Choi Yuri.
Me sentia nervosa, temendo que alguma coisa ruim acontecesse, e ao mesmo tempo agradecendo a Deus por Jungkook ter retornado a tempo, sabe-se lá quais são as intenções escrúpulas deste homem, e não havia ninguém por perto que estivesse prestando atenção nessa situação, é sempre assim, é como se quando você mais precisasse, nada estivesse ao seu favor.
Eu não tinha forças para relutar contra ele, então com certeza seria arrastada contra a minha vontade, e seria horrível…
Encarava os dois, Jungkook direcionava um olhar frio ao homem, que sorriu com deboche e logo soltou-me, afastando seu braço do aperto do outro.
— Ora, então ele existe mesmo… — Disse em tom desdenhoso. — Sabia que ela não quis lhe assumir? Deveria domá-la melhor.
Sinto o braço de Jungkook afastar-me lentamente para detrás de si, ao passo que o mesmo se posicionava a minha frente, imponente.
— E você deveria ficar longe dela! — Esbravejou. — Acha que não lhe notei mais cedo dando em cima dela? Por acaso é burro? Esqueceu o significado da palavra "não"?
Céus… não façam isso, não aqui, nem nunca!
O rapaz gargalhou, erguendo os braços em "rendição".
— Calma, não precisa ficar tão bravinho, embora eu até entenda o motivo… — Olhou para mim dos pés a cabeça como se me comesse com os olhos. — Se tivesse uma mulher gostosa dessas para me chupar. — Arfou. — Eu também ficaria irado.
— Filho da pu…
Segurei o braço de Jungkook, o fazendo cessar o impulso que pretendia tomar em direção ao homem que vagarosamente se afastava de nós.
— Jeon, não! — Enunciei.
— Isso, não, Jeon! — Zombou. — Escute ela, o tempo que você perderia comigo pode usar para comê-la! E caso não queira, pode deixar… que eu garanto dar um bom trato.
— Desgraçado! — Jungkook grunhiu, evidentemente furioso, fazendo menção de avançar novamente.
Eu não sou párea para a força de um homem, mas não posso permitir de jeito nenhum que isso aconteça…
Me movi rapidamente, ficando a frente de Jungkook e o agarrando, enlaçando os meus braços ao redor de sua cintura e o apertando, demonstrando a ele que não o deixaria dar mais um passo.
— Jungkook, não faça isso, não seja idiota, ele está lhe provocando de propósito! — Disse a ele. — Não dê a ele o que quer, vamos embora, ignore-o!
Sua respiração estava levemente forte, e tudo que eu queria era que ele se acalmasse e me escutasse.
— É isso aí, não me dê o que quero! — O indivíduo continuou. — Porque se der…
Jeon tentou se mover mais uma vez, e eu usei toda a força que tinha para mantê-lo ali parado.
Virei-me para aquele imbecil, claramente está bêbado, muito bêbado, e o modo que nos olha me faz querer socá-lo, ele obviamente está se divertindo com isso, com a irritação de Jungkook.
Mas não vou, de maneira alguma, deixar que Jeon faça alguma coisa de que possa se arrepender depois.
— Você não terá porra nenhuma! — Reverberei. — Nem dele, e muito menos de mim, nunca!
— Vamos sair daqui antes que eu faça algo de que me arrependa… — Jeon puxou-me rapidamente para longe dali, para longe dele, que ainda debochava de nós, mas simplesmente ignoramos, não valia a pena perder tempo com um escroto daqueles.
Nos aproximamos finalmente do carro, adentrando no mesmo.
O vi liberar o ar dos pulmões, inclinando-se sobre o volante.
Suspirei, esta situação não foi nada agradável…
— Se acalme, não precisa ficar tão alterado por causa disso… foi só…
— Foi "só" o que? — Virou-se para mim. — O que essa situação parecia para você? Por acaso ele a machucou?
Neguei com um movimento de cabeça.
— Você chegou antes que ele pudesse fazer algo do tipo, aliás, por que demorou tanto? — Perguntei.
— Não importa, a culpa é minha, não deveria tê-la deixado sozinha… — Bufou.
— Jeon, já passou, está tudo bem, eu estou bem.
— Reparou na maneira que ele olhava para você? Aquilo foi… tão nojento… como se você fosse um pedaço de carne, estava desejando você como um pervertido sem vergonha! É inadmissível deixar passar algo assim.
Minha nossa, não sei deduzir se ele está bravo, ou… com ciúmes?
Espero que seja a primeira opção.
Respirei profundamente, me inclinando um pouco para esticar os meus braços e tocar o seu rosto com as duas mãos, o virando para mim.
— Olhe para mim… — Pedi. — Você não tem culpa de nada, entendeu? Não tem bola de cristal para saber o que vai acontecer, eu estou aqui do seu lado, você fez o que tinha que fazer, me defendeu, me protegeu, e eu serei grata eternamente por isso, imagine o que ele poderia ter feito comigo se você não chegasse? Huh? Então, ao invés de se sentir culpado, sinta-se aliviado por garantir a minha segurança!
Não queria que ele perdesse tempo se instigando com este acontecimento, é inútil.
Vi as suas bochechas ficarem suavemente vermelhas, e as orbes castanho escuro fixas nas minhas.
Porém, parecia estar ficando mais calmo.
— Vamos para casa, tudo bem? Você precisa descansar. — Afastei-me, arrumando a postura no acento e pondo o cinto de segurança em seguida.
Ele fez o mesmo, dando partida no carro e nos distanciando dali.
O trânsito aparentemente estava mais calmo a essa hora, portanto não demorou muito para chegarmos no prédio onde eu residia, deixando-me em frente a portaria.
Retirei o cinto, preparando-me para sair do carro.
— Boa noite, fique bem, tá? — Disse gentilmente. — Eu me diverti bastante hoje, espero ter sido uma boa acompanhante, e foi uma honra ser a sua madrinha.
— Yuri…
— Hum.
— Me desculpe, por aquilo… não quero que pense que sou um cara agressivo, foi porque…
— Não precisa explicar, eu entendo, até mesmo eu estava sentindo vontade de pular em cima dele, mas… era isso que ele queria, poderia até custar o seu emprego, vamos deixar para lá. — Sorri para ele. — E não se preocupe, pois ri não o acho agressivo, você é um doce, e muito prestativo, sou grata por tê-lo como amigo.
Jungkook me retribuiu o sorriso, mas parecia sem graça.
— Obrigado… eu… penso o mesmo em relação a você. — Disse em tom baixo. — Agradeço novamente por ter me acompanhado hoje, boa noite…
Assenti, deixando seu carro e fechando a porta, o vendo sumir da minha vista pela estrada.
Suspirei.
Meu Deus, que loucura…
Não acredito que algo assim aconteceu novamente. É impressão minha ou Jungkook está sempre me salvando de alguma situação? Até mesmo de Taehyung uma vez…
Mas o que ainda me intriga um pouco fora a sua reação, ele ficou com raiva a ponto de querer partir para cima daquele maluco somente por minha causa, e não havia necessidade, deveria apenas ignorar… ainda bem que consegui contê-lo.
Enfim, ao menos tudo acabou "bem", e o que mais desejo neste momento é a minha cama, e seguir a minha vida normalmente.
Adentro em meu apartamento, respirando profundamente, sentindo-me levemente tonta, e um tanto incomodada em decorrência dos saltos que não hesitei em retirar dos meus pés imediatamente, soltando o meu cabelo do penteado simples que havia feito, aliviando-me.
Embora não goste de pensar a respeito, acho que deve admitir que Taehyung está certo, eu realmente sou fraca para álcool, provavelmente até um pouco demais, mas infelizmente, ao mesmo tempo, eu também admito que gosto da sensação que tal bebida me causa. Eu me sinto mais calma, na mesma proporção a qual também me sinto ansiosa, e a minha mente terrivelmente desperta, esta que aparentemente apenas precisava de um motivo como este para me importunar, retomando como um play reverso as palavras de Haneul naquela noite…
"Eu convidei Taehyung para sair…"
"Ele aceitou."
Eu não consigo entender, por que?
Não! Eu não tenho que entender nada! Não me interessa!
Deveria estar me preocupando com a minha própria vida, e com Yoongi, este que há semanas não me dá mais nenhuma notícia, sequer um "bom dia", deixando-me preocupada…
Respiro profundamente, decidindo ir para o meu quarto, precisava tomar um banho gelado, quem sabe assim pudesse aliviar os meus nervos a flor da pele.
No entanto, franzo o cenho, quando já estava prestes a passar pelo corredor, ouço batidas em minha porta.
Giro os calcanhares, confusa, pois não estava esperando por visitas, nem nada do tipo. Bufei, regressando os passos apenas por curiosidade, aproximando-me do hall de entrada, então, encostei-me ao olho mágico.
Mas que porra…
Giro a maçaneta, praticamente escancarando a porta.
— O que você está fazendo aqui? — Exclamo, contendo o sentimento de surpresa, afinal, o tinha visto ir embora há meia hora atrás.
Encarava Jeon Jungkook, diante de mim, com ambos os braços apoiados de cada lado dos batentes da porta, olhando em meus olhos, parecia ofegante, sério, e estranho.
Umedeci os meus lábios, tentando pensar em algum motivo, eu não havia trago nada dele comigo para que precisasse vir buscar, e ele sequer frequenta a minha residência para que tenha algo aqui.
Ele vai me deixar louca…
— Desculpe…
— O que houve? — Indago. — Por que voltou?
Sua postura tornou-se ereta, iniciando passos lentos em minha direção, e mal pude conseguir me mexer, receosa.
O moreno parou à minha frente, ficando a centímetros de mim.
— Eu quero me certificar de que você está bem.
Ergui o cenho.
— Eu… estou ótima. — Dei de ombros. — Mas não consigo entender, você...
— É… nem eu. — Interrompeu-me. — Acho, que enlouqueceria, se não fizesse isso… eu fiquei preocupado, aquele babaca poderia ter nos seguido e…
— Ya… — Revirei os olhos, tocando-lhe as laterais da face mais uma vez. — Por favor, não perca o seu tempo se preocupando com isso, aquele idiota provavelmente estava bêbado demais para fazer algo do tipo, e aliás, eu estou segura aqui, ninguém subiria até o meu apartamento sem autorização, a não ser você, por motivos óbvios… — Ri fraco.
— Ah… — Crispou os lábios, suspirando em seguida.
O que há com Jungkook? Será que também está sob efeito de álcool? Não me soa em total estado lúcido, não agindo desse modo, eu até poderia esperar uma ligação sua, mas aparecer assim?
O silêncio que se instaurou no ambiente começou a me deixar estranhamente nervosa, mas ainda mantínhamos o contato visual, e eu sequer sabia o que dizer agora, como se todas as palavras tivessem evaporado do meu vocabulário.
Quando inesperadamente os orbes de Jungkook focaram em meus lábios, e em um ato rápido, inclinou-se, pressionando as nossas bocas, instigando-me, em um beijo lento, e quando dei por mim, o estava correspondendo, imediatamente afastando-me após segundos.
Ofego, assustada.
— Por que você fez isso…?
Ele meneou a cabeça, agarrando em minha cintura, puxando-me de encontro a si. Engoli a seco, tremendo levemente ao ouvir o baque forte da porta se fechando.
Pus uma mecha de cabelo para detrás da orelha, recebendo a atenção do olhar agora pesado, e completamente alheio a qualquer sinal de passividade que o rapaz costuma possuir. Ah… esse tipo de expressão eu reconheço perfeitamente.
Jungkook se curvou novamente, mas desta vez eu não permiti que repetisse o ato anterior, deixando-o confuso, ao passo que encaixava o meu palmo em sua mandíbula, pressionando o local sem exercer força.
— Jungkook… não é uma boa ideia. — Murmuro, tentando soar firme. — Nós dois…
— Eu não me importo. — Rebateu. — Eu lhe quero, Yuri.
Respirei profundamente.
— Querer, não é poder… — Ergo o cenho.
Ele sorriu, como o próprio diabo me castigando.
Se ele pode… por que você não, Yuri?
Percebi que o meu último fio de sanidade havia se rompido, quando deparo-me empurrando o Jeon contra a parede, puxando-o pela gola da camisa, tomando os seus lábios, até o momento em que o rapaz retomou o controle, invertendo as posições.
— O seu… quarto… — Disse pausadamente, ao passo que beijava o meu pescoço, tomando a liberdade por si de descer o zíper do meu vestido.
— No final do corredor… — Arfei, enlaçando os braços ao redor do seu pescoço.
Pressiono o lábio inferior com os dentes, sentindo o toque forte das mãos masculinas, estas que agarraram as minhas coxas, erguendo-as para me posicionar em seu colo, e enlacei rapidamente a sua cintura, deixando-me ser levada por si até o outro cômodo.
[...]
Duas semanas depois.
10:45.
— Yuri! Você está me escutando?
Movi a cabeça, despertando dos devaneios e dando atenção a Kung, este que estava falando sobre alguma coisa em relação a obra, mas eu acabei parando de prestar atenção, hoje não deve ser o meu dia.
— D-Desculpe… se importaria em repetir, é que eu…
Ele suspirou.
— Só estava dizendo que deveríamos refazer os cálculos dos ângulos dessas pilastras, acho que se deixar do jeito que está perante essa estrutura estreita, vai acabar ficando torto. — Explicou, me mostrando o desenho.
Analisei por um momento, concordando com ele.
— Tudo bem, podemos refazer… — Dei de ombros.
— Ei… — Atraiu a minha atenção novamente.
Olhei para ele, que possuía uma expressão de preocupado no rosto.
— Hum?
— Você me parece meio… abatida, está se sentindo bem?
Respirei profundamente, negando com um movimento de cabeça, somos amigos, eu acho que não há nenhum problema desabafar um pouquinho com ele.
— Na verdade, só estou um pouco preocupada…
— Ah… então é por isso que está parada no tempo. Já falei com você diversas vezes hoje, mas é como se estivesse falando sozinho. — Riu. — Quer conversar sobre? Irei entender se não quiser.
Não queria, mas já está ficando um pouco sufocante guardar isso aqui dentro. Preciso que alguém me diga que vai ficar tudo bem…
— É sobre o meu… relacionamento. — Comecei.
Ele franziu o cenho.
— O antigo ou o atual?
Revirei os olhos.
— O atual, é óbvio. — Exclamei. — Taehyung e eu já somos assunto encerrado e apenas amigos.
— Certo, certo, vamos falar somente do que importa, então. — Se aproximou um pouco mais de mim. — O que há de errado? Acha que não dá mais certo?
Neguei com a cabeça.
— Não é isso… na verdade o que eu queria era que desse certo, mas nós dois… eu não sei, sempre estivemos juntos, mas ao mesmo tempo tão distantes, e agora ele teve de resolver alguns assuntos importantes e até agora nada, nem sinal, e nunca mais me enviou sequer uma mensagem. — Suspirei com pesar. — Ao menos para conter um pouco a minha ansiedade. Sinto a falta dele.
Kung me ouvia atentamente, e esperou que eu terminasse de falar para dar o seu ponto de vista. Eu nunca havia conversado muito sobre o meu relacionamento com ele, na verdade com praticamente ninguém, sempre fui muito reservada quanto a isso, mas às vezes é preciso ouvir um pouco uma opinião que não seja apenas a do seu subconsciente.
— Já tentou conversar com ele você mesma? Ao invés de ficar apenas esperando?
— Não quero incomodar…
— Entendo. — Assentiu. — Mas às vezes é melhor do que ficar esperando e se remoendo. Vocês confiam um no outro, não é?
Yoongi e eu já temos um bom tempo juntos, que eu lembre, nunca tivemos alguma discussão ou desentendimento em relação a confiança, ele sempre demonstrou que posso confiar nele e eu o mesmo, ainda mais por sermos muito ocupados e passarmos boa parte do tempo longe um do outro.
— Bom, sim, ao menos eu confio nele. — Dei de ombros. — Mas o problema não é esse, só não aguento mais essa distância e preocupação, quero saber como ele está e se está conseguindo se resolver, somente isso, e se pudesse, gostaria de ajudar, me sinto um pouco responsável também.
Kung demonstrou compreender, estalando a língua antes de se pronunciar.
— Yuri, eu não sei exatamente sobre a situação da qual vocês estão passando, mas, sei como está se sentindo, sei como é ficar preocupado com a pessoa que ama, mas, se no momento você não pode fazer muito, mas confia nele, então não fará mal aguardar mais um pouco. — Aconselhou. — Certas coisas levam tempo, e talvez seja por isso que ele está "sumido", deve estar precisando de um pouco mais de tempo para pôr tudo no lugar. Sabe, quando uma pessoa ama de verdade a outra, ela faz de tudo para dar certo e faz tudo que pode pra dar o melhor, tenho certeza que se ele for assim, vai fazer o que estiver ao alcance, então tenha paciência.
Assenti, entendendo o que ele queria dizer.
— Certo… obrigada pelo conselho, irei esperar mais um pouco… mas espero que ele esteja bem. — Disse, pegando os meus pertences.
— Ele deve estar, e vai aparecer quando você menos esperar. — Sorriu gentil.
Retribuí o sorriso, me despedindo, pois já tinha cumprido o meu horário aqui.
Passei pelos corredores, é sempre desconfortável para mim ver que o tempo todo aparecem pessoas doentes por aqui, e o quanto esses funcionários da área da saúde cansam e se doam totalmente para ajudar.
Se não gostasse tanto do que faço, acho que poderia ser uma boa médica, ao menos, me dedicaria para ser.
— Yuri?
Passei pela saída e ouvi meu nome ser pronunciado, virando-me naquela direção.
— Seo-li?
Nos reconhecemos, sorrindo uma para a outra e nos abraçando em cumprimento, não achei que a veria por aqui.
— Que bom ver você! — Disse alegre após se afastar de mim. — Como está? E o que faz aqui?
— Igualmente, eu estou bem, aliás, estou aqui a trabalho. — Respondi. — E você?
Ela sorriu, parecia bastante feliz.
— Isso é ótimo, eu estou bem, apenas vim buscar o resultado das minhas ultrassons.
Franzi o cenho.
— Das suas… o que? — Indaguei.
Ela esboçou uma expressão que me soou de suspense, mas logo entendi quando ela pousou as mãos sobre a barriga.
Arregalei os olhos.
— Você só pode estar brincando comigo… — Fiquei sem reação. — Está grávida?
Ela assentiu, sorrindo.
— Sim!
Meus batimentos cardíacos aceleraram, estava feliz por ela, não esperava por essa notícia.
A abracei novamente.
— Meus parabéns! Meu Deus, acho que estou nervosa. — Ri sem graça. — Eu nunca pensei que… espera… cadê o Hoseok? Não veio com você?
Seo-li esboçou uma careta.
— Então… eu acabei tendo que vir sozinha. — Revirou os olhos entre risos. — Recebi uma ligação daqui para receber os resultados e quando eu soube, contei a ele, e… ele teve uma queda de pressão e ficou repousando na cama.
Minha nossa…
Não consegui conter uma gargalhada, imaginando Hoseok ficando pálido e surpreso ao saber que irá ser pai, mas com toda certeza feliz.
— Céus… — Tentava recuperar o ar.
— Sabia que você é a primeira a saber disso do nosso grupo de amigos? Eu não planejava contar a ninguém ainda, somente quando nos reuníssemos novamente, mas, já que vi você…
Ergui o cenho.
— Oh, não se preocupe, irei guardar segredo, fingirei que não sei de nada. — Brinquei. — Estou tão feliz por vocês, serão pais incríveis.
— É… confesso que não estava preparada ainda, apesar de tudo aquilo que eu disse na casa de Min-Ji, mas agora, eu quero muito! A sensação é… indescritível… — Suspirou.
— Imagino que deva ser, ainda não passei por isso, mas espero me sentir da mesma forma quando for a minha vez. — Disse gentil.
— Oh sim, tenho certeza que você e o Yoongi ficarão muito felizes, principalmente ele.
Não sabia o que dizer…
— É… mas, nós ainda não pensamos nisso, nem somos casados ainda...
— Isso é apenas questão de tempo. — Rebateu.
Ela se virou em uma direção oposta, esboçando um sorriso e acenando.
— Falando nele… — Diz ela. — Veja só!
Me virei na mesma direção, arregalando os olhos.
Era ele…
Yoongi estava ali, a uma considerável distância, parado de pé, encostado em seu carro, acenando de volta para Seo-li.
Meu Deus… o que há na boca de Kung? Ele realmente apareceu quando eu menos estava esperando, e o meu coração parece que vai sacar do meu peito de tão acelerado, deixando meu corpo inteiro em ansiedade.
— Yoongi…
Senti um leve empurrar em meu ombro, vendo Seo-li sorrindo.
— Vá! Acho que ele veio buscá-la. — Disse.
Me buscar?
Coincidentemente, era o fato de que eu não estava de carro hoje, tinha vindo de carona com Kung, porém optei por ir embora primeiro, sentia-me faminta e cansada, iria pedir um carro por aplicativo ou pegar o metrô, mas pelo visto…
Me despedi de Seo-li, rumando em direção ao rapaz que observava-me enquanto me aproximava, rezando internamente para não tropeçar nos próprios passos.
Parei em frente a ele, respirando profundamente, sendo recebida com um sorriso.
— Desculpe por aparecer aqui de repente, quis lhe fazer uma surpresa. — Enunciou.
— V-Você realmente f-fez… — Acabei gaguejando. — Não esperava que fosse aparecer aqui assim, sequer me ligou ou enviou mensagem, teve sorte de ainda me encontrar.
— Acho que sim. — Respondeu, aproximando-se de mim, abraçando-me apertado. — Eu senti saudade, não aguentava mais esperar.
Retribuí o abraço, sentindo o cheiro bom que ele possui.
— Eu também, senti muita, você está bem? — Perguntei, me afastando.
Ele assentiu.
— Digamos que… eu nunca estive melhor. — Seus olhos pareciam brilhar enquanto me encarava.
Sorri.
— Você… conseguiu resolver os assuntos do trabalho? Os seus pais…
— Iremos conversar sobre isso, vou lhe contar tudo, mas antes… — Abriu a porta do passageiro para mim. — Eu preciso muito matar a minha saudade.
Não vou negar, também precisava matar a minha.
Assenti, adentrando o veículo, acompanhada dele, que logo deu partida e nos distanciamos dali.
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