Choi Yuri.
— Eu… não posso…
Essa situação estava começando a se tornar desconfortável, eu já fiz o que podia, não estava o abandonando, de modo algum, sei que ele não está bem e possivelmente está precisando de um apoio agora, mas eu não posso simplesmente abrir mão dos meus planos por isso, como ele mesmo disse, eu não tenho mais a obrigação disso…
Mesmo que uma parte de mim queira ficar e amoará-lo, a outra está gritando para fugir disso, fugir dele, pois não sei do que somos capazes se voltarmos a nos aproximar novamente, não que eu fosse fazer algo, mas não confio no meu coração, não confio em mim mesma em relação a ele, e não quero voltar para a estaca zero novamente, não quero passar por tudo aquilo outra vez…
Taehyung sabe disso, ele prometeu que não se intrometeria, mas agora está agindo desta maneira, está atingindo o meu maior ponto fraco, que é vê-lo desse jeito…
Por que… Taehyung? Qual é o seu problema?
— Yuri… — Pronunciou o meu nome em tom baixo, e foi como se tudo dentro de mim tremesse.
Puxei o meu braço de seu aperto.
— Por que está fazendo isso comigo? — Olhei em seus olhos. — Por que quer tanto que eu fique?
— Eu já lhe disse o motivo, preciso de você!
— Ah, é mesmo? Lembra-se que eu também precisava de você? Que eu também lhe pedi para ficar? E você não ficou! — Reverberei, alterando o tom sem perceber. — Por que eu deveria ficar agora?
— Eu tive motivos, Yuri! Não aguento mais ter de explicar isso todas às vezes, será que nunca irá entender?
— É claro que eu entendo, entendo perfeitamente, e agora eu espero que você entenda que eu também tenho os meus, e por isso não irei ficar! — Disse secamente. — Talvez agora você entenda como eu me senti, e o quanto a minha mente foi torturada por isso.
Não… eu não queria dizer essas coisas, eu apenas queria sair dali.
Não era mais fácil retirar-se sem falar nada, sua idiota?
Mas, o pior é que… mesmo depois de todos esses anos, eu ainda me sinto como se estivesse sufocada, presa de alguma forma ao meu passado, e às vezes penso que na verdade nunca superei os acontecimentos, mas sim enfiei tudo de uma vez debaixo do tapete e fingi que estava bem, é isso…
Eu simplesmente ignorei ao invés encarar os meus próprios tormentos, e é por esse motivo que estou me sentindo assim agora… porque nem mesmo um simples tapete pode suportar toda essa bagunça, em algum momento eu pisaria nesse amontoado todo e ele explodiria…
Minhas pernas começaram a se mover sem que eu notasse, afastando-me, como um instinto de autodefesa, ainda que eu não quisesse dar a entender que estava fugindo. Eu já o tinha visto neste estado "frágil" raras vezes, mas eu… não quero que nunca mais ele me veja frágil.
Tentei alcançar a porta, mas fui rapidamente impedida, quando a silhueta masculina passou por mim rapidamente, posicionando-se diante de mim.
— Por favor, saia da minha frente, não me obrigue a ser grossa, não vamos estragar ao menos a "amizade" que temos. — Disse, sem olhar em seus olhos. — Não queremos isso.
— Você ainda guarda rancor de mim, não é? — Seu tom de voz grave invadiu a minha audição.
Eu gostaria de guardar, queria odiá-lo, queria muito, talvez assim fosse mais fácil.
— Não, não pretendo perder tempo em minha vida guardando rancor de ninguém, nunca ganharia nada com tal atitude, você teve as suas razões e eu as minhas. Agora, me deixe ir!
— Precisamos parar com isso, Yuri…
— Parar com o que?
— De fugir! — Deu um passo à frente, e eu recuei. — Desde que eu voltei, desde que nos reencontramos, só o que temos feito é nos evitar, e não me diga o contrário porque sabe que é verdade, estamos deixando tudo pela metade e isso não está certo!
— Taehyung, por favor, isso não importa mais, prometemos não tocar mais nesses assuntos, o que tivemos no passado deve ficar lá, nossas vidas são outras agora, deveríamos pelo menos… — Hesitei. — Zelar por uma boa relação amigável. — Tentei novamente passar por ele, mas o meu braço foi segurado. — Me solta! — Pedi.
— Eu não quero ser a porra de um amigo! — Seu tom soou alto, causando-me um arrepio. — Não tem como sermos apenas amigos, Yuri, e você é ciente disso. Nunca conseguimos ser somente amigos desde o começo, por que acha que iríamos conseguir agora?
— Porque existem outras pessoas envolvidas em nossas vidas agora! — Exclamei. — Por acaso esqueceu-se de Yoongi? E quanto a Haneul?
— Haneul? — O cenho do rapaz ergueu-se.
— Céus… — Revirei os olhos. — É sério que irá se fazer de sonso? Acha mesmo que eu não sei que estão saindo juntos? Eu vi com os meus próprios olhos, Taehyung, vocês dois jantando em um restaurante como se… como se fossem a merda de um casal!
— Yuri…
— Então não tente me dizer que não conseguimos ser amigos, porque se não podemos ser amigos, então não seremos nada! — Ofeguei.
Precisava me manter firme diante de si, afinal, nunca foi fácil para mim suportar o modo ao qual Kim Taehyung consegue bagunçar os meus pensamentos, os meus sentimentos, a minha compostura e decisões. Estar tão perto dele deste modo novamente após anos, e principalmente perceber que estamos praticamente discutindo… faz-me sentir tão patética.
Eu havia feito uma promessa a mim mesma, de que nunca mais iria contra os meus princípios, pretendia amadurecer, deixar tudo para trás… inclusive, acreditava que conseguiria deixar de agir como a velha Yuri que tinha o hábito de ser, e então ela desapareceria, mas, somente agora sou capaz de perceber, que ela nunca desapareceu, na verdade, sempre esteve aqui, e o pior, era sentí-la dentro de mim, evidenciando que sempre esteve esperando por ele, gritando, latejando contra as minhas costelas, insistente, batendo-me com toda a sua força.
— "Nada"... — O ouço rir nasalado, após segundos em silêncio. — "Nada" é a última coisa que eu lhe consideraria, Yuri.
— E por que?
— Porque eu não consigo ficar longe de você! Eu não consigo parar de pensar em você desde que lhe reencontrei, veja só você, veja como está agora, tão linda quanto no dia em que a deixei…
Qualquer coisa, qualquer coisa Choi Yuri, menos olhar nos olhos dele.
— É somente a minha aparência que importa para você?
— Você inteira, cada parte sua… — Respondeu. — Eu juro, que a última coisa que eu desejava era que estivessemos desse jeito, eu disse que não queria incomodar a sua vida e realmente não quero, mas não imaginei que fosse tão difícil fazer isso, ter que ficar longe de você e fingir que nunca tivemos nada, olhar para você, ficar perto de você e não poder fazer nada!
— Taehyung…
— E o pior de tudo… — Hesitou por um instante. — É ter de fingir que eu não amo mais você!
Isto está saindo do controle, ele está fora de controle e não vai calar a merda da boca. Não entende que só vai tornar isso ainda mais difícil para nós dois?
O tempo está passando, e ele conseguiu me manter presa aqui, presa a ele.
Até quando vou me deixar ser encurralada por Kim Taehyung?
— Pare… por favor… — Minha voz falhou, e sentia algo semelhante a um borbulhar no peito, um nó doloroso na garganta, e o aperto quente da mão masculina em minha pele.
— Não posso mais parar agora, você tem que me ouvir, e eu gostaria de ouvi-la também. — Disse, ficando mais próximo. — Foram sete anos, sete fodidos anos aguentando tudo isso, acha que não sofri também? Acha que foi fácil lidar com o fato de que deixei a mulher que eu amava para trás? De todas as perdas que eu já tive, depois do meu pai você foi a pior, e ainda que tenha notado isso tarde demais… eu não imaginava que você tivesse tanto poder em me deixar daquele jeito, a ponto de não conseguir mais sentir nada por mais ninguém como sinto por você, por mais que eu tentasse, como se nunca mais fosse capaz de amar outra pessoa… — Aos poucos ele estava cada vez mais perto. — Yuri, você tem algo de mim que ninguém nunca teve, os meus mais verdadeiros sentimentos, conseguiu isso e agora é como se estivesse os pisando, e mesmo assim é só o seu nome que meu coração grita, ainda que eu tente me convencer de que não deva mais continuar com isso, me convencer de que acabou! E a porra da culpa é minha!
A culpa nunca foi sua… mas sim minha, por não ter dado ouvidos ao que me diziam, por não ter ficado longe de dele quando deveria ter ficado, nós dois nunca demos certo, mesmo que fizéssemos de tudo, sempre havia algo que nos impedia e até mesmo ele foi a causa disso.
Sem que eu percebesse, comecei a sentir uma lágrima escorrendo por meu rosto, minhas palavras não saiam, mas meu corpo e interior estavam correspondendo a tudo que ele dizia e eu odiava ser traída por mim mesma desse modo, pensei que fosse uma mulher mais firme agora…
E talvez eu seja, mas… não com ele, será que nunca vou conseguir lidar com Taehyung como deveria?
Será que nunca vou conseguir olhar nos olhos dele, e dizer adeus de verdade?
— Converse comigo, por favor… não é possível que eu seja o único a estar acumulando tudo isso, sei que você também está se contendo, ao menos comigo, somos os únicos que entendemos um ao outro… — Continuou.
— Me solte… me deixe ir… — Meu tom de choro soava mais evidente agora.
Ouvi o suspiro do maior, soltando-me de seu aperto, fazendo menção de me afastar, rezando para que os meus passos não falhassem, para eu não falhasse.
E mais uma vez, quando menos esperei, era como se fosse óbvio, mas inconscientemente tive esperança…
Meu corpo foi segurado, e fui posta contra a parede, arfando, atordoada. Tentei empurrá-lo, mas o rapaz circundou os meus dois pulsos com seus dedos, pressionando-os levemente, imobilizando-me completamente.
— Eu vou gritar! — Mesmo sabendo que seria inútil, falei a primeira coisa que veio a cabeça em meio ao nervosismo. — Me largue!
— Eu sei que você não quer ir embora… — Disse, a centímetros de mim. — Mas se essa for realmente a sua verdadeira vontade, eu vou permitir isso, mas com uma condição.
"Permitir"? Eu não preciso de nenhuma permissão sua.
Me debati, em vão, é idiotice continuar achando que posso contra um homem desse tamanho.
— O que você quer de mim? — Enunciei alterada, angustiada.
— Quero que diga que não me ama mais, que não sente mais nada por mim. — Exclamou. — Se eu ouvir isso da sua boca, juro que depois que você passar por aquela porta nunca mais irei incomodá-la pelo resto da sua vida, dou a minha palavra.
Porra…
Meus lábios tremiam.
— Olhe para mim! — Continuou. — Olhe nos meus olhos, Yuri. E diga que não significo mais nada para você, que o seu coração agora pertence a outro e nunca mais será meu…
Respirei profundamente, erguendo a cabeça, finalmente indo de encontro àquelas orbes escuras e intensas, que pareciam me engolir em expectativa de uma resposta.
— Está… me machucando… — Murmurei.
Seu cenho se ergueu, e meus pulsos foram soltos, mas não saiu da minha frente, ainda mantendo-me colada a si.
— Desculpe, eu só… quero que acabe logo com isso, só diga de uma vez para que eu pare de agir como um idiota e fique atrapalhando a sua vida.
Por que apenas agora…?
Por que somente agora está sendo tão honesto? Eu poderia tê-lo esperado, eu esperaria o tempo que fosse, mas ele não me demonstrou que queria isso, é remorso o que está sentindo?
Está arrependido?
Era por esse momento que eu estava temendo, olhar nos olhos dele, porque eu sabia que se fizesse isso…
Não conseguiria me controlar…
— Dizer essas coisas… seria como estar mentindo…
— Por que?
Entreabri os lábios minimamente, e minhas mãos foram de encontro as laterais do seu rosto, encaixando-se perfeitamente nele, assim como nossos olhos, que agora parecia ser impossível desviar deles.
Meus batimentos cardíacos estavam tão intensos dentro de mim que sentia que estava prestes a explodir.
Seria mentira, uma descarada mentira…
— Porque o meu coração sempre foi seu…
Seus orbes desviaram dos meus, e agora estavam concentrados em meus lábios.
Tarde demais para voltar atrás.
Umedeci os meus lábios, e meu corpo não me correspondia mais…
Não saberia dizer quem tomou a iniciativa, mas sei que quando dei-me conta, estávamos nos beijando tão vorazmente que temia até perder o equilíbrio.
Eu não tinha noção, e muito menos esperava que estivesse tão sedenta por um beijo quanto o dele, sentir a sua boca unindo-se a minha novamente, o seu gosto, sua língua, estava desesperada, minha razão havia evaporado, todos os meus sentidos de sanidade pareciam nunca ter existido, como se ele tivesse sugado tudo de mim.
Os meus palmos subiram um pouco mais, encaminhados ao seu cabelo, puxando de leve os fios escuros, eu não conseguia mais parar…
Então, senti as suas mãos em seguida irem de encontro a minha cintura, aproximando-me mais de si, pressionando a região com força moderada, enlaçando-me.
Meu lábio inferior foi mordiscado, puxado levemente para a frente, fazendo-me ofegar pela falta de ar quando finalmente nos separamos. Sua testa encostou-se na minha, afastando com os dedos uma mecha para trás da minha orelha, eu agora mantinha as mãos pousadas sobre os seus ombros, como se estivesse me segurando para não cair, apertando entre os dedos o tecido de sua camisa.
Olhei de soslaio para os lábios vermelhos do rapaz, entreabertos, inspirando e expirando ar.
Será que eu ainda tenho… alguma chance?
— Eu a desejo tanto, Yuri… — Murmurou, a voz grave agora rouca, roçando os lábios em minha orelha. — Não imagina a proporção disso… e eu não quero me conter agora.
Apertei ainda mais o tecido entre os dedos.
Por favor, me perdoe…
O encarei, e era como se eu pudesse ver chamas em seus olhos, ardendo em desejo e necessidade.
— Tudo bem… não é como se eu pensasse diferente. — Ergui uma sobrancelha.
Sem delongas, os meus lábios foram tomados novamente, e aquele fora o beijo mais delicioso da minha vida, ocasionando-me um misto de sensações e sentimentos em apenas um selar, acompanhado de singelos toques.
Eu me perguntava, o que sentiria se nos beijássemos novamente, e minhas expectativas foram triplamente superadas.
Confesso, eu confesso… ainda sou louca por ele, ainda o amo com todas as minhas forças e o desejo desesperadamente com todas elas.
Tomei a liberdade de descer as mãos até a barra de sua camisa, e cessamos o beijo para que pudesse tirá-la, céus… tão gostoso quanto…
Mordisquei meu lábio com força, estava no limite, enquanto o sentia me agarrar com força, praticamente rasgando o meu vestido em meio a pressa para tirá-lo logo, deixando-me somente trajada com a peça íntima.
Posicionou as suas mãos em minhas coxas, apertando-as ao passo que erguia o meu corpo, e logo enlacei as pernas ao redor de sua cintura, o beijando, enquanto o mesmo caminhava em uma direção que eu desconhecia.
Mas não era difícil de adivinhar aonde iríamos parar.
Sinto as minhas costas entrando em contato com a maciez do colchão, os lábios macios deslizando pela tez do meu pescoço, me lambendo, me chupando, me deixando mais louca do que já estava.
Arqueei as costas para ajudá-lo a retirar o meu sutiã, este que em seguida fora jogado longe em qualquer canto do quarto, e agora a silhueta se erguia diante de mim, olhando-me fixamente, como se estivesse admirando algo de seu iminente interesse, percorrendo as suas mãos vagarosamente por cada pedaço do meu corpo exposto a si.
Contornou sensualmente as língua pelos lábios, e vê-lo desse jeito fazia-me queimar no íntimo.
— O seu corpo é tão belo, Yuri… eu senti saudade de tocá-lo. — Enunciou, fincando as suas unhas em minhas laterais, arrastando-as até as minhas coxas.
— E eu senti saudade de você me tocando, Taehyung… — Estiquei os braços em sua direção. — Quero beijá-lo…
Sem hesitar, o moreno inclinou-se sobre mim, passando a língua pelo meu lábio inferior lentamente, chupando o mesmo antes de me beijar devagar, enquanto tocava-me sobre o tecido da calcinha, mas não demorou muito a tirá-la, assim como se livrar do restante das roupas que ainda estava trajando.
Eu já havia esquecido de como era essa sensação, de sentir o corpo dele junto ao meu, era quente, macio, e gostoso, muito gostoso.
Taehyung despertava o meu prazer de um modo que somente ele sabia, elevando o meu tesão e desejo ao mais alto nível, enquanto arranhava suas costas, tentando descontar tudo aquilo. Meus mamilos logo começaram a eriçar, ao passo que sua boca os chupava e mordiscava deliciosamente, fazendo-me arquear o corpo, pedindo por mais.
Mas ainda não era o suficiente, não era apenas isso que eu queria, e tenho certeza de que ele estava entendendo a expressão que eu esboçava para ele agora.
O maior se posicionou entre as minhas pernas, permitindo-me ter a visão de seu membro grande e rígido que agora deslizava por minha entrada úmida sem perdurar, fazendo pressão para me penetrar.
— T-Taehyung, esper… — Gemi alto quando ele já encontrava-se completamente dentro de mim, e o calor do seu corpo se juntou ao meu, inclinando-se novamente para beijar o meu pescoço.
— O que houve? — Perguntou, agora olhando para mim, desferindo um selinho em meus lábios.
— Esqueça…
— É bom estar dentro de você outra vez… é como se me encaixasse perfeitamente… só em você… — Sussurrou, acariciando a minha bochecha.
Eu não tive tempo de respondê-lo, ao menos não com palavras, pois gemia baixo próximo de seu ouvido, o sentindo começar a se mover dentro de mim, lentamente, rebolando o seu quadril contra o meu em um ritmo muito bom, tão bom que minha visão chegava a embaçar.
Não pude dizer, mas também sentia a sua falta dentro de mim, e de tudo que ele me proporcionava sentir nesses momentos.
Portanto, sendo consumida por um sentimento de coragem e adrenalina repentinos, ousei empurrá-lo, invertendo as nossas posições, reivindicando todo o controle do que estávamos fazendo. Inclinei-me, chupando sem pudor a pele do pescoço alheio, mordendo-o levemente, rumando os meus selares até a sua clavícula bem marcada, inalando o seu aroma doce, compartilhando do calor intenso que espalhava-se pelo quarto, ouvindo-o arfar. Ergo-me novamente, pois desejava olhá-lo de cima, enfim tendo o vislumbre de todo o seu corpo, inclusive a sua tatuagem, esta que não tive a oportunidade ver completamente na primeira vez, mas agora, estava impressionada no quão bela de fato é, bem maior do que esperava, os galhos de hanahaki gradativamente engrossavam por seu peitoral, demarcando até o abdômen, onde as flores pareciam maiores, alguma desabrochadas, e outras ainda em botões, atiçando a minha curiosidade e admiração perante aquela arte, tornando o Kim ainda mais deslumbrante.
— Yuri… — Proferiu, olhando-me como um felino, intenso, astuto, e impaciente.
Sorri pequeno, tocando em seu íntimo, ouvindo-o gemer quando o encaixei em minha entrada, introduzindo todo o seu comprimento novamente para dentro de mim, sentindo cada parte do meu corpo tremer com imenso prazer.
Taehyung segurou em meus braços, puxando-me de encontro a si, apenas para que pudesse ter mais facilidade em contornar a minha cintura com os seus palmos grandes, instigando-me a iniciar os movimentos sobre si, guiando o meu quadril.
Pressionei o meu lábio com os dentes. Taehyung arranhava as minhas costas, suspirando pesado, mordendo a pele de meu ombro, quando, inesperadamente, surpreendo-me com o uma de suas mãos apalpando o meu seio, mas não manteve-se ali por muito tempo, logo subindo, ao encontro de meu pescoço, onde apertou sem exercer força extrema, apenas o suficiente para me fazer gemer quando ergueu o tronco, sentando-se comigo em seu colo.
— Eu quero que faça com força, Yuri. — Puxou-me, pressionando as laterais do meu pescoço, movendo-se contra mim com mais intensidade, e assim como queria, fiz questão de acompanhá-lo. Encaminhei as minhas mãos ao seu cabelo, puxando-o, inebriada de prazer.
Nossos movimentos se tornavam cada vez mais sincronizados, altos, me enlouquecendo quando entrava e saía de mim com mais força e rapidez, atingindo o meu ponto de prazer.
— T-Taehyung… — Gemi, mordiscando a pele de seu ombro.
— Não pare… — Beijou-me brevemente. — Quero que continue gemendo para mim, eu também senti falta de ouvir os seus sons.
O fiz, afinal, realmente estive me contendo…
— T-Tae… — Praguejo a mim mesma por não conseguir sequer falar.
O abracei, perdendo todos os sentidos, deixando o meu corpo a mercê de seu domínio, constatando que o meu clímax estava cada vez mais próximo, e o moreno não parecia fazer questão de prolongar mais o nosso ato, pois rebolou mais uma vez o membro em uma estocada forte, bruto.
— Ah… tão gostosa… não sei como ainda não me deixou louco…
— Talvez… você já esteja, apenas não reparou ainda. — Chupei o lóbulo de sua orelha, enlaçando as pernas em sua cintura com posse, pressionando as minhas coxas em si com força, sentindo seu corpo se chocando contra o meu eroticamente.
Estava muito intenso, muito rápido, e meus olhos se reviraram em prazer, tanto que já sentia meu corpo formigando, anunciando meu ápice definitivo.
Ele me estocou mais uma vez, e quase gozamos juntos Desmanchei-me inteira nele, ouvindo seu gemido rouco ao meu ouvido, ofegantes, suados, isso foi tão rápido e desesperado que nem tive tempo de raciocinar direito.
Eu estava tão necessitada por ele assim?
Taehyung me beijou, desta vez calmamente, deitando-se amolecido na cama comigo sobre o seu corpo, retirando seu membro de dentro de mim, e emiti um gemido baixinho com a sensação.
Podia sentir seus batimentos ainda acelerados contra o meu peito, ele tentava regular a respiração assim como eu, e no momento apenas repousava sobre o seu corpo, tentando recuperar a minha consciência e parar de tremer depois do prazer vigoroso que senti.
Estava com tanta saudade, tanta, que não conseguia pensar em outra coisa a não ser ele.
Meus olhos estavam fechados, e suspirei quando comecei a sentir as mãos alheias deslizando por minhas costas, realizando o que deduzi ser uma massagem.
Era tão bom…
— Hummmm...— Apertei seu braço.
— Gosta?
— Mais para a esquerda, por favor. — Murmurei, ainda de olhos fechados.
Ele riu fraco, mas o fez, apalpando a parte lateral do meu dorso.
Céus, que mãos gostosas…
— Sabe, eu… confesso que estive me segurando desde aquele dia em que ficamos no hotel. — Disse, sem cessar os movimentos.
— Eu imaginei…
Ele parou, afastando as mãos das minhas costas.
Ergui a cabeça, olhando em seus olhos confusa.
— Por que parou?
— Porque não irei receber pelos meus serviços. — Sorriu ladino, debochado.
Bufei.
— E já não recebeu o bastante?
— E sexo paga as minhas contas?
— Se você for um garoto de programa, sim!
— Haha… — Revirou os olhos.
Sorri.
Sua expressão tornou-se séria, e sinto as suas pernas se enlaçando nas minhas, tocou em meu rosto com os palmos, aproximando-me devagar para encostar a testa na sua.
— Isso foi… eu não sei explicar… sempre sinto coisas demais quando estou com você e nunca consigo distinguir um sentimento só. — Murmurou, acariciando a pontinha do seu nariz no meu. — Eu não queria que esse momento acabasse, se pudesse nos congelaria aqui desse jeito.
— Ah…
— Yuri…
Vi seus lábios se entreabrindo, e ele esboçou um olhar que eu imediatamente reconheci sempre que estava prestes a dizer o que eu imediatamente impedi, pondo meu dedo indicador à frente de seus lábios.
— Não diga. — Retruquei em tom baixo.
Taehyung ergueu as sobrancelhas, suspirando.
— Eu não iria dizer…
Assenti.
Ele me deu outro selinho, e acabamos iniciando outro beijo lento, sua língua se movia junto a minha, e nossos lábios se acariciavam carinhosamente um no outro.
Até eu mesma parar e me afastar.
Pousei a cabeça novamente em seu peito e ele me abraçou. Fechei os meus olhos, e uma lágrima solitária deslizou diagonalmente por meu rosto, e um leve aperto no peito começou a me tomar.
A minha consciência aos poucos estava voltando, e a barreira que eu havia imposto temporariamente, ignorando a realidade já começava a me julgar.
Meu Deus… o que foi que eu fiz…?
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