por mais que minha Situações também fosse ruim, não era igual. Ninguém sente igual. Eram dores internas, cicatrizes fechadas que mesmo assim, se abriam em momentos inesperaveis.

Então simplesmente a abracei.

Quando ela parou de chorar, disse algo simples: Independente de ele ser rígido assim, é porque se importa. E por mais que haja prós e contras, ele te ama.

E quando percebi o que havia dito, foi como um tapa na cara. Aquilo servia para mim também. De que adiantava dar conselhos que eu não seguia? Eram conselhos verdadeiros, mas hipócritas em partes.

No meu caso, não dependia só de mim.
                            •••••••••

Acho que eu já devo ter mencionado meu problema com horários. Eu nunca consigo chegar na hora para nada. Nada mesmo.

E essa agora seria apenas mais uma das vezes em que eu ficaria para fora da sala.

- Marina sua anta, vai logo com isso! - berrei de fora do banheiro, irritada. Iria me atrasar de novo!

- Eu tô indo, tô passando chapinha! - berrou- Eu não tenho culpa se seu cebelo não é ruim igual o meu.

Eu devia aceitar aquilo como um elogio?

Já estava pronta fazia vinte minutos, só esperando para entrar e escovar os dentes.

- Bom dia! - A tia de Marina- Que depois descobri se chamar Paula-  passou com seu roupão de bolinhas e uma xícara de café, me comprimentando. Apesar do entusiasmo, ela estava com a aparência tão boa quanto a de um zumbi do The Walkin Dead.

Marina abriu a porta e eu entrei como um furacão, escovando os dentes igual o flash. Ela ainda queria pegar algumas coisas, mas eu literalmente  a arrastei de lá.

Contradizendo as minhas teorias, dessa vez não fiquei para fora. Algo me diz que era pelo fato de eu ter tirado notas ótimas nas provas da professora e agora ela estar me amando. A aula, ao contrário das outras, foi legal.

Na hora do intervalo, avistei o pessoal sentado numa mesa do lado de fora.
- Oi - disseram em coro. Greg estava com a testa enfaixada.

- O que sua mãe disse sobre isso, ein? - perguntei, me referindo ao machucado.

- Disse que eu devia tomar juízo e olhar por onde ando pra não cair de cara no chão. - Deu de ombros. Olhamos para ele sem entender. - Ah, eu disse pra ela que tinha só caído mesmo. - riu.

Percebi que Scott não estava ali. Olhei ao redor, para ver se achava ele. Não achei. Voltei a atenção para a mesa.

- Que feio isso Greg, mentir - Bruna brincou, balançando a cabeça.

Greg riu alto. Alto demais até.

- Falou a melhor especialista em mentiras.

Comecei a perguntar o motivo daquele argumento, quando minhas cordas vocais se interromperam para me fazer gritar de susto.

- Hey Brothers! - Scott bateu a bandeija na mesa. Hoje estava de touca laranja. Quem usa touca laranja?

- Onde você estava? - perguntei, mordendo meu hambúrguer.

Ele me olhou, terminando de se sentar do meu lado. Seus olhos baixaram dos meus olhos para o meu queixo. Pera, porque ele está olhando meu queixo?
Minha cara de interrogação foi respondida pela sua risada e a das demais pessoas da mesa.

Passei a mão, vendo que devia ter metade do pote de Ketchup ali. Ri do meu próprio desastre.

- Respondendo sua pergunta - disse, pegando batatas fritas. Hmm....Eu me esqueci de pegar batatas. - Fui falar com Daniel e o resto do pessoal da banda.

- Como se chama? - perguntei. Me olhou sem entender. - A banda, eu digo.

- Não decidimos ainda. - Deu de ombros- Qualquer sugestão é bem vinda.

Ri quando percebi que a frase tinha rimado.

Nossa Lia, que infantil. - As minis Lias da minha cabeça disseram, em reprovação. As vozes delas eram igual a do Alvin e os esquilos, imagina só que irritante.

Desviei meu olhar para a mesa, tendo como alvo as batatas de Scott. Passei minha mão pela mesa e peguei uma, comendo. Depois outra, outra e mais outra.

- Ei! - Scott olhou para a bandeija, onde não havia mais nenhuma batata. Me senti culpada. - Cadê minhas batatas?

Seus olhos desviaram na minha direção. Estava mordendo o segundo pedaço da última batata. Ele estreitou os olhos e eu sorri em resposta.

- Que coisa feia Sllen, canibalismo não é legal! - brincou. Revirei os olhos. - Quero um pedido de desculpas.

- Não - respondi, rindo. - É só uma batata, vou pegar mais.

Levantei, indo para a cantina. Scott veio atrás. Por sorte não tinha fila, então pedi de uma vez:

- Duas batas, por favor.

O garoto me olhou, indignado.

- Duas? Você vai comer mais uma? Que Gordinha!

Estreitei os olhos para ele.

- Algum problema com isso, hun? - Brinquei. - Com gordinhas?

Ele riu, dando de ombros.

- Eu não! - Pegou as batatas que a tiazinha da cantina entregou. - E você não tem nada de gorda, batatinhas.

Dei de ombros. Por que eu estava fazendo essas perguntas?

- E se fosse? - perguntei.

Ele riu de novo, se virando na minha direção. Seus olhos eram tão lindos, únicos. Eu não sabia o que tinha neles que me atraia tanto, mas que tinha, tinha. 

- Não teria problema algum. - respondeu, colocando o braço envolta do meu ombro.

Era isso. Nem se eu engordasse e saísse rolando, ele não iria sumir e eu não poderia sofrer pela ausência de uma pessoa que mal conhecia mas sentia coisas que não tinha sentido antes.

E naquele momento eu percebi que estava ferrada.

Muito ferrada.



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