Choi Yuri.
— Venham aqui! — Agachei-me, esticando os braços para Yun-Hee e Mi-Young, estes que vieram correndo em minha direção desajeitados com suas mochila nas costas.
Havia saído mais cedo do trabalho hoje, portanto, dispensei a babá dos pequenos e vim eu mesma buscá-los na escola, já havia um tempo que eu não fazia isso.
— Mamãe! — Os dois abraçaram-me apertado, e desferi um beijo em ambas as bochechas.
— Senti saudade! — Exclamou Mi-Young, enquanto acariciava o meu rosto com sua mãozinha.
— Como foi na escola hoje? Se comportaram? — Perguntei, desferindo um beijo na mãozinha do pequeno, ao passo que também sorria para Yun-Hee.
Eles assentiram, sorridentes, e esboçaram o mesmo sorriso quadrado de Taehyung, e eu os retribuí.
— Fizemos desenhos!
— É mesmo? Quero que me mostrem quando chegarmos em casa. — Me ergui, segurando nas mãos dos dois.
— Hee!
Cessei os passos, ao escutar o apelido da minha filha ser pronunciado em voz alta, atraindo nossa atenção.
Ergui o cenho ao ver um garotinho vir correndo na nossa direção, e parou frente a Yun-Hee, ofegante.
— Seu amigo? — Indaguei, enquanto o via entregar algo para ela.
Era o estojo dela, deve ter esquecido e ele veio devolver, que fofo…
— Como é que se diz? — A encarei.
— Obrigada. — Disse a ele, que sorriu em resposta.
Eles com certeza são da mesma classe, é um garotinho muito bonito e simpático.
— Obrigada por devolver o estojo dela. — Disse. — Qual o seu nome?
— Tan. — Respondeu.
Observei ao redor, estranhando que o tenham deixado sair assim sozinho e não vi ninguém que pudesse ser o responsável dele por perto.
— Você…
— Oh, você os alcançou! — Uma voz masculina me fez interromper as próprias palavras, direcionando minha atenção ao dono dela.
Um homem alto e elegante vinha caminhando calmamente até nós, esboçando um sorriso pequeno.
— Sim. — Tan respondeu, se aproximando do mais velho que deduzo ser o seu pai, dada a semelhança.
— Devolveu o estojo da sua amiga? — Ele perguntou, vendo o filho assentir.
— Muito obrigada mais uma vez, Yun-Hee é um pouco distraída. — Dei de ombros, rindo fraco.
— Entendo. — Olhou para mim. — É normal na idade deles, já perdi a conta de quantas vezes já dei meia volta para buscar a lancheira que Tan quase sempre esquece.
Rimos.
— Você quem pediu para ele vir, ou…
— Não, ele mesmo quis devolver, disse para deixar com a professora mas ele não quis, quando dei por mim já estava correndo em direção a vocês três. — Deu de ombros, acariciando os cabelos do filho.
— Ah, que legal da parte dele… — Sorri, sendo retribuída pelo menor. — A propósito, sou Kim Yuri, a mãe dela. — Estendi a mão a ele, que não tardou em me cumprimentar.
— Min Joon. — Sorriu simpático. — Preciso dizer que sou o pai dele?
— Não, já é mais do que óbvio. — Ri.
Naquele mesmo instante, foi como se eu tivesse tido um dejavu, porém não consegui compreender, em que momento eu já havia passado por algo semelhante, e não me recordava de já tê-lo visto durante alguma ocasião ou dia a dia, nem mesmo quando vinha buscar os meus filhos.
Ainda assim, isso foi estranho.
— Foi um prazer conhecê-la. — Começou a se afastar acompanhado de seu filho, ambos acenando para nós três, que retribuímos o gesto.
— Igualmente. — Respondi.
Fiz o mesmo com Yun-Hee e Mi-Young, retomando a seguir o nosso caminho até o meu carro.
Conferi se os dois estavam em segurança no banco de trás antes de dar partida no veículo.
— Mamãe…
— Hum?
— Podemos tomar sorvete? — Questionou o pequeno.
Céus, há quanto tempo eu não degustava de um sorvete? Aliás, o período de verão esse ano parecia consideravelmente mais quente que os anteriores, comecei a salivar somente de imaginar uma casquinha.
Porém…
— O pai de vocês me dará um belo sermão se descobrir que os deixei tomar sorvete antes do almoço. — Ri, fazendo um desvio pela estrada. — Mas se vocês não contarem, eu não conto, certo? — Olhei rapidamente para eles, que assentiram, sorrindo travessos.
[...]
— Está gostoso? — Perguntei, observando-os degustar de seus sorvetes de chocolate e abacaxi.
Enquanto eu, que aliás não é novidade para ninguém, me deliciava com uma casquinha de morango.
— Está. — Respondeu Yun-Hee, lambendo os lábios.
— Posso provar o seu? — Me inclinei em sua direção, para que ela me desse um pouco do seu sorvete. — Humm, que delícia.
— O meu também! — O meu menino ofereceu um pouco do seu sorvete para mim, que não hesitei em provar.
— Acho que irei ficar com os sorvetes de vocês. — Formei um bico nos lábios.
Rimos.
— Uau, estou prestes a vomitar arco-íris com tamanha fofura.
Franzi as sobrancelhas, reconhecendo aquela voz, virando-me rapidamente na direção.
— Min-Ji! — Enunciei em tom de voz um pouco alto, surpresa em vê-la.
Ela sorriu ladina, vindo a passos lentos em nossa direção com seus braços cruzados, estava bem trajada em roupas sociais, transpassando a impressão de uma advogada séria e profissional.
— Oi, bobona. — Disse, desferindo um leve soco em meu ombro. — Vejo que vieram se refrescar também.
— Oh, é… — Olhei para ela. — Não achei que você…
— Não achou que eu já estaria de volta a Seul? — Riu. — Na verdade eu não tinha pretensão nenhuma de voltar, mas fui solicitada por um cliente que tenho nessa região, portanto. — Abriu os braços. — Cá estou eu de volta.
Sorri pequeno, lembrando-me da última vez em que havíamos nos falado por meio de mensagens, ela havia dito que se mudaria para Busan, primeiro por causa do trabalho, mas depois decidiu que pretendia ficar morando permanentemente por lá, retornando para Seul apenas para visitar a família.
— É bom ver você. — Dei de ombros.
— Posso? — Se referiu ao assento entre mim e Yun-Hee.
Assenti, vendo-a se sentar a apoiar os braços na mesa.
— Quer? — Ofereci um pouco do meu sorvete a ela.
— Obrigada, eu acabei de comer. — Direcionou os olhos para os meus filhos ao seu lado. — A genética é realmente algo impressionante, não acha?
Revirei os olhos, esperando pelo que ela diria a seguir sem expectativa.
— "Se parecem muito com ele", é, eu sei… é o que todo mundo diz.
— Na verdade, os achei parecidos com você. — Virou-se para mim. — Sabe, as bochechas, o formato do rosto, e… — Olhou para eles novamente. — A feição estampada de sonsos.
Arregalei os olhos, lhe desferindo um tapa com força mínima no ombro direito, ouvindo a sua gargalhada.
— Ora sua… eu não tenho cara de sonsa! — Formei um bico com os lábios.
— É brincadeira, mas admita que você age como uma às vezes. — Rebateu.
— Aish… — Bufei.
— Yuri… — Seu tom de voz soou diferente de repente, mais baixo e parecia hesitante.
— Sim?
— Eu… senti muito a sua falta. — Olhou fixamente em meus olhos, mantendo a expressão séria. — Durante todos esses meses distante desde que tudo aconteceu, eu realmente percebi que fui uma amiga… digamos, um pouco "babaca" com você. Não queria ter falado daquele jeito e muito menos ter me mudado em um período do qual você mais precisava de alguém, só queria que soubesse que me arrependo muito e que não passei um dia sem me preocupar com você, e foi principalmente por isso que aceitei a proposta do meu cliente aqui… queria vê-la…
Ouvir todas aquelas palavras de uma vez, me deixou em um estado interno de processamento, como se o meu cérebro estivesse recapitulando tudo novamente, até o momento atual em que estamos aqui uma diante da outra, mais anos se passaram e eu ainda vejo a mesma Min-Ji do ensino médio, a que faz besteiras e depois se arrepende, de fato, ela nunca soube controlar muito bem o seu lado sincero, e eu não a julgo, cada um tem o seu ponto de vista sobre as situações. Nem ela, e nem qualquer outra pessoa sabe o que há por trás de tudo isso a não ser eu e Taehyung, ninguém jamais vai conseguir entender os nossos sentimentos e os motivos por tudo o que aconteceu ter sido dessa maneira.
Eu sei que não foi certo, mas teria sido muito pior se prosseguisse daquela forma. Não agi como uma vadia, apenas fiz o que meu coração queria, apenas me libertei de uma mentira que estava me convencendo a cada dia e estava me destruindo aos poucos.
O problema nunca foi Yoongi, ou Taehyung, afinal, ele já havia se decidido, enquanto eu, eu tentei… mas não teve jeito, eu ainda o amava muito, e amo.
Toquei em sua mão que estava pousada sobre a mesa, esboçando um pequeno sorriso.
— Está tudo bem, não precisamos mais ficar relembrando esses ocorridos, certo? — Disse gentil. — Vamos viver o agora, vamos aos poucos…
Min-Ji pôs a mão sobre a minha.
— Você é muito importante para mim, nunca tive uma amiga como você, mesmo que tenha lhe passado uma impressão meio confusa, mas… eu te amo muito e não quero perder o contato com você nunca. — Assenti. — E nem com esses bonequinhos gorduchinhos. — Inclinou-se até os gêmeos, apertando cada lado de suas bochechinhas, fazendo-os rir inocentemente. — Vocês é uma princesa muito linda, e você, principezinho, espero que quando crescer não seja um garoto egocêntrico e aproveitador como o seu pai, devem ser doces, comportados, e lerdos como a mãe de vocês, assim não irão causar problemas, ah, e mais uma coisa… — Ergueu o dedo indicador. — Fiquem longe de garotas e garotos bonitos que praticam natação, eles não prestam, confiem em mim.
— É sério? — Inclinei a cabeça para o lado.
Min-Ji gargalhou.
— Eles precisam aprender desde pequenos. — Se gabou.
— Você não tem jeito. — Me rendi ao riso. — Acredite, eu sei que Taehyung era um babaca naquela época, mas ele mudou muito, sabia?
Ela esboçou uma expressão de deboche, erguendo as sobrancelhas.
— É mesmo? Sexualmente, ou como pessoa?
Gargalhei.
— Só para deixar claro, sexualmente ele nunca foi um problema. — Dei de ombros. — Mas já melhorou muita coisa na personalidade, como por exemplo…
— Ele não me xinga mais enquanto dorme?
— Bom, agora com menos frequência.
Rimos juntas.
— Posso ser odiada, mas nunca esquecida… — Suspirou.
Nunca a odiei, apenas queria entendê-la melhor.
— Por que se mudou assim tão de repente? Foi mesmo só por causa do seu trabalho? — Tive de perguntar.
Ela ficou em silêncio por um momento, desviando seus olhos de mim.
— Por isso também, na verdade por vários motivos que nos levariam a ficar aqui até a sorveteria fechar. — Tentou soar engraçada. — Mas em resumo, estava cansada daqui, das pessoas, do mesmo ambiente, queria respirar novos ares, começar do zero, e principalmente esquecer o Jung…
Ergui o cenho, quando ela cessou as palavras de repente e se desconcertou. Céus, ela realmente tinha se apaixonado por ele?
— Jeon Jungkook… — Completei. — Eu sei. Lembro de ter avisado a você que não seria uma boa ideia.
— Eu só queria tran… — Se interrompeu, com certeza se dando conta de que haviam duas crianças entre nós. — Enfim, só me sentia sozinha e precisava de alguém naquela época, mas não imaginei que acabaria me apegando e sentiria falta dele.
— Ele nunca me pareceu ser apegado a alguém.
— Não que a gente saiba. — Rebateu.
Franzi as sobrancelhas.
— Acha mesmo?
— Todos temos segredos, e com ele não é diferente.
Pretensiosa, mas não errada.
— É… vai saber... — Crispei os lábios, evitando a minha mente recobrasse lembranças.
— Aliás, falando em relacionamentos antigos, tenho novidades de Yoongi. — Mudou de assunto, e uma pontada de interesse me surgiu quando seu nome foi citado, afinal, ainda me importo com ele. — Não sei se você já sabe, mas, o floco de açúcar conseguiu abrir uma produtora quase tão grande e promissora quanto as famosas que já conhecemos, e adivinha quem o ajudou com os contratos?
Arregalei os olhos, surpresa com a notícia.
— Está brincando? — Entreabri os lábios quando ela negou com a cabeça. — Nossa, isso é incrível! — Me Inclinei para abraçá-la. — Estou tão feliz e orgulhosa de vocês, Yoongi deve estar muito animado com tudo isso.
— É óbvio, dei o meu melhor, agora ele pode esfregar e sambar na cara daquele narcisista do pai dele que não precisa de "apoio especial" para provar que tem capacidade de crescer sozinho.
— Tem razão…
Nossa, por quanto tempo será que eu fiquei apenas focada na minha própria vida? Não que isso seja errado, mas me preocupava com cada um deles e sempre queria saber se estavam bem e conquistando tudo o que sonhavam, e veja só, estou realmente orgulhosa de Yoongi, mas… infelizmente não sei se poderei expressar isso pessoalmente em algum momento, lembro que ele sempre comentava sobre isso na época em que estávamos juntos, e é bom saber que conseguiu.
Eu, Min-Ji e os meus pequenos ficamos mais um pouco ali, conversando e esquecendo de tudo ao nosso redor, eu realmente sentia falta de conversar com ela, apesar de tudo, e mesmo que a nossa amizade não seja mais a mesma, espero que de agora em diante seja mais saudável, ela não é uma pessoa ruim, apenas não sabe controlar a língua às vezes, e consequentemente, certas atitudes.
[...]
23:45.
O restante do dia passou em um piscar de olhos, me descontrai bastante na companhia de Min-Ji, tanto que quase esqueci do resto das minhas tarefas.
E agora, finalmente encontrava-me relaxada na minha cama, apreciando a paisagem através da grande janela do quarto, desfrutando do maravilhoso "som" do silêncio no ambiente.
— Amor!
Ou não…
Bufei, virando-me para o outro lado da cama.
— Se for começar a contar sobre os seus procedimentos cirúrgicos, eu não quero saber, gostaria de ter sonhos agradáveis pelo menos por uma noite. — Resmunguei.
— Uh, grossa. — Senti a cama ceder com o peso do corpo masculino se posicionando ao meu lado. — Quem disse que eu iria falar sobre isso?
— Yun-Hee e Mi-Young já estão dormindo? Hoje é a sua vez… — Bocejei.
— Como duas pedras. — Respondeu, puxando-me pela cintura, virando-me para ficar de barriga para cima e me abraçou.
— Então, o que você quer? — Estreitei os olhos, o vendo fazer um bico enquanto expressava um olhar de cachorro pidão.
— O bebezão aqui também precisa de atenção. — Passou sua mão por baixo da minha blusa, acariciando a minha barriga, ri com o gesto.
— Oh, é mesmo? — Beijei o topo de sua cabeça que estava pousada em meu busto, inspirando o cheiro bom de shampoo que emanava de seus fios.
— Sim… — Me apertou contra o seu corpo, erguendo a cabeça e se aproximando do meu rosto, me dando um selinho. — Preciso dos seus carinhos, por favor.
Sorri, acariciando seu rosto com as mãos, sentindo a maciez de sua pele, enquanto ele tinha os olhos fechados, respirando profundamente.
— Eu te amo muito. — Sussurrei.
— Eu sei. Eu também te amo. — Respondeu, me beijando novamente. — Ah, tem algo que eu quero te contar.
— O que seria?
— Encontrei com Eunjin hoje durante o meu horário de almoço, nós conversamos um pouco e ela me contou que rompeu com o Ho. — Comentou.
Meu lábios formaram um "o", surpresa com a notícia, Eunjin namorava com aquele rapaz desde o ensino médio, achei até que se casariam e consequentemente construiriam uma família, há um tempo atrás eu também havia conversado com ela sobre isso e me disse que ainda não pensava em casamento por causa da faculdade e estágios que fazia. Mas não imaginava que terminaria com ele assim… me pergunto qual teria sido o motivo, mas não quero parecer enxerida.
— Nossa… mas, ela está bem?
— Já fazem quatro meses… — Esboçou uma careta. — Yuri, ela já está com outro! Quanto tempo eu dormi?
Arregalei os olhos.
— O que? Ela já arranjou outro?
— Aparentemente, disse que se conheceram em uma festa, e daí se aproximaram. — Deu de ombros. — Eu realmente não consigo entender, mas ela parece muito afim dele, provavelmente vai fazer um jantar para apresentá-lo.
Céus…
— Talvez Ho não a estivesse mais fazendo feliz, e deve ter encontrado o que procurava no novo parceiro, ela não te deu detalhes, ou deu? — Franzi o cenho.
— Não muito, e eu também não quis bancar o irmão mais velho chato, mesmo não entendendo muito bem essa história. Ela e Ho pareciam se dar tão bem, e de repente…
— Bom, nesse caso, vamos apenas respeitar as decisões dela. — Umedeci os lábios. — E, esperar para ver.
Suspiramos ao mesmo tempo.
— Porra, só espero que ela não esteja se envolvendo apenas pelo momento, Eunjin é meio besta e é do tipo que acredita fácil em palavras bonitas.
Revirei os olhos.
— Tenho certeza de que ela tem noção do que está fazendo, não é como se já não fosse uma adulta, temos de confiar nela.
Ele assentiu.
[...]
4:25.
Comecei a despertar, incomodada com o vibratório incessante do meu celular sobre a mesa de cabeceira, esticando o meu corpo e pegando o aparelho para entender o motivo da insistência.
Foi impossível não me surpreender e estranhar ao ver o nome de Park Jimin na tela, me ligando, e principalmente em uma hora dessas.
Deslizei o dedo para o lado, preocupada, ele nunca tinha feito isso.
— Alô?
— Abre a porta, por favor!
Franzi as sobrancelhas, virando-me para o lado e vendo Taehyung de costas para mim dormindo pesadamente.
— Jimin, o que está acontecendo? São quase 4:30 da manhã! — Exclamei em tom baixo.
— Se você abrir a porra da porta e me deixar entrar eu explico. — Soou irritado.
Mas que diabos…
— Está na porta da minha casa? — Levantei-me devagar da cama, seguindo a passos silenciosos para fora do quarto, encostando a porta e seguindo pelo corredor.
— Vou desligar.
Me aproximei do hall de entrada e girei a maçaneta, deparando-me com um Park completamente diferente do habitual, era como se ele tivesse vestido qualquer roupa que encontrou pelo armário e nem sequer seus cabelos estavam penteados, mas o que mais me atraiu a atenção, foi o seu rosto, seus olhos inchados e parecia muito abatido.
O que aconteceu com ele?
— Jimin, o que faz aqui a essa hora? — Dei passagem a ele que adentrou a minha casa como se estivesse fugindo de algo. — Não poderia esperar para vir mais tarde? Eu tenho que trabalhar daqui a pouco e…
— Não, eu não aguento mais esperar! — Conteve o tom de voz, mas ainda assim soou alterado. — Sinto que vou enlouquecer a qualquer momento…
Fechei a porta, indo até ele e fazendo com que me acompanhasse até a sala.
— Shhh! Taehyung e os meus filhos estão dormindo, fale mais baixo. — Pedi. — O que aconteceu com você? Por que está com essa cara como se tivesse chorado um dia inteiro?
Ele não me respondeu, desviando os olhos dos meus e os seus marejaram, pareciam bem menores do que já eram por conta do leve inchaço.
— Jimin… — Toquei o seu rosto, secando uma lágrima solitária que desceu por sua bochecha.
Não estava entendendo nada, ele me liga a essa hora, aparece na minha casa neste estado e agora está prestes a chorar, é muito repentino para que eu possa simplesmente não desconfiar.
— Eu… — Respirou fundo, piscando os olhos rapidamente e olhando para cima, tentando se conter. — Fiz uma grande merda…
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