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História Fingindo - Capítulo 21 - Minha sacola rosa pink


Escrita por: Bad-Lady

Notas do Autor


Oie, como estão?

Capítulo 23 - Capítulo 21 - Minha sacola rosa pink


CAPÍTULO 21 - MINHA SACOLA ROSA PINK

 

 

Preciso de um vibrador.

Cheguei a essa conclusão poucas horas atrás, quando acordei na minha cama totalmente excitada, e possivelmente gemendo. A solução mais prática para o meu problema é gozar, porque se eu gozar muito, provavelmente não vou ficar excitada com facilidade, o que vai facilitar muito a minha vida.

Exatamente por esse motivo que estou agora mesmo parada na frente de uma loja de mulheres, o famoso sexshop.

Nuca fui em um, justamente porque nunca tive dinheiro, e aparentemente nem hormonios, já que fique mais excitada essa semana do que a minha vida toda.

Eu ainda não tenho dinheiro, mas sinceramente, não está dando. Não tenho como trabalhar assim. Não tenho como olhar na cara do Sasuke assim, porque convenhamos, eu vou ter que olhar para ele, mais cedo ou mais tarde.

Que seja mais tarde, pelo amor do lobisomem.

Meu horario no meu novo serviço é das 10 às 16, podendo ser alterado de acordo com as minhas necessidades e as do meu novo chefe. Justamente por isso, saí mais cedo de casa, já arrumada para o meu primeiro dia, só para poder comprar um vibrador.

 Porque eu preciso gozar.

Finalmente entro na loja.

Ok, isso é estranho.

Dou de cara com um manequim, vestindo o que eu suponho que seja uma fantasia de mulher-gato, só que bem mais sexy do que a original. Dou a volta nela, encarando o couro preto e justo. Aquele rabo é um plug anal?

Não sei se fico mais surpresa pelo manequim ter um buraco ou por alguém ter enfiado um brinquedo sexual nele.

Começo a olhar as prateleiras, cheias de brinquedos e coisas que eu nem sei como nomear.

Uma calcinha comestível.

Ok.

Não deve ser muito confortável, porque não é possível. Pra começar, será que ela estica? Porque ela não tem elástico. Ou será que tem um comestível?

Passo pelos óleos corporais.

Olha que surpresa, também pode comer! Isso aqui é um restaurante? Deve ter sido por causa disso que surgiu a expressão “me come”. Pego um deles, sabor morango que esfria. Esfria o que, pra começo de conversa?

Mordendo a boca, coloco ele no lugar, contendo a vontade de levar ele comigo.

Ah, foda-se, eu preciso saber exatamente o que ele faz.

Uma mulher vestida de preto se aproxima, balançando os quadris.

- Bom dia! Eu sou a Jana. Como posso te ajudar hoje? Está procurando alguma coisa especial?

Dou um sorriso para ela.

Com contar que estou noiva do meu professor - de mentira - e que não consigo parar de fantasiar com o pau dele? E que como eu não posso dar para ele, preciso achar um modo de gozar, só para parar de passar vergonha?

Obviamente não posso.

- Eu queria... - olho para os lados. Tem tantos brinquedos, de tantos tipos, que eu percebo que estou completamente alienada no mundo do sexo. To precisando comprar uns romances novos, só para ficar atualizada - Eu quero um vibrador.

Ela não tem nenhuma reação especifica, apenas continua sorrindo. Provavelmente deve ser bem comum para ela, apenas mais uma cliente insatisfeita sexualmente.

- Temos vários modelos. Tem alguma coisa especifica em mente?

Algo que me faça gozar?

Mordo a boca.

- Na verdade, não. É a primeira vez que eu...

Não completo, só indico a loja, toda cor de rosa.

Jana apenas concorda comigo.

- Não precisa ter vergonha, ninguém aqui vai te julgar. Toda mulher busca o prazer sexual, e isso é algo completamente natural.

Com um sorriso simpático, ela começa a me mostrar os modelos. Certo, agora tenho sérias duvidas. Tem uns tamanhos absurdos, que não é possível que caiba em uma vagina.

Não julgando, óbvio, mas parece machucar.

E tem uns que se eu tivesse que chutar, diria que é um pinto de um alienígena.

A vendedora continua me explicando, mas eu já me perdi. Eu achei que só vibrasse, mas aparentemente tem uns que até a ponta gira.

Mordo a boca de novo.

Quero gozar, e não perder minha virgindade com um virador. Alias, isso seria perder? Porque mesmo sem o himen, eu ainda nunca teria feito sexo.

Então a virgindade se resume ao himen ou ao ato sexual em si?

E se eu gostasse de mulheres?

Sexo sem penetração ainda é sexo? E se usasse um virador?

Ok, isso é muito complicado para mim.

Vamos sem penetração.

Me viro para a vendedora.

- Estava pensando em algo um pouco mais... discreto.

Ela me dá um sorriso de cumplicie.

- Sei exatamente do que você precisa - em passos largos, ela vai até o balcão e pega algo de trás - Essa é novinha, chegou ontem, ainda nem coloquei nas prateleiras.

Observo a caixinha roxa em suas mãos.

- Isso é uma calcinha? - pergunto, confusa.

Ela continua sorrindo.

- É uma calcinha que vibra. Totalmente discreta, não marca a roupa, e o melhor, pode ser lavada normalmente.

Senhor, como isso funciona? Não queima? Vai na tomada? Precisa de pilha?

Olho confusa para ela.

- Mas como ela vibra, exatamente?

Usando as unhas rosas e longas, ela abre a caixa. A calcinha é preta, com rendas nas laterais, e olhando assim parece uma calcinha comum. Um pequeno controle também é retirado, cheio de botões coloridos.

- Ela tem seis velocidades, e o alcance é magnifico - ela se inclina para frente - Fui jantar com o meu noivo ontem e usei. Eu estava no banheiro e ele ainda conseguia controlar a velocidade.

Gente, to chocada.

- Mas e pra levar? É só jogar na maquina?

Nem maquina eu tenho.

Preciso ir na lavanderia do bairro duas vezes por mês para lavar minhas roupas.

Ela coloca o controle no balcão de vidro e vira a calcinha do avesso.

- Essa parte aqui saí, que é onde vai a bateria. Apesar de ser resistente a água, não é recomendado lavar junto. Você remove, - ela puxa uma tira que parece ser de plástico, cheia de fios vermelhos e azuis - E pode lavar a calcinha normalmente. Depois é só colocar de volta.

Observo, fascinada.

Certo, isso é interessante.

- Mas não vai, sabe, me dar um choque nem nada assim, né?

Ela ri, guardando a parte de plástico de volta na calcinha. Ou será que é um tipo de silicone?

- Não precisa de preocupar com isso, é totalmente segura.

Mordo a boca, pensando.

- Qual o valor?

- Vinte dólares.

Meu santo lobisomem, isso é barato!

Eu estava preparada para gastar um cinquenta, ou sei lá.

- Eu levo.

Ela sorri.

- Ela já vem totalmente higienizada, com uma película protetora. Basta remover e usar. Por enquanto só temos na cor preta, mas em breve vai chegar outras cores.

- Preto é perfeito.

Jana olha na minha mão, observando o óleo corporal. Por fim, ainda, sorrindo, olha para mim.

- Levando duas te dou esse óleo de brinde e um refil de baterias.

Tudo bem, posso gastar quarenta. Até porque recebi sexta passada, e logo na semana que vem, já vou pegar mais um pouco de dinheiro pelos meus dias trabalhados com o Naruto, o vale alimentação e o vale transporte do mês de dezembro, e na semana seguinte já pego o pagamento do mês de novembro da defensoria - nós trabalhamos primeiro e recebemos depois - junto com os meus dois meses de férias que eu nunca tirei.

Finalmente vou ter um final de ano com uma renda boa o bastante para comprar presentes legais para as minhas amigas, e para o Gaara. Eles sempre me dão coisas caras, e eu nunca posso retribuir no mesmo nível.

Não que agora eu vá poder, porém, não vou precisar me preocupar de ficar sem comida em casa, vou poder comprar os presentes do natal e também alguns de aniversário, para a Tenten estava pensaod em comprar um novo som para o seu novo carro - que ela já sabe que vai ganhar no natal - e também alguma coisa relacionada ao Dean - talvez dê um de natal e um de aniversário -, uma boa garrafa de gin para a Hinata, porque ela ta viciada em coca-cola com gin, para a Temari o novo tenis que saiu que eu já vi ela olhando no site - também tem a luminaria, então, o que fazer? -, e para o Gaara... Eis a questão.

O que dar para o Gaara?

Vou ter que pensar em um presente, e um bom, até porque a única coisa que ele ganhou de mim no seu aniversário foi um parabéns e uma figurinha do whatsapp levemente pornográfica.

- Vou levar as duas então - falo para a vendedora.

Sorrindo, ela coloca na sacola - olha que surpresa, também é rosa pink -, prometendo que eu não vou me arrepender.

Com a sacola na mão e com quarenta dólares a menos no banco, saio da loja. Vou caminhando em direção ao meu novo estágio, respirando fundo algumas vezes. Quando estou a apenas um quarteirão de distância, decido que é melhor guardar a sacola rosa com uma mulher de preto colocando o dedo na boca. A vendedora saber que eu preciso gozar é uma coisa, até porque ela trabalha com isso, mas não significa que todo mundo precisa saber como eu estou insatisfeita sexualmente.

Ou sentindo um tesão inapropriado pelo meu professor.

Abro minha bolsa - porque sim, como uma mulher adulta agora sou obrigada a deixar minha mochila velha de lado, porque ficaria horrível com a minha roupa social. Mas talvez eu possa comprar uma nova, daquelas frescurentas que ficam boas com qualquer tipo de roupa - e tento achar espaço para a sacola. Não quero que os controles quebrem.

Ainda me equilibrando no salto, atravesso a rua, parando a poucos metros da empresa. Eu nem to carregando tanta coisa assim pra não caber uma merda de sacola.

Por isso gosto da minha mochila, ela cabe tudo e mais um pouco.

- Oi, Sakura, bom dia!

Levanto a cabeça devagar.

Meu chefe.

Dou um sorriso para o Naruto e tento enfiar a sacola com mais força. Foda-se os controles.

- Oi, chefinho. Tudo bem?

Ele se aproxima, segurando um café na mão. Ele não está totalmente de social, o que me faz ter esperança de tirar o blazer lá dentro.

- Você sumiu ontem - o loiro comenta.

Maldita sacola.

Maldita bolsa.

- Eu precisava ir pra casa.

- Mas não podia nem se despedir?

- Eu não... - empurro com mais força - Não pensei nisso. Desculpa.

Ele sorri ainda mais.

- Não precisa se desculpar. Eu só estava pensando se por acaso...

Suas sobrancelhas ficam franzidas, e ele olha para as minhas mãos.

Ok, já posso morrer, não to nem brincando.

Mordo a boca, nervosa.

Os olhos azuis se voltam para o meu rosto, e a sacola finalmente entra na bolsa.

Desgraçada.

- Eu só...

Suspiro. O que falar?

Já to passando vergonha no meu primeiro dia no serviço.

- O Sasuke realmente não sabe como tratar uma mulher... - ele diz, desanimado.

Agora ele acha que eu vou me masturbar por estar insatisfeita com o meu noivo.

Meio que é verdade, mas não era pra ele saber.

- Não é isso.

Ele balança a cabeça negativamente, como se estivesse realmente triste. Legal, consegui a pena dele.

- Não precisa defender ele, Sakura.

Fecho os olhos, desejando morrer.

- Nós estamos bem - afirmo.

Ele só concorda, obviamente não acreditando.

- Vamos. Hoje o almoço é por minha conta.

Conforme ele volta a andar, fecho os olhos com força, respirando fundo. Ele viu, no mínimo, minha sacola do sexshop. Sabe que eu precisei comprar algo lá, e automaticamente deduziu que estou precisando de ajuda para me satisfazer.

Eu to? Definitivamente, mas não era pra ninguém saber.

Eu até estou fugindo das ligações da Tenten! Tudo pra não ter que explicar que eu estava na cama de um cara em plano domingo de manhã. O que eu poderia falar pra ela? Que transei? É mentira. Que to saindo com alguém? É mentira também. Que estou fingindo estar noiva do meu professor? Isso é verdade, mas não quero contar.

Até porque não tem motivo para isso.

Nossa relação é pura mentira, então pra que envolver minhas amigas nisso? Sem falar que elas iriam me encher o saco querendo saber tudo. Ou encher o saco dizendo que eu to fazendo merda. Não sei, é difícil prever o que elas vão achar.

Mas com certeza vão me mandar sentar nele.

Não que eu vá, até porque ele é o próprio diabo reencarnado.

De qualquer modo, nem minhas amigas sabem, mas o Naruto já tem o conhecimento que eu sou uma depravada, ou talvez só uma mulher insatisfeita com a vida sexual.

A pior parte é que ele é o meu chefe.

Que legal.

Tem como esse dia ficar melhor?


Notas Finais


Atualização: to com sono


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